quarta-feira, 31 de março de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 01/04/10

Fortaleza-Ce, 01 de abril de 2010.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


O HOMEM VIROU UM CUPIM-HUMANO!

“Enganoso é o coração. Desesperadamente corrupto”. Assim diz Deus aos homens pelo profeta!
Para alguns são palavras demasiadamente fortes e pessimistas. No entanto, quem honestamente, olhando para o homem e sua produção, vendo os resultados de suas ambições sendo explicitadas pelo gemido da criação e o grito da Terra, pode negar que o profeta esteja falando palavras da mais crua verdade?
Queridos e amados rotarianos, “Coração” aqui é o sentir autônomo do homem! Sim! O sentir auto-suficiente do ser humano é “desesperadamente corrupto”. É cheio de engano e de auto-engano. É possuído pelo espírito da dissimulação, da imagem, da aparência e da máscara a fim de tentar encobrir o que ele de fato sente, deseja e almeja.
Até os nossos melhores sentimentos vividos por nós como virtudes, são ainda cheios de engano e mentira. O homem mais verdadeiro entre nós o é ainda “em parte”. Nada está pleno no ser humano. De fato o homem é mais esburacado do que o queijo suíço dos desenhos infantis.
O homem é um ser suicida e altamente destrutivo. Sim! Basta olharmos o que está acontecendo ao mundo e se terá a certeza de que nunca houve na criação uma criatura tão devastadora quanto a criatura humana. Somos piores que cupins. De fato somos cupins “inteligentes”, ambiciosos, com síndrome de divindade, tomados pela ideologia de comer toda a Terra e seus recursos. O pré-sal está sendo objeto de toda sorte de intrigas entre governantes sanguessugas. É a busca por ter, poder, conquistar, usufruir, desmatar, capturar, roubar, matar, destruir...
Um fruto nos foi oferecido no jardim do éden e dele comemos, mas ele abriu em nós um apetite tão voraz que acabamos comendo todo o Planeta. Somos também cupins canibais. Isto porque nada alimenta mais o homem do que vencer o próprio homem. Lutamos contra nós mesmos como se fôssemos adversários e não todos criados pelo mesmo Pai.
Enquanto devastamos tudo, nós ‘comemos’ a humanidade como organismo coletivo!
Alguém lê o que digo e me chama de exagerado e pessimista. Não! Não sou pessimista. Apenas não consigo ver nesta humanidade da qual faço parte qualquer esperança que venha dela própria.
Entretanto creio no “estrepitoso estrondo” que virá dos céus e que mudará tudo! Do céu vem minha esperança! Alguém diz: “Eu não sou assim. Não faço o mal”. Todavia, eu digo, conforme o veredicto da Palavra de Deus, que não basta não fazer o mal, pois aquele que sabe o que é bom, e não faz, nisto está pecando. Na realidade o que destrói tudo, além da maldade de muitos, é a timidez desgraçadamente bondosa da maioria.
O que Jesus ensina é que os homens não serão julgados apenas pelo mal que praticaram, mas sim, sobretudo, pelo bem que não fizeram podendo fazê-lo. Para Jesus a questão não será o que se fez de mal apenas, mas sim o que se deixou de fazer por mera e confortável omissão. Assim, entre tantas coisas, assistimos a Terra e tudo o que nela há ser comida pelos cupins humanos e apenas lamentamos...
Pobres de nós! Seremos julgados pelo que vimos, soubemos e deixamos de fazer! E não adianta enganar o enganado coração. Sim! Pois naquele dia todo engano será desmascarado e não haverá escusas possíveis e nem justificativas.
Se sabes estas coisas bem-aventurado és se as praticares” — disse Jesus. Portanto, não adianta fazer discursos, posto que Jesus, na História do Bom Samaritano, apenas diz o seguinte àquele que sabe quem faz o que é bom: “Vai tu e faze o mesmo!
Assim, pense nisto e faça algo!


Nele,
Criador dos céus, da terra, e tudo o que neles há!


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 25 de março de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 25/03/10

Fortaleza-Ce, 25 de março de 2010.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


GRAÇA E COMPROMISSO!


A nossa salvação é de Graça, mas foi pago o preço do Sangue do Cordeiro como sem defeito e sem mácula—o Sangue de Jesus Cristo.
A Graça não é barata! Tomamos posse dela pela fé, e ela vem a nós como favor imerecido. Está pago! Assim, aquilo que a nós vem de Graça, custou muito caro.
Queridos e amados rotarianos, saber disso nos coloca no caminho do equilíbrio entre Graça e Compromisso. Em relação a Deus não há barganhas a fazer. Está tudo feito e consumado. Em relação à vida, no entanto, ainda há tudo por seu feito. Portanto, a salvação gratuita nos conduz a uma vida de grato compromisso com a Causa da Graça de Deus na Terra e entre os homens. “Por isso nos esforçamos”—dizia o apóstolo Paulo.
É esse entendimento aquilo que gera saúde no nosso crer e eficiência na nossa fé. Quando essa compreensão nos atinge celebramos a Graça, e nos esforçamos para que ela não seja vã em nossa vida. Ora, isso vai de nossa conduta que deve se expressar em dignidade e sobriedade, à nossa participação fiel no trabalho de divulgação da Palavra de Deus e de serviço ao próximo que é o que norteia o viver rotariano.
A gratuidade da Graça deve gerar responsabilidade e compromisso. É uma tristeza observar que quase sempre somente os medos da lei é que geram “fobio-delidade” nos religiosos.
Às vezes fico me perguntando: Quando surgirá um geração que amará tanto a Jesus, e que a Ele será tão grata, que exercerá a justiça com mais compromisso do que os escribas e fariseus? De fato, os religiosos que dizem ter entendido o dom segundo a Graça, deveriam ser os mais generosos, hospitaleiros, bondosos, e aptos para contribuir em tudo.
Será que nós não podemos nos oferecer a Deus e à vida como sendo essa geração? A geração que doou por amor, que contribuiu por puro privilégio, que se entregou com gratidão, que fez caridade aos desprovidos, e foi fiel apenas por amor? Ou será que precisamos de medos e ameaças a fim de nos mobilizarmos para aquilo que é bom?
Fazer o bem ao próximo ‘apenas’ para receber homenagens, reconhecimento e títulos, e que não seja por amor a Jesus, é como nadar e não sair do lugar. Não te deixes vencer do mal—e nem estimular pelo medo—, mas vence o mal e o medo com o bem e a gratidão!
A Graça que não nos põe no caminho das boas obras que foram de ante-mão preparadas para que andássemos nelas, ainda não é Graça, mas apenas um alívio em relação à neurose da lei.
A Graça genuína não se justifica por obras, mas mediante a fé; porém, produz obras assim como a vida produz vida. No dia que entendermos e praticarmos isso alegre e fielmente Deus gargalhará de alegria!


Nele,
Que disse: “porque pela Graça sois salvos mediante a fé, não vem de vós, é Dom de Deus!


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 18 de março de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 18/03/10

Fortaleza-Ce, 18 de março de 2010.

Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!

FELIZ? NESSE MUNDO?

Semana passada escrevi que Deus é alegre e que eu desejo essa alegria para mim também. Continuando, nesta semana, digo: feliz? Nesse mundo? Sim! Se você ler Mateus capítulo 5 É inegável que o desejo mais profundo de todo ser humano é ser feliz.
O problema é que o interior do homem é completamente confuso, e o ambiente que ele mesmo constrói a fim de ser a sua moradia relacional é um mero reprodutor daquilo que o coração carrega. Assim, o mundo é a nossa cara, e se faz perceber não como o lugar onde furacões e tsunamis acontecem, enchentes caotízam regiões, e terremotos sacodem o chão, mas sim como o lugar onde existe o homem, um ser que reproduz na Terra os desertos, os rios envenenados, o ar poluído, as carências de vida, os desequilíbrios, os lixões, os paredões de execução, os presídios, as chacinas, o câncer que come o corpo inteiro como corrupção social que existe em seu interior.
E mais: esse ser faz isto mediante muitas caras e faces, pois aparecem como verdades religiosas, padrões morais, convenções, muros do qual o da China é mera maquete, e mísseis tão velozes para matar quanto a sua própria língua.
Assim, o homem quer ser feliz, porém, ele mesmo, cria o mundo que impossibilita a sua própria felicidade. Foi por isto que Jesus ensinou que neste mundo caído a bem-aventurança está em não contribuir com a infelicidade do mundo, e resistir no contentamento e na exultação, sem jamais chorar lágrimas que já não tragam em si mesmas o consolo, nem ter nenhuma causa que não sejam pacificação e justiça, e não carregar em si nada além de um coração ensinável e uma consciência firme no que é o Bem de toda Aventurança nesta vida.
Somente assim alguém pode ser feliz nesta terra de desencontros, e onde a busca da felicidade acontece como um desejo que é assassinado pelo próprio homem, tanto em razão dele ser como é, como também em razão do ambiente que ele cria a fim de procurar encontrar a tal felicidade.
Ora, amados e queridos rotarianos campinenses, o problema não é Terra. A Terra é boa. Com boa consciência e entendimento em respeito e reverencia—não precisa nem falar em amor—, todos os humanos poderiam ser muito felizes neste planeta, apesar de todos os seus acidentes e incidentes. O que nos impede de sermos felizes é nosso coração incapaz de se abrir para o entendimento de que a vida será tanto mais fácil e boa quanto menos peso nós pusermos uns sobre os outros.
Quando deixarmos de policiar a felicidade nossa e alheia, então, lentamente, a bem-aventurança começará a brotar bem de leve e bem úmida na terra do nosso coração. E quem sabe, daí, do coração, ela se espalhe para fora...e entre em outros?

Nele,
Que nos dá entendimento conforme o Evangelho!

Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

COMEMORAÇÃO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

FOTOS DA REUNIÃO DO ROTARY (11/03/2010)
EM COMEMORAÇÃO AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER


quinta-feira, 11 de março de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 11/03/10

Fortaleza-Ce, 11 de março de 2010.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!



DEUS É ALEGRE
E EU QUERO SER TAMBÉM!...



Deus é alegre. Deus é feliz. Deus é amor. Ora, o amor é feliz, se alegra, exulta, come e bebe contentamento, até quando não há razões externas; posto que a alegria do amor não venha de ‘baixo’, mas de ‘cima’... Sim, vem do alto; vem de Deus; e não depende de mais nada além da felicidade de Deus, da paz de Deus e do Gozo do Amor no qual Deus É.
Afinal, se Deus me manda ser alegre, grato e contente, é porque Ele mesmo é assim...
Deus grato?...— que blasfêmia! Grato a “Quem”?... Não sei como é..., mas sei que Deus é grato assim como Jesus demonstrou gratidão sempre.
Ora, se Deus se entende com Deus por mim, segundo o patriarca Jó; e se Jesus disse que Deus é manso e humilde de coração...; e se o apóstolo Paulo disse que Deus se submeteu a Deus em Jesus — então, para mim, é simples crer que Deus seja também grato e feliz.
Afinal, a alegria do Senhor é a nossa força!
Toda a tônica da Escritura quando se trata de bem-aventuranças, sempre nos remete para a alegria.
Os salmos são convites regulares e freqüentes à alegria, ao salmodiar, ao fazer poesia para Deus e para a vida...
Os Profetas sempre dizem que o sinal da reconciliação do homem com Deus implica em alegria, em festa, em folguedo, em dança, e baile de gratidão.
No Evangelho tudo é alegria, até a lágrima que faz o coração estranhamente feliz: uma verdadeira bem-aventurança. Sim, até o fim do mundo deve ser visto com exultação prospectiva, pois, se crê que haverá novos céus e nova terra.
Segundo Jesus, a grande resposta do homem à calamidade, à perseguição que aconteça em razão da verdade e da justiça, deve levá-lo para um lugar de exultação. “Alegrai-vos”; “exultai”; “erguei as vossas cabeças” — são expressões que nos mandam abraçar a alegria mesmo que seja enquanto se foge, errantemente..., e sem chão no mundo...
O apóstolo Paulo nos diz que o grande poder na vida é contentamento sempre, é gratidão sempre, é a capacidade de poder tudo Naquele que nos fortalece; seja no tudo do tudo..., ou seja no tudo do nada...
Provavelmente o grito mais emblemático desse mandamento existencial da alegria venha do Profeta Habacuque, quando disse que deveríamos viver alegres com uvas ou com espinhos, com leite ou com lama, com pastos verdes ou na grama marrom da seca, tendo ou não tendo, ou até esperando e vendo a promessa mentir ou atrasar-se... — enfim, em qualquer circunstância; e sempre dizendo: “Ainda que seja tudo ruim, eu me alegro no Senhor, no Deus da minha salvação”.
No entanto, o contentamento, a alegria, a gratidão que vêm de Deus, só se estabelecem em nós com a invasão da eternidade no coração do homem, e com a consciência em fé que o faça transcender..., sim, na esperança da glória de Deus; pois, somente depois disso é que se dá o passo seguinte, que é aprendermos a nos gloriar nas próprias tribulações.
Em Paulo, sua maior exortação à alegria foi feita enquanto ele estava preso em um calabouço gelado e sem amigos...
Assim querido e amado rotariano, saiba: Você não tem que andar gargalhando... Alegria não é gargalhada necessariamente... Ao contrario, muitas vezes as alegrias mais profundas vêm nas correntes das lágrimas...
Entretanto, seja sorrindo seja chorando, a alma pode aprender a alegria e a serenidade exultante no espírito! Sim, pode; pois o Espírito da Vida habita em nós!



Nele, que viu o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficou satisfeito,



Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quarta-feira, 3 de março de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 04/03/10

Fortaleza-Ce, 04 de março de 2010.

Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


VOCÊ TEM MEDO QUE JESUS DEIXE VOCÊ?


Jesus disse sobre o casamento cuja união tiver acontecido pelo amor em Deus, que o que Deus uniu, não o separe o homem. Entretanto, o apóstolo Paulo usa em Romanos Sete a mesma idéia de indivorciabilidade conjugal em relação ao casamento de Jesus com a humanidade.
Mas tivemos que ficar viúvos de nossas primeiras núpcias a fim de casarmos com Jesus.
Sim! Éramos cônjuges da Lei e por ela oprimidos. A Lei era um marido inafetivo e sem carinho ou misericórdia. Jesus chamou o marido/lei para conversar e o levou à morte, juntamente com Jesus. A Lei morreu em Cristo; pois o fim da Lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.
Então Jesus ressuscitou, mas o marido/lei ficou morto.
Por isso foi que pudemos nos casar uma segunda vez, uma vez que nosso marido/lei morreu em Cristo. Assim foi que nos casamos, nós os que cremos, com Jesus. E o que Deus uniu, o apóstolo Paulo diz que ninguém poderá separar.
De fato, o que Paulo disse é que NADA pode nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus. E fez isso apresentando um leque de possíveis poderes que já estão destronados no seu poder de nos separar do amor de Deus; não do amor de Deus por nós, mas de nossa confiança no amor de Deus por nós.
Assim, nem as alturas do espaço/tempo e nem as alturas do pensamento, nem os abismos universais ou psicológicos ou espirituais, nem coisas de Hoje, nem as piores delas, nem as coisas do Futuro, nem os piores cenários divisáveis; nem anjos, ou seres do mundo espiritual, de qualquer nível ou dimensão; nem principados humanos e nem demoníacos; nem poderes supostamente autônomos em relação a Deus; e nem qualquer criatura universal, de qualquer mundo ou criação — sim, nenhuma dessas coisas poderão nos separar do amor de Deus.
O casamento de Deus comigo e com você é indissolúvel.
Quem crê assim não se apavora do passado, pois, o passado passou em Cristo e já foi perdoado; não teme coisas do Futuro, nem do pior Futuro imaginável ou profetizado; não teme os abismos e seus poderes; nem teme demônios, nem anjos, nem etês, nem tsunamis, nem terremotos, e nem qualquer que seja o tipo de assombração; posto que saiba que NADA PODE SEPARAR A GENTE DO AMOR DE DEUS.
Para Paulo todos os mundos estavam impossibilitados de nos separar de Deus! Sim! Para ele nenhum poder criado poderia nos ameaçar em relação ao amor de Deus por nós.
Anjos estão ao nosso serviço. Demônios não nos podem tocar. Dimensões não nos podem afastar de nós mesmos em Deus. Criaturas desconhecidas, de qualquer que seja a dimensão ou natureza, nenhuma delas possui o poder de nos separara do amor de Deus; e mais: nenhuma delas deixa de obedecer ao NOME que está sobre todo nome, ao qual se vergam todos os poderes universais.
Esta era a segurança na qual Paulo andava. Este é também o chão de meu caminho. Quem assim crê, não teme. Quem assim crê não carrega paranóias. Quem assim crê é imbatível, não por causa de si mesmo, é claro; mas exclusivamente em razão de sua confiança em Deus e em Sua fidelidade.
Assim, pergunto aos meus companheiros rotarianos de Campina Grande e a todos que me lêem a mais de 5 anos: Por que tendo promessa tão poderosa e verdadeira você ainda anda tão apavorado, neurótico, paranóico e aflito com os últimos acontecimentos deste mundo? Ou será que você não creu até hoje?
Pense nisto!



Nele,
Que nos faz andar em paz, crendo no Seu amor por nós!




Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

segunda-feira, 1 de março de 2010

HOMENAGEM PÓSTUMA

Carlos Noujaim Habib Nacad El-Koury
* 02. 09. 1954 † 26. 02. 2010

O Cônsul José Noujaim Habib El-Khoury, oriundo de multimilenar país da Ásia Ocidental, na costa oriental do Mar Mediterrêneo, que faz fronteira com a Síria ao norte e a leste e, com Israel ao Sul, o Líbano, capital Beirute, porta do Oriente, aqui se radicou e constituiu uma nobre e fidalga família com sua consorte, a Consulesa Aída.
Da união nasceram, Joseph, Carlos, Mouna e Carmen. Carlos Noujaim Habib Nacad El-Khoury, nasceu aqui em nossa querida cidade de Campina Grande, a 02 de setembro de 1954 e desde tenra idade conviveu com as tradições e costumes orientais, tornando-se um homem bom, religiosamente cristão, caridoso, cavalheiro, um gentleman muito refinado no trato pessoal, diplomata, amicíssimo, companheiro, lider nato, participativo, pioneiro no movimento lojista, empresário com trânsito desenvolto, rotariano desde 1979.
Foi presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campina Grande, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado da Paraíba, membro do Conselho da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas, Diretor da Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande, Dirigente da Federação do Comércio de Auto Peças no estado da Paraíba, presidente do Rotary Club de Campina Grande, entre tantas atividades sociais e empresariais.
Ele era a cara da CDL e foi o mais autêntico representante do movimento lojista da Paraíba nas convenções nacionais. Desfilava com a bandeira da terra tabajara em todos os quadrantes do nosso país e o fazia com muito orgulho e satisfação. Era conhecidíssimo e tinha um relacionamento que extrapolava o normal, dado o seu carisma e misticismo.
Todas as autoridades dos níveis mais elevados passavam por sua residência, como se fosse uma embaixada oficial em nossa terra.
Nós tínhamos uma amizade desde a infância. Aos domingos, missa na Igreja do Carmo, logo cedo e ao meio-dia ouvíamos o programa “A voz do Líbano” patrocinado pela empresa Noujaim Habib, concessionária Ford. No colégio, na faculdade, no comércio, nos encontros sociais e empresariais, no Rotary com suas atividades de caráter humanitário, a sua presença era destaque, com um corpo gigante e sua voz suave e carinhosa, cheia de sensibilidade e brilho.
Foi pelas mãos dele que entrei na CDL e no Rotary Club de Campina Grande. Preciso agradecer-lhe pelo incentivo que me deu. Ele acreditou na minha competência e capacidade dentro do movimento lojista. Fui sua vice-presidente durante três mandados e o substituí por igual período. Uma grande amizade, sobretudo sincera e duradoura.
Não vou esquecer dos seus habituais e delicados gestos, sua voz pausada com palavras estudadas ditas com esmero, suas mãos com dedos cruzados lembrando sempre nosso inesquecível Cônsul.
Aqui nos encontramos, seus amigos lojistas e companheiros de Rotary. Não devíamos ter pecado. Fomos omissos. Devíamos ter-lhe prestado homenagem justa, sincera, de reconhecimento em vida. Não o fizemos. Agora estamo-nos despedindo de você, Carlos Noujaim, amigo, companheiro e colaborador, de agradabilíssima convivência. Às lágrimas não poderão ser contidas, mas ficam as flores, nosso carinho, as mãos postas em nossos olhos, um abraço dolorido e vago.
Parafraseando Luiz de Camões, “Alma nossa gentil que te partiste, tão cedo desta vida...” Adeus amigo.

Muito obrigada.


Zouraide Silveira.