quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Saudação ao Governador do Rotary Internacional, Distrito 4500 – PE./PB./RN. – Eduardo Jorge Marinho de Queiroz

ROTARY CLUB DE CAMPINA GRANDE


Saudação ao Governador do Rotary Internacional, Distrito 4500 – PE./PB./RN. – Eduardo Jorge Marinho de Queiroz

Companheiro Governador,

Você nasceu em Altamira, estado do Pará, em plena selva amazônica, a 740 km de Belém e 458 km de Marabá, município detentor de um vasto território cortado de norte a sul pelo rio Xingu. Altamira possui 161.445,9 km2, o que o torna o maior município do Brasil e do mundo em extensão territorial. Se o município de Altamira fosse um país, seria o 91º país mais extenso do mundo, maior que Grécia e Nepal e quase do mesmo tamanho que Tunísia, Suriname e Uruguai. Se fosse um estado brasileiro, seria o 16º maior, um pouco menor que o Paraná e maior que o Acre e o Ceará. Nasceu convivendo com a agricultura (arroz, cacau, feijão, milho, pimenta do reino) e a extração de borracha e castanha-do-pará.

Sua terra natal teve origem nas missões dos jesuítas, na primeira metade do século XVIII. Altamira integrava o gigantesco município de Sousel, do qual foi desmembrado em 27 de setembro de 1917, passando a chamar-se Xingu, com sede na cidade de Altamira. Em 31 de março de 1938 mudou-se o topônimo do município para Altamira. Teve um acentuado desenvolvimento com a exploração do ouro até começo do século XX.

Foi lá que você veio ao mundo há 62 anos, em um clima equatorial. Você teve como visão um imenso cenário emoldurado pela natureza que é pródiga em tudo. Respirou por um pulmão que abastece não só uma nação, mas parte do universo. Teve uma educação com forte influência religiosa. Concluiu 1º e 2º graus nos Seminários das Arquidioceses de Belém-PA e Manaus-AM. Aos 20 anos, já no Recife-PE, formou-se em Filosofia no Seminário Regional do Nordeste. Uma forte vocação para a religiosidade. Em 1976, graduou-se em Ciências Econômicas na UFPE. Posteriormente, na Valderblit University (USA) obteve o grau de Máster in Economics, além de cursos de pós-graduação e especialização em Operations Management-Finance na mesma Universidade e em Financial Analysis and Management Control no Institut Pour LÉtude dês Methodes de Direction de LÉntrepise-Lausanne, Suíça.

Foi executivo durante 25 anos em empresas de grande porte. Atualmente é consultor empresarial, especializado em projetos industriais, estudos de viabilidade, “mergers”, precificação de empresas, sistemas informatizados de custos gerenciais, formação de preços de venda e planejamento econômico-financeiro.

Foi Professor da Unicap e da UFPE – graduação e pós-graduação – e, atualmente leciona Contabilidade Gerencial, Contabilidade de Custos, Matemática Financeira e Estratégia de Preços na Faculdade Européia de Administração de Marketing (IPAM – Instituto Português de Administração de Marketing).

Ex-bolsista da Fundação Rotária (1974-1975) do ELS (English Language System Washington. D.C.), tornou-se sócio do Rotary Club Juazeiro/Petrolina (1979/1981) e seu presidente (1980/1981). Desde 1992 é sócio do Rotary Club Recife-Brum, onde exerceu diversos cargos no Conselho Diretor, presidindo-o no ano rotário 1997/1998.

Foi Chairman Distrital do Intercâmbio Internacional de Jovens (1993/1997), participando ativamente de diversas conferências, como moderador e painelista, além de chairman da XVI Conferência Brasileira do Intercâmbio de Jovens do Rotary (Recife, nov. 1996). No mesmo Programa, participou de convenções e conferências internacionais, proferindo palestras em inglês e francês e atuando como painelista, a saber: Convenção Internacional de RI – Taipei – República da China; EEMA – Johannesburg, África do Sul; Convenção Internacional de RI – Nice – França; Central States Multidistric – Gran Rapids, MI, USA e Convenção Internacional de RI – Calgary – Canadá. Foi também membro da Comissão de Registros da Conferência de Chairman do Intercâmbio de Jovens (Findings Committee da YEO – Youth Exchange Officers´Conference); ESSEX Multidistrict – Freensburg, PA, USA; Convenção Internacional de RI – Glascow, Escócia e Conferência dos Dirigentes de Intercâmbio de Jovens do Rotary (Rotay Youth Exchange Officers´Conference).

Já como Governador eleito do Distrito 4500 de Rotary Internacional 2008-2009, participou do GETS, em Belém-PA (set/2007) e da Assembléia Internacional, em San Diego – Califórnia, USA (jan./2008).
Seus hobbies são a leitura, a computação e a música (cavaquinho/violão). É casado há 38 anos com a muito elegante e distinta companheira Oneide Bessa de Queiroz, também rotariana do RC Recife-Brum – classificação Advocacia Pública – com quem possui quatro filhos e cinco netos.

Deixa a Veneza Brasileira, cercada por rios e cortada por pontes, cheia de ilhas e mangues que magnificam sua geografia ao nível do mar, para subir a Serra da Borborema, em pleno agreste com seu clima tropical para ser recebido pelo povo acolhedor deste compartimento entrecortado formando um piemonte, que é pródigo no bem servir.

Seu espírito está impregnado de eflúvios generosos e sons. Eflúvios generosos por respirar Rotary; sons para dar movimento, cor e vivacidade ao movimento rotário.

Você já tem o lirismo destes ares tão suaves para lhe amenizar a longa caminhada; Você tem a inspiração das grandes perspectivas que lhe ensinam a olhar do alto; Você tem a companhia, a fidalguia e a sensibilidade da distinta e elegante senhora e companheira Oneide Bessa de Queiroz; Você é o pássaro dos mais altos remígios nesse ninho que é o Rotary.

Apraz-nos e honra-nos recebê-lo Governador. Haveria de ter um sem número de companheiras e companheiros representativos, pela inteligência, pelo trabalho e pela boa vontade, desprendidos, dando foros de desenvolvimento e merecida pujança a uma instituição que carece de renovação em muitos quadros. Renovação com solidariedade e sentimento. Você faz parte desse bendito agrupamento.

Sinta-se em casa, aqui nos contrafortes desta serra saudável que inventou um clima europeu em pleno verão tropical. Respire nestas alturas, acumule energias para sua longa caminhada e prossiga com a mesma determinação. E volte, volte sempre, mas antes deixe seu coração e o coração de Oneide residindo aqui nesta cidade rainha, que é pródiga na hospitalidade e no bem querer.

Muito Obrigado e nossas Saudações Rotárias.


Hiram Ribeiro dos Santos
Secretário do RC Campina Grande

Em 25 de setembro de 2008

REFLEXÃO ROTÁRIA – 25/09/2008

Eusebio-Ce, 25 de setembro de 2008.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


REFLEXÃO ROTÁRIA – 25/09/2008



SABEDORIA NÃO É CANJA
E NEM CALDO DE GALINHA!


Qual a sua grande ambição nesta vida? Hoje tudo passa tão rápido, e o sentido da vida se mostra tão fugidio, que, a maioria das pessoas, se deseja algo, quase sempre tem a ver emprego, dinheiro, casa, casamento, filhos e conforto.
No passado, esses eram também os elementos a serem elencados em qualquer lista de sonho de futuro. Entretanto, mais comumente do que hoje, muitos também desejam imitar o pai, a mãe, o avô, um professor, um padre, um pastor... — que fossem sábios; ou, ainda: se desejava obter sabedoria.
A sabedoria, diz a Bíblia, vem do temor do Senhor; e consiste em que se deixe a língua ferina, a boca perversa, o olhar altivo e arrogante, e toda forma de precipitação e imprudência. E mais: que se ouça muito e que se aprenda a virtude do silencio e da paciência. Entretanto, as Escrituras também ensinam nos textos de sabedoria, que se dê ouvidos à experiência em amor de pais que sejam prudentes. Quem assim faz, sempre ponderando nos conselhos de pais que aconselhem, poupa a si mesmo de muitas dores.
Hoje, entretanto, há poucos pais que sejam pais do ponto de vista da Escritura. Além disso, e, também, por causa disso, os filhos já nem pensam nos pais quando se trata de resolver problemas; ou ainda: de evitar entrar em dificuldades. A imensa expectativa transferida para a escola, a creche e a Igreja no que tange a educar os filhos, denuncia antes de tudo o estado de falência nos vínculos entre pais e filhos em geral.
Queridos rotarianos, educação essencial à vida somente se obtém no ninho de uma família ajuizada em amor e verdade. Antigamente todo pai e mãe desejavam ser parte da vida e das soluções nas vidas dos filhos. Hoje, eles, quando se preocupam, levam os filhos ao terapeuta. De vez em quando em meu gabinete ouço um pai ou outro, politicamente corretos, me dizerem que são “pais participativos”, querendo com tal declaração se diferenciarem dos pais não-participativos. Para mim até o “pai participativo” é ridículo, pois, se para ser pai, tem-se agora que dizer que se é um pai que participa na agenda dos filhos, é sinal de que o sentido intrínseco e visceral da paternidade já não está presente para além da manifestação educada e civilizada de paternidade.
O fato é que como as coisas andam a sabedoria não é quase nunca lembrada e buscada como o grande tesouro de um ser humano para a prática do que seja vida. Minha oração é no sentido de que cresça em todos nós a vontade de aprendermos os passos da sabedoria, e que ambicionemos também os ensinos da prudência e do bom senso.

Pense nisso!


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
Pastor das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus em Eusébio / Ceará
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

HOMENAGEM PÓSTUMA DO ROTARY CLUB DE CAMPINA GRANDE AO ILUSTRE COMPANHEIRO PAULO AFONSO PINTO ZILLI

Nascido em Araraquara, estado de São Paulo, em 26 de julho de 1925. Colou grau em Pedagogia pela Escola Álvaro Guião de São Carlos – Sp., em 1943 e Bacharelou-se em Ciências Jurídicas pela Universidade Fluminense no Rio de Janeiro.

Ingressou no SENAI em São Paulo por concurso público em 1944. Em 1950, foi convidado pelo Departamento Nacional do SENAI para instalar e dar início ao funcionamento da Escola SENAI nesta cidade de Campina Grande em março daquele ano.

Acompanhado do Engenheiro Atahualpa Guimarães, delegado do Departamento Nacional, instalou os cursos de mecânica, tornearia e ajustagem e marcenaria.

Em 1951 contraiu núpcias com a Sra. Maria Carolina de Amorim Pereira Zilli, de tradicional família campinense, fundadora da Rede Feminina de Combate ao Câncer, cuja entidade leva por honra o seu nome, dama finíssima, de alto estilo e muito querida em nossa sociedade, tinha por desiderato exercer a filantropia e a caridade. Falecida em 26.04.1997, portanto 46 anos de um casamento de muita harmonia e felicidade.

Em 1952 deixa o SENAI para ingressar na iniciativa privada no ramo de algodão e óleos vegetais, cujo trabalho se estendeu até 1968.

Em 24 de setembro de 1953 foi admitido como sócio-representativo do Rotary Club de Campina Grande, classificação: algodão e extração de óleos vegetais – diretor comercial.

Foi membro do Conselho da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba de 1958 até 1970. Foi ainda membro do Conselho do SESI da Paraíba e Secretário da FIEP por quatro anos.

Foi presidente do Sindicato das Indústrias de Extração de Óleos Vegetais do Estado da Paraíba de 1958 a 1968.

Foi Diretor dos Diários e Emissoras Associados no Estado da Paraíba, congregando as empresas Rádio Borborema, Diário da Borborema, Jornal O Norte e TV O Norte, de 1978 a 1994.

Foi Diretor da CELB de 1966 a 1969.

Em 24 de setembro vindouro o Companheiro Paulo Afonso Pinto Zilli iria completar 55 anos como sócio-representativo de nosso Clube. No seu sepultamento tomei a iniciativa de falar em nome dos companheiros de Rotary. Lembrei-me que na década de 60, trabalhando com o rotariano Degmar Fernandes, de saudosa memória, o procurava no horário das reuniões no Campinense Clube, para assinaturas inadiáveis em documentos. E dentre tantos rotarianos ilustres lá estava o companheiro Paulo Zilli, calmo, educado, cavalheiro, bondoso e participativo nas ações de caráter meritório em prol da humanidade. Homem probo e honrado de tantos serviços prestados à nossa cidade e ao nosso estado. Sempre muito humilde e não afeito a holofotes, era continuadamente solicito e prestimoso, incentivador dos neófitos em Rotary. Ainda recentemente me procurou para tecer elogios à nossa participação nesta casa.

Como poderia imaginar que após 50 anos eu estaria ontem e hoje fazendo uma singela homenagem a um rotariano com 55 anos de serviços prestados em nome desse sagrado símbolo de grandeza internacional, como um seu companheiro. É mágico o estado de espírito em ser parte do Rotary,

Uma perda irreparável e uma lacuna impreenchível, a partida do companheiro Paulo Zilli. Que Deus, Nosso Pai, com a sua infinita misericórdia, o proteja e o guarde na abóbada luminosa e celeste, onde se encontram os eleitos de bom coração.

Aos seus familiares aqui presentes, desejamos que tenham conforto e resignação, além da certeza que nosso pranteado cumpriu com louvor sua missão aqui na terra.

Muito Obrigado

Hiram Ribeiro dos Santos
Secretário do RC C. Grande

REFLEXÃO ROTÁRIA – 18/09/2008

Eusebio-Ce, 18 de setembro de 2008.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


REFLEXÃO ROTÁRIA – 18/09/2008



O CORAÇÃO ADORADOR!
Paulo Afonso Zilli – Saudosa Memória



É isso aí! O que nunca entendi é essa preocupação que algumas pessoas têm com a adoração, como se ela pudesse ser “algo”; sim, como se ela tivesse que ser alguma coisa, uma reflexão, uma dimensão, o departamento da elevação, um andar de cima, um mistério revelado aos entendidos, ou há alguns seres chamados para adorar...ou levar os outros à adoração.
Deus sabe quem o adora, e Ele mesmo busca e acha os Seus adoradores, conforme Jesus disse em João 4. Adoração é a vida em confiança e gratidão; é amar a soberania e a majestade de Deus; é viver como um rotariano de quem jamais esqueceremos; nada além disso. Portanto, os instrumentos da adoração são as resposta do coração à vida, conforme a fé. Não há “razões” para a adoração que não sejam as não-razões da fé!
Só Deus sabe quem está adorando enquanto vive; e só Deus sabe quem está vivendo em adoração. Acredito em dons, e creio que cada um deve servir a Deus com que Dele recebeu. Isto é louvor em vida: o ser em Deus com gratidão, e fazer isso também como serviço ao próximo. Sim, andar de forma rotariana, servindo com amor e gratidão, a exemplo do nobre companheiro Paulo Afonso Zilli (saudosa memória), que agora descansa de suas obras.
As ações do Samaritano cuidando do homem assaltado entre Jerusalém e Jericó são todas elas adoração, e nos lembram nosso nobre companheiro que agora dorme. Sim! Digo isto porque não temos como não fazer menção desse grande baluarte que por mais de cinco décadas serviu a Deus e a Sua causa em nossa instituição rotária em São Paulo e aqui em nossa linda Campina Grande, de onde foi para os braços do Pai.
Propositalmente, os elementos descritos como remédio para o assaltado, no caso da parábola do bom-samaritano, são os mesmos que eram usados nas libações oferecidas no altar em Jerusalém. Assim, sacerdotes e levitas passam correndo para a hora da adoração... O Samaritano, no entanto, se curva sobre o altar...o homem...e derrama sobre ele a libação do amor.
Paulo Afonso Zilli, como sentiremos falta de seu exemplo de vida! Você sim, não tem nem que pensar em adoração, visto que tudo o que fez foi adoração! Isto porque quando se está cheio da Graça tudo é adoração, tudo é orar sem cessar, tudo é servir com amor, tudo é doar-se sem medidas, tudo é em Deus.
E assim foi a vida deste INESQUECÍVEL rotariano...



Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
Pastor das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus em Eusébio / Ceará
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Rotary participa da Semana da Pátria em Campina Grande

Paraíba, 06/09/2008

O Rotary Club de Campina Grande (PB) participou na noite deste sábado (dia 6) da solenidade da Semana da Pátria, quando um de seus integrantes fez o arriamento da bandeira da Paraíba em solenidade realizada na Praça da Bandeira, no centro.

Na oportunidade a companheira rotária e empresária Zouraide Silveira (foto) descerrou o pavilhão estadual, enquanto que o major PM Evaldo fez o arriamento da bandeira do Brasil e a professora Maria Goreti Formiga arriou a bandeira de Campina Grande.

O evento aconteceu sob a execução do Hino Nacional pela Orquestra Filarmônica Epitácio Pessoa (a Sá Fefinha) e de aplausos de populares. Além de Zouraide Silveira também estiveram presentes no local o presidente do Rotary Club Campina Grande, Alexandre Aureliano, e o companheiro rotário Hiram Ribeiro.

Para visualizar as fotos acesse:

http://www.rededenoticias.com/geral/layout.php?misc=search&subaction=showfull&id=1220760773&archive=1220834141&cnshow=news&ucat=11,15,17,56,57&start_from=&\"

REFLEXÃO ROTÁRIA DE 11/09/2008

Eusebio-Ce, 11 de setembro de 2008.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


REFLEXÃO ROTÁRIA – 11/09/2008



O QUE DEUS DIZ QUANDO NADA DIZ?




Estímulos, sons, palavras, vozes, imagens, símbolos, gestos — entre outros, são o meios de comunicação que nós usamos para nos expressarmos no mundo; ou, são os meios aos quais respondemos todos os dias. Ninguém, entretanto, parece discernir que tais coisas apenas são significativas em razão do silencio. Ora, o silencio é visto como a não-comunicação. Portanto, o que comunica, segundo sentimos, é o que o interrompe o poder angustiante do silencio.
Eu, todavia, a cada dia mais preciso do silencio como meio de comunicação. O silencio abre espaço para a comunicação. Afinal, sem silencio nada será comunicação. O silencio, entretanto, é também mais que espaço e meio-condutor da possibilidade da comunicação. Sim! O silencio passa a ser comunicação sempre que existe inflação de comunicação. Ora, em tal caso, o silencio passa e ser o meio mais efetivo de comunicação, pois, na poluição das muitas comunicações, o que se comunica se esvazia de significado. Portanto, é o silencio que re-significa os significados que foram esvaziados pelo excesso e pelo abuso do comunicar sem alma.
Queridos rotarianos, é por esta razão que se pode perceber a comunicação de Deus também na forma dos longos silêncios de Deus na História. Afinal, Deus fala sempre. Entretanto, fala demais quando não está falando nada. A Bíblia diz que em horas de algazarra na história Deus fala pelo silencio. Quando o homem pergunta “Onde está Deus?” — Deus está falando. Sim! Está falando pelo silencio, e conseguindo comunicar-se melhor do que quando está dizendo algo por palavras.
O pecado humano parece nos conceder apenas ouvir melhor a Deus em meio às angustias que se fazem acompanhar pelo silencio total de Deus em relação à dor por nós sentida. Deus também faz o silencio-que-é-amor se manifestar quando a pessoa anda em paz com Deus, conhecendo-o e a Ele submetendo-se com alegria; pois, em tal caso, a presença amiga de Deus é a comunicação que se impõe como paz. Afinal, é também somente na profundidade da intimidade que se pode andar com alguém em silencio, sem a preocupação da animação das palavras, pois, sabe-se o outro; posto que entre amigos dessa qualidade tudo já esteja dito sem ser falado.
“Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus”, diz duas vezes no salmo 46. Quando o homem silencia, Deus fala. Mas quando o homem discursa, Deus faz aquele silencio que significa ausência.
Mais: Quando o homem silencia em quietude submissa, o falar de Deus é mais que dizer, pois, para o homem, se torna um saber não com a razão, mas um saber com o provar essencial do coração.
Prove isto!



Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
Pastor das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus em Eusébio / Ceará
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

HOMENAGEM DO ROTARY CLUB CAMPINA GRANDE AO ARTISTA PARAIBANO FLAVIO CAPITULINO

Flávio César Capitulino. Nasceu em Souza, cidade sorriso do sertão paraibano, no dia 08 de julho de 1966. Filho de João Capitulino de Alencar e de Terezinha Vigolvino de Alencar e, irmão mais novo de Walfredo Capitulino de Alencar. Em 1969, aos 3 anos de idade veio residir em Campina Grande. Quando menino tinha que dividir dois pães com as oito pessoas que viviam em sua casa. Sempre muito habilidoso com trabalhos manuais e extremamente observador, aos seis anos foi trabalhar com o Sr. Oscar, irmão do dono da Padaria Imperial, um trabalho que garantia pão e leite como pagamento. Aos nove anos recebeu convite para trabalhar nessa padaria. Trabalhou muito, se empenhou para conquistar um destaque na firma e por merecimento passou a ser gerente, ainda adolescente. Muito batalhador, não abandonou os estudos. Anos depois fazia artesanato, decoração para festa e o que aparecesse contanto que lhe rendesse algum dinheiro.

Estudou no Grupo Escolar da Igreja do Rosário, depois no Colégio Presbiteriano e lá ganhou o 1º lugar em um concurso inter-colegial para desenho. Cursou desenho e pintura no Centro Cultural. Fez curso para modelo e ganhou o 1º lugar no Rio de Janeiro e Recife, aos 15 anos. Já cursando na UEPB o curso de Ciências Biológicas, tomou uma decisão que iria mudar ou confirmar o seu destino.

Aos 17 anos conheceu um casal de franceses que veio ao Brasil adotar uma criança. Tornou-se amigo do casal. “Eles disseram que eu poderia ir para a casa deles ficar por lá”. Meses depois com alguma economia guardada e uma bagagem de 160 kg. de artesanato que produziu para lhe ajudar no sustento, embarcou para Paris. Após 4 horas de embaraços na Alfândega, o francês foi buscá-lo no aeroporto, mas, já lhe adiantou que só poderia ficar em sua casa no máximo durante uma semana. Foi uma verdadeira sentença o que acabara de ouvir.

Não desanimou, muito menos pensou em voltar para o Brasil.
Saiu à rua à procura de quem o ajudasse, melhor ainda se falasse português, já que não conhecia uma palavra do idioma francês. Conseguiu um lugar durante um mês na Cite Universitè, nos arredores de Paris. Daí foi se virando como podia: dançava lambada com uma nega maluca (boneca de pano) em frente ao Centro George Pompidou e ganhava alguns trocados. Foi faxineiro, empregado doméstico, babá e showman.

Trabalhando em uma casa de família, ele se ofereceu para “dar um jeitinho” em uma antiga mesa de laca chinesa que estava em péssimo estado. Mas só conseguiu a autorização do patrão após muita insistência e persistência. Dias depois, em um jantar que o mesmo oferecera a uma diretora do Museu Louvre, sua interferência foi percebida pela mademoiselle que ficou encantada como seu magnífico trabalho. “Como você fez o trabalho de reversibilidade?” perguntou ela ao futuro restaurador. Capitulino havia usado aquarela para retocar a mesa. Mas ele não sabia o que era a tal da “reversibilidade” sobre a qual a moça de fino trato estava falando. Ela o enviou para fazer um curso em restauração com um famoso professor e restaurador Eduard Dechellet.

Foi assim que Flavio Capitulino acabou conhecendo aquele que fora um dos ex-chefes responsáveis pela restauração de obras do Louvre, Eduard Dechellet, seu tutor durante os mais de nove anos que trabalhou na instituição. Apesar de ter chegado no ateliê de Dechellet com apenas a restauração de uma mesa no currículo, Flávio, três meses depois, era um dos comandantes do ateliê.

Uma das tarefas mais complicadas era realizar a transposição de uma tela para uma nova base. Um quadro caríssimo do século 17 estava passando pelo processo, mas Flávio não foi chamado para participar. Podia apenas ficar olhando. “Acabou que o trabalho deles não deu certo. Eu fiz a transposição de outro quadro e, quando Dechellet viu, permitiu que eu trabalhasse no outro. Eu disse que fazia, mas só se fosse sozinho”, conta, sem muita modéstia.

Nove anos depois, ele anunciava que estava saindo do Ateliê; depois de sair do Louvre, abriu seu próprio ateliê, Charlesmagne, agora já fechado, no qual restaurou obras de renomados artistas para o Museu do Louvre, Palácio de Verssalles e Galerias. Hoje, realiza trabalhos para a galeria Cazeau-Béraudière, uma das mais prestigiadas de Paris, assim como presta seus valiosos trabalhos na cidade de Genebra, na Suíça.

Consagrado internacionalmente como restaurador pelo exímio trabalho que empresta a valiosíssimas e raríssimas obras de arte. Tem trabalhos nos mais adiantados e importantes centros culturais de todo o mundo, inclusive no Brasil.

Recebeu o título de Cidadão Campinense, quando restaurou obras na Catedral, Seminário Diocesano e as estátuas dos Tropeiros da Borborema, no largo do açude velho. Participou de várias exposições, entre outras as Expoart 2001 e 2002, onde reuniu obras de Picasso, Renoir, Matisse, Pierre Bonard, Salvador Dali, Maximilien Luce e muitos outros. Apresentou as exposições “O Que os Olhos não Vêem” em Ouro Preto-Mg. e Salvador-Ba.

Aqui na Paraíba, Capitulino criou a Associação Flávio Capitulino em homenagem ao seu ex-patrão e grande incentivador Felippe Cazeau (in memorian), para ajudar a UCAAPE – União de Cadeirantes, Andantes e Amigos de Pessoas Especiais de Alagoa Nova – PB, onde possui um encantado e belo sítio. É pai de dois lindos filhos Helena e Morpheu de Aquino Capitulino.


Campina Grande-PB, 04 de setembro de 2008

Dados Pesquisados e Compilados por

Hiram Ribeiro dos Santos
Secretário do RC Campina Grande

REFLEXÃO ROTÁRIA – 04/09/2008

Eusebio-Ce, 04 de setembro de 2008.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


VIVER NÃO É PARA AMADORES!



Todos vivem em constante tensão. A vida é complexa, muitas vezes paradoxal e plena de riscos; não é um passeio despretensioso. Cada pessoa é responsável e, ao mesmo tempo, vítima das circunstâncias. Cada estrada que se escolha se desdobra em alguma bifurcação. Uma simples decisão gera desdobramentos mil. Os poetas e os filósofos já perceberam o siso necessário para enfrentar a imensa aventura de viver. Todo instante é inédito e exige a precisão de um relojoeiro.
Viver não é para amadores. Tudo o que se faz produz ondas, iguais às de uma pedra jogada no meio da lagoa. As escolhas, semelhantes a círculos concêntricos, espalham-se. No caso da pedra, as marolas se dissolvem nas margens do lago. Com os humanos, as conseqüências se alastram para sempre. Sim!Ninguém tem o controle dos efeitos de suas escolhas, elas repercutirão eternamente.
Viver não é para amadores. Os pais influenciam os filhos e os filhos formam famílias. Tanto bondades como maldades se reproduzem por gerações. Crianças sofrem as seqüelas das famílias disfuncionais. Muitas, oprimidas por mães castradoras, não conseguem criar os filhos. Se os pais atinassem para a sua importância na formação emocional e nos valores éticos de seus filhos, menos pacientes procurariam clínicas psiquiátricas e menos penitenciárias seriam construídas.
Viver não é para amadores. Sem saber organizar os desejos, a vida pode se perder com projetos irrelevantes. Sem dar sentido ao cotidiano, a existência pode patinar no tédio. São necessários princípios, verdades e valores para direcionar o cotidiano. As pressões têm a capacidade de destruir quem não fizer escolhas responsáveis.
Viver não é para amadores. Os indivíduos precisam uns dos outros e se ferem ao mesmo tempo. O próximo pode ser fonte de alegria e de frustração. Empobrecem os que tentam isolar-se para não passarem por decepções. Não é possível resguardar-se do amigo sem perder o viço. Só viverá bem quem não considerar o outro a razão do seu inferno. O céu pertence aos que aprenderam a relevar as inadequações alheias. Só o longânimo tem chance de ser feliz.
Viver não é para amadores. A existência é imprevisível. Não há como controlar a história ou situar os eventos futuros dentro de qualquer lógica. Por mais que os religiosos prometam, os filósofos pretendam e os sociólogos estudem, a história não se prende aos trilhos do destino. De repente, sempre de repente, chega o improvável e nessa hora será preciso coragem para não desistir. A viagem rumo ao porvir requer brios.
Viver não é para amadores. Não é fácil equilibrar o lazer com o dever, o ócio com o trabalho. Muito lazer produz tédio; muito dever, estressa. A preguiça acompanha o ócio e a fadiga, o trabalho. O rei Salomão avisou que há tempo para todas as coisas: “tempo para plantar e tempo para arrancar o que se plantou, tempo de cozer e tempo de rasgar, tempo de juntar e tempo de espalhar o que se juntou”. Portanto, só vive quem souber transitar entre acontecimentos tão contraditórios.
Viver não é para amadores. Depressão e riso, alegria e tristeza formam a história de cada um. Quem foge da tristeza acaba neurótico, em negação, à procura de um mundo ilusório. Por outro lado, quem não sabe rir termina inclemente, à caça de gente para povoar o seu purgatório.
Viver não é para amadores. O sofrimento do mundo dói muito e não é possível evitá-lo. Contudo, é preciso achar alegria para celebrar aniversários, casamentos e formaturas. Os que se blindam para não sentirem a dor universal, sucumbem cínicos. Já os inconformados com o sofrimento universal são atraídos pelo rancor.
Viver não é para amadores. O tempo passa velozmente carregando tudo e todos. A pior angústia? Ver a areia da ampulheta, o pêndulo do relógio, a avisar que o calendário escasseia. Alguns não se dão conta que jogam a vida no lixo. Vaidades e megalomanias são ladras dissimuladas. Eternizar cada instante parece um esconderijo onde mora o segredo da felicidade.
Queridos rotarianos, viver, definitivamente, não é para amadores. Que ninguém se atreva a querer tocar a vida só. Portanto, “se algum tem falta de sabedoria, peça-a a Deus que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida”, disse o mestre de Nazaré.


Nele,



Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
Pastor das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus em Eusébio / Ceará
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br