terça-feira, 30 de dezembro de 2008

MENSAGEM DE FIM DE ANO À FAMÍLIA ROTÁRIA DE CAMPINA GRANDE

“Lembra-te sempre: cada dia nasce de um novo amanhecer.” (Albert Einstein)


Ano Novo é muito mais que uma data comemorativa, mais que explosão de fogos, jantares e bebidas espumantes... Ano Novo é esperança e renovação. É um estado de espírito maravilhoso, de entusiasmo, sonhos e determinação.

Ano Novo é o desejo sincero de dias cada vez melhores, para nós mesmos e para as pessoas que amamos. É dia de pensar apenas em coisas boas, mentalizar saúde, paz, prosperidade e amor.

Ano Novo é a união de milhares de pessoas pensando de forma positiva e desejando bem ao próximo, ao mesmo tempo.
Ano Novo é bem-estar e bem-querer. É harmonia e confraternização; sentimentos puros e esperança.

Mas Ano Novo é muito mais, é tudo que você desejar, sentir e acreditar! Que o seu Ano Novo seja repleto de alegrias e conquistas...

Que o Ano Novo seja muito mais um repositório de paz e prosperidade para toda a humanidade.

Saudações Rotárias

Hiram Ribeiro dos Santos
1º Secretário do RC C. Grande

REFLEXÃO ROTÁRIA – 25/12/2008

Eusebio-Ce, 25 de dezembro de 2008.

Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!

FELIZ 2009!


Dedico o novo ano a meu pai Hiram Santos, a minha mãe postiça Zouraide Silveira; aos meus companheiros rotarianos, e a todos que me lêem durante todo o ano através dessas reflexões rotárias.
Que o próximo ano, seja ano de salmos 126. Ano de promessas. Ano de verdade feita vida. Ano de Jó feliz. Ano de gratidão. Ano de compensação. Ano de paga com alegria pelos saques da dor. Ano de esperança em meio ao caos. Ano de muros erguidos na terra dos escombros. Ano de fé maior que qualquer outra coisa. Ano de confiança. Ano de gratidão. Ano no qual as memórias das coisas antigas se foram...
Ano que vem! Ano que vem? Vem que ano? Vem o ano de Deus, vem o ano do amor, da alegria, dos prazeres, das benções que mudam tudo; das conquistas; das vitórias, das sabedorias, das veredas maiores que as certezas, das oportunidades que só são alegres se forem vividas pela fé — sem medo, sem planos fixos, sem neuroses do passado, sem ufanias infantis, sem alegrias pueris, sem cem, e cem vezes sem “sem algum”... Tudo é. Tudo tem. Tudo sem cem, pois limita; e sem “sem”, pois não realiza!
Ano de Deus! Ano de confiança no cuidado eterno! Ano no qual só cabe o que faz bem, pois, no ano de quem ama, mesmo o que dói, não sabe fazer mal — posto que essa é a Promessa da Palavra da Vida! Esse é da fé o Quintal!


Feliz 2009 a todos!

Este é o Novo Ano que o Senhor fez; alegremo-nos e regozijemo-nos nele!




Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
Pastor das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus em Eusébio / Ceará
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br




quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

NATAL... FESTA DA CRISTANDADE

Estamos na semana do Natal. Sob o ponto de vista religioso muito pouco se fala... mas, o que é NATAL?

São José está dormindo, as ovelhinhas estão por perto, o burrinho também, e os Anjos enchem o céu, cantando a Glória de Deus. Os pastores estão ouvindo o cântico celeste: “Glória a Deus no mais alto dos Céus, e paz na Terra aos homens de boa vontade”. É exatamente o que a Liturgia, na noite do dia 24 para 25, deverá estar celebrando.

É noite, e Maria acaba de dar à luz o Menino Jesus, de modo misterioso e maravilhoso. O gesto d´Ela, a sua atitude, são apresentados como os de uma pessoa inteiramente sadia, que se empenha em aconchegar o Menino Deus. Mas Ela o faz com um desembaraço físico de movimentos, que não é o da mãe comum após o parto.

O processo de nascimento é dolorido e difícil, em virtude do pecado original. Contudo, tendo Maria sido virgem antes, durante e depois do parto, esse nascimento se deu de modo milagroso. Não representou nenhum esforço para a Virgem Santíssima. Ela parece ter acordado de um sonho brando.

É uma cena lindíssima, que empolga. Pode-se imaginar a situação de Maria ao ver – pela primeira vez com seus olhos carnais – o fruto do Divino Espírito Santo concebido em suas próprias entranhas. E que fisionomia apresenta o Homem-Deus que acaba de nascer d´Ela!

O Menino Jesus aparenta a atitude de uma criança recém-nascida. É preciso notar que – como Nosso Senhor foi concebido sem pecado original e sua natureza humana estava ligada à natureza divina, mediante a união hipostática, com a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade – sua inteligência era plena desde o primeiro instante em que Maria O concebeu. E já no claustro materno Ele rezava, oferecia reparações a Deus, O adorava e implorava pelos homens. Ele começou a sua vida inteiramente consciente. De maneira que essa Criança teve comunicações com Maria, de caráter místico, durante o período da gestação.

O NATAL é a solenidade cristã que celebra o nascimento de Jesus Cristo. Para os evangelistas Mateus e Lucas. Natal é Amor, segundo os ensinamentos de Jesus Cristo: Nada. O Natal não é mencionado nenhuma vez nas Escrituras. Todos os anos, em todo o mundo, algumas pessoas guardam o dia escolhido pelos homens para comemorar o nascimento de Jesus. Algumas pessoas o guardam como um dia santo especial, enquanto muitas outras fizeram dele um tempo de comercialização, de interesses egoístas.

As modernas comemorações do Natal têm pouco a ver com os fatos da Bíblia. A Bíblia não revela a data do nascimento de Cristo, nem mesmo o número de magos que o visitaram em Belém. As Escrituras não autorizam uma comemoração especial na Igreja, nem um dia santo para comemorar o nascimento de Jesus. Evidentemente, a Bíblia não dá aprovação ao materialismo egoísta, tão comum nessa época do ano.

Mas Jesus nasceu, e por um motivo muito bom. Ele veio para salvar-nos do pecado (1 Timóteo 2:6). Ele é o Rei, não só dos judeus, mas de todos os homens (Mateus 28:18-20). Sua grande vitória veio, não com seu nascimento, mas com sua morte e ressurreição. Esta é a vitória que faz nosso Redentor, digno de honra e adoração (Apocalipse 5:8-14).

Hoje, precisamos imitar os magos, que procuraram tão esforçadamente encontrar Jesus. Não podemos nos contentar com as crenças tradicionais, as doutrinas humanas, ou os dogmas das igrejas. Temos que examinar as Escrituras (Atos 17:11). Temos que aceitar o que é certo e rejeitar o que é errado (1 Tessalonicenses 5:21-22). Temos que estar certos de que Jesus veio a esta Terra uma vez, e que ele voltará para chamar-nos ao julgamento (Atos 17:30-31; 2 Coríntios 5:9-10).

Na época do Natal, quando muitas pessoas mostram uma religião superficial e falam sobre um Jesus desconhecido para elas, nós devemos lembrar que é possível ser só cristãos, seguidores de Jesus. Não devemos ensinar ou defender doutrinas de homens. Temos que simplesmente seguir a Jesus e encorajar outros a fazerem a mesma coisa. Que possamos adorar a Cristo de acordo com a vontade Dele!

Feliz Natal e nossas Saudações Rotárias

Hiram Ribeiro dos Santos
1º Secretário do Rotary Club Campina Grande

Campina Grande, 18 de dezembro de 2008

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 18/12/08

Eusébio-Ce, 18 de dezembro de 2008.

Queridos Rotarianos,
Saudações em Cristo!

O NATAL E A REVELAÇÃO AOS MARGINAIS DA RELIGIÃO!


Os textos chamados natalinos são todos de natureza revolucionária e marginal. José é maior que o machismo, e aceita sua mulher, sem poder explicar para ninguém a gravidez dela (isso se alguém tivesse descoberto), mas apenas aceita o testemunho de um anjo, e, ainda pior: num sonho.
José torna-se marginal. Deflagra as chamas da revolução da dignidade. Os magos do oriente chegam conforme a Ordem de Melquizedeque, pois, sem terem nada a ver com a genealogia de Abraão, seguem uma estrela que anda no interior deles, e, caminhando nessa simplicidade discernem aquilo que os teólogos de Jerusalém só sabiam como “estudo bíblico”.
Os que tinham a Escritura (os escribas), não tinham a Revelação. E quem nada sabia da Escritura tinha sabido o necessário acerca do Verbo pela via da Revelação.
Uns sabiam o endereço: “Em Belém da Judéia...”, mas não tinham a disposição de sair do lugar... amarrados que estavam à idéia de que conhecer o texto leva alguém a qualquer lugar.
Já os que perguntavam (os magos), estavam no caminho... seguiam... e são eles os que chegam onde Jesus estava. Eles dão testemunho do potencial revolucionário do Evangelho para qualquer alma da Terra. Esta é a revolução supra religiosa, conforme a Ordem de Melquizedeque.
A velha Isabel dá a luz um filho. Seu velho marido não pode nem contar a história, pois fica mudo. É a revolução dos estéreis e mudos.
O rei dos judeus não tem onde nascer! Esta é a subversão dos poderes!
Pastores distraídos são visitados por miríades de anjos—e eles representam os homens de boa vontade. É a marginalidade da Glória!
Rotarianos amados, nenhum dos sábios de Jerusalém discernem o Príncipe Eterno quando seus pais o levam ao templo para a circuncisão, mas apenas uma profetiza velha e um ancião sem significado religioso.
A revelação não sabe os nomes dos sacerdotes! Ou seja: a começar da Encarnação como Natal (nascimento), o Evangelho é para aqueles que não se esperava que fossem discerni-lo.
A Revelação é quase sempre marginal! Os grandes atos de Deus não acontecem em Palácios, mas em choupanas e estrebarias. E a voz mais veemente do natal é a voz da virgem, da Maria simples, e que troveja a justiça de Deus sobre as nações. Ela é quem anuncia a grande subversão divina. E faz isto como um Cântico.
Dedico este texto a todos os rotarianos que hoje se sentem afastados da religião, e que ainda carregam a culpa de assim estarem afastados. Deus não é oficial. A vida não é oficial. O amor não é oficial. A Graça de Deus é sempre subversão e marginalidade. Na oficialidade são feitos os julgamentos. Na marginalidade explode a vida.
Abra seu coração e siga o Guia, conforme os magos. Seja generoso como José. Corajoso como Maria. Fértil como a estéril Isabel. Convicto como o mudo Zacarias. Alegre como aqueles que são acordados nos campos pela voz de anjos. Capaz de antever a salvação como esperança mesmo que você seja velho como Simeão e idoso como Ana.
Nas narrativas do Natal nas Escrituras não são as pessoas que vão a Deus, mas Deus que vai às pessoas. O Natal acontece como afirmação de que em Jesus, Deus se reconciliou com os homens. Assim, não se sinta excluído, pois, eu sei, nestes dias, Deus enviará corais de vozes interiores, e nos ajudará a discernir o caminho interior da estrela, e nos fará contentes com a Graça de Hoje, e que será a esperança de amanhã, para nós e para todos os humanos.
No Natal Jesus é a alegria dos homens, e não os presentes e o papai Noel...

Nele,

Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
Pastor das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus em Eusébio / Ceará
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

HOMENAGEM DO ROTARY CLUB DE CAMPINA GRANDE AO COMPANHEIRO MÁRIO CARNEIRO DA COSTA NO DIA DO ENGENHEIRO


Mário Carneiro e sua grande companheira, há mais de 45 anos, Conceição. Mãe de seus 4 filhos Mario,Silvio,Olívia e Joãozinho

Alagoa Grande, cidade localizada na microrregião do Brejo Paraibano, uma região intermediária entre o Litoral e o Sertão, situada na encosta da Serra da Borborema que recebe os ventos alísios úmidos do Atlântico e tem uma cobertura vegetal de Mata Atlântica. Uma região que cresceu muito no século XIX, através da agricultura baseada na cana-de-açúcar. Em seu centro urbano ainda existem casarões que ainda hoje testemunham esse momento de grandeza econômica do município. Foi lá que em 1933 nasceu o Companheiro Mário Carneiro da Costa, nosso homenageado de hoje, filho de Otaviano Carneiro da Cunha e Maria de Lourdes Carneiro da Costa.

Viveu sua infância em Areia, também no Brejo Paraibano. Com muitas riquezas naturais, situada em local elevado, 623 metros acima do nível do mar. No inverno, é coberta por uma leve neblina, e suas terras possuem fontes e balneários aquáticos, onde estudou o curso primário.

Aos 12 anos veio para Campina Grande, continuou nas alturas, no cimo da Serra da Borborema, onde o clima é igualmente saudável. Estou no Colégio Diocesano Pio XI e no Colégio Estadual da Prata, célebres pelo rigor no ensino e na disciplina. Daqui saiu para João Pessoa e Recife, objetivando estudar engenharia civil. Com a criação da Escola Politécnica da Paraíba, retornou para estudar em nossa Campina Grande, graduando-se em 1960.

Uma sólida formação em Ciências Básicas (Matemática, Física e Química). Boa formação em Economia, Administração e Planejamento, aliada à percepção dos impactos econômicos e financeiros, sociais, culturais e ambientais. O companheiro Mário Carneiro com a capacidade de sistematização e síntese, de modo a diagnosticar sistemas complexos, a partir da coleta, manuseio e análise de grande volume de dados e informações quantitativas e qualitativas, além da desenvoltura e agilidade na comunicação oral e escrita e o domínio das situações tornou-se um Engenheiro de carreira consagrada e cheia de grandes realizações.

Aprofundou-se na engenharia civil, possuindo amplo e variado conhecimento profissional, desempenhando atividades em áreas como cálculo estrutural, construção civil, recursos hídricos, sistema de abastecimento d´água e esgotamento sanitário, rios, canais, barragens, diques, drenagens, pavimentação asfáltica, etc.

Teve rápida passagem como professor assistente na escola onde se graduara, ao tempo em que trabalhava no Departamento de Águas Rurais, donde foi removido para assessorar o titular da Secretaria de Viação e Obras Públicas do Estado, pedindo demissão, sendo de imediato admitido no Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER, e designado para chefiar a Residênc ia 13/3 e acompanhar os estudos complementares da implantação do atual traçado da BR 230 à época, BR 23. Voltou a Campina Grande na condição de engenheiro sub stituto do titular. Chefiou diversos serviços de malha rodoviária federal no estado da Paraíba e construiu inúmeras pontes sobre cursos d´água na referida malha. Conduziu parte dos estudos para implantação da BR 427, ligando o estado da Paraíba ao Rio Grande e chefiou o EF 13/1, a quem competiu o estudo da BR 412, que ligaria a BR 230 a BR 110. Nessa época planejou para a interseção das BRs 230 e 412, um logradouro rodoviário que denominou de Praça do Meio do Mundo, hoje largamente referendada no universo rodoviário nacional, em face ao exótico e curioso nome.

Integrou na condição de presidente de diversas comissões do DNER entre elas, aquela do Serviço Nacional de Segurança, que no período ditatorial, levantou nos seus mínimos detalhes toda a malha rodoviária federal, estadual e municipal dos Estados da Federação. É o autor das placas rodoviárias indicativas dos limites dos municípios, divisas de estados e fronteiras, bem como da indicativa da BR e respectivo Km no Estado.

Foi engenheiro credenciado na Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e atuou por vários anos como engenheiro perito da Justiça em Campina Grande.

Foi professor universitário da FURNE e por curto período , engenheiro de alguns setor da Prefeitura Municipal de Campina Grande. Fez diversos cursos de curta duração, particularmente, na área rodoviária, engenharia de perícias e avaliações, e estudou engenharia mecânica, não concluindo o curso.

É casado com Maria da Conceição Medeiros, pai de 4 filhos e reside atualmente na cidade de Santa Luzia, situada na microrregião do Seridó Ocidental Paraibano.

Foi meu professor da cadeira Pesquisa Operacional na antiga FURNE. Sempre o cumprimentei como professor. Hoje, após longos anos, tenho a alegria, a satisfação e a elevada honra de saúda-lo neste dia consagrado ao Engenheiro, tratando-o como companheiro em Rotary. Estar militando em Rotary é gratificante ao extremo. Excede uma expectativa inesperada. Abraçar Mário Carneiro como um Companheiro em Rotary é a realização de um sonho.

Nossos Parabéns e Nossas Saudações Rotárias


Hiram Ribeiro dos Santos
1º Secretário do Rotary Club Campina Grande

Dia do Engenheiro

Artigo escrito pelo companheiro e engenheiro Mário Carneiro, lido pelo Governador Assistente Sílvio Romero Carneiro, filho e representante do homenageado, no dia dedicado ao engenheiro, durante a 24ª Reunião Ordinária do Rotary Club Campina Grande, em 11/12/2008.

No contexto das datas profissionais celebradas no Brasil, consta o profissional de engenharia no dia 11 de dezembro.
Embora não ocupe no âmbito social, o patamar dos que integram a área de saúde, é, todavia o engenheiro o elemento propulsor do desenvolvimento de qualquer nação. É mister lembrar que ele é de primordial importância nas mais diversificadas áreas técnicas e sem sua atuação efetiva, numa gama de atribuições que a profissão lhe impõe, qualquer nação entrará em colapso total. Em tudo se encontra a sua participação direta, desde a mais simples a mais sofisticada construção. Passa, contudo sem ser percebido, por exemplo, que ele é o responsável pela abertura de vias através das quais ocorrera o desenvolvimento de uma região; é ele também que conduzira água potável para suprir comunidades do precioso liquido, bem como construirá, sofisticado aeroporto; é o responsável pela navegação de navios de pequenos e grandes calados como o é também na aberturas de canais ou construções de pontes colossais nas mais diversificadas formas e dimensões. É este profissional que estuda, projeta e constrói grandes represas e as utiliza no acionamento de turbinas geradoras de energia elétrica, e ainda é a ele que compete implantar e fazer fluir através de complexo sistema, a energia gerada, proporcionando progresso a vasta região ao longo de centenas de kilômetros.
Amplo é o leque onde se pode detectar a importância do engenheiro, classe profissional que, se cruzasse os braços por poucos dias, a exemplo dos que fazem outras, levaria a Nação ao caos.
Estradas sem tráfego, aeroportos fechados, portos em mar, rios e canais parados, hidroelétricas desativadas e algo mais, onde a presença do engenheiro é imperiosa, bem diriam do seu valor profissional.
Agradeço em nome da classe a homenagem hoje prestada àquele profissional e parabenizo o dinâmico presidente do RC Campina Grande, pela oportuna lembrança.

Muito Obrigado - Dez.2008

Mário Carneiro.

HOMENAGEM DO ROTARY CLUB DE CAMPINA GRANDE AO DIA DO ARQUITETO

“Ao Arquiteto José Raimundo dos Santos, in memorian

A História da Arquitetura é uma subdivisão da História da Arte responsável pelo estudo da evolução histórica da arquitetura, seus princípios, idéias e realizações. Esta disciplina, assim como qualquer outra forma de conhecimento histórico, está sujeita às limitações e potencialidades da história enquanto ciência: existem diversas perspectivas em relação ao estudo da arquitetura, a maior parte das quais ocidentais.
Na maioria dos casos (mas nem sempre), os períodos estudados pela História da Arquitetura correm paralelos aos da História da Arte, embora existam momentos em que as estéticas se sobreponham ou se confundam. Não raro, uma estética que é considerada vanguarda nas artes plásticas ainda não ter encontrado sua representação na arquitetura, e vice-versa.

As primeiras grandes obras de arquitetura remontam à Antigüidade, mas é possível traçar as origens do pensamento arquitetônico em períodos pré-históricos, quando foram erigidas as primeiras construções humanas.

Arquitetura Pré-Histórica
Arquitetura Neolítica
Stonehenge, o mais conhecido monumento pré-histórico
Durante a Pré-História surgem os primeiros monumentos e o Homem começa a dominar a técnica de trabalhar a pedra.
O abrigo, como sendo a construção predominante nas sociedades primitivas, será o elemento principal da organização espacial de diversos povos. Este tipo de construção ainda pode ser observado em sociedades não totalmente integradas na civilização ocidental, como os povos ameríndios, africanos, aborígenes, entre outros. A presença do abrigo no inconsciente coletivo destes povos é tão forte que ela marcará a cultura de diversas sociedades posteriores: vários teóricos da arquitetura, em momentos diversos da história (Vitrúvio, na Antiguidade, Alberti na Renascença, Joseph Rykwert, mais recentemente) evocarão o mito da cabana primitiva. Este mito, variando de acordo com a fonte, prega que o ser humano recebeu dos deuses a Sabedoria para a construção de seu abrigo, configurado como uma construção de madeira composta por quatro paredes e um telhado de duas águas.
Antigüidade
Pirâmides egípicias
À medida que as comunidades humanas evoluíam e aumentavam, acometidas pelas ameaças bélicas constantes, a primeira modalidade arquitectónicas a se desenvolver foi essencialmente a militar. A humanidade confrontava-se com um mundo povoado de deuses vivos, gênios e demónios: um mundo que ainda não conhecia nenhuma objetividade científica. O modo como os indivíduos lidavam com a transformação de seu ambiente imediato era então bastante influenciado pelas suas crenças. Muitos aspectos da vida cotidiana estavam baseados no respeito ou na adoração ao divino e ao supernatural. O poder divino, portanto, equiparava-se (ou mesmo superava) o poder secular, fazendo com que os principais edifícios das cidades fossem os palácios e os templos. Esta importância fazia com que a figura do arquitecto estivesse associada aos sacerdotes (como no Antigo Egipto) ou aos próprios governantes e a execução dos edifícios era acompanhada por diversos rituais que simbolizavam o contacto do Homem com o divino.
As cidades marcavam uma interrupção da natureza selvagem, consideradas o espaço sagrado em meio natural. Da mesma forma, os templos dentro das cidades marcavam a morada dos deuses em meio ao ambiente humano. As necessidades de infra-estrutura daquelas primeiras cidades também tornaram necessário o progresso técnico das obras de engenharia.

Divisões

Arquitetura egípcia
Arquitetura assíria
Arquitetura babilônia
Arquitetura etrusca
Arquitetura minóica
Arquitetura micênica
Arquitetura persa
Arquitetura suméria
Antigüidade clássica e Arquitetura clássica

Templo de Hefesto em Atenas: arquitetura clássica grega
A arquitetura e o urbanismo praticados pelos gregos e romanos destacava-se bastante dos egípcios e babilônios na medida em que a vida cívica passava a ganhar importância. A cidade torna-se o elemento principal da vida política e social destes povos: os gregos desenvolveram-se em cidades-estado e o Império Romano surgiu de uma única cidade. Durante os períodos e civilizações anteriores, os assuntos religiosos eram eles mesmos o motivo e a manutenção da ordem estabelecida; no período greco-romano o mistério religioso ultrapassou os limites do templo-palácio e tornou-se assunto dos cidadãos (ou da pólis): surge aí a palavra política, absolutamente relacionada à idéia de cidade. Enquanto os povos anteriores desenvolveram apenas as arquiteturas militar, religiosa e residencial, os gregos e romanos foram responsáveis pelo desenvolvimento de espaços próprios à manifestação da cidadania e dos afazeres cotidianos: a ágora grega definia-se como um grande espaço livre público destinado à realização de assembléias, rodeada por templos, mercados, e edifícios públicos. O espaço da ágora tornara-se um símbolo da nova visão de mundo que incluía o respeito aos interesses comuns e incentivador do debate entre cidadãos, ao invés da antiga ordem despótica.
Os assuntos religiosos, contudo, ainda possuíam um papel fundamental na vida mundana, mas agora foram incorporados aos espaços públicos da pólis. Os rituais populares tomavam lugar em espaços construídos para tal, em especial a acrópole. Cada lugar possuía a sua própria natureza (genius locci), inseridos em um mundo que convivia com o mito: os templos passaram a ser construídos no topo das colinas (criando um marco visual na cidade baixa e possibilitando um refúgio à população em tempos de guerra) de forma a tocar os céus.

O espaço arquitetônico gótico
A tecnologia do período desenvolveu-se principalmente na construção das catedrais, estando o conhecimento tectônico sob o controle das corporações de ofícios.
Durante praticamente todo o período medieval, a figura do arquiteto (como sendo o criador solitário do espaço arquitetônico e da construção) não existe. A construção das catedrais, principal esforço construtivo da época, é acompanhada por toda a população e insere-se na vida da comunidade ao seu redor. O conhecimento construtivo é guardado pelas corporações, as quais reuniam dezenas de mestres-obreiros (os arquitetos de fato) que conduziam a execução das obras, mas também as elaboravam.
A Cristandade definiu uma visão de mundo nova, que não só submetia a vontade humana aos desígnios divinos como esperava que o indíviduo buscasse o divino. Em um primeiro momento, e devido às limitações técnicas, a concepção do espaço arquitetônico dos templos volta-se ao centro, segundo um eixo que incita ao percurso. Mais tarde, com o desenvolvimento da arquitetura gótica, busca-se alcançar os céus através da indução da perspectiva para o alto.

Estilos medievais
Arquitetura paleocristã
Arquitetura visigótica
Arquitetura moçárabe
Arquitetura bizantina
Arquitetura mourisca
Arquitetura românica
Arquitetura gótica
Idade Moderna

O homem vitruviano, interpretado por Leonardo da Vinci.
Nele está sintetizado o espírito renascentista: clássico e humanista


Com o fim da Idade Média a estrutura de poder européia modifica-se radicalmente. Começam a surgir os estados-nacionais e, apesar da ainda forte influência da Igreja Católica, o poder secular volta a subjugá-la, especialmente com as crises decorrentes da Reforma Protestante.
Antigos tratatos arquitetônicos romanos são redescobertos pelos novos arquitetos, influenciando profundamente a nova arquitetura. A relativa liberdade de pesquisa científica que se obteve permitiu algum avanço nas técnicas construtivas, permitindo novas experiências e a concepção de novos espaços.
Algumas regiões italianas, e Florença em especial, devido ao controle das rotas comerciais que levavam a Constantinopla, tornam-se as grandes potências mundiais e é nelas que se desenvolveram as condições para o desenvolvimento das artes e das ciências.

Renascimento
Arquitetura renascentista

Paisagem florentina, um marco do Renascimento
O espírito renascentista evoca as qualidades intrínsecas existentes no ser humano. O progresso do Homem - científico, espiritual, social - torna-se um objetivo importante para o período. O Classicismo, redescoberto, e o Humanismo surgem como o guia para a nova visão de mundo que manifesta-se nos artistas do período.
A cultura renascentista mostra-se multidisciplinar e interdisciplinar. O que importa ao homem renascentista é o culto ao conhecimento e à razão, não havendo para ele separação entre as ciências e as artes. Tal cultura mostrou-se um campo fértil para o desenvolvimento da arquitetura, uma matéria que da mesma forma não vê limite entre as duas áreas.
A arquitetura renascentista mostrou-se clássica, mas não se pretendeu neoclássica. Com a descoberta dos antigos tratados (incompletos) da arquitetura clássica (dentre os quais, o mais importante foi De Architetura de Vitrúvio, base para o tratado De Re Aedificatoria de Alberti), deu-se margem a uma nova interpretação daquela arquitetura e sua aplicação aos novos tempos. Conhecimentos obtidos durante o período medieval (como o controle das diferentes cúpulas e arcadas) foram aplicados de uma nova forma, incorporando os elementos da linguagem clássica.
A descoberta da perspectiva é um aspecto importante para se entender o período (e especialmente a perspectiva central): a idéia de infinito trazida pela manipulação do ponto de fuga foi bastante utilizada como elemento cênico na concepção espacial daqueles arquitetos.
A perspectiva representou uma nova forma de entender o espaço como algo universal, compreensível e controlável através da razão do Homem. O desenho tornou-se o principal meio de projetação, assim como surge a figura do arquiteto solitário (diferente da concepção coletiva dos edifícios medievais). Os novos meios de concepção do projeto influenciaram a concepção espacial dos edifícios no sentido em que as visuais são controladas, direcionadas para um ponto de vista específico. O poder da perspectiva de representar universalmente a realidade não se limitou a apenas descrever a experiência, mas também a antecipá-la projetando a imagem de volta à realidade.
Entre os principais arquitetos da Renascença se incluem Vignola, Alberti, Brunelleschi e Michelângelo.


Maneirismo

Com o desenrolar do Renascimento e o constante estudo e aplicação dos ideais clássicos, começa a surgir entre os artistas do período um certo sentimento anticlássico, ainda que suas obras continuassem, em essência, predominantemente clássicas. Neste momento, surge aquele que foi chamando de maneirismo.
Os arquitetos maneiristas (que rigorosamente podem continuar sendo chamados de renascentistas) apropriam-se das formas clássicas mas começam a desconstruir seus ideais. Alguns exemplos do maneirismo:
São constantes as referências visuais em espaços internos aos elementos típicos da composição de espaços externos: janelas que se voltam para dentro, tratamento de escadas externas em alas interiores de edifícios, etc.
O já consagrado domínio da perspectiva permite experimentações diversas que fogem ao espaço perspectico dos períodos anteriores.
Michelângelo é um dos arquitetos renascentistas que podem ser chamados de maneiristas.

Século XVII e XVIII

Os séculos seguintes ao Renascimento assistiram a um processo cíclico de constante afastamento e reaproximação do ideário clássico. O barroco, em um primeiro momento, potencializa o descontentamento do maneirismo pelas normas clássicas e propicia a gênese de um tipo de arquitetura inédita, ainda que frequentemente possua ligações formais com o passado. Da mesma forma que o barroco representou uma reação ao Renascimento, o neoclassicismo, mais tarde, constituirá uma reação ao barroco e uma forte tendência ao passadismo e à recuperação do clássico. Este período de dois séculos, portanto, será marcado por um ciclo de dúvidas e certezas a respeito da validade das idéias clássicas.

Arquitetura Barroca


A ostentação formal nos espaços do barroco e do rococó.

O barroco surge no cenário artístico europeu em dois contextos bastante claros durante o século XVII: primeiramente havia a sensação de que, com o avanço científico representado pelo Renascimento, o classicismo, ainda que tivesse alavancado este progresso, não mais tinha condições de oferecer todas as respostas necessárias às dúvidas do Homem. O Universo não era mais o mesmo, o mundo havia se expandido e o indivíduo sentia querer experimentar um novo tipo de contato com o divino e o metafísico. As formas luxuriantes do barroco, seu espaço elíptico, definitivamente antieuclidiano, foram uma resposta a estas necessidades.
O segundo contexto é o da Contra-Reforma promovida pela Igreja Católica. Com o avanço das igrejas protestantes, a antiga ordem romana cristã (que, em certo sentido, havia incentivado o advento do mundo renascentista) estava sendo suplantada por novas visões de mundo e novas atitudes perante o Sagrado. A Igreja sentiu a necessidade de renovar-se para não perder os fiéis, e viu na promoção de uma nova estética a chance de identificar-se neste novo mundo. As formas do barroco foram promovidas pela instituição em todo o mundo (especialmente nas colônias recém-descobertas), tornando-o o estilo católico, por excelência.

Arquitetura Neoclássica


O Capitólio de Washington, exemplar do neoclassicismo arquitetônico
No fim do século XVIII e início do XIX, a Europa assistiu a um grande avanço tecnológico, resultado direto dos primeiros momentos da Revolução Industrial e da cultura iluminista. Foram descobertas novas possibilidades construtivas e estruturais, de forma que os antigos materiais (como a pedra e a madeira) passaram a ser substituídos gradativamente pelo concreto (betão) (e mais tarde pelo concreto armado) e pelo metal. Paralelamente, profundamente influenciados pelo contexto cultural do Iluminismo europeu, os arquitetos do século XVIII passaram a rejeitar a religiosidade intensa da estética anterior e o exagero luxuriante do barroco. Buscava-se uma síntese espacial e formal mais racional e objetiva, mas ainda não se tinha uma idéia clara de como aplicar as novas tecnologias em uma nova arquitetura. Inseridos no contexto do neoclassicismo nas artes, aqueles arquitetos viram na clássica a arquitetura ideal para os novos tempos.
O neoclassicismo não se pretendeu, de fato, um estilo novo (diferente da arte clássica renascentista). Ocorria muito mais uma cópia do repertório formal clássico e menos uma experimentação desta forma, tendo como diferença a aplicação das novas tecnologias.

Tópicos
Arquitetura barroca
Rococó
Arquitetura neoclássica

Idade Contemporânea

As cidades passam a crescer de modo inédito e novas demandas sociais relativas ao controle do espaço urbano devem ser respondidas pelo Estado, o que acabará levando ao surgimento do urbanismo como disciplina acadêmica. O papel da arquitetura (e do arquiteto) será constantemente questionado e novos paradigmas surgem: alguns críticos alegam que surge uma crise na produção arquitetônica que permeia todo o século XIX e somente será resolvida com o advento da arquitetura moderna

Século XIX

O Parlamento inglês é uma das realizações mais exemplares

da arquitetura revivalista inglesa



Todo o século XIX assistirá a uma série de crises estéticas que se traduzem nos movimentos chamados revivalistas: ou pelo fato das inovações tecnológicas não encontrarem naquela contemporaneidade uma manifestação formal adequada, ou por diversas razões culturais e contextos específicos, os arquitetos do período viam na cópia da arquitetura do passado e no estudo de seus cânones e tratados uma linguagem estética legítima de ser trabalhada. O primeiro destes movimentos foi o já citado neoclássico, mas ele também vai se manifestar na arquitetura neogótica inglesa, profundamente associada aos ideais românticos nacionalistas. Os esforços revivalistas que aconteceram principalmente na Alemanha, França, Inglaterra, por razões especialmente ideológicas, viriam mais tarde a se transformar em um mero conjunto de repertórios formais e tipológicos diversos, que evoluiriam para o ecletismo, considerado por muitos como o mais decadente e formalista entre todos os estilos históricos.
A primeira tentativa de resposta à questão tradição x industrialização (ou entre as artes e os ofícios) se deu pelo pensamento dos românticos John Ruskin e William Morris, proponentes de um movimento estético que ficou conhecido justamente por Arts & crafts (cuja tradução literal é "artes e ofícios"). O movimento propõs a pesquisa formal aplicada às novas possibilidades industriais vendo no artesão uma figura de destaque: para eles, o artesão não deveria ser extinto com a indústria, mas tornar-se seu agente transformador, seu principal elemento de produção. Com a diluição dos seus ideais e a dispersão de seus defensores, as idéias do movimento evoluíram, no contexto francês, para a estética do art noveau, considerado o último estilo do século XIX e o primeiro do século XX..

Tópicos
Arquitetura neogótica
Movimento Arts & crafts
Art noveau
Arquitetura eclética


Século XX

O Modernismo da Bauhaus


A Casa da Cascata, de Frank Lloyd Wright, um ícone da arquitetura orgânica.


Logo nas primeiras décadas do século XX tornou-se muito clara uma distinção entre os arquitetos que estavam mais próximos das vanguardas artísticas em curso na Europa e aqueles que praticavam uma arquitetura ligada à tradição (em geral de características historicistas, típica do ecletismo). Ainda que estas duas correntes estivessem, em um primeiro momento, cheias de nuances e meios-termos, com a atividade "revolucionária" proposta por determinados artistas, e principalmente com a atuação dos arquitetos ligados à fundação da Bauhaus na Alemanha, com a Vanguarda Russa na União Soviética e com o novo pensamento arquitetônico proposto por Frank Lloyd Wright nos EUA, a cisão entre elas fica bastante nítida e o debate arquitetônico se transforma, de fato, em um cenário povoado de partidos e movimentos caracterizados como tal.
A renovação estética proposta pelas vanguardas (especialmente pelo cubismo, pelo neoplasticismo, pelo construtivismo e pela abstração) no campo das artes plásticas abre o caminho para uma aceitação mais natural das propostas dos novos pensamentos arquitetônicos, baseados na crença em uma sociedade regulada pela indústria, na qual a máquina surge como um elemento absolutamente integrado à vida humana e no qual a natureza está não só dominada como também se propõem novas realidades diversas da natural.
De uma forma geral, as novas teorias que se discutem a respeito da arte e do papel do artista vêem na indústria (e na sociedade industrial como um todo) a manifestação máxima de todo o trabalho artístico: artificial, racional, preciso, enfim, moderno. A idéia de modernidade surge como um ideário ligado a uma nova sociedade, composta por indivíduos formados por um novo tipo de educação estética, gozando de novas relações sociais, na qual as desigualdades foram superadas pela neutralidade da razão. Este conjunto de idéias vê na arquitetura a síntese de todas as artes, visto que é ela quem define e dá lugar aos acontecimentos da vida cotidiana. Sendo assim, o campo da arquitetura abarca todo o ambiente habitável, desde os utensílios de uso doméstico até toda a cidade: para a arte moderna, não existe mais a questão artes aplicadas x artes maiores (todas elas estão integradas em um mesmo ambiente de vida).
A arquitetura moderna será, portanto, caracterizada por um forte discurso social e estético de renovação do ambiente de vida do homem contemporâneo. Este ideário é formalizado com a fundação e evolução da escola alemã Bauhaus: dela saem os principais nomes desta arquitetura. A busca de uma nova sociedade, naturalmente moderna, era entendida como universal: desta maneira, a arquitetura influenciada pela Bauhaus se caracterizou como um algo considerado internacional (daí a corrente de pensamento associada a ela ser chamada international style, título vindo de uma exposição promovida no MoMA de Nova Iorque).

Tópicos Principais

Primeira metade do século
Art decó
Arquitetura moderna
Bauhaus
Arquitetura construtivista
Arquitetura orgânica
International style
Arquitetura brutalista

Segunda metade do século até os dias de hoje
Arquitetura pós-moderna
Arquitetura desconstrutivista
Arquitetura high-tech

Arquitetura contemporânea


A arquitetura praticada nas últimas décadas tem se caracterizado, de uma forma geral, como reação às propostas da arquitetura moderna: ora os arquitetos atuais relêem os valores modernos e propõem novas concepções estéticas (o que eventualmente se caracterizará como uma atitude dita "neomoderna"); ora eles propõem projetos de mundo radicalmente novos, procurando apresentar projetos que, eles próprios, sejam paradigmas antimodernistas, conscientemente desrespeitando os criticados dogmas do modernismo.
As primeiras reações negativas à acusada excessiva dogmatização que a arquitetura moderna propôs no início do século surgiram, de uma forma sistêmica e rigorosa, por volta da década de 1970, tendo em nomes como Aldo Rossi e Robert Venturi seus principais expoentes (embora teóricos como Jane Jacobs tenham promovido críticas intensas, porém isoladas, à visão de mundo do modernismo já nos anos 50, especialmente no campo do urbanismo).
A crítica antimodernista, que em um primeiro momento se restringiu à especulação de ordem teórico-acadêmica logo ganhou experiências práticas. Estes primeiros projetos estão de uma forma geral ligados à idéia da revitalização do "referencial histórico", colocando explicitamente em cheque os valores anti-historicistas do modernismo.
Durante a década de 1980 a revisão do espaço moderno evoluiu para a sua total desconstrução, a partir de estudos influenciados (especialmente) por correntes filosóficas como o desconstrutivismo. Apesar de altamente criticada, esta linha de pensamento estético também se manteve restrita aos estudos teóricos e, na década de 1990, seduziram o grande público e se tornaram sinônimo de uma "arquitetura de vanguarda". Nomes como Rem Koolhaas, Peter Eisenman e Zaha Hadid estão ligados a este movimento. O arquiteto norte-americano Frank Gehry, apesar de ser apontado pela grande mídia como arquiteto desconstrutivo, tem sua obra criticada pelos próprios membros do movimento.

Conclusão

Apesar das tentativas de classificar as várias correntes da produção contemporânea, não há de fato um grupo pequeno de "movimentos" ou "escolas" que reúna sistematicamente as várias opções que têm sido feitas por arquitetos ao redor de todo o mundo.
Sinteticamente, pode-se dizer que a arquitetura continuamente apresentada pela mídia especializada como representativa do atual momento histórico (ou, por outro lado, como uma produção de vanguarda) pode ser resumida em quatro ou cinco grandes blocos, mas eles não seriam a reprodução fiel da verdadeira produção arquitetônica cotidiana, vivenciada ao redor de todo o mundo.

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 11/12/08

Eusébio-Ce, 11 de dezembro de 2008.


Queridos Rotarianos,
Saudações em Cristo!


ADORO DE TODA MINHA IGNORÂNCIA!


Quanto mais o tempo passa, mais sou esmagado pela minha ignorância. Sim! Quanto mais vou sabendo, mais esmagado vou ficando pela constatação do que não sei; pois, quanto mais se sabe, sabe-se apenas mais ainda a fim de aprofundar a natureza e a sofisticação da ignorância.
Não sei quase nada sobre o Universo e seus multiversos; sobre seus anti-versos; sobre seus ambientes paralelos; sobre a sua natureza essencial; sobre suas criaturas e existências; sobre os infinitos mundos que existam dentro e fora do Universo; sobre a Terra, e tudo o que nela há; sim, sou cada dia mais ignorante; ignorante do que sei, e cada dia mais sábio sobre o que não sei... Cada dia vejo como sou ignorante de mim mesmo e de tudo o que seja mistério no mundo.
Ignorância é minha condição! Ao mesmo tempo, quanto mais me disponho a amar, mais vejo que o que existe não é feito de conhecimento, mas sim de sabedoria desinformada e caminhante na direção do que seja o amor como vida. Assim, quanto mais meu saber aumenta, mais cresce minha ignorância; pois, todo saber apenas esclarece o tamanho do que nos falta como conhecimento. Quem pensa assim já andou mais da metade do caminho.
Do mesmo modo, quanto mais reconheço minha ignorância, mais cresço em confiança; pois, meu maior esmagador de ilusões sobre o Sentido da Vida não é a Ciência, mas a Palavra de Deus.
Queridos rotarianos, a Ciência me dá ilusões de saber. A Palavra é que desmonta tudo, sempre me projetando para naturezas de existências e de possibilidades que estão muito para além da mais fascinante viagem cientifica ou ficcional. Então, pela fé, fico sabendo o que basta; e isto não me desestimula na busca do saber.
Pela fé fico mais aberto do que qualquer cientista, cuja profissão preconiza uma mente aberta. Sim! Fico mais aberto do que um cientista, pois, a ciência trabalha com as variáveis do “possível acordado cientificamente”. Mas a fé decorre da confissão que diz: “Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus”.


Nele, em Quem sou esmagado de alegria de apenas confiar no Amor que não mente,



Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
Pastor das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus em Eusébio / Ceará
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Homenagem do Rotary Club de Campina Grande ao Dia do Palhaço

Entre os personagens que trabalham no circo, como os domadores, mágicos, trapezistas, acrobatas, dançarinas e equilibristas, o palhaço exerce a principal função. É ele que, com suas palhaçadas, faz o público adulto esquecer os problemas do dia-a-dia. As crianças, principalmente, vão ao circo só para ver o palhaço.

Com sua roupa desengonçada, sempre está com a calça larga caindo, sapato de nadador e cara pintada. Sua cabeleira é estranha e seu nariz é sempre uma pelota vermelha. Dá piruetas por todos os lados; cai, levanta, pula, sobe, desce, anima os espectadores com suas artes e piadas engraçadíssimas.

O palhaço é um circense muito competente e indispensável na apresentação de um espetáculo. Na história do circo, muitos palhaços ficaram famosos, como Arrelia, Chique-chique, Pirolito, Carambola, Teco-teco, Pipoca, Pingüim, Bozzo, Carequinha e Picolino.

O palhaço representa a alegria, pois está sempre sorrindo. Quando se desenha a figura de um palhaço, é de uma pessoa muito alegre. Sua boca chega perto da orelha. Muitas vezes dá aquela gargalhada, mas... não sabemos como está o seu coração. É o seu trabalho!

Palhaço – Artista de circo, que faz pilhérias e momices para divertir o público; pessoa que, por atos ou palavras, faz os outros rirem. Circo – grande e antigo recinto para jogos públicos; anfiteatro circular para espetáculos de ginástica, equitação.

Escolhemos para Homenagear no dia 10 de dezembro o Palhaço Carequinha. George Savalla Gomes – Artista de circo, cantor e compositor. Sua mãe era trapezista e seu nascimento foi um picadeiro de circo, logo após o espetáculo em que ela sentiu as dores do parto quando se equilibrava no arame. Neto de Savalla, dono do Circo Peruano, no qual começou a trabalhar em 1920, aos cinco anos de idade.

Iniciou a vida artística aos cinco anos de idade, no Circo Peruano, em sua cidade natal. Em 1938 estreou como cantor na Rádio Mayrink Veiga no Rio de Janeiro, no programa “Picolino”, de Barbosa Jr.

Em 1950 passou a trabalhar na recém-inaugurada TV Tupi, formando uma dupla de palhaços com Fred, nome artístico utilizado por Fred Vilar, no programa “Circo do Carequinha”, tornando-se pioneiro do circo na televisão brasileira e de programas infantis ao vivo na TV. O programa permaneceu 16 anos no ar.

Em 1957 realizou sua primeira gravação, as marchas “Fanzoca do Rádio”, de Miguel Gustavo, que se tornou a marcha mais popular do ano seguinte, e “O Preço da Gripe”, de Miguel Gustavo e Altamiro Carrilho. No mesmo ano, gravou aquela que seria seu maior sucesso, a valsa “Alma de Palhaço”, de sua autoria e de Fred. Em 1958 gravou, Altamiro Carrilho, a valsa “Saudade de Papai Noel”. No mesmo ano, gravou de Altamiro Carrilho, Miguel Gustavo e Carrapicho, a marcha “As Brabuletas de Brasília” e de Miguel Gustavo, a batucada “Dá Um Jeito, Nono”.

Em 1959 gravou a marcha “Parabéns! Parabéns!”, de Altamiro Carrilho e Irani de Oliveira, que se tornou um verdadeiro hino dos aniversários infantis; a valsa “Missa do Galo”, dele e Mirabeau, e a marcha “Carnaval do J.KJ.”, de motivo popular, com arranjo de Altamiro Carrilho e Miguel Gustavo, entre outras.

Em 1960 gravou, de Altamiro Carrilho e Irani de Oliveira, o fox “O Bom Menino”, que além de ser um de seus maiores sucessos, tornou-se também um clássico do cancioneiro infantil. No mesmo ano, gravou em parceria com Mirabeau e Jorge Gonçalves, a marcha “Canção das Mães”.

Em 1961 gravou a valsa “Canção da Criança”, de Francisco Alves e René Bittencourt, que se tornou outro de seus sucessos. No mesmo ano lançou com enorme sucesso o LP “Carequinha no Parque Shangai”, com produção de Getúlio Macedo, e com músicas do próprio Getúlio e Hamilton Sbarra, tais como: “Roda Gigante”, “Trem Fantasma”, “Carroussel”, “Bicho da Seda”, “Auto-Pista” e “Montanha-Russa”. Em 1962 gravou, entre outras composições, “Twist do Cachorrinho”, de Nazareth de Paula e Joluz, e “Chicotinho Queimado”, dele e Almeidinha.

Em 1963, gravou as marchas “Bloco do Carequinha”, de Vicente Amar e Almeidinha e “É... Bebê?” de Antônio Almeida. Em 1964 gravou as marchas “Vaca Malhada”, de Brazinha e Vicente Amar e “Joaqui8m, Cadê sua Meia?” de José Saccomani, Valdemar e Castrinho. Gravou, entre outros, os LPs “Amiguinho das Crianças”, “Baile do Carequinha” e “Carequinha”, todos pela Copacabana.

Nos anos 1980, apresentou por quase três anos um programa infantil na TV Manchete, que saiu do ar, sendo substituído pelo programa da Xuxa, que iniciava sua trajetória artística.

Em 2001, destacou-se no Programa Escolinha do Professor Raimundo, na TV Globo, com a música “Ai, ai, ai Carrapato Não Tem Pai”.

Considerado um dos mais importantes palhaços de circo no Brasil, comemorou o aniversário de 87 anos em 2002, com uma apresentação n o Teatro João Caetano. Em dezembro do mesmo ano, em entrevista a Boris Casoy, na TV Record, descontraiu o jornalista, levando-o a cantar “O Bom Menino”.

Carequinha atravessou várias gerações como ídolo infantil. Em 2003, ao completar 88 anos, foi homenageado por seresteiros em Rio Bonito, e foi recebido por 4 mil crianças na quadra da Escola de Samba Porto da Pedra, em São Gonçalo (RJ), onde morava.

Demonstrando saúde e vitalidade, fez shows pelo menos duas vezes por semana. Em 2005, completou 90 anos. Partiu para apresentar-se em um circo celestial em 2006, após completar 91 anos.

Vejamos a homenagem o que o compositor Antônio Marcos escreveu em:

“Sonhos De Um Palhaço”:

Vejam só
Que história boba eu tenho pra contar
Quem é que vai querer me acreditar
Eu sou palhaço sem querer

Vejam só
Que coisa incrível o meu coração
Todo pintado e nessa solidão
Espera a hora de sonhar
Ah, o mundo sempre foi
Um circo sem igual
Onde todos representam o bem e o mal
Onde a farsa de um palhaço é natural

Ah, no palco da ilusão
Pintei meu coração
Entreguei o amor, o sonho sem saber
Que o palhaço pinta o rosto pra viver

Vejam só e há quem diga que o palhaço é
Do grande circo apenas o ladrão
Do coração de uma mulher

Ah, o mundo sempre foi
Um circo sem igual
Onde todos representam o bem e o mal
Onde a farsa de um palhaço é natural

Ah, no palco da ilusão
Pintei meu coração
Entreguei o amor e o sonho sem saber
Que o palhaço pinta o rosto pra viver

Vejam só
E há quem diga que o palhaço é
Do grande circo apenas o ladrão
Do coração de uma mulher.

Para concluir este breve ensaio sobre o grande artista que é o Palhaço, neste dia 10 de dezembro, digo:

Palhaço de Mim

Às vezes
Quase sempre
Vivo no mundo
de fantasias...
O principal palhaço
Sou eu...
Sou palhaço que rir...
Que canta...
Que dança...
O palco é a vida
Onde as decepções
e os problemas
de camarote
Sorriem de mim
Sou palhaço...
porque me faço sorrir
nas horas
Mais difíceis...
Um sorriso
Meu é normal...
É natural...
É necessário...
lá dentro
Um sorriso de lágrimas
Pode estender
Mas... Enquanto eu viver
Prefiro continuar
Sendo...
Palhaço de mim...

Saudações Rotárias

Hiram Ribeiro dos Santos




REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 04/12/08

Eusébio-Ce, 04 de dezembro de 2008.


Queridos Rotarianos,
Saudações em Cristo!

COMER E BEBER A PALAVRA DO EVANGELHO!


Depois de haver multiplicado pães e de ter dado de comer a grandes multidões, e de eles terem vindo no dia seguinte, interessados apenas em comer mais pão, Jesus não desejava alimentar neles a idéia de que Deus daria pão aos homens sem ser através da dignidade do suor do nosso trabalho e do nosso rosto, desacostumando-os da idéia de que o reino de Deus e a presença do Espírito Santo na nossa vida significaria um permanente estado de contravenção, de modo que a gente não precisará mais trabalhar, porque os pães cairão na nossa cabeça, e destruindo também na mente deles a idéia fetichista de que seria extremamente interessante uma relação com Jesus que se traduzisse nesse tipo de facilitação material da vida, numa seqüência ininterrupta e industrializada de milagres, a qual os imbecilizaria para o resto de suas existências.
Ao contrário, Jesus estava desejoso de chamá-los para o que é, para o que tem sentido, para o que dura, para o que permanece, para o pão que não perece; pelo contrário, nos remete para a vida eterna, a qual é Ele mesmo, é a palavra dEle, é o ensino de Jesus, é a obediência ao que Jesus pavimentou como chão para nós. É, sobretudo, esse andar em amor constrangido diante de Deus, pela convicção que nos vem de que Ele nos amou primeiro, sendo nós ainda pecadores, e que produz em nós um constrangimento de graça, que é o único poder mediante o qual se pode, de fato, viver para Deus e agradá-lo, porque todas as outras iniciativas, sejam as amparadas no temor da Lei, na fobia da Lei, no legalismo, nas presunções morais, no virtuosismo, nas boas obras autônomas e arrogantes... Todas essas coisas não nos levam a lugar nenhum, a não ser a nos deixar falir em estado de presunção e de ignorância total acerca da nossa própria carência essencial de Deus.
Jesus, então, vem e diz a eles: “Vocês têm que trabalhar não pelo pão que perece, mas do que subsiste para a vida eterna, o qual é o meu Pai que vos dá. O pão sou Eu, vocês terão que comer a minha carne, terão que beber do meu sangue.” Comer a carne do verbo encarnado significa comer a palavra de Deus. No princípio era o verbo, era a palavra... O verbo se fez carne, e o verbo que se fez carne disse: “quem quiser ter parte comigo, vai ter que comer da minha carne e do meu sangue”. E como havia algumas pessoas no ambiente que imaginaram que aquilo poderia significar um convite inaceitável para um banquete antropofágico, Jesus disse: “a carne, para nada aproveita, as palavras que Eu vos tenho dito são espírito e são vida.” E disse: “vinde e comei a minha carne e bebei o meu sangue, porque quem de mim se alimenta, por mim viverá”.
Aí o que é comer a carne e beber o sangue do Senhor senão comer Deus, comer Jesus, apanhar tudo o que diz respeito a Jesus, a palavra que Ele falou, os ensinos dEle, imitar o seu olhar de amor, os seus gestos de misericórdia, seu caminhar de justiça e verdade, sua liberdade de amar o Pai, sua total liberdade de acolher os homens, sua convicção absoluta de que a finalidade da existência humana é ser em Deus, assim como Ele, o filho, era no Pai, e o Pai era no filho, desejava, Ele, que nós fôssemos no Pai, a mesma coisa que Ele em Deus era, de modo que o grande chamado dEle era para que nós comêssemos dEle a tal ponto que passássemos a viver por Ele e a tal ponto que a vida dEle em nós absorvesse a nossa própria vida, e nós viéssemos a nos tornar um dia como Ele é.
Rotarianos amados, esse é o processo! E começa na simplicidade de dizer: eu quero comer o Espírito da Verdade, eu quero comer a palavra da vida, eu quero comer tudo o que concerne a Jesus, a graça eterna da cruz, do Cordeiro que levou sobre si os meus pecados, a ressurreição que me justifica contra a morte e para a vida eterna, a palavra que me ensina a amar os inimigos, a palavra que me ensina que sim é sim e não é não e o que disso passar vem do maligno, a palavra que me ensina a não julgar para que eu não seja julgado, a palavra que me ensina que bem aventurados são os que não perdem a possibilidade de se condoer, de se emocionar.
Bem-aventurados são os que são ensináveis a vida inteira, porque são humildes de espírito. Bem-aventurados são os que carregam no coração a vontade de exercitarem o poder da mansidão e não da violência que atropela, é a bem aventurança daqueles que julgam que o grande privilégio da vida é construir pontes entre os separados, é diminuir fossos e abismos, é aproximar irmãos e até inimigos.
Bem-aventurados são aqueles que andam em justiça e bem aventurados são também aqueles que mantém o coração e guardam-no limpo de maldade, de justiça, de maquinação, porque esses, tanto mais quanto tenham o coração purificado da malícia, tanto mais terão os olhos limpos para verem, dia a dia, a face de Deus. E se forem perseguidos por causa da injustiça travestida de justiça, ou se forem perseguidos por causa de darem razão ao Evangelho e de terem comigo o pão da vida, e de se alimentarem da palavra da vida, e de não quererem outra vida que não seja a vida de Jesus, bem-aventurados são, porque assim perseguiram também os profetas que viveram antes de vós.
Esse é o convite! É desse pão que a gente deve comer, é desta palavra, a Bíblia, que vivifica a gente. Agora, para que isso aconteça hoje, modernamente, nessa época em que a Bíblia anda abandonada, a Sociedade Bíblica vende milhões de Bíblias; contudo, os que as compram não as lêem. Ninguém lê mais a palavra.... Se você deseja comer desse pão e beber desse sangue, em vez de você complicar dizendo a Deus que lhe envie uma revelação, por que você não lê o que já está revelado? Coma, mastigue, role em cima da palavra, chore em cima da palavra, medite, deixe a palavra rodar como um software na sua mente, confira cada ação sua com a palavra, suas motivações, seus sentimentos, suas intenções... Aí a Palavra vai crescendo na sua vida, vai se encorpando e vai nos libertando.
O convite é para a mesa do Senhor. “Eu sou o pão da vida" – disse Jesus. “O verdadeiro pão quem vos deu não foi Moisés. Aquele pão, quem dele comeu, pereceu. O verdadeiro pão da vida quem vos dá é o meu Pai. Aquele que vem a mim, jamais terá fome, e quem crê em mim, jamais terá sede” - disse Jesus. O convite é para comer da carne e beber do sangue. É para a comunhão visceral, é para um enxertamento radical da natureza de Deus, e que acontece quando a gente come a palavra da vida, porque é ela que tem o poder da semente regeneradora que re-genera, ou seja, gera de novo, produz uma geração de ser novo em nós, num processo contínuo pela palavra da vida.
E o processo pode se tornar acelerado, se você não se tornar apenas um ouvinte, mas alguém que ouve, lê e pratica. Aí a Palavra vai virando chão, segurança, estabilidade, paz, confiança, certeza, coragem de ser, ousadia para viver, e vai nos marcando todo dia com esse selo profundo de Deus, que é o único que pode nos marcar com o ardente desejo de morrer, acerca desse assunto, eu tenho falado há mais de 5 anos, de que a gente chegaria numa hora em que haveria um ardente desejo de morrer.
A palavra de Deus diz, no Apocalipse, que a gente só sobreviveria se trouxesse o selo de Deus nas nossas frontes, essa marca do Cordeiro na nossa mente, a presença do penhor do Espírito Santo. Não dá mais para brincar; os vampiros estão soltos no ar. Ou você anda cheio do Espírito Santo de Deus e da palavra da vida no coração, ou então você vai “dançar”. Não é hora para a gente brincar e nem dançar, dando bobeira na consciência. É hora de andar olhando para o coração, checando, porque nunca antes o inimigo, o diabo, nosso adversário, rondou como leão tão perto, procurando gente para tragar, comer vivo!
Portanto, coma o pão, beba o vinho, coma a palavra da vida e deixe ela entrar no seu coração.


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
Pastor das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus em Eusébio / Ceará