sexta-feira, 25 de julho de 2008

DIA DO PADEIRO

HOMENAGEM DO ROTARY CLUB CAMPINA GRANDE AO

“DIA DO PADEIRO”



Dia 08 de Julho é consagrado ao “Dia do Padeiro ou Dia do Panificador”.

No dizer dos dicionaristas, Padeiro ou Panificador é aquele fabricante ou vendedor de pão; o que entrega pão aos domicílios. A enciclopédia Britânica diz que o termo correto é panificador, mas conhecido popularmente como padeiro.

A panificação é uma atividade muito antiga. Os primeiros pães foram assados sobre pedras quentes ou debaixo de cinzas. A utilização de fornos de barros para cozimento dos mesmos começou com os egípcios, sendo atribuída a eles também a descoberta do acréscimo de líquido fermentado à massa do pão para torná-la leve e macia.

Na mesma época, os judeus também fabricavam pães, porém sem fermento, pois acreditavam que a fermentação era uma forma de putrefação e impureza. A Jeová só ofereciam o pão ázimo, sem fermento, o único que consomem até hoje na Páscoa.

Na Europa o pão chegou através dos gregos. O pão romano era feito em casa, pelas mulheres, e depois passou a ser fabricado em padarias públicas. Foi aí que surgiram os primeiros padeiros. Com a queda do Império Romano, as padarias européias desapareceram, retornando o fabrico doméstico do pão na maior parte da Europa.

No século XVII, a França tornou-se o centro de fabricação de pães de luxo, com a introdução dos modernos processos de panificação. Depois, a primazia no fabrico passou a Viena, Áustria.

A invenção de novos processos de moagem de farinha contribuiu muito para a indústria de panificação. Durante o processo de evolução da fabricação de pães foram utilizados para triturar grãos de trigo, os moinhos de pedra manuais, os movidos por animais, os movidos pela água e, finalmente, pelos moinhos de vento. Apenas em 1784 apareceram os moinhos movidos a vapor. Em 1881, com a invenção dos cilindros, a trituração dos grãos de trigo e, conseqüentemente, a produção de pães foi aprimorada consideravelmente.
De acordo com o sociólogo e antropólogo Gilberto Freyre, o Brasil conheceu o pão no século XIX. Antes do pão, o que se conhecia, em tempos coloniais, era o beiju de tapioca. No início, a fabricação de pão, no país, obedecia a uma espécie de ritual próprio, com cerimônias e cruzes nas massas. Foi com a chegada dos imigrantes italianos que a atividade da panificação começou se expandir.

Conta a história portuguesa que, no ano de 1333, sob o reinado de Dom Diniz, casado com Dona Isabel, houve uma fome terrível. Para melhorar a situação, Dona Isabel empenhou suas jóias para poder comprar trigo de outras regiões e assim, poder manter seu costume de distribuir pão aos pobres.

Em um dos dias de distribuição, o rei apareceu inesperadamente. Com medo de ser censurada, ela escondeu os pães em seu regaço. O rei percebendo o gesto perguntou surpreso: “Que tendes em vosso regaço?”. A rainha respondeu em voz trêmula: “ São rosas, meu Senhor! “. O rei replicou: “Rosas em janeiro? Deixai que as veja e aspire seu perfume”. Dona Isabel abriu os braços e no chão, para pasmo geral, caíram rosas frescas, perfumadas, as mais belas até então vistas. Dom Diniz não se conteve e beijou as mãos da esposa, retirando-se enquanto os pobres gritavam: Milagre, milagre!

Dia 08 de julho é dia de Santa Isabel, padroeira dos panificadores.

Temos aqui um companheiro do ramo de panificação há 28 anos e estabelecido no mesmo endereço sito à Praça Cel. Antônio Pessoa, nº. 58, um tradicionalmente ponto que identifica a panificação campinense, Panificadora Campinense. Ele começou literalmente com a mão na massa, fabricando pães e os entregando aqui em nossa cidade. A sua obstinação, o seu empenho, a sua perseverança e a sua íntegra e qualificada atuação fizeram de José Edvaldo Souza, um industrial bem sucedido. Sua bem personificada panificação e pastelaria do bairro do Mirante bem retratam o seu zelo, o seu bom gosto pelo negócio que abraçou com tanta responsabilidade e dedicação. Trata-se de um exemplar companheiro, educado, atencioso, íntegro, colaborador, participante, atuante e sempre presente em todas as nossas campanhas. Ele representa o rotariano que tem a visão ampla do que é Rotary, fazendo Rotary em família, desenvolvendo Rotary em família, ampliando Rotary em família. Ao companheiro com carinho, uma merecida homenagem que fazemos em nome do RC Campina Grande.

Ele nos traz dois exemplos de trabalhador brasileiro. Edílson de Farias e Rivaldo Farias Almeida, ambos há 12 anos são padeiros. Se eles não fossem operários padrão, José Edvaldo não os teria trazido. Eles se orgulham da profissão que abraçaram. Eles fazem o pão que o Senhor multiplicou para saciar a fome da multidão.

Eles antes do alvorecer, bem antes da saída do clarão na barra da aurora, saem de suas moradias em procura da Panificadora Campinense. Eles vão preparar a massa para a fabricação dos saborosos e quentinhos pães que tornarão as mesas dos lares de nossa cidade muito mais apetitosas. O café da manhã sem o tradicional e nutritivo pão não tem graça. Mas o nosso bom padeiro não se restringe ao pãozinho francês, crioulo, doce, baiano, recife, de milho, com leite... Ele se envereda nos brioches, croissans, torradas, baguettes, tarecos, bolachas, biscoitos, bolos, tortas, bombocados que encantam crianças, jovens, adultos e idosos.

Abençoada a missão do padeiro. Ele faz com que as humildes e sofridas mães de família, sob os auspícios do Criador, repitam a cada dia o gesto que é lembrado diuturnamente em todos os quadrantes do universo: multiplica os pães diante da necessidade que aflige seus lares, que aguça os olhares famintos dos seus filhos. O pão é o símbolo de uma alimentação milenar, desde os primórdios da civilização hebraica.

Feliz Dia do Padeiro!

Saudações Rotárias

Hiram Ribeiro dos Santos

Campina Grande, 08 de julho de 2008

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