quinta-feira, 30 de outubro de 2008

REFLEXÃO ROTÁRIA – 30/10/2008

Eusébio - Ce, 30 de outubro de 2008.



Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


REFLEXÃO ROTÁRIA – 30/10/2008




A CRIAÇÃO DO TEMPO!


São três e vinte da madrugada e eu estava sem sono, vendo o Discovery Channel. Todo mundo que convive comigo—incluindo os irmãos da Igreja—sabem que o Discovery e o National Geographic são os meus favoritos. Quando estou trabalhando no Notbook, mantenho a televisão ligada alternando entre os dois canais. Como não posso morar na natureza, tento manter-me distantemente próximo dela. Amo a Terra. Extasio-me com toda a criação.
Hoje fiquei sabendo que uma barata pode sobreviver até uma semana sem a cabeça. Ou seja: a barata é a cabeça. Que coisa mais estranha. Fiquei sabendo que os escorpiões estão por aqui há mais de 400 milhões de anos, e sem alterações significativas. Os cristãos fundamentalistas, a essa altura, já devem estar de cabelo em pé, dizendo: “Agora o pastor Hiram é evolucionista”. Acho muita graça... A questão é que o que “eles”—o Discovery e o National— estão dizendo é que a Terra tem idade. Deus tirou do nada o que existe!—assim começa literalmente o livro de Gênesis. Conforme a narrativa original, essa criação sofreu uma catástrofe e ficou vazia e sem forma. Então Deus falou... e todas formas de luzes necessárias à vida passaram a ser e existir. E Ele prosseguiu...criando e criando...em dias que começavam às tardes, e terminavam em manhãs...até ao sétimo dia, quando Ele, como Criador, descansou de tudo o que fizera e...de certa forma...entregou a criação ao processo natural.
O homem aparece no final de um processo...mas aparece de súbito. Literalmente, fica de pé! O que ficou para trás tem idade. Porém, não tem “tempo”. Tempo não é uma medida. Tempo é uma consciência. A Terra é antiga. O mundo, porém, é novo. A Terra tem idade e a natureza existe como documento dessa idade. Mas o mundo é feito de tempo. O mundo passa...e a sua concupiscência... Nenhum dinossauro ficou sabendo que os dinossauros existiram e nem que acabaram...nem mesmo os crocodilos e as aves ficaram sabendo. E as baratas não sabem até hoje que são indestrutíveis no caso de uma guerra nuclear e nem tampouco que podem sobreviver até uma semana separadas da própria cabeça.
Os crocodilos tem idade. O tubarão é antiqüíssimo. Os escorpiões...bem, não há designação para a quase imutável idade de sua existência terrestre. Essas coisas são datáveis. Sabemos quantos sois e luas lhes serviram de dias e noites. Mas ainda assim...não estamos falando de tempo.
Einstein ajuda a entender o tempo físico, e a física quântica o não-tempo. Mas ainda assim não são formulas para designar o único tempo que os humanos conhecem como experiência. As idades são medidas em tempo, mas não são feitas de tempo. O tempo como experiência é o resultado do movimento da consciência de si mesmo.
Queridos rotarianos, o Espírito se movia sobre as águas. As águas se moviam e não sabiam que eram águas e nem tampouco que existiam como movimento. É por isto que a Bíblia é tão pouco preocupada com datações em todo o seu início. Fala-se da existência, não do tempo histórico linear e cronológico das coisas. O tempo passou a começar a ser quando os olhos de Adão se abriram.Criou Deus o homem... Criou-o à Sua própria imagem e semelhança...sendo que Deus não é imagem, e, portanto, não oferece semelhança...pois Deus contém o tempo, mas não se orienta por ele...o tempo e o espaço não lhe são semelhantes...lhe são derivados. O tempo é Nele. Ele não é no tempo.
O homem, todavia, é um deus no tamanho do tempo. Ele carrega a semelhança invisível com a semelhança de Deus...e expressa de modo visível a total impossibilidade de exprimir a semelhança de Deus. Mas o tempo só passa a existir quando a consciência fica sabendo de si...pelo menos um pouco.
Tudo o que houve antes foi Terra. Tudo que vem depois...é mundo. O mundo é feito de tempo e o tempo é feito de mundo. Por isso o mundo passa com o tempo e o tempo passa com o mundo. Esta, no entanto, é uma percepção de um observador, humano, caído. Meu nome é Hiram Filho. Vejo de um dado-lugar-caído. Adão, entretanto, a primeira vez que abriu os olhos não viu o mundo. Ele começou vendo a Terra, vendo a si mesmo, sendo em Deus e iniciante no processo de ânsia por alguma coisa infinitamente de seu tamanho, que virou mulher. Aquele, todavia, ainda era o Gênesis dos céus e da terra. O mundo só começa no capítulo três de Gênesis. Antes daquele dia havia idade e uma quase consciência de tempo, pois, ainda era também uma quase plena consciência de si... Afinal, nenhuma consciência será plenamente consciente de si...se antes não descobrir que de fato não é.
O tempo é o resultado do movimento da consciência de si mesmo...e que acontece como nostalgia do tempo em que só havia idade e com a angustia de que agora só existe tempo. É disso que é feito o mundo. E esse tempo...é o tempo de nossa própria consciência...Digo: até mesmo dessa história caída, pois, o que houve antes da Queda, aconteceu...mas não pode ser chamado ainda de História.A História é um subproduto do movimento da consciência de si... e que fez o tempo existir como experiência...e que fez a experiência se chamar História. Isto é História...o resto são apenas histórias e interpretações do tempo...e que de tempos em tempos...também mudam a sua própria versão...conforme o tempo e o mundo. Afinal, o mundo passa, e bem assim a sua concupiscência; aquele porém que faz a vontade de Deus, permanece para sempre.
Em Cristo, porém, já se passou do tempo da idade e da idade do tempo...pois já se passou da morte para vida. É complicado, mas é assim mesmo... é teologia pura!


Nele,
Que disse: Haja Luz, e houve luz!

4:10 da matina.



Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
Pastor das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus em Eusébio / Ceará
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

DIA DE FINADOS

DIA DE FINADOS


A dor, sem consolação, por uma perda irreparável , Gertrudes, fez Camões, o maior poeta da língua portuguesa, escrever seu mais belo soneto :

“Alma minha gentil, que te partiste
tão cedo desta vida, descontente,
repousa lá no Céu eternamente,
e viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
memória desta vida se consente,
não te esqueças daquele amor ardente
que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
alguma cousa a dor que me ficou
da mágoa, sem remédio, de perder-te,

roga a Deus, que teus anos encurtou,
que tão cedo de cá me leve a ver-te,
quão cedo de meus olhos te levou.”

( Luiz Vaz de Camões )

Luiz Vaz de Camões é o maior poeta da língua portuguesa. Expressão acabada das glórias de sua terra e do homem renovado pela Renascença, ele consolidou sua língua e conferiu-lhe amplitude universal.

Quer na lírica, quer na épica, o gênio Camões magnetiza o leitor e o eleva, de súbito, a um outro estado de percepção.

Como Dante, Petrarca e Shakespeare, Camões foi mestre na arte de escrever sonetos.

Este soneto é o retrato da saudade que sentimos pela perda de um ente muito querido. Portanto, uma sentida homenagem aos nossos que já se foram.

Campina Grande, 30 de outubro de 2008

Rotary Club de Campina Grande
Hiram Ribeiro dos Santos
Secretário

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

HOMENAGEM DO ROTARY CLUB DE CAMPINA GRANDE AO TRANSCURSO DO DIA DO AVIADOR AO COMPANHEIRO VALDY GAMA E AO PAI DA AVIAÇÃO

Antes de prestarmos nossa homenagem ao companheiro e aviador Valdy Gama, faremos breve intróito em homenagem ao Pai da Aviação, Alberto Santos Dumont.

No Dia do Aviador cultivamos a memória de uma das nossas mais valiosas figuras histórias – Alberto Santos Dumont, um brasileiro reconhecido e condecorado em vários países.

Este gênio criativo nasceu em 20 de julho de 1873, em Palmira, hoje chamada Santos Dumont, em Minas Gerais. Ele viu pela primeira vez um balão aerostático numa feira, na cidade de São Paulo, em 1888. Ali mesmo sentiu a sensação de subir com um balão às alturas, que somente aos pássaros era possível.

Depois da morte de seu pai, em 30 de agosto de 1892, mudou-se para Paris, na França. Correu atrás dos seus sonhos e conseguiu em 22 de março de 1898, em sua primeira ascensão aerostática.

Decidido a aperfeiçoar seus balões, fez em julho sua primeira ascensão livre com o balão de nome “Brasil”, que mandou construir para seu uso pessoal. No mesmo ano, ainda em 18 de setembro, realizou a primeira experiência com o seu balão dirigível nº 01, sendo a primeira vez que um motor à explosão, adaptado a um veículo aéreo, funcionava no ar.

Na primeira tentativa de decolagem, chocou-se contra as árvores, pois decolou a favor do vento, conforme foi convencido pelas pessoas que assistiam.

Dois dias depois, a 20 de setembro de 1898, decolou contra o vento, conforme sua concepção. Para espanto da assistência, pela primeira vez na história da humanidade, um balão evoluiu no espaço, propulsionado por um motor a petróleo. Após este evento, aperfeiçoou sua criação nos dirigíveis 2 e 3.

Até o balão dirigível nº 14, houve uma infinidade de experiências diversas que o deixaram famoso. A sua hélice e o motor serviram para as primeiras experiências com o aeroplano nº 14 Bis.

Entre os dias 25 de julho e 23 de outubro de 1898, no Campo de Bagatelle, em Paris, voou perante a Comissão Fiscalizadora do Aeroclube da França, ganhando a taça ARCH-DEACON, por realizar o primeiro vôo de aparelho mais pesado que o ar. Posteriormente, ele criou o nº 16, usando um motor.

Santos Dumont subvencionava suas atividades aeronáuticas com seu próprio dinheiro. Em 1901, encher um balão de 620 metros cúbicos com hidrogênio custava-lhe aproximadamente US$ 500,00.

Mais tarde foi transformado em biplano. No nº 18, a principal experiência foi um deslizador aquático e a tentativa foi demonstrada no Rio Sena.

Ele estava inclinado a crer que a verdadeira função dos veículos aéreos consistiria no transporte rápido de passageiros, correspondências e cargas. Santos Dumont tentou levar o mundo a partilhar suas idéias em vão.

Os homens mais eminentes não as aceitavam e a imprensa, noticiando os seus desastres, apelidava-o de “Santos Desmonta”. Em 1902, entretanto, o Príncipe de Mônaco se ofereceu para construir um hangar, caso Santos Dumont quisesse levar os seus dirigíveis para Monte Carlo, durante o inverno.
Santos Dumont aceitou. O jovem brasileiro, com o seu ar afável e negligente, era visto em jantares com o Príncipe de Mônaco e em ceias com os grandes banqueiros. No mar, as embarcações faziam cortejo em sua honra. Célebres corredores de automóvel aceleravam os seus cargos na estrada do litoral, chegando a ultrapassar 60 quilômetros por hora, para acompanhar o seu vôo.

Depois de muitas experiências com aparelhos que eram metade avião, metade balão, Santos Dumont galgou novos êxitos. Em 1906 deu ao mundo a primeira demonstração pública de vôo num aparelho “mais pesado que o ar”. (Os irmãos Wright só vieram a voar publicamente em 1908).

Criou depois os primeiros monoplanos bem sucedidos, construídos de bambu e seda japonesa que não pesavam, incluindo motor e aviador, mais que 110 quilos, os Libélulas.

Em 1909, resvalando pelas cercas e pelas copas das árvores na sua segunda Libélula, bateu um novo recorde, ao alcançar 95 quilômetros num percurso de oito quilômetros. Foi seu último triunfo.

Ainda em 1909, a aviação começava a escapar das mãos dos inventores para as dos engenheiros e mecânicos. Nos hangares, Santos Dumont encontrava homens mal-educados.

Os homens da aviação só pensavam em corridas e pequenos concursos para ganhar prêmios. Para um homem com a educação requintada e os ideais de Santos Dumont, isso era intolerável. E, por este motivo, retirou-se da arena.

Como ganhador do prêmio Nobel, Santos Dumont acreditava que as suas invenções haviam de tornar tão terrível a guerra, que os homens não pensavam mais nelas. Tal convicção sofreu um rude golpe quando foi declarada a Primeira Grande Guerra Mundial. O aeronauta isolou-se na sua casa, nos arredores de Paris, onde sofreu acessos de neurastenia, atribuindo a si a responsabilidade pelo conflito.

Nos anos que se seguiram ao Armistício, cada desastre de aviação avivava a sua crença de que a dádiva que fizera ao mundo era, na realidade, uma invenção infernal.

Voltando de navio para o Brasil, em 1928, ele presenciou um avião da Condor caindo no mar, matando seus tripulantes. Santos Dumont assistiu aos funerais e, depois, encerrou-se por vários dias num quarto de hotel.

Quando aconteceu o desastre do dirigível R.101, tentou se suicidar. Desde então, os parentes e amigos passaram a exercer estreita vigilância à sua volta. Durante a Revolução Paulista de 1932, Santos Dumont via passar, pelos céus de sua terra natal, a máquina concebida por ele, sendo utilizada como poderoso instrumento de destruição.

Aquele era o mesmo tipo de aeroplano que, um dia, dera a triunfante volta na Torre Eiffel! Um dos sobrinhos que sempre o acompanhava deixou-o sozinho por alguns momentos. Ao voltar, não mais o encontrou com vida.

Santos Dumont morreu no dia 23 de julho de 1932, no Guarujá. Desistiu da vida com a mágoa de ver seu invento, criado para servir, sendo usado para destruir o homem.

Seu coração se encontra no salão nobre da Academia da Força Aérea, em Pirassununga, em artístico escrínio de ouro, para que os oficiais que lá se formam possam sentir sua nobreza e seu pulsar indefinidamente, nos corações de todos os brasileiros.

Passemos a homenagear o companheiro Valdy Araújo Gama, sócio-representativo do Rotary Club Campina Grande Sul, nosso ex-governador assistente. Casado com Iolanda Maria de Castro Gama, pai de quatro filhos, sendo um deles, Fernando Gama, piloto comercial e instrutor de vôo, e avô de nove netos. De origem humilde, fez Escola de Sargento das Armas e prestou serviço militar ao Exercito Brasileiro durante oito anos. Fez concurso para funcionário do Banco do Brasil, prestando-lhe serviços durante 24 anos. Brevetou-se como piloto de aeronaves no Aero Clube de Campina Grande em 1964, ou seja, é aviador há 44 anos, amadoristicamente. Diz enfaticamente que as coisas mais importantes da vida são: saúde, amigos e paixão, nem que seja por avião.



Assíduo e muito participativo nos movimentos de Rotary. É muito amigo, atencioso, correto e responsável com tudo que faz. Depois de 31 anos fora de nossa cidade, voltei e encontrei Gama nas lides rotárias. Hoje sou com orgulho e muita satisfação seu mais humilde e neófito companheiro de Rotary, além de seu admirador.

Vejamos as palavras de um apaixonado pela aviação: “Gama, o pai, simpático e aglutinador, e o filho Fernando, apesar de jovem, bastante experiente (PLA) e extremamente talentoso na arte de instrução de vôo. A eles devo o pouco que sei sobre aviação" – Ricardo César Nóbrega Chaves.



Sendo um homem muito humilde em razão de sua simplicidade, modéstia e não afeito a homenagens, evita que estendamos considerações a respeito de sua larga e bem dotada folha de serviços prestados em Rotary e na aviação, notadamente no Aero Clube de Campina Grande, em todo o estado da Paraíba e nos estados vizinhos. Não precisa estar voando para conquistar as pessoas com sua presteza, simpatia e a generosidade com que nos cativa.

No dizer de Juan Pinheiro, nosso companheiro de Rotary e piloto: “Gama é considerado um ícone da aviação no estado da Paraíba. É reconhecido em todo o Nordeste como um renomado piloto na aviação aero-desportiva”. Deu seu primeiro vôo com Valdy Gama e entusiasmou-se ao ponto de se inscrever para o curso e se brevetar piloto.

Fernando Gama ia ainda criança, pelas mãos do pai passear no Aero Clube desta cidade e entre um vôo e outro foi tomando gosto pela aviação. Aos 17 anos foi instado pelo pai se queria ser piloto de aviação, a resposta foi positiva. Queria ser e o foi em 1980 sob os auspícios e instruções do próprio pai, seu ídolo e grande incentivador até hoje. Não pensava em ser profissional da aviação. Ia para o Aero clube por prazer de voar e por lazer, tanto que concluiu o curso de Fisioterapia na Universidade. Como a profissão não era muito valorizada na época, Fernando Gama partiu para a aviação comercial e nas horas vagas é instrutor no Aero Clube da Paraíba em João Pessoa.

Além de piloto e instrutor de vôo, Valdy Gama profere palestras sobre Prática de Vôos em Universidades, Escolas e Cursos preparatórios em mecânica aeronáutica.

Ao mestre da aviação, ao companheiro amigo, ao exemplar pai, esposo e avô, nossas

Saudações Rotárias.

Hiram Ribeiro dos Santos
Secretário do Rotary Club de Campina Grande

Campina Grande-Pb., 23 de outubro de 2008



REFLEXÃO ROTÁRIA – 23/10/2008

Campina Grande-PB (Santa Terezinha), 23 de outubro de 2008.




Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!

VIVENDO ALÉM DOS ESCRIBAS E FARISEUS!



Quem tem direitos? Ora, apenas aqueles que vejamos como os possuindo. Uma pessoa da Lei diria: A Lei é que possui o direito! E é verdade! Porém, no Evangelho de Jesus Cristo, para fins existenciais e eternos, o direito pertence somente a Deus, e, depois, ao meu próximo, mas não a mim. Quanto a mim, no Evangelho, ainda que eu tenha todos os ‘direitos’ do Direito, ainda assim sou chamado a ir além dos seres mais dotados de paixão legal e também pelo direito, os quais tinham na Escritura sua Lei, seu Direito Supremo: os legalistas escribas e fariseus.
Sim! Sou chamado a excedê-los na forma mais impensável de direito: aquele que confia em Deus sua justiça e seu direito.
Você que gosta de Lei e de Direito, responda-me: Você está disposto a ir além da Lei dos escribas e fariseus, fazendo isto mediante a desistência de todos os seus direitos entre os homens, tendo apenas fome e sede de justiça para os outros, e não como uma bandeira para você mesmo? Leia o Evangelho de Jesus segundo Mateus de 5 a 7 e também a 1ª Epístola de Pedro, e, então, me diga: Estou me excedendo?
Ora, esta Lei é a Lei do amor! Este é o caminho rotariano. Este é o proceder que agrada ao Pai. Este foi o mandamento de Jesus. Esta lei é suficiente para você?


Em cristo,
Que disse: ‘amai ao teu próximo como a ti mesmo, e assim cumprireis toda Lei’!



Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
Pastor das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus em Eusébio / Ceará
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

HOMENAGEM DO ROTARY CLUB CAMPINA GRANDE AO DIA DO PINTOR

JOSÉ RAIMUNDO DOS SANTOS


José Santos nasceu na cidade de Icó, estado do Ceará em 18 de agosto de 1906. Desde a tenra idade sentiu sua vocação para a arte do desenho e da pintura. Ainda jovem decidiu transferir-se para Fortaleza com o propósito de receber ensinamentos. Em seguida em um ateliê de pinturas, começou o processo profissional. Queria alcançar novos horizontes e viajou pelo Brasil como cenógrafo de óperas e operetas em companhias de teatro. Em 1935 chegou a Campina Grande a trabalho e um ano depois contraiu núpcias e aqui se radicou. Além de pintor, desenhista, cenógrafo e arquiteto foi professor da Sociedade Beneficente dos Artistas, membro do Centro Literário de Campina Grande; membro do Centro Cearense de C. Grande; membro da Casa do Ceará da Paraíba; membro da Loja Maçônica "Regeneração Campinense"; colaborador do Jornal O Rebate e diretor fundador do Hospital Pedro I.

Anúncio do secretário geral do RI sobre a crise financeira dos EUA

Notícias do Rotary International -- 29 de setembro de 2008

Prezados Rotarianos,
Muitos de vocês têm nos contatado para saber que efeitos a crise de Wall Street terá sobre a Fundação Rotária e o Rotary International. Muito embora nossos investimentos tenham sido afetados a curto prazo, temos confiança de que todas as desvalorizações serão recuperadas com a estabilização do mercado. Além disso, o Rotary mantém um portfólio bastante diversificado, contando, inclusive, com investimentos em mercados menos afetados pelos eventos recentes. Graças à prudência com que administramos nossos fundos, atravessamos crises anteriores e certamente atravessaremos também esta, sem alterar nossos planos.
Muitos perguntaram especificamente sobre holdings de investimento, seguro e reservas financeiras. Gostaria de observar o seguinte:
  • A fatia dos portfólios de investimento da Fundação Rotária e do RI compostas por empresas incorporadas pelo governo norte-americano (Fannie Mae, Freddie Mac e AIG), absorvidas por outras instituições financeiras (Merrill Lynch e Washington Mutual) ou que decretaram falência (Lehman Brothers) é bastante pequena.
  • Embora o RI seja parcialmente segurado pela AIG, a seguradora AIG é uma entidade legal à parte da entidade financeira e inteiramente regulada por agências governamentais americanas estaduais e federais.
  • Tanto o RI quanto a Fundação Rotária dispõem de altos valores em caixa, e as arrecadações provenientes de outras fontes de renda já superam os montantes do ano passado.
  • Toda a verba do Fundo Pólio Plus está investida em títulos do tesouro americano, os mais seguros do mercado.
  • Tanto o RI quanto a Fundação Rotária dispõem de reservas suficientes para continuar a operar sem que necessitem vender ações em baixa.

Semana passada, a comissão consultiva de investimentos da Fundação Rotária reuniu-se com a equipe de consultores que gere as verbas da entidade para avaliação de rotina de seus investimentos. A equipe confirmou que as políticas de diversificação atualmente adotadas pelo conselho diretor do RI e conselho de curadores da Fundação Rotária ainda são as mais eficazes a longo prazo.
Asseguramos que os líderes seniores, o secretário geral, o departamento de finanças e a empresa de consultoria que administra nossos investimentos estão acompanhando a situação de perto, e estão confiantes que as políticas adotadas possibilitarão ao Rotary continuar a semear o bem no mundo.

Atenciosamente,
Ed Futa
Secretário Geral, Rotary International

REFLEXÃO ROTÁRIA – 16/10/2008

Campina Grande-PB (Santa Terezinha), 16 de outubro de 2008.



Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!

BUSH E O PÃO DA CULPA
QUE O DIABO AMASSOU!
A geração de meu pai nasceu sob o ocaso do Império Britânico e viu o surgimento e fortalecimento dos Impérios Soviético e Americano. Ora, o Império Soviético acabou e estamos vendo a queda do Império Americano. Agora assistimos ao aparecimento de novos conjuntos de nações e de confederações de Estados unidos por interesses nunca revelados.
Provavelmente tudo isto aconteça bem devagar, mas, certamente acontecerá. A morte dos impérios ocidentais abre novos espaços nas almas humanas. Os Hindus sabem que seu modo de ver a realidade é moderno, e que o paradigma quântico melhor se adapta à noção deles de realidade do que a dos filósofos do ocidente. Os budistas vêem a derrocada do ocidente cristão em silencio. Para eles chegou a hora dos que ficam em silencio e não fazem discursos. Entretanto, queridos e amados rotarianos, nenhum grupo religioso se sente mais vitorioso no momento do que os radicais islâmicos. Quem quer que veja o mundo com o olhar do Islã sabe que bin Laden é o ‘juiz’ humano da América do Norte! Sim! Osama bin Laden é o Saladino mulçumano da atualidade a vencer Bush Coração de Rato!
Para quem não vê a vida com olhos cristãos ocidentais, o presente momento da história é a comprovação da falência do Cristianismo como religião e poder determinante no mundo. Isso porque Jesus não se interessou em fundar religião alguma, como dizem os religiosos, mas mostrar a humanidade um modo de viver em verdade e em amor.
À volta de seu fogo nas cavernas do deserto bin Laden dá glorias a Alá! Sim, bin Laden sabe que as bombas-avião que lançou sobre as Torres Gêmeas não foram suas armas mais poderosas; pois, de fato, sua arma mais efetiva foi a Bomba-Bush! O presidente americano foi a bomba que a própria América criou a fim de que hoje lhes explodisse na face.
A América dos aviões e das indústrias de guerra foi alvejada pelo seu próprio poder: os aviões. Os ataques com avião nas Torres tornaram-se a manifestação do Pão de Gideão vindo sobre os americanos-midianitas, isso no sentir de todo o mundo islâmico.
Hoje bin Laden é o “profeta Elias” de Bush e da América! Sim! Faz descer fogo do céu! Mais uma vez prevalece o espírito do Apocalipse como revelação, pois, à semelhança de uma Grande Babilônia, a América ouve os reis da terra clamarem: “Caiu! Caiu!” — e tudo aconteceu em meia-hora no mercado financeiro globalizado e instantâneo.
É ficar de olhos bem abertos, pois muita coisa ainda vai acontecer!
Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça!


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
Pastor das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus em Eusébio / Ceará
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

Do Bastão de Esculápio ao Caduceu de Mercúrio

Paulo R. Prates
Porto Alegre, RS


Os dicionários definem símbolos como "tudo aquilo que, por um princípio de analogia, representa ou substitui alguma coisa. Aquilo que, por sua forma e natureza, evoca, representa ou substitui, num determinado contexto, algo abstrato ou ausente" 1. A balança é o símbolo da justiça; o sol é o símbolo da vida; a cruz é o símbolo do cristianismo. Todo o símbolo tem um significado, sem o que ele não pode representar alguma coisa.
O editor da respeitada revista The New England Journal of Medicine, Arnold S. Relman, em seu editorial comemorativo ao volume 300 da revista, refere-se ao seu símbolo, o bastão de Esculápio cruzado com uma pena, como the crossed quill and caduceus seal 2. Uma quantidade de cartas de médicos americanos e até mesmo de outros países chegou a redação para reclamar da confusão feita com o bastão de Esculápio e o caduceu de Mercúrio.
A confusão entre o bastão de Esculápio e o caduceu de Mercúrio é antiga e existe desde a Renascença 3. O bastão de Esculápio com uma serpente enrolada sempre foi o símbolo da atividade médica. Em 1919 a American Medical Association e em 1956 a World Medical Association o adotaram como seus símbolos 4. O caduceu é mais antigo que o bastão de Esculápio e sempre esteve relacionado ao comércio. De onde vem esta confusão entre os dois símbolos?
Mercúrio era filho de Júpiter e de Maia. Os gregos o chamavam de Hermes, que significa interprete ou mensageiro. Logo após seu nascimento revelou extraordinária inteligência. Conseguiu sair do berço e foi para Tessália onde roubou parte dos rebanhos guardados por Apolo e após esconder o gado numa caverna voltou para o berço como se nada tivesse acontecido. Quando Apolo descobriu o roubo conduziu Mercúrio diante de Júpiter que o obrigou a devolver os animais. No entanto, Apolo, encantado com o som da lira que Mercúrio tinha inventado, a partir de uma casco de tartaruga, deu-lhe em troca, o gado e o caduceu. Júpiter, surpreso com a vivacidade e inteligência do filho, fez dele seu mensageiro e o colocou a serviço de Plutão, deus das profundezas subterrâneas, os infernos, de onde reinava sobre os mortos. Uma das tarefas de Mercúrio era conduzir os mortos ao reino de Plutão 5,6. Esta é a origem do costume de que na antigüidade, os homens que procuravam os feridos e os mortos nos campos de batalha levassem o caduceu, semelhante à bandeira branca ou à bandeira da cruz vermelha nos conflitos mais recentes 7. Surgiu daí o fato de ser o caduceu o símbolo de serviços de saúde de algumas forças armadas, inclusive a dos Estados Unidos 3.
O caduceu era, originalmente, uma haste de ouro com asas em sua extremidade. Segundo a mitologia, Mercúrio lançou-o entre duas serpentes que lutavam e estas se entrelaçaram na haste em uma atitude amistosa 6. Daí o seu aspecto conhecido. Por ser Mercúrio, também, deus dos negociantes, o caduceu tornou-se o símbolo do comércio (fig. 1) 5,6.




A lenda, sobre Asklépios ou Esculápio, data de cerca de 700 anos AC, foi relatada por Hesíodo 8.
Esculápio, nome latino de Asklépios em grego, era filho de Apolo e Côronis. Nasceu em Epidauro no Peloponeso, de onde seu culto se disseminou. Conta a mitologia que Diana, irmã e uma das esposas de Apolo, numa crise de ciúmes matou a mortal Côronis, grávida de Apolo. Estando Côronis já na pira funerária, Apolo arrancou-lhe do ventre o filho Esculápio, entregando-o ao centauro Quiron para ensinar-lhe a arte de curar. O menino aprendeu depressa e logo ultrapassou o mestre. Tornou-se tão hábil na arte de curar que podia ressuscitar os mortos. Plutão, temeroso de que com esse dom, pudesse Esculápio diminuir as almas que chegavam ao seu reino, queixou-se a Júpiter que, como castigo, o eliminou com um raio. Em outra versão, Esculápio foi morto pelas flechas de seu próprio pai, tendo as flechas de Apolo tornado-se o símbolo da morte súbita na medicina grega 4-6,9. Numa de suas visitas a pacientes em seu templo, uma serpente enrolou-se em seu cajado. Apesar do esforço para retirá-la, a serpente tornava a enrolar-se no cajado onde permaneceu 4. Esculápio tornou-se o deus da medicina e seu cajado com uma serpente enrolada, o símbolo da atividade médica (fig. 2) 3,4,10.


De onde vem a confusão entre os símbolos de atividade tão diferentes?
A primeira causa é a serpente que desde o tempo dos babilônios esteve relacionada com a cura e, portanto, com a atividade médica. Na lenda do príncipe Gilgamés, transmitida pela escrita cuneiforme, a serpente, após comer a erva da vida despiu-se de sua pele envelhecida e se rejuvenesceu. Tornou-se o símbolo de vários deuses da cura nas culturas antigas 11.
A Bíblia, no Quarto Livro de Moisés, 21:8, também se refere à serpente, relacionando-a com a cura: "Então", disse o Senhor a Moisés: "faze uma serpente de bronze e põe-na sobre a haste; e será que todo o mordido que olhar para ela vivera".
Outro motivo é que o caduceu pertencia a Apolo que o deu a Mercúrio em troca da lira. Apolo é também considerado como deus da medicina pelos gregos e considerado o inventor da arte de curar 13. O juramento de Hipócrates inicia com o juramento em nome de Apolo, "juro por Apolo, médico, Asklépios, Hegéia e Panacéia..." 14.
O fato de ser usado nos campos de batalhas na procura de feridos e mortos também o confunde com a atividade médica 7.
Outro fato importante é a associação do caduceu à alquimia na idade média 3, daí a sua ligação aos medicamentos e a medicina.
Certamente, o motivo principal da confusão nos tempos atuais foi a publicação das obras de Hipócrates em grego pelo tipógrafo suíço Johannes Froben em 1538. O caduceu era o símbolo de sua tipografia e como tal, foi estampado na página frontal do livro (fig. 3) 15.




Símbolos significam a representação de alguma coisa ou de alguma atividade e podem, em determinado período, perder a sintonia com aquilo que ele representa. O famoso artista gráfico americano, Paul Rand, nos diz muito bem sobre isto:
"Há bons símbolos, como a cruz. Há outros como a suástica. Seus significados são tomados de uma realidade. Símbolos são uma dualidade. Eles tomam significado das causas... boas ou más". 16
As mudanças que a realidade econômica tem imposto à atividade médica com a comercialização exagerada da profissão; com planos de saúde impondo normas à nossa atividade e muitos desses planos usando corretamente o caduceu do comércio, como símbolo, mas algumas vezes fazendo com que este seja confundido com o símbolo da medicina, uma reflexão sobre o nosso verdadeiro símbolo e o seu significado se impõe. É pouco provável que seu uso incorreto possa induzir mudanças no comportamento médico. Em seu artigo "O símbolo da medicina: tradição e heresia" o Prof. Joffre Marcondes de Rezende escreve: "com a intermediação dos serviços médicos por empresas de fins lucrativos, a medicina tornou-se objeto de comércio por parte de terceiros. O médico passou a ser apenas um prestador de serviços e o paciente um consumidor, ambos sujeitos a normas contratuais previamente estabelecidas. Neste sentido, estaria justificado o uso por essas empresas do caduceu de Hermes, símbolo do comércio" 17. Por outro lado, não devemos esquecer que a nossa atividade surgiu com o homem, com o primeiro sinal de sofrimento e com o primeiro desejo de aliviá-lo 12 e outro não deveria ser seu objetivo primordial. Isto não tem nada em comum com o comércio. O bastão de Esculápio e o que ele significa é e deve continuar sendo o verdadeiro símbolo da medicina 4,9,18.


















Homenagem do Rotary Club Campina Grande ao Dia do médico


Esculápio

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Esculápio
Esculápio (em latim: Aesculapius) era o deus romano da medicina e da cura. Foi herdado diretamente da mitologia grega, na qual tinha as mesmas propriedades mas um nome sutilmente diferente: Asclépio (em grego: Ἀσκληπιός, transl. Asklēpiós).
Segundo reza o mito, Esculápio nasceu como mortal, mas depois da sua morte foi-lhe concedida a imortalidade, transformando-se na constelação Ofiúco. Dentre seus filhos encontram-se Hígia e Telésforo.
Curiosamente, na província da
Lusitânia, correspondente ao atual território de Portugal, Esculápio era especialmente venerado, enquanto em Roma era considerado uma divindade menor.[carece de fontes?]
O culto a Esculápio foi muito prestigiado no mundo antigo. Os santuários erigidos em sua homenagem se converteram em sanatórios.
Na
Ilíada de Homero, Esculápio é apresentado como um hábil cirurgião. Píndaro e Hesíodo detalham como Zeus acabou por fulminar Asclépio com um raio. Consta que a atitude do deus foi porque Asclépio pretendia igualar-se aos deuses tornando os seres humanos imortais.
Depois de algum tempo, Esculápio passou a ser considerado como filho de
Apolo com a mortal Corônis, tendo então o poder de curar aos enfermos.
No
Peloponeso, no século VI a.C., foram erigidos um templo chamado de Epidauro e um teatro. Lá eram acolhidos os peregrinos e enfermos que acorriam para a festa em honra de Esculápio, a Epidauria. Patrono dos médicos, sua figura aparecia nos ritos místicos de Elêusis.
Em
Roma, por ordem das profecias sibilinas, que foram um conjunto de oráculos do ano 293 a.C., o culto a Esculápio foi iniciado.
Esculápio era representado como um homem
barbudo, com o ombro direito descoberto, de olhar sereno ao horizonte, ora acompanhado de sua filha Hygiea (Higia, a saúde), ora sozinho. Seu braço esquerdo, sempre aparece apoiado num cajado, confundido às vezes com o caduceu de Mercúrio, que possui duas serpentes, enquanto em volta de seu bastão há apenas uma serpente. O bastão de Esculápio se transformou no símbolo da medicina.

Obtido em "
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escul%C3%A1pio"

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Campina Grande

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Município de Campina Grande

Aniversário 11 de outubro
Fundação 1864
Gentílico campinense
Lema Solum Inter Plurima
Prefeito(a) Veneziano Vital do Rêgo (PMDB)

Localização

7° 13' 50" S 35° 52' 52" O7° 13' 50" S 35° 52' 52" O
Estado Paraíba
Mesorregião Agreste Paraibano
Microrregião Campina Grande

Municípios limítrofes

Norte: Lagoa Seca, Massaranduba, Pocinhos e Puxinanã
Sul: Boqueirão, Caturité, Fagundes e Queimadas
Leste: Riachão do Bacamarte
Oeste: Boa Vista.
Distância até a capital 120 quilômetros

Características geográficas

Área 620,63 km²
População 381.422 hab. est. IBGE/2008 [1]
Densidade 597,9 hab./km²
Altitude 552 metros
Clima tropical
Fuso horário UTC-3

Indicadores

IDH 0,721 PNUD/2000
PIB R$ 2.222.988.000,00 IBGE/2005 [2]
PIB per capita R$ 5.910,00 IBGE/2005 [2]

Campina Grande é a segunda cidade mais populosa do estado de Paraíba. Fica a 120 km da capital do estado, João Pessoa. É considerada um dos principais pólos industriais e tecnológicos da Região Nordeste do Brasil. Campina Grande foi fundada em 1º de dezembro de 1697, tendo sido elevada à categoria de cidade em 11 de outubro de 1864.
A cidade possui uma agenda cultural variada, destacando-se os festejos de São João, que acontecem durante todo o mês de junho (chamado de "O Maior São João do Mundo"), a Micarande, um dos mais tradicionais carnavais fora de época do país, o Encontro da Nova Consciência, um econtro ecumênico realizado durante o carnaval, além do Festival de Inverno.
Campina Grande tem destaque nas áreas de informática, serviços (saúde e educação), no comércio e na indústria, principalmente indústria de calçados e têxtil, que são suas principais atividades econômicas. Sedia empresas de porte nacional e internacional.
Campina Grande também é conhecida como cidade universitária, pois conta com duas universidades públicas. É comum estudantes do Nordeste e de todo o Brasil virem morar na cidade para estudar nas universidades locais. Além de ensino superior, a cidade oferece capacitação para o nível médio e técnico.

História

A urbanização da cidade tem um forte vínculo com suas atividades comerciais desde as primórdias até hoje. Primeiramente a cidade foi lugar de repouso para tropeiros, em seguida se formou uma feira de gado e uma grande feira geral (grande destaque no Nordeste). Posteriormente, a cidade deu um grande salto de desenvolvimento devido às atividades tropeiras e ao crescimento da cultura do algodão, quando Campina Grande chegou a ser a segunda maior produtora de algodão do mundo. Atualmente, a cidade tem grande destaque no setor de informática e desenvolvimento de softwares. Abaixo, seguem-se as etapas da urbanização da cidade de Campina Grande, passando pelos estados de "sítio", vila e cidade.

Ocupação pelos índios Ariús
Normalmente a origem de Campina Grande é creditada à ocupação pelos índios Ariús no sítio de Campina Grande, liderados por Teodósio de Oliveira Lêdo, Capitão-mor dos Sertões, em 1º de dezembro de 1697. Entretanto, alguns autores não concordam com essa versão, sugerindo que o local já era povoado (com o nome de Campina Grande) na chegada de Teodósio com os Ariús. O Capitão-mor teria feito, nessa última versão, a consolidação do povoado e seu desenvolvimento, integrando o sertão com o litoral, levando em consideração que o posicionamento geográfico de Campina Grande é privilegiado, sendo passagem dos viajantes do oeste para o litoral paraibano.
Os Ariús formaram a primeira rua do lugar, com casas de taipas. Mais tarde a rua foi chamada de Rua do Oriente, que hoje é a rua Vila Nova da Rainha. A igreja construída no alto da ladeira deu origem a várias casas em seus arredores e atualmente é a Catedral de Campina Grande. O largo da Matriz, a rua onde foi contruída a igreja, posteriormente tornou-se uma das ruas mais importantes da cidade: a Avenida Floriano Peixoto. A economia do povoado era sustentada pela feira das Barrocas, por onde passavam vários boiadeiros e tropeiros.
Assim, aos poucos, o povoado torna-se vila, devido ao progresso comercial que havia obtido. Quando o povoado de Campina Grande surgiu, poucos locais populosos existiam na Paraíba, a exemplo: Alhandra e Jacoca, Baía da Traição e Cabedelo, no litoral; Monte-mor, Taipu e Pilar, na região da Várzea; Boqueirão, no Cariri; e Piranhas e Piancó, no Sertão.

Surgimento da vila
No fim do século XVIII, a Coroa pretendia criar novas vilas na província. Nesta época, a província da Paraíba era sujeita à de Pernambuco, cujo governador era D. Tomás José de Melo. Em 1787, o ouvidor da província da Paraíba, Antônio F. Soares, pediu ao governador de Pernambuco a criação de três vilas na capitania. Duas dessas vilas o ouvidor criaria em Caicó e em Açu, onde já havia povoamentos que, nesta época, faziam parte da Capitania da Paraíba. A outra, pretendia criar na região do Cariri, que compreendia parte do que hoje são a Microrregião do Cariri Oriental e do Cariri Ocidental. Campina Grande e Milagres eram as duas freguesias candidatas a virarem vila que estavam naquela região.
Assim, em abril de 1790, Campina Grande foi escolhida pelo Ouvidor Brederodes para se tornar vila, devido à suas terras cultivadas produzirem mais riquezas e principalmente devido à sua melhor localização, estando entre a capital no litoral e o sertão.
No dia 6 de abril, Campina Grande passou a ser chamada oficialmente de Vila Nova da Rainha, em homenagem à Rainha Dona Maria I. Apesar da mudança de nome, os habitantes locais continuaram a chamar o lugar de Campina Grande, e somente em textos oficiais e formais o nome Vila Nova da Rainha era utilizado. A cadeia de Campina Grande foi contruída em 1814, no largo da Matriz (atual Avenida Floriano Peixoto). Este prédio hoje em dia é o Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande.
Assim, Campina Grande alcançou a categoria de vila em 1790. A vila então possuía câmara municipal, cartório e pelourinho. Entretanto, a Vila Nova da Rainha não despertou grande interesse da província e crescia ainda muito lentamente: depois de oito anos criada a vila, possuía pouco mais de cem casas com apenas três mil habitantes. O território ocupado por Campina Grande era bastante abrangente: compreendia o Cariri (a não ser por Serra do Teixeira), parte do Agreste, parte do Brejo, abrangendo os povoados de Fagundes, Boqueirão, Cabaceiras, Milagres, Timbaúba do Gurjão, Alagoa Nova, Marinho, e outros, ao todo somando um território de mais de 900 km².
Em 1852 a população da Vila já era de 17 900 pessoas. Mas em 1856, uma epidemia matou cerca de 1550 pessoas do lugar, diminuindo quase 10% de sua população, chegando aos corpos ficarem sem espaço para serem sepultados nas igrejas.

A cidade
Em 11 de outubro de 1864, de acordo com a Lei Provincial nº 137, Campina Grande se eleva à categoria de cidade. Neste momento, a Paraíba tinha dezesseis vilas e mais seis cidades: Parahyba (atual João Pessoa), Mamanguape, Areia, Sousa e Pombal (Paraíba).
A cidade de Areia, que se tornou cidade já em 1846, havia se tornado a mais destacada da Paraíba, fora a capital, tanto econômica, social e politicamente. Além disso, Areia tinha grande influência cultural e intelectual. Embora Campina Grande não fosse tão bem edificada quanto Areia, não era menor que ela. Na época, a cidade de Campina Grande tinha três largos, quatro ruas e cerca de trezentas casas. Possuía, ainda, duas igrejas: a da Matriz (hoje a Catedral) e a Igreja Nossa Senhora do Rosário, que veio a ser destruída mais tarde pelo prefeito Vergniaud Wanderley (hoje existe outra igreja com o mesmo nome). Possuía também uma cadeia e uma Câmara Municipal, entre outras contruções.
Apesar de todo o desenvolvimento comercial que a cidade obteve, o aspecto urbano da mesma não mudava praticamente nada. Em alguns anos, apenas os prédios da Cadeia Nova, da Casa de Caridade, do Grêmio de Instrução e o Paço Municipal foram construídos. Porém, em se tratando de casas, muitas foram construídas fazendo com que, no fim do século XIX, Campina Grande tivesse cerca de 500 casas.
No ano de 1864 foi contruído um prédio onde se faria o mercado. Este lugar teve vários nomes, dentre os quais "Largo do Comércio Novo", "Praça da Uruguaiana", "Praça das Gameleiras", "Praça da Independência" e, por fim, "Praça Epitácio Pessoa". Em 1870 uma lei (Lei Provincial nº 381) proibia que se fizessem banhos ou lavagem de roupas e de animais no Açude Novo, assim como ficou proibido vaquejadas nas ruas da cidade. Em 1872, conforme o Decreto Imperial do dia 18 de setembro de 1865, faz padrão o sistema métrico decimal francês em Campina Grande.

Crescimento com o Ouro Branco
Como tempo a cidade ia se desenvolvendo, mas somente no início do século XX foi que mudanças econômicas e mudanças nas condições de vida vieram a realmente acontecer significativamente.
O algodão no início do século XX foi para Campina Grande a principal atividade responsável pelo crescimento da cidade, atraindo comerciantes de todas as regiões da Paraíba e de todo o Nordeste. Até a década de 1940, Campina Grande era a segunda maior exportadora de algodão do mundo, atrás somente de Liverpool, na Inglaterra. Por isto, Campina Grande já foi chamada de a "Liverpool brasileira". Devido ao algodão, nesses anos Campina viu crescer sua população de 20 mil habitantes, em 1907, para 130 000 habitantes, em 1939, o que representa um crescimento de 650% em 32 anos.
A produção de algodão teve um impulso importante com a chegada das linhas ferroviárias para a cidade. Com o uso do trem, houve uma grande mudança na economia local: Campina pôde mais facilmente exportar sua produção de algodão (o "Ouro Branco"), assim como outros produtos para os portos mais próximos, principalmente o de Recife.
Até 1931, a Paraíba foi o maior produtor de algodão do Brasil, com produção de 23 milhões de quilos de algodão em caroço. Com a crise do café em São Paulo, este passou a produzir algodão como alternativa. Em 1933, São Paulo já produzia 105 milhões de quilos em comparações com seus 3,9 milhões em 1929. Vários fatores foram responsáveis para o decadência de Campina Grande no ramo do algodão, os principais foram: 1) inexistência de um porto na Paraíba para grandes navios, fazendo com que Campina Grande tivesse que usar o porto de Recife, mais distante, para o transporte do algodão); 2) preço em comparação ao produto de São Paulo; 3) Ingresso de outras empresas estrangeiras no mercado do algodão.
Se João Pessoa, na época, tivesse um porto pelo menos do tamanho do de Recife, a história poderia ter sido diferente; Campina Grande continuaria por mais alguns anos a possuir o crescimento anormal que estava tendo e hoje seria uma cidade muito maior.
No decorrer do século XX, a capital da Paraíba, João Pessoa, perdeu importância e viu a ascensão de Campina Grande, cidade do interior do estado. A economia pessoense, na primeira metade do século, praticamente se estagnou. Até os anos 60, era, com um exagero talvez, praticamente uma capital administrativa, pois Campina Grande aproximou-se do posto de João Pessoa de cidade mais importante do estado, já que, nesse período, Campina Grande despontava como importante pólo comercial e industrial não só do estado, mas também da Região Nordeste. João Pessoa, naquela época, tinha poucas indústrias e apenas desempenhava funções administrativas e comerciais. A partir dos anos 60, após grandes investimentos privados e governamentais, tanto do governo estadual quanto do governo federal, João Pessoa ganhou novas indústrias e importância, reafirmando sua posição de cidade principal do estado, em termos econômicos.

Tech City
Há muito tempo o município apresenta forte participação na área tecnológica. Nos anos 40, Campina Grande era a segunda exportadora de algodão do mundo, sendo o primeiro lugar Liverpool, na Grã-Bretanha. Em 1967, a cidade recebe o primeiro computador de toda a Região Nordeste do Brasil, que ficou no Núcleo de Processamento de Dados da Universidade Federal da Paraíba, Campus II (hoje Universidade Federal de Campina Grande). Hoje, tantos anos depois, Campina Grande é referência em se tratando de desenvolvimento de Software e de indústrias de informática e eletrônica.
A revista americada Newsweek escolheu, na edição de abril de 2001, nove cidades de destaque no mundo que representam um novo modelo de Centro Tecnológico. O Brasil está presente na lista com Campina Grande, que foi a única cidade escolhida da América Latina. Em 2003, mais uma menção foi feita à cidade: desta vez referenciada como o "Vale do Silício brasileiro", graças, além da high tech, às pesquisas envolvendo o algodão colorido ecologicamente correto. As nove cidades escolhidas pela Newsweek foram: Akron (Ohio - EUA); Huntsville (Alabama - EUA); Oakland (Califórnia - EUA); Omaha (Nebraska - EUA); Tulsa (Oklahoma - EUA); Campina Grande (Paraíba - Brasil); Barcelona (Espanha); Suzhou (China); Côte d'Azur (França)).
O primeiro computador de todo o Nordeste foi instalado aqui, em 1967, ocupando todo o primeiro andar do prédio.
Segundo a revista, o motivo para o sucesso foi a Universidade Federal da Paraíba, Campus II (que em 2002 tornou-se a Universidade Federal de Campina Grande). Desde 1967, quando os acadêmicos conseguiram apoio para comprar o primeiro computador do nordeste, um mainframe IBM de US$ 500 mil, criou-se uma tradição na área de computação que hoje tem reconhecimento em todo o mundo.
Campina Grande possui cerca de setenta e seis empresas produtoras de software, o que representa mais de 500 pessoas de nível superior faturando, ao todo, 25 milhões de reais por ano, o que representa 20% da receita total do município.
Ultimamente, o mais importante vínculo criado na cidade foi com o TecOut Center, em 2004, que fez aliança com a Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, que desde 1984, em sua fundação em Campina Grande, deu origem a mais de 80 empresas de tecnologia. O TecOut Center surgiu com o objetivo de aproximar as empresas de tecnologias brasileiras das chinesas, propiciando uma interação tecnológica entre o Brasil e a China, gerando empregos e fortalecendo o desenvolvimento local.

Dados geográficos

Localização
A cidade localiza-se no interior do estado da Paraíba, no agreste paraibano, na parte oriental do Planalto da Borborema. Está a uma altitude média de 552 metros acima do nível do mar. A área do município abrange 620,6 km².
Fazem parte do município de Campina Grande os seguintes distritos: Catolé de Boa Vista, Catolé de Zé Ferreira, São José da Mata, Santa Terezinha e Galante.
Distâncias entre Campina Grande e algumas capitais brasileiras:


• 120 km - João Pessoa
• 191 km - Recife
• 270 km - Natal
• 374 km - Maceió
• 541 km - Aracaju
• 709 km - Fortaleza
• 879 km - Salvador
• 1 530 km - São Luís
• 2 378 km - Rio de Janeiro
• 2 700 km - São Paulo
• 1 020 km - Teresina



População
Crescimento da população em Campina Grande ao longo dos anos, a partir de 1697. Pontos azuis significam medições reais, a linha reta é apenas uma interpolação.
Campina Grande possui 379 871 habitantes (densidade demográfica de 612 hab/km²), segundo estimativas do IBGE em 2006. Em 1991 o Índice de Desenvolvimento Humano era de 0,647, subindo para 0,721 em 2000.
Houve uma época em que Campina Grande teve um crescimento anormal, devido ao cultivo do algodão, no início do século XX até o final da década de 1930. Nesses anos, Campina viu crescer sua população de 20 mil habitantes, em 1907, para 130 000 habitantes, em 1939, o que representa um crescimento de 650% em 32 anos.

Influência política e econômica
Campina Grande exerce grande influência política e econômica sobre o "Compartimento da Borborema", que é composto de mais de 60 municípios (1 milhão de habitantes) do estado da Paraíba. O Compartimento da Borborema engloba 5 microrregiões conhecidas como Agreste da Borborema, Brejo Paraibano, Cariri, Seridó Paraibano e Curimataú.
No dia 15 de setembro de 2004, a Assembléia Legislativa da Paraíba aprovou o projeto de lei que tinha como objetivo criar a Região Metropolitana de Campina Grande, que abrangia 22 municípios, sobre os quais Campina Grande exerce grande influência [3]. O projeto estava previsto para ser efetivado no início de 2005. Os municípios participantes eram: Alagoa Nova, Areial, Aroeiras, Barra de Santana, Boa Vista, Boqueirão, Caturité, Esperança, Fagundes, Gado Bravo, Ingá, Itatuba, Lagoa Seca, Massaranduba, Matinhas, Montadas, Pocinhos, Puxinanã, Queimadas, Riachão do Bacamarte, São Sebastião de Lagoa de Roça, Serra Redonda. A região metropolitana teria uma população estimada de 1 milhão de habitantes.
No entanto, o governador Cássio Cunha Lima vetou o projeto no dia 21 de novembro [4]. Os argumentos utilizados foram que, além de inconstitucional, uma vez que não é do Poder Legislativo, mas do Executivo a prerrogativa de tal iniciativa, ele pretendia realizar uma discussão com os prefeitos recém-eleitos para os municípios em questão, inclusive com o de Campina Grande.

Clima
Campina Grande, por situar-se no agreste paraibano, entre o litoral e o sertão, possui um clima menos árido do que o predominante no interior do estado (clima equatorial semi-árido). Além disso, a altitude de 552 metros acima do nível do mar garante temperaturas mais amenas durante todo o ano. As temperaturas máximas são de 33 °C nos dias mais quentes de verão e 28 °C em dias de inverno. As temperaturas mínimas ficam em torno de 23 °C nos dias mais quentes de verão, ou 15 °C nas noites mais frias do ano. A umidade relativa do ar está entre 75 a 82 %. O inverno começa em maio e termina em agosto.

Hidrografia
Apesar de Campina Grande não possuir rios de proporção significativa, possui atualmente três açudes: o Açude Velho , o Açude de Bodocongó e oAçude Novo. Destes, o maior e mais importante é o Açude Velho, que tem área de mais de 250 m² e é um dos cartões-postais da cidade.
Antigamente existia um outro açude, o Açude Novo, mas sobre este foi construído um parque público. O Açude Novo hoje representa outro importante cartão-postal de Campina Grande.
Outra característica hidrográfica Campina Grande separa, como área dispersora de águas fluviais, os afluentes do Rio Paraíba (nas direções sul e sudeste) dos afluentes do Rio Mamanguape (direções norte e nordeste).
Vegetação
A paisagem florística é bastante diversificada, apresentando formações de palmáceas, cactáceas em geral, legumináceas e bromeliáceas, além de rarefeitas associações de marmeleiros, juazeiros, umbuzeiros, algarobos, etc.
Campina Grande encontra-se próxima das fronteiras de várias microrregiões de climas e vegetações distintas. Ao nordeste do município, a vegetação é mais verde e arborizada, como no Brejo Paraibano. Ao sudeste, encontra-se uma paisagem típica do agreste, com árvores e pastagens. A caatinga, vegetação rasteira, é a predominante no oeste e sul do município, típicos do clima e vegetação do Cariri.

Arborização
Ver artigo principal: Arborização de Campina Grande

As quinze plantas ou árvores mais utilizadas na arborização campinense são (da mais freqüente à menos freqüente): Cássia-amarela, Algaroba, Sombreiro, Castanhola, Mata-fome, Cacau-bravo, Ipê-amarelo, Flamboyant, Oitizeiro, Figo-benjamina, Oliveira, Palmeira-imperial, Aroeira-da-praia, Espatódia e Cássia-brasil.

Economia
Ver artigo principal: Economia de Campina Grande

De acordo com estimativa do IBGE do ano de 2004, o PIB de Campina Grande foi de 2,442 bilhões de reais (0,16% do PIB nacional). Logo, houve um crescimento de 27,8 % entre os PIB dos anos de 2002 (1,6 bi) e 2004. Em 2004, Campina Grande se mostrou uma das cinco cidades com maior PIB do interior do Nordeste, que foram: Feira de Santana - BA (2,600 bi), Campina Grande - PB (2,045 bi), Ilhéus - BA (1,853 bi), Canindé de São Francisco - SE e Petrolina - PE (1,609) [5]. Neste ano, o setor industrial apresentou um bom desempenho, principalmente em vestuário e calçados.
As principais atividades econômicas do município de Campina Grande são: extração mineral; culturas agrícolas; pecuária; indústrias de transformação, de beneficiamento e de desenvolvimento de software; comércio varejista, atacadista e serviços. O município é grande produtor de software para exportação.
A posição privilegiada de Campina Grande contribui para que seja um centro distribuidor e receptor de matéria-prima e mão-de-obra de vários estados. Campina Grande tem grande proximidade com três capitais brasileiras: Natal, João Pessoa e Recife. Além disso, dentro do próprio estado, situa-se no cruzamento entre a BR-230 e a BR-104.

Setores
Até em 2003, Campina Grande possuía aproximadamente 1229 fábricas (atividade industrial), 200 casas de comércio atacadista e 3200 unidades de comérico varejista. No setor de prestação de serviços, Campina Grande é um importante centro econômico, especialmente para as dezenas de cidades que fazem parte do Compartimento da Borborema. Na agricultura, destaca-se o algodão herbáceo, feijão, mandioca, milho, sisal, além de outros produtos de natureza hortifrutigranjeira que representam 6000 toneladas mensalmente comercializadas. A pecuária atua em função da bacia leiteira. Já em 1934, era inaugurada a primeira usina de pasteurização do município.
A área de informática movimenta anualmente cerca de 30 milhões de dólares (o que ainda é bem pouco perto do grande potencial dos softwares), com cerca de 50 empresas de pequenas, médio e grande porte.
Administração

Campina Grande possui o segundo maior colégio eleitoral da Paraíba com 255 282 eleitores distribuídos em 598 secções e quatro zonas eleitorais. O primeiro Colégio Eleitoral de Campina Grande foi criado em 1878, e possuía apenas 34 eleitores.

Prefeitos
Ver artigo principal: Lista de prefeitos de Campina Grande

Até 1895, as funções executivas de Campina Grande eram exercidas pelo Conselho Municipal. Em 2 de março de 1895, o cargo de Prefeito Municipal foi criado, pela Lei Estadual nº 27, sendo o primeiro prefeito de Campina foi o major Francisco Camilo de Araújo e o primeiro vice-prefeito Silvino Rodrigues de Sousa Campos.
Somente em 1947 o povo passou a escolher os prefeitos da cidade diretamente, através das eleições. O prefeito atual de Campina Grande é Veneziano Vital do Rêgo Segundo Neto.

Bairros e distritos
Ver artigo principal: Lista de bairros e distritos de Campina Grande

Existem oficialmente 49 bairros em Campina Grande. Recentemente novos bairros foram formados, como o bairro Jardim Borborema, dentro outros, que ainda não foram reconhecidos. Além desses bairros, Campina tem atualmente seis distritos, cujos os principais são Galante e São José da Mata.

Turismo e lazer
Herdeira da cultura nordestina, Campina Grande luta por manter vivo o rico patrimônio representado pelas manifestações culturais e populares dessa região. A quadrilha junina, o pastoril, as danças folclóricas, o artesanato, etc., são alguns exemplos de manifestações da cultura popular que ainda encontram lugar na cidade.
Historicamente, Campina Grande teve, e continua tendo, papel destacado como pólo disseminador da arte dos mais destacados artistas arraigados na cultura popular nordestina, a exemplo dos "cantadores de viola", "emboladores de coco", poetas populares em geral. Especialmente na música, é inegável a importância desta cidade na divulgação de artistas do quilate de Luiz Gonzaga, Rosil Cavalcante, Jackson do Pandeiro, Zé Calixto, dentre muitos, e até pelo surgimento de outros tantos como Marinês, Elba Ramalho, etc. Eventos como "O Maior São João do Mundo", Festival de Violeiros, "Canta Nordeste", as vaquejadas que se realizam na cidade, além de programações específicas das emissoras de rádio campinenses, contribuem fortemente para a preservação da cultura regional.

Áreas verdes
O Açude de Bodocongó é um açude originalmente criado por conta da escassez de água na região, uma vez que o Açude Novo e o Açude Velho já não estavam suprindo as necessidades da população. Além do mais, o Açude de Bodocongó fica muito distante dos Açudes Novo e Velho, podendo abastecer gente que morava muito longe do centro da cidade.

O Açude Novo ou Parque Evaldo Cruz é um parque em formato circular que fica no Centro da cidade, próximo ao Parque do Povo. Atualmente trata-se de um parque de 46 875 m² com muitos bancos e árvores, assim como pequenos restaurantes que ficam em volta de uma fonte. Um grande obelisco se encontra no centro do parque. No passado, era um açude de verdade.

O Açude Velho foi o primeiro açude que Campina Grande teve. Foi construído por causa da seca que o Nordeste enfrentou de 1824 a 1828. Assim, a construção do Açude Velho pelo governo provincial da Paraíba foi iniciada em 1828 e concluída em 1830, sendo, por quase um século, o maior açude de Campina Grande. É onde estão localizados o monumento -símbolo de Campina Grande "Os Pioneiros" e as estátuas de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro.

O Parque do Povo, onde é realizado O Maior São João do Mundo, possui uma área de 42 mil e 500 metros quadrados situada no centro de Campina Grande. É no Parque do Povo que se situa a "Pirâmide do Parque do Povo", que é a única área coberta do Parque, em formato de uma pirâmide.

A Praça Clementino Procópio, onde se encontra um monumento feito em homenagem a Teodósio de Oliveira Lêdo, bem como coretos e diversas estátuas, é popularmente também conhecida por "Praça dos Hippies".

A Praça da Bandeira, ou Praça dos Pombos, é o principal ponto de encontros devido principalmente a sua posição estratégina no coração do centro da cidade.

Outras áreas verdes
Como outras áreas verdes de Campina Grande, existem o Parque da Criança (MAPA), o Parque da Pedras, a Praça do Trabalho, dentre outras.

Shopping centers
Os principais shopping centers da cidade são: Iguatemi Campina Grande, Shopping Campina Grande, Shopping Centro Edson Diniz, Shopping Cirne Center, Shopping Babilônia Center e Shopping Luiza Motta.

Eventos importantes
Nome do evento Quando acontece
Encontro da Nova Consciência
fevereiro, nos dias de Carnaval

Crescer - O Encontro da Família Católica fevereiro, nos dias de Carnaval

Encontro Para a Consciência Cristã fevereiro, nos dias de Carnaval

Movimento de Integração do Espírita Paraibano
fevereiro, nos dias de Carnaval

Vaquejada Parque Ivandro Cunha Lima março

Micarande
abril

O Maior São João do Mundo
junho

Festival de Inverno de Campina Grande
agosto

7º Encontro de Motociclismo de Campina Grande
Tropeiros do Asfalto - MC outubro

Vaquejada Parque Maria da Luz outubro

Exposições de Animais outubro

Natal dos Sonhos dezembro


Cultura

Teatros

História

A história do teatro em Campina Grande tem início em 1925, quando foi fundado o "Teatro Apolo", o que acarretou no surgimento do primeiro grupo teatral campinense, "O Corpo Cênico do Grêmio Renascença".
A década de 1940 não ofereceu novidades para as artes cênicas em Campina. Na década de 1950, foi implantado o "Rádio-Teatro Borborema", por Fernando Silveira. Ainda nos anos 50, o pernambucano Raul Prhyston criou o grupo teatral "Os Comediantes", com principais peças sendo "A Mulher que Veio de Londres" e "A Vida tem três Andares". Atualmente existe um teatro com o nome deste pernambucado, o Teatro Raul Prhyston.
Em 1962, o Teatro Municipal Severino Cabral foi fundado, de grandes dimensões para a época, impulsionando o teatro campinense.
O Festival de Inverno de Campina Grande surgiu em 1975, divulgando e apresentando muitas peças e shows teatrais.
Na década de 1980, a crise econômica brasileira, que afetou o teatro, e a decadência física do Teatro Municipal Severino Cabral, reduziram o número de grupo teatrais, sendo esta época de poucos acontecimentos no campo das artes cênicas, a não ser pelo Festival de Inverno.
Os principais teatros de Campina Grande são: Teatro Municipal Severino Cabral (MAPA), Teatro Paulo Pontes (anexo do Municipal) (MAPA), Teatro Raul Prhyston, Teatro Rosil Cavalcanti (MAPA), Teatro Elba Ramalho e Teatro SESC Centro.

Museus
Campina Grande possui seis museus, onde guardam-se partes importantes de acervos culturais. São eles:

Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande (MAPA)
O acervo do Museu Histórico e Geográfico de Campina Grande dedica-se ao desenvolvimento histórico, social e cultural de Campina Grande. Possui Fotografias, artigos, mapas, móveis, armas, veículos, jóias, bonecos e ferramentas organizados de forma a contar a história da cidade.

Museu de Artes Assis Chateaubriand (MAPA)
O Museu de Artes Assis Chateaubriand é composto atualmente de 474 obras de arte. Nestas obras podem ser encontradas várias técnicas e procedimentos de artes, incluindo desenhos, pinturas, esculturas, gravuras, colagens e outros métodos. Apresenta a arte em diversos momentos do cenário brasileiro. A Coleção Assis Chateubriand, com 120 obras, pode ser vista em parte no Prédio Histórico da Reitoria, na UEPB


Museu Luiz Gonzaga
O Museu de Luiz Gonzaga é um museu dedicado ao compositor popular Luiz Gonzaga. O acervo é composto de fotos, discos, jornais, gravações sobre o Rei do Baião Luiz Gonzaga.

Outros museus
Outros museus de Campina Grande são: Museu de História e Tecnologia do Algodão (Museu do Algodão) (MAPA) e o Museu do São João (MAPA)

Centros culturais

No Centro Cultural Lourdes Ramalho, a prefeitura de Campina Grande oferece diversos cursos (várias áreas, como dança, artes marciais, música, idiomas, etc.) em todos os turnos e horários, por mensalidades ou anualidades acessíveis à população em geral. Também existem outros centros ou espaços culturais: Espaço Cultural do Sesc Centro, Espaço Cultural Casa Severino Cabral e o Centro de Cultura Hare Krisna.

Academia de letras
A cidade tem sua academia de letras, denominada Academia Campinense de Letras, entidade literária máxima em Campina Grande.

Bibliotecas
• Biblioteca Átila Almeida da UEPB
• Biblioteca Central da Universidade Federal de Campina Grande
• Biblioteca do Museu Histórico e Geográfico
• Biblioteca do Sesc Açude Velho
• Biblioteca do Sesc Centro (Campina Grande)Biblioteca do Sesc Centro
• Biblioteca Municipal Felix Araújo

Campinenes famosos
• Anésio Leão - poeta, escritor e político
• Antônio Dias - Artista plástico
• Biliu de Campina - cantor
• Bráulio Tavares - escritor e cantor
• Cássio Cunha Lima - político
• Ednalva Laureano - atletismo
• Ednanci Silva - judoca (nasceu em Sousa)
• Elba Ramalho Cantora
• Fábio Bilica - futebolista
• Fred Ozanan - cartunista
• Félix Araújo - político e poeta
• Genival Lacerda - cantor
• Ivan Gomes - lutador
• Marinês - Rainha do Xaxado
• Mike Deodato - desenhista de Quadrinhos (Mulher Maravilha, Hulk, Homem-Aranha)
• Marcelinho Paraíba - futebolista
• Raymundo Asfora - político e poeta
• Shaolin - humorista
• Veneziano Vital - prefeito e advogado
Esporte
Futebol

Há quatro clubes profissionais de futebol em Campina Grande, dentre os quais estão dois dos três times com mais títulos no Campeonato Paraibano de Futebol: Treze e Campinense. O clássico Treze vs. Campinense conhecido como "Clássico dos Maiorais" faz lotar o Estádio "O Amigão".

Equipes locais

• Campinense Clube - tem como cores o vermelho e o preto. É conhecido como "A Raposa". Deu destaque a jogadores hoje conhecidos a nível nacional e internacional, como Rodrigo Tabata, jogando atualmente no Santos de São Paulo, e Marcelinho Paraíba, atualmente no Flamengo. Tem estádio próprio, Estádio Renato Cunha Lima, também conhecido como "O Renatão". O Campinense tem 18 títulos estaduais, sendo que de 1960 a 1965 consegui o único Hexacampeonato estadual, feito este nunca alcançado por seus adversários.
• Treze Futebol Clube - tem como cores o preto e o branco. Apelidado por seus torcedores de "Galo", também é conhecido como "O Galo da Borborema". Tem estádio próprio, Estádio Presidente Vargas. Em 2005 o time chegou ao quinto lugar na Copa do Brasil.
• Associação Desportiva Perilima
• Associação Atlética Leonel
Grêmio Serrano

Estádios

• Estádio O Amigão (MAPA)
• Estádio Presidente Vargas – C.T. do Treze Futebol Clube
• Estádio Renato Cunha Lima – C.T. do Campinense Clube

Ginásios

Campina Grande conta com alguns ginásios: Complexo Esportivo Plínio Lemos, Ginásio BNB, Ginásio da AABB, Ginásio do Campestre, Ginásio do Trabalhador, Ginásio "O Meninão", dentre outros.

Transporte

Rodoviário

A cidade de Campina Grande possui um importante sistema rodoviário que possibilita sua interligação com as capitais, principais centros do Nordeste e demais cidades do estado e da Região. Normalmente, Campina Grande faz parte da maioria das rotas entre o interior (parte do Sertão e Agreste) e o litoral. Suas rodovias, totalmente asfaltadas, são composta pelas rodovias federais BR-104, BR-230, BR-412 e conexões BR-230/104 e Alça Sudoeste, além de outras rodovias estaduais.



Transporte interurbano
Campina Grande dispõe de um moderno Terminal Rodoviário de Passageiros - o Terminal Rodoviário "Argemiro de Figueiredo" - que estabelece interligação com os mais importantes centros e capitais da região e de todo o país, registrando um grande fluxo diário de passageiros.
Para dar suporte a ônibus que fazem linhas intermunicipais de curta distância, a cidade dispõe ainda do Terminal Rodoviário "Cristiano Lauritzen", popularmente conhecido como Rodoviária velha.

Transporte urbano
O sistema de transportes urbanos da cidade é gerenciado pela Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos - STTP, autarquia municipal de direito público, com autonomia administrativa e financeira. Entre outras atribuições, cabe à STTP planejar, coordenar e executar o sistema viário de Campina Grande, além de controlar o sistema de transporte coletivo, moto-táxis e de taxi, no âmbito municipal.
No tocante ao atendimento, cerca de 95% da área do Município é servida pelo sistema de transporte coletivo, com uma frota de mais de 190 ônibus urbanos, em 19 linhas, agrupadas em quatro grandes grupos: Circulares, Transversais, Radiais, e Distritais.
Em 2007, deu-se início à construção do primeiro terminal do sistema integrado de ônibus, no Parque Evaldo Cruz (Açude Novo). Foi também instalado o sistema de bilhetagem eletrônica em outubro de 2007.

Ferroviário
O Município é atendido pelo sistema de transporte ferroviário sob administração da Rede Ferroviária Federal (REFESA), que faz a interligação com várias cidades do estado, do litoral à zona sertaneja (inclusive sua capital, João Pessoa), com o porto de Cabedelo, além de outras capitais do Nordeste, em uma linha que percorre desde Propriá, em Sergipe, até São Luís, Maranhão.
Este tipo de transporte disponível é um grande reforço de infra-estrutura, permitindo o escoamento de parte importante da produção do estado para outros centros de consumo e o barateamento dos custos de transporte.

Aeroviário
O sistema de transporte aeroviário de Campina Grande dispõe do Aeroporto Presidente João Suassuna - com pista de 2000 m de extensão por 45 m de largura - que possui todo o serviço de infra-estrutura para o apoio e a segurança das aeronaves. Operando com tráfegos regular e não regular, conta com vôos diários, interligando cidade aos mais diversos centros e capitais do país.
A cidade dispõe também de um Aeroclube, localizado no distrito de São José da Mata, que opera com aviões de pequeno porte, nas atividades comercial e de lazer.

Educação

História

Foi em 1822 que foi fundada a primeira escola em Campina Grande, numa época que a lei exigia o ensino da leitura, das quatro operações matemáticas básicas, noções de geometria prática, gramática do português e a religião católica. O primeiro professor da rede pública de Campina Grande foi Antonio José Gomes Barbosa.
Até o ano de 1849, só podiam participar das escolas públicas em Campina Grande pessoas do sexo masculino. As primeiras escolas para mulheres foram criadas em 1857.
O primeiro grupo escolar da cidade foi o "Solon de Lucena", que existe até hoje. O prof. Clementino Procópio fundou a primeira escola privada em Campina Grande, a escola "São José". Depois disso, outras escolas particulares, como o colégio Pio XI, colégio Alfredo Dantas e, em 1931, o colégio Imaculada Conceição (DAMAS), todos existentes até hoje.
Em 1954, foi fundado o Colégio Estadual da Prata, também conhecido como "O Gigantão da Prata".
Atualmente Campina Grande dispõe de uma ampla rede escolar e universitária que se destaca não só pela quantidade dos estabelecimentos públicos e privados existentes, mas pela extensão, desde o ensino fundamental até a pós-graduação, abrangendo várias áreas do conhecimento humano.

Ensino fundamental e médio
Campina Grande possui o maior colégio estadual de ensino médio da região, o Colégio Estadual da Prata (Colégio Estadual Dr. Elpídio de Almeida) , fundado em 1954, com capacidade de mais de 3500 alunos, que beneficia não somente estudantes campinenses, mas de diversas cidades.

Escolas técnicas
Existem instituições de ensino profissionalizante em nível médio, tanto públicas quanto privadas, capacitando ou treinando mão-de-obra especializada em atendimento às demandas dos diversos setores econômicos. Instituições como SESI oferecem diversos cursos profissionalizantes. Na parte técnica, uma escola bastante tradicional é a Escola Técnica Redentorista. O CEFET - Centro Federal de Educação Tecnológica oferece cursos técnicos nas áreas de Informática e Mineração.
Em 2003, de acordo com o IBGE, existiam 80.427 alunos matriculados para o ensino fundamental para 3688 professores e 19 764 alunos de ensino médio para 1108 professores.

Universidades públicas
Possui três universidades públicas:
Centro Federal de Ensino Tecnológico da Paraíba - Uned - Campina Grande
O Centro Federal de Ensino Tecnológico da Paraíba é uma instituição de ensino superior e técnico, pública e federal, que possui uma unidade descentralizada em Campina Grande, inicialmente a instituição conta com um curso superior, o de tecnólogo em telemática, o início das atividades do CEFET em Campina Grande ocorreu no final de 2006, suas turmas pioneiras iniciaram suas atividades no início de 2007. O campus do CEFET - UNED - Campina Grande, será oficialmente inaugurada em dezembro de 2007, estando localizado no bairro dinamérica nas proximidades do ginásio de esportes "O Meninão".

Universidade Federal de Campina Grande
A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) é uma instituição de ensino superior, pública e federal, fundada 2002 como um desmembramento da UFPB. É considerada um dos pólos de desenvolvimento científico e tecnológico do Nordeste, onde realizam-se diversos cursos de pós-graduação, nos níveis de especialização de mestrado e doutorado. A UFCG possui cinco campi, localizados nas cidades de Campina Grande, Patos, Sousa, Cajazeiras e, o mais novo, Cuité, no sertão do estado.
Universidade Estadual da Paraíba
A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) possui sede em Campina Grande com outros campi em Lagoa Seca, Guarabira e Catolé do Rocha. Em 2006 foram inaugurados campi da universidade estadual em Monteiro, Patos e João Pessoa.
Foi fundada em 11 de outubro de 1987 pelo então Governador da Paraíba, Tarcísio de Miranda Buriti, deixou de ser chamada de Universidade Regional do Nordeste para se transformar em Universidade Pública Estadual, reconhecida pelo Conselho Federal de Eduação em 1996.
A UEPB hoje conta com cerca de 30 cursos de gradução com mais de 10 mil alunos.

Universidades particulares
Outras escolas de ensino superior, particulares, são:
• Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas - FACISA
• Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande - FCM
• Centro de Educação Superior Reinaldo Ramos - CESREI
• Faculdade Anglo-Americano
• Faculdade de Teologia e Filosofia da Católica - CATÓLICA
• Universidade Corporativa da Indústria da Paraíba - UCIP
• Instituto Campinense de Ensino Superior - ICES
• União do Ensino Superior de Campina Grande - UNESC
• Universidade Estadual Vale do Acaraú UVA - UVA
• Faculdade Maurício de Nassau

Saúde

Campina Grande conta com dezenove hospitais, 93 unidades básicas de saúde, três centros de referência de saúde, além do Serviço Municipal de Saúde.

Hospitais
Existem em Campina Grande dezenove hospitais, distribuídos entre públicos – federal, municipais e filantrópicos – e privados. Juntos, estes hospitais oferecem um total de 3466 leitos hospitalares. Em média, existem aproximadamente 182 leitos por unidade hospitalar.
Praticamente, isto significa que há um leito para 104 habitantes. Os hospitais de maior porte são o público federal, com 239 leitos, e os dois hospitais públicos filantrópicos, com uma média de 224 leitos por unidade.
Atualmente o governo estadual está construindo o Hospital de Emergência e Traumas de Campina Grande que será o maior da Paraíba, com previsão de atender, além da própria cidade, mais de 140 municípios da Paraíba, do Rio Grande do Norte, de Pernambuco e até do Ceará.

Índices

A Mortalidade infantil em Campina Grande é de 55,6 por mil (Ministério da Saúde/1998) e a Esperança de vida ao nascer de 70,5 anos (IBGE, Censo 2000).

Relações internacionais

As cidades-irmãs de Campina Grande são:Zhaoqing, Guangdong, China. [6][7]

Bairros e distritos campinenses

Zona Norte
________________________________________
Alto Branco Araxá Bairros das Nações Centro Conceição Cuités Jardim Continental Jardim Tavares Jeremias Lauritzen Louzeiro Monte Santo Novo Bodocongó Palmeira

Zona Sul
________________________________________
Acácio Figueiredo Bairro das Cidades Catolé Cruzeiro Distrito Industrial Estação Velha Itararé Jardim Paulistano Liberdade Presidente Médici Sandra Cavalcante São José Tambor Três Irmãs Velame Vila Cabral

Zona Leste
________________________________________
Cachoeira Castelo Branco Glória José Pinheiro Mirante Monte Castelo Nova Brasília Santa Terezinha Santo Antônio

Zona Oeste
________________________________________
Bela Vista Bodocongó Centenário Dinamérica Jardim Borborema Jardim Verdejante Malvinas Pedregal Prata Quarenta Ramadinha Santa Cruz Santa Rosa Serrotão Universitário

Distritos
________________________________________
Distrito de Catolé Catolé de Zé Ferreira Galante Marinho Santa Terezinha São José da Mata

Prece Árabe

Deus, não consinta que eu seja o carrasco que sangra as ovelhas, nem uma ovelha nas mãos dos algozes.

Ajuda-me a dizer sempre a verdade na presença dos fortes e jamais dizer mentiras para ganhar os aplausos dos fracos.

Meu Deus!

Se me deres a fortuna, não me tires a felicidade;
Se me deres a força, não me tires a sensatez;
Se me for dado prosperar, não permita que eu perca a modéstia, conservando apenas o orgulho da dignidade.

Ajuda-me a apreciar o outro lado das coisas, para não enxergar a traição dos adversários, nem acusá-los com maior severidade do que a mim mesmo.

Não me deixes ser atingido pela ilusão da glória quando bem sucedido e nem desesperado quando sentir o insucesso. Lembra-me que a experiência de um fracasso poderá proporcionar um progresso maior.

Ó Deus!

Faze-me sentir que o perdão é o maior índice da força e que a vingança é prova de fraqueza.

Se me tirares a fortuna, deixe-me a esperança. Se me faltar a beleza da saúde, conforta-me com a graça da fé.
E quando me ferir a ingratidão e a incompreensão dos meus semelhantes, cria em minha alma a força da desculpa e do perdão.

E finalmente Senhor, se eu Te esquecer te rogo, mesmo assim, nunca Te esqueças de mim!

Traduzido do árabe por Seme Draibe.

Mari Caruso Cunha

REFLEXÃO ROTÁRIA – 09/10/2008

Eusebio-Ce, 09 de outubro de 2008.
Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!
REFLEXÃO ROTÁRIA – 09/10/2008

POR QUE JESUS MANDOU PREGAR?


Por que Jesus mandou pregar o Evangelho? Primeiro devo começar com o que não é objetivo do anuncio do Evangelho, mas que entre a multidão dos ‘discípulos equivocados’, é aclamado como sendo parte do objetivo do Evangelho.
Não é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado a fim de fazer as pessoas mudarem de religião. Nem tampouco para que as pessoas passem a freqüentar um templo, nem para cantarem hinos para Jesus entre chineses ou hindus, esquimós ou índios nus, como dizia o “corinho” da Escola Dominical. Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para que o Cristianismo se expanda na Terra. Deus não é cristão, contrariamente ao que alguns dizem: “O Deus cristão é...” assim ou assado...
Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para despovoar o inferno e povoar o céu, como se tudo dependesse da iniciativa do “cristianismo” para a salvação humana. Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para que os crentes sejam “glorificados” na Terra. Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para batizar pessoas usando muita ou pouca água. Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para que se discuta com os novos convertidos o resto da vida acerca de quem é joio e quem é trigo. Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para criarmos impérios de comunicação cristãos. Nem ainda é objetivo de Jesus que o Evangelho seja anunciado para qualquer coisa que não seja a encarnação do bem do Evangelho no coração das pessoas.
O Evangelho é a noticia de Deus aos homens, a saber: que Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo todo. Jesus não ergueu nada fora do coração humano, correndo todos os riscos de tal “confiança” na natureza humana, pois, de fato, fora do coração não cabe nada que seja essencialmente reino de Deus. Qualquer bem do Evangelho será sempre vida. E vida como o ensino e conforme a prática de Jesus, no espírito de tudo o que Ele viveu e, assim, ensinou. O Evangelho, portanto, antes de tudo é Reconciliação. Sim! É Reconciliação do homem com Deus, consigo mesmo e com o próximo, mesmo que o próximo seja inimigo, pois, assim como Deus se reconciliou conosco sendo nós inimigos de Deus no entendimento e nas praticas de obras perversas e alienadas, ainda assim Ele nos amou e nos ama, e, unilateralmente se reconciliou conosco.
É Reconciliação com Deus porque Deus a fez e feita está. Assim, não há o que discutir, mas apenas dizer “quero” ou “não quero”. É Reconciliação do homem consigo mesmo porque Deus o perdoou. Portanto, perdoado está todo homem que creia que está perdoado; e assim viva como quem crê que está perdoado, perdoando outros, como Deus em Cristo o perdoou. É Reconciliação do homem com seu próximo, pois, quem foi perdoado de tudo, perdoa tudo e segue em amor. Portanto, é apenas Reconciliação que o Evangelho carrega como objetivo.
Por causa disso, o Evangelho é também Reconciliação do homem com o todo da criação de Deus, pois, se o que existe é de Deus, e nós dizemos que Dele somos, o natural é amar a tudo o que Ele criou, e proteger cada coisa para ter sua própria existência. Se a pregação gera isto como vida, então é o Evangelho que se está pregando. Mas se não gera, ou é porque quem ouve não quer ou não entende; ou, então, é porque não é o Evangelho que está sendo pregado. O Evangelho ensina tudo, menos uma religião. Aliás, desde que o apóstolo João disse em apocalipse que na Nova Jerusalém não há santuário que ficamos sabendo que o Evangelho é ateu de religião. É simples assim. O Evangelho é o bem das ovelhas de Jesus em todos os outros apriscos. Ora, o Evangelho pode ser o bem de Jesus até para cristãos, quanto mais para todos os homens. É ou não é?

Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
Pastor das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus em Eusébio / Ceará
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

REFLEXÃO ROTÁRIA – 02/10/2008

Eusebio-Ce, 02 de outubro de 2008.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


REFLEXÃO ROTÁRIA – 02/10/2008



SOMA, PSIQUE E PNEUMA: EU.


Sofro pressões do meu corpo, da soma de elementos que me formam como físico. É o corpo desta carne, como diria o apóstolo Paulo. Existo sob as interruptas influências de minha alma, de minhas emoções, sentimentos e interpretações psicológicas, cegados pela ilusão do meu sentir e julgar. Esta é minha alma desesperadamente enganada, enganosa e auto-enganada.
Sou, no entanto, chamado a não viver conforme o instinto que possa se opor ao amor, conforme as pulsões do mamífero de carne e sangue quentes. Sim! Sou chamado a amar meu corpo com o olhar do espírito, com consciência, e fazendo-o andar de acordo com a minha fé e percepção do que seja bom na vida, e que, certamente, deve ser o resultado da assimilação da Palavra de Deus no espírito.
Sou, também, chamado a não andar segundo os meus sentimentos, emoções ou pulsões psicológicas, pois, a vitória é fazer a alma acompanhar o espírito na decisão de realizar apenas o que seja fruto da consciência alimentada pelo amor.
Ora, como fazer? O que tenho a dizer embasado na Bíblia acerca do tema? Quero apenas dizer três coisas simples e práticas, e que busco fazer sempre que vejo a carne-corpo tentar levantar-se, e, também, quando vejo a alma desejar impor suas subjetividades sobre o caminhar, falsificando-me o significado do que seja realidade-verdade.
Faço sempre uma viagem para fora da Terra. Vou para fora da atmosfera ou até no sistema solar. E, de lá, olho o meu lugar no Planeta, e, também de lá, me pergunto o que aquilo que no instante na Terra me perturba, tem de significado uma vez que eu me distancie daquilo que se me apresenta como sendo problema.
Sinceramente, nada subsiste a tal olhar do Espaço. Ou, então, faço uma viagem para dentro das dimensões subatômicas. Entro nas vísceras do mundo micro e invisível aos olhos; e, de lá de dentro do elemento quântico, olho para fora, e ouço os argumentos dos gigantes que existem como matéria gerada pelos elementos invisíveis aos olhos, e, assim, ao ouvir tais gritarias de gigantes feitos de buracos entre elementos subatômicos, vejo que tudo aqui fora, é como um brigar de bonecos mondrongosos e excessivos, máquinas de carne e de pulsões de emoções eruptivas e cegas.
É guerra de Titãs enlouquecidos. Ou, então, faço o que Jesus mandou: Ponho-me no lugar do outro. Torno-me filho de seus pais, irmão de seus irmãos; sou criado como ele foi, vejo o que viu, sinto como se sente, penso como ele pensa — e, então, pergunto-me: O que eu desejaria que eu fizesse a ele se ele fosse eu? Então, sinto que meu espírito responde, e, assim, vence o instinto do mamífero e a volúpia de pulsões enlouquecidas de minha alma. Quem pensa e age assim, já andou mais da metade do caminho.


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
Pastor das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus em Eusébio / Ceará
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

Homenagem do Rotary Club de Campina Grande ao Romancista, Contista, Poeta, Teatrólogo, Tipógrafo e Autodidata Joaquim Maria Machado de Assis.

Joaquim Maria Machado de Assis, mestre em todos os gêneros literários, o mais fértil e correto escritor brasileiro. O maior escritor afro-descendente de todos os tempos. Sua vasta obra inclui também crítica literária. É considerado um dos fundadores da crônica no país, além de ser importante tradutor, vertendo para o português, obras como Os Trabalhadores do Mar, de Victor Jugo e o poema O Corvo, de Edgart Allan Poe. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e seu primeiro presidente, também chamada de Casa de Machado de Assis.

Filho do mulato Francisco José de Assis, pintor de paredes e descendente de escravos alforriados, e de Maria Leopoldina Machado, uma lavadeira portuguesa da Ilha de São Miguel. Machado de Assis passou a infância na chácara de D. Maria José Barroso Pereira, viúva do senador Bento Barroso Pereira, na Ladeira Nova do Livramento, onde sua família morava como agregada, no Rio de Janeiro. De saúde frágil, epilético, gago, sabe-se pouco da sua infância e início da juventude. Ficou órfão de mãe muito cedo e também perdeu a irmã mais nova. Não freqüentou escola regular, mas, em 1851, com a morte do pai, sua madrasta Maria Inês, à época morando no bairro em São Cristóvão, emprega-se como doceira num colégio do bairro, e Machadinho, como era chamado, torna-se vendedor de doces. No colégio tem contato com professores e alunos e é provável que tenha assistido às aulas quando não estava trabalhando.

Mesmo sem ter acesso a cursos regulares, empenhou-se em aprender e se tornou um dos maiores intelectuais do país, ainda muito jovem. Em São Cristóvão, conheceu a senhora francesa Madamme Gallot, proprietária de uma padaria, cujo forneiro lhe deu as primeiras lições de francês, que Machado acabou por falar fluentemente. Também aprendeu inglês, estudou alemão, sempre como autodidata.

De origem muito humilde, Machado de Assis iniciou sua carreira trabalhando como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Oficial, cujo diretor era o romancista Manuel Antônio de Almeida. Em 1855, aos quinze anos, estreou na literatura, com a publicação do poema “Ela” na revista Marmota Fluminense. Continuou colaborando intensamente nos jornais, como cronista, contista, poeta e critico literário, tornando-se respeitado como intelectual antes mesmo de se firmar como grande romancista. Machado conquistou a admiração e a amizade do romancista José de Alencar, principal escritor da época.

Em 1864 estréia em livro, com Crisálidas (poemas). Em 1869, casa-se com a portuguesa Carolina Augusta Xavier de Novais, irmã do poeta Faustino Xavier de Novais e quatro anos mais velha do que ele. Em 1873, ingressa no Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, como primeiro-oficial. Posteriormente, ascenderia na carreira de servidor público, aposentando-se no cargo de diretor do Ministério da Viação e Obras Públicas.

Podendo dedicar-se com mais comodidade à carreira literária, escreveu uma série de livros de caráter romântico. É a chamada primeira fase de sua carreira, marcada pelas obras: Ressurreição (1872), A Mão e a Luva (1870), e Iaiá Garcia (1878), além da coletânea de contos Contos Fluminenses (1870), História da Meia Noite (1873), das coletâneas de poesias Crisálidas (1864), Falenas (1870), Americanas (1875), e das peças Os Deuses de Casaca (1866), O Protocolo (1863), Queda que as Mulheres têm para os Tolos (1864) e Quase Ministro (1864).


Em 1881, abandona, definitivamente, o romantismo da primeira fase de sua obra e publica Memórias Póstumas de Brás Cubas, que marca o inicio do realismo no Brasil.
Na segunda fase suas obras tinham caráter realista, tendo como características: a introspecção, o humor e o pessimismo com relação à essência e seu relacionamento com o mundo. São obras principais: Quincas Borba (1892), Dom Casmurro (1900), Esaú e Jacó (1904), Memorial de Aires (1908), além da coletânea de contos Papéis Avulsos (1882), Várias Histórias (1896), Páginas Recolhidas (1906), Relíquias da Casa Velha (1906), e da coletânea de Poesias Ocidentais. Em 1904, morre Carolina Xavier de Novaes, e Machado escreve um dos seus melhores poemas, Carolina, em homenagem à falecida esposa.

Á CAROLINA


Querida, ao pé do leito derradeiro
Em que descansas dessa longa vida,
Aqui venho e virei, pobre querida,
Trazer-te o coração do companheiro.

Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro
Que, a despeito de toda a humana lida,
Fez a nossa existência apetecida
E num recanto pôs um mundo inteiro.

Trago-te flores, - restos arrancados
Da terra que nos viu passar unidos
E ora mortos nos deixa e separados.

Que eu, se tenho nos olhos malferidos,
Pensamentos de vida formulados,
São pensamentos idos e vividos.


Machado de Assis morreu em 29 de setembro de 1908, em sua velha casa no bairro carioca do Cosme Velho. Nem nos últimos dias, aceitou a presença de um padre que lhe tomasse a confissão. Bem conhecido pela quantidade de pessoas que visitaram o escritor carioca nos seus últimos dias, como Mário de Alencar, Euclides da Cunha e Astrogildo Pereira (ainda rapaz e por isso desconhecido dos demais escritores), ficcionalmente o tema da morte de Machado de Assis foi revisto por Haroldo Maranhão.

É considerado por muitos o maior escritor brasileiro de todos os tempos e um dos maiores do mundo, enquanto romancista e contista. Suas crônicas não têm o mesmo brilho e seus poemas têm uma diferença curiosa com o restante de sua produção: ao passo que na prosa Machado é contido e elegante, seus poemas são algumas vezes chocantes na crueza dos termos – similar talvez à de Augusto dos Anjos.

O crítico norte-americano Harold Bloom considera Machado de Assis um dos 100 maiores gênios da literatura de todos os tempos (chegando ao ponto de considerá-lo o maior escritor negro da literatura ocidental), ao lado de clássicos como Dante, Shakespeare e Cervantes.


Campina Grande, 02 de outubro de 2008

Hiram Ribeiro dos Santos
Secretário do Rotary Club Campina Grande