quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Homenagem do Rotary Club de Campina Grande ao Dia do Palhaço

Entre os personagens que trabalham no circo, como os domadores, mágicos, trapezistas, acrobatas, dançarinas e equilibristas, o palhaço exerce a principal função. É ele que, com suas palhaçadas, faz o público adulto esquecer os problemas do dia-a-dia. As crianças, principalmente, vão ao circo só para ver o palhaço.

Com sua roupa desengonçada, sempre está com a calça larga caindo, sapato de nadador e cara pintada. Sua cabeleira é estranha e seu nariz é sempre uma pelota vermelha. Dá piruetas por todos os lados; cai, levanta, pula, sobe, desce, anima os espectadores com suas artes e piadas engraçadíssimas.

O palhaço é um circense muito competente e indispensável na apresentação de um espetáculo. Na história do circo, muitos palhaços ficaram famosos, como Arrelia, Chique-chique, Pirolito, Carambola, Teco-teco, Pipoca, Pingüim, Bozzo, Carequinha e Picolino.

O palhaço representa a alegria, pois está sempre sorrindo. Quando se desenha a figura de um palhaço, é de uma pessoa muito alegre. Sua boca chega perto da orelha. Muitas vezes dá aquela gargalhada, mas... não sabemos como está o seu coração. É o seu trabalho!

Palhaço – Artista de circo, que faz pilhérias e momices para divertir o público; pessoa que, por atos ou palavras, faz os outros rirem. Circo – grande e antigo recinto para jogos públicos; anfiteatro circular para espetáculos de ginástica, equitação.

Escolhemos para Homenagear no dia 10 de dezembro o Palhaço Carequinha. George Savalla Gomes – Artista de circo, cantor e compositor. Sua mãe era trapezista e seu nascimento foi um picadeiro de circo, logo após o espetáculo em que ela sentiu as dores do parto quando se equilibrava no arame. Neto de Savalla, dono do Circo Peruano, no qual começou a trabalhar em 1920, aos cinco anos de idade.

Iniciou a vida artística aos cinco anos de idade, no Circo Peruano, em sua cidade natal. Em 1938 estreou como cantor na Rádio Mayrink Veiga no Rio de Janeiro, no programa “Picolino”, de Barbosa Jr.

Em 1950 passou a trabalhar na recém-inaugurada TV Tupi, formando uma dupla de palhaços com Fred, nome artístico utilizado por Fred Vilar, no programa “Circo do Carequinha”, tornando-se pioneiro do circo na televisão brasileira e de programas infantis ao vivo na TV. O programa permaneceu 16 anos no ar.

Em 1957 realizou sua primeira gravação, as marchas “Fanzoca do Rádio”, de Miguel Gustavo, que se tornou a marcha mais popular do ano seguinte, e “O Preço da Gripe”, de Miguel Gustavo e Altamiro Carrilho. No mesmo ano, gravou aquela que seria seu maior sucesso, a valsa “Alma de Palhaço”, de sua autoria e de Fred. Em 1958 gravou, Altamiro Carrilho, a valsa “Saudade de Papai Noel”. No mesmo ano, gravou de Altamiro Carrilho, Miguel Gustavo e Carrapicho, a marcha “As Brabuletas de Brasília” e de Miguel Gustavo, a batucada “Dá Um Jeito, Nono”.

Em 1959 gravou a marcha “Parabéns! Parabéns!”, de Altamiro Carrilho e Irani de Oliveira, que se tornou um verdadeiro hino dos aniversários infantis; a valsa “Missa do Galo”, dele e Mirabeau, e a marcha “Carnaval do J.KJ.”, de motivo popular, com arranjo de Altamiro Carrilho e Miguel Gustavo, entre outras.

Em 1960 gravou, de Altamiro Carrilho e Irani de Oliveira, o fox “O Bom Menino”, que além de ser um de seus maiores sucessos, tornou-se também um clássico do cancioneiro infantil. No mesmo ano, gravou em parceria com Mirabeau e Jorge Gonçalves, a marcha “Canção das Mães”.

Em 1961 gravou a valsa “Canção da Criança”, de Francisco Alves e René Bittencourt, que se tornou outro de seus sucessos. No mesmo ano lançou com enorme sucesso o LP “Carequinha no Parque Shangai”, com produção de Getúlio Macedo, e com músicas do próprio Getúlio e Hamilton Sbarra, tais como: “Roda Gigante”, “Trem Fantasma”, “Carroussel”, “Bicho da Seda”, “Auto-Pista” e “Montanha-Russa”. Em 1962 gravou, entre outras composições, “Twist do Cachorrinho”, de Nazareth de Paula e Joluz, e “Chicotinho Queimado”, dele e Almeidinha.

Em 1963, gravou as marchas “Bloco do Carequinha”, de Vicente Amar e Almeidinha e “É... Bebê?” de Antônio Almeida. Em 1964 gravou as marchas “Vaca Malhada”, de Brazinha e Vicente Amar e “Joaqui8m, Cadê sua Meia?” de José Saccomani, Valdemar e Castrinho. Gravou, entre outros, os LPs “Amiguinho das Crianças”, “Baile do Carequinha” e “Carequinha”, todos pela Copacabana.

Nos anos 1980, apresentou por quase três anos um programa infantil na TV Manchete, que saiu do ar, sendo substituído pelo programa da Xuxa, que iniciava sua trajetória artística.

Em 2001, destacou-se no Programa Escolinha do Professor Raimundo, na TV Globo, com a música “Ai, ai, ai Carrapato Não Tem Pai”.

Considerado um dos mais importantes palhaços de circo no Brasil, comemorou o aniversário de 87 anos em 2002, com uma apresentação n o Teatro João Caetano. Em dezembro do mesmo ano, em entrevista a Boris Casoy, na TV Record, descontraiu o jornalista, levando-o a cantar “O Bom Menino”.

Carequinha atravessou várias gerações como ídolo infantil. Em 2003, ao completar 88 anos, foi homenageado por seresteiros em Rio Bonito, e foi recebido por 4 mil crianças na quadra da Escola de Samba Porto da Pedra, em São Gonçalo (RJ), onde morava.

Demonstrando saúde e vitalidade, fez shows pelo menos duas vezes por semana. Em 2005, completou 90 anos. Partiu para apresentar-se em um circo celestial em 2006, após completar 91 anos.

Vejamos a homenagem o que o compositor Antônio Marcos escreveu em:

“Sonhos De Um Palhaço”:

Vejam só
Que história boba eu tenho pra contar
Quem é que vai querer me acreditar
Eu sou palhaço sem querer

Vejam só
Que coisa incrível o meu coração
Todo pintado e nessa solidão
Espera a hora de sonhar
Ah, o mundo sempre foi
Um circo sem igual
Onde todos representam o bem e o mal
Onde a farsa de um palhaço é natural

Ah, no palco da ilusão
Pintei meu coração
Entreguei o amor, o sonho sem saber
Que o palhaço pinta o rosto pra viver

Vejam só e há quem diga que o palhaço é
Do grande circo apenas o ladrão
Do coração de uma mulher

Ah, o mundo sempre foi
Um circo sem igual
Onde todos representam o bem e o mal
Onde a farsa de um palhaço é natural

Ah, no palco da ilusão
Pintei meu coração
Entreguei o amor e o sonho sem saber
Que o palhaço pinta o rosto pra viver

Vejam só
E há quem diga que o palhaço é
Do grande circo apenas o ladrão
Do coração de uma mulher.

Para concluir este breve ensaio sobre o grande artista que é o Palhaço, neste dia 10 de dezembro, digo:

Palhaço de Mim

Às vezes
Quase sempre
Vivo no mundo
de fantasias...
O principal palhaço
Sou eu...
Sou palhaço que rir...
Que canta...
Que dança...
O palco é a vida
Onde as decepções
e os problemas
de camarote
Sorriem de mim
Sou palhaço...
porque me faço sorrir
nas horas
Mais difíceis...
Um sorriso
Meu é normal...
É natural...
É necessário...
lá dentro
Um sorriso de lágrimas
Pode estender
Mas... Enquanto eu viver
Prefiro continuar
Sendo...
Palhaço de mim...

Saudações Rotárias

Hiram Ribeiro dos Santos




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