Dia 23 de fevereiro último, o Rotary Internacional comemorou 104 anos de fundação. O advogado Paul Percy Harris, o seu mentor intelectual, convidou três outros homens [Hiram Shorey (alfaiate), Silvester Schiele (comerciante de carvão) e Gustavus Loehr (engenheiro de minas)] para criarem essa fantástica instituição internacional.
E, por muitos anos, o Rotary Internacional resistiu bravamente ao ingresso de mulheres em seu quadro social, até que, a partir de 1º de julho de 1989, a mulher adquiriu o direito de pertencer ao Rotary, decisão confirmada na Convenção de Seul, na Coréia do Sul.
No entanto, a mulher nunca esteve ausente do Rotary. O primeiro grande exemplo dessa afirmação foi dado pela esposa de Paul Harris, Jean Thompson Harris, que sempre esteve ao lado do seu esposo, como conselheira e executora de atividades rotarianas, que estivessem ao seu alcance.
1914. Ann Brunnier e Ann Gundaker, esposas de Bru Brunier e Guyy Gundaker, respectivamente, participam da Convenção Internacional em Houston, no Texas, causando enorme surpresa para os presentes, ao mesmo tempo em que despertavam o carinho dos rotarianos ali reunidos, os quais criaram o termo “Rotary Ann”, para designar afetuosamente aquela participação feminina.
1919. Awilda F. Arney, esposa do Presidente do RC de Chicago, fundou e presidiu a organização “Mulheres em Rotary”. Na Convenção celebrada em 1921 proibiu-se o uso desse nome. Em Manchester, Inglaterra, propiciou-se uma reunião com esposas de rotarianos e propôs-se a formação de um CR de senhoras. Isto não foi aprovado.
1977. O Clube Rotário Duarte, da Califórnia, convida três damas a converterem-se em rotárias desse clube. Elas foram: Mary Lou Elliot, Donna Bogaert e Rosemary Freitag que ingressaram na primavera de 1977.
1978. Por esse fato ao Clube se lhe revoga a sua carta constitucional em 27/03/1978.
1986. Uma sentença do Supremo Tribunal dos EUA dita que os Clubes Rotários, por terem um propósito de negócio, têm estatutos similares às associações públicas e, portanto não podia haver discriminação por gênero. O Distrito Internacional de Seatle votou pela incorporação da mulher em Rotary, convidando 15 damas a pertencerem ao Clube (Setembro, dia 4).
1987. Concede-se novamente a sua carta constitucional ao Clube Duarte. Sylvia Whytlock converte-se na Primeira presidente de um CR, o Duarte em 23/06/1987. Ela também foi a primeira a assistir a um Seminário PETs (Fevereiro/87). Presidiu o Clube em duas ocasiões.
1988. Karilyn Van Soest e Sylvia Whytlock foram as primeiras mulheres a assistirem a uma Convenção como Rotárias. Karilyn foi a segunda mulher presidente de um clube, o de Seatle, E.U.A.
1989. O Conselho de Legislação realizou a mudança do Estatuto do RI ao eliminar a frase de que os Clubes Rotários eram só para varões.
1995. Neste ano já tínhamos 8 Governadoras nos Estados Unidos: Mimi Altman (D6440); Gilda Cherafisis (D7230); Janet W. Holland (D5790); Reba Lovrien (D5520); Virginia Norbay (D6380); Donna Rapp (D6410); Anne Roberston (D6710) e Oliver Scott (D7130).
1997. Virginia V. Nortbay foi a primeira mulher delegada ao Conselho de Legislação. Também foi Governadora do D6380.
1998. Maria Eugenia Lapeira, espanhola, primeira governadora na Europa. Naime Kettari primeira governadora na África e no mundo árabe, pertence ao Distrito 9010.
Depois desta saga na conquista de seus espaços, as mulheres passaram a ocupar várias funções em Rotary Internacional, com Mary Margaret Fleming presidindo o Grupo para a imagem Pública do Rotary, Elllen Peticore, o Grupo de Ação para a Alfabetização e, ainda, Crilyn E. Jones integrando o Conselho de Doadores da Fundação Rotária no mesmo período.
Catherine Noyer-Riveau, francesa do RC de Paris passou a compor, desde julho do ano passado, o Conselho Diretor do Rotary Internacional, período 2008/2010 e foi a primeira mulher a exercer tão alta função.
Outra mulher de destaque em RI é Alana Bergh do RC do Pólo Norte, Alasca – EUA (D5010) que é a Coordenadora da Comissão do RI para DRQS – Desenvolvimento e Retenção do Quadro Social.
É importante fazer o registro da presença marcante da companheira Aldanira Barreto, empresária norte-riograndense, que foi a primeira mulher a ser Governadora do Distrito 4500, Gestão 2005/2006. Atualmente se encontra à frente da Fundação Rotária, Gestão 2008/2009.
No dizer de Lamartine: “Há sempre uma mulher na origem de todas as grandes coisas”.
Como pioneira em Rotary na Paraíba, Adelma do Carmo Irineu Freire, nascida em Campina Grande, é uma das homenageadas de hoje. Nascida em Campina Grande, residiu muitos anos em Feira de Santana, Estado da Bahia, onde concluiu Licenciatura em Pedagogia, não tendo exercido a profissão. Em 1974 ingressou no jornalismo através do Diário da Borborema, já em nossa cidade, onde coordenou revista dominical. Trabalhou em outros jornais e oito órgãos de comunicação em dois estados brasileiros. Foi relações públicas das indústrias de Feira de Santana-Ba e coordenadora da prefeitura da cidade. Serviu à Prefeitura Municipal de Campina Grande na área de educação e cultura. Foi relações públicas do Departamento de Turismo – DEMTUR. Fez parte da comissão do Primeiro São João do Mundo e da Primeira Micarande, Presidente do Conselho de Defesa da Mulher por duas vezes, participou da coordenação do Festival de Inverno por várias vezes, participou da Associação Brasileira de Semiótica, seccional da Paraíba, assessora especial da presidência da Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba. Hoje se encontra aposentada, mas garante que suas principais realizações foram seus filhos Valécio e Rossandro.
Adelma Irineu foi a primeira mulher a ingressar, 23.02.1991 e, presidir um Clube de Rotary no Estado da Paraíba. Ela foi sócio-fundadora do Rotary Club Campina Grande Leste.
Zouraide Silveira foi a primeira mulher a ingressar no nosso querido Rotary Club Campina Grande, este querido Campinão, em 27 de outubro de 1994. É sempre muito participativa e atuante. Presidiu várias avenidas e comissões e tem dado verdadeiras demonstrações de amor, assiduidade, dedicação e desprendimento em tudo que faz. Elabora, encaminha e participa de campanhas assistenciais não só do nosso clube, mas de outras instituições de caráter beneficente. Foi presidente do nosso clube na gestão 2005/2006, ano do centenário do nosso Rotary Internacional, quando foi agraciada com dois títulos de Menção Honrosa, um Governamental e outro Presidencial, pelo conjunto da obra e por sua profícua atuação. Atualmente é diretora de Relações Públicas e cuida da Imagem Pública de Rotary, além de membro da Comissão Tripartite para Construção da Sede de Clubes de Rotary de Campina Grande.
Maria Berenice F. Lopes, foi a primeira mulher presidente do Rotary Club Campina Grande e ingressou no clube em 21.12.1995.
De saudosa memória, desejamos homenagear uma mulher de valor absoluto, companheira de elevadíssimos serviços prestados ao Rotary, brilhante, elegante de estilo próprio, culta, inteligente, prestimosa, solícita, guerreira, não se quedou aos rigores e mistérios da doença que a vitimou – Dulcinéia Pereira de Oliveira, nossa eterna governadora. Tinha no olhar a fixação da determinação e do devotamento à causa rotária. Seus poucos dias à frente da Governadoria do D4500, ficará indelével em nossa memória como uma eternidade.
Hoje, o Rotary abraça a presença das mulheres, e é por elas abraçado. Este entrelaçamento – que tem se constituído num motivo de orgulho para todos nós – serve de exemplo para outras organizações voltadas para os interesses maiores da sociedade, pois a mulher há muito assumiu na vida contemporânea uma posição de vanguarda e liderança, passando a ladear-se com os demais, não só no aconchego do lar, mas também voltada ao trabalho e ao desenvolvimento socioeconômico do planeta.
Os problemas nas famílias, que se desdobram com conseqüências nítidas nas comunidades (particularmente através das crianças e dos jovens), contam com a percepção e a sensibilidade femininas, e têm nelas um fator maior no equacionamento de graves questões psicossociais.
A presença da mulher no Rotary é inestimável. Com ela, nossa organização ganha mais energia e maior dimensão para servir à grande família que se encontra a sua volta.
Benfazeja, pois, seja a presença das mulheres em nossa organização, compartilhando com os demais rotarianos a capacidade de levar um bem maior às comunidades que anseiam mão amiga e solidária.
Muito obrigado a todos e queiram receber nossas,
E, por muitos anos, o Rotary Internacional resistiu bravamente ao ingresso de mulheres em seu quadro social, até que, a partir de 1º de julho de 1989, a mulher adquiriu o direito de pertencer ao Rotary, decisão confirmada na Convenção de Seul, na Coréia do Sul.
No entanto, a mulher nunca esteve ausente do Rotary. O primeiro grande exemplo dessa afirmação foi dado pela esposa de Paul Harris, Jean Thompson Harris, que sempre esteve ao lado do seu esposo, como conselheira e executora de atividades rotarianas, que estivessem ao seu alcance.
1914. Ann Brunnier e Ann Gundaker, esposas de Bru Brunier e Guyy Gundaker, respectivamente, participam da Convenção Internacional em Houston, no Texas, causando enorme surpresa para os presentes, ao mesmo tempo em que despertavam o carinho dos rotarianos ali reunidos, os quais criaram o termo “Rotary Ann”, para designar afetuosamente aquela participação feminina.
1919. Awilda F. Arney, esposa do Presidente do RC de Chicago, fundou e presidiu a organização “Mulheres em Rotary”. Na Convenção celebrada em 1921 proibiu-se o uso desse nome. Em Manchester, Inglaterra, propiciou-se uma reunião com esposas de rotarianos e propôs-se a formação de um CR de senhoras. Isto não foi aprovado.
1977. O Clube Rotário Duarte, da Califórnia, convida três damas a converterem-se em rotárias desse clube. Elas foram: Mary Lou Elliot, Donna Bogaert e Rosemary Freitag que ingressaram na primavera de 1977.
1978. Por esse fato ao Clube se lhe revoga a sua carta constitucional em 27/03/1978.
1986. Uma sentença do Supremo Tribunal dos EUA dita que os Clubes Rotários, por terem um propósito de negócio, têm estatutos similares às associações públicas e, portanto não podia haver discriminação por gênero. O Distrito Internacional de Seatle votou pela incorporação da mulher em Rotary, convidando 15 damas a pertencerem ao Clube (Setembro, dia 4).
1987. Concede-se novamente a sua carta constitucional ao Clube Duarte. Sylvia Whytlock converte-se na Primeira presidente de um CR, o Duarte em 23/06/1987. Ela também foi a primeira a assistir a um Seminário PETs (Fevereiro/87). Presidiu o Clube em duas ocasiões.
1988. Karilyn Van Soest e Sylvia Whytlock foram as primeiras mulheres a assistirem a uma Convenção como Rotárias. Karilyn foi a segunda mulher presidente de um clube, o de Seatle, E.U.A.
1989. O Conselho de Legislação realizou a mudança do Estatuto do RI ao eliminar a frase de que os Clubes Rotários eram só para varões.
1995. Neste ano já tínhamos 8 Governadoras nos Estados Unidos: Mimi Altman (D6440); Gilda Cherafisis (D7230); Janet W. Holland (D5790); Reba Lovrien (D5520); Virginia Norbay (D6380); Donna Rapp (D6410); Anne Roberston (D6710) e Oliver Scott (D7130).
1997. Virginia V. Nortbay foi a primeira mulher delegada ao Conselho de Legislação. Também foi Governadora do D6380.
1998. Maria Eugenia Lapeira, espanhola, primeira governadora na Europa. Naime Kettari primeira governadora na África e no mundo árabe, pertence ao Distrito 9010.
Depois desta saga na conquista de seus espaços, as mulheres passaram a ocupar várias funções em Rotary Internacional, com Mary Margaret Fleming presidindo o Grupo para a imagem Pública do Rotary, Elllen Peticore, o Grupo de Ação para a Alfabetização e, ainda, Crilyn E. Jones integrando o Conselho de Doadores da Fundação Rotária no mesmo período.
Catherine Noyer-Riveau, francesa do RC de Paris passou a compor, desde julho do ano passado, o Conselho Diretor do Rotary Internacional, período 2008/2010 e foi a primeira mulher a exercer tão alta função.
Outra mulher de destaque em RI é Alana Bergh do RC do Pólo Norte, Alasca – EUA (D5010) que é a Coordenadora da Comissão do RI para DRQS – Desenvolvimento e Retenção do Quadro Social.
É importante fazer o registro da presença marcante da companheira Aldanira Barreto, empresária norte-riograndense, que foi a primeira mulher a ser Governadora do Distrito 4500, Gestão 2005/2006. Atualmente se encontra à frente da Fundação Rotária, Gestão 2008/2009.
No dizer de Lamartine: “Há sempre uma mulher na origem de todas as grandes coisas”.
Como pioneira em Rotary na Paraíba, Adelma do Carmo Irineu Freire, nascida em Campina Grande, é uma das homenageadas de hoje. Nascida em Campina Grande, residiu muitos anos em Feira de Santana, Estado da Bahia, onde concluiu Licenciatura em Pedagogia, não tendo exercido a profissão. Em 1974 ingressou no jornalismo através do Diário da Borborema, já em nossa cidade, onde coordenou revista dominical. Trabalhou em outros jornais e oito órgãos de comunicação em dois estados brasileiros. Foi relações públicas das indústrias de Feira de Santana-Ba e coordenadora da prefeitura da cidade. Serviu à Prefeitura Municipal de Campina Grande na área de educação e cultura. Foi relações públicas do Departamento de Turismo – DEMTUR. Fez parte da comissão do Primeiro São João do Mundo e da Primeira Micarande, Presidente do Conselho de Defesa da Mulher por duas vezes, participou da coordenação do Festival de Inverno por várias vezes, participou da Associação Brasileira de Semiótica, seccional da Paraíba, assessora especial da presidência da Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba. Hoje se encontra aposentada, mas garante que suas principais realizações foram seus filhos Valécio e Rossandro.
Adelma Irineu foi a primeira mulher a ingressar, 23.02.1991 e, presidir um Clube de Rotary no Estado da Paraíba. Ela foi sócio-fundadora do Rotary Club Campina Grande Leste.
Zouraide Silveira foi a primeira mulher a ingressar no nosso querido Rotary Club Campina Grande, este querido Campinão, em 27 de outubro de 1994. É sempre muito participativa e atuante. Presidiu várias avenidas e comissões e tem dado verdadeiras demonstrações de amor, assiduidade, dedicação e desprendimento em tudo que faz. Elabora, encaminha e participa de campanhas assistenciais não só do nosso clube, mas de outras instituições de caráter beneficente. Foi presidente do nosso clube na gestão 2005/2006, ano do centenário do nosso Rotary Internacional, quando foi agraciada com dois títulos de Menção Honrosa, um Governamental e outro Presidencial, pelo conjunto da obra e por sua profícua atuação. Atualmente é diretora de Relações Públicas e cuida da Imagem Pública de Rotary, além de membro da Comissão Tripartite para Construção da Sede de Clubes de Rotary de Campina Grande.
Maria Berenice F. Lopes, foi a primeira mulher presidente do Rotary Club Campina Grande e ingressou no clube em 21.12.1995.
De saudosa memória, desejamos homenagear uma mulher de valor absoluto, companheira de elevadíssimos serviços prestados ao Rotary, brilhante, elegante de estilo próprio, culta, inteligente, prestimosa, solícita, guerreira, não se quedou aos rigores e mistérios da doença que a vitimou – Dulcinéia Pereira de Oliveira, nossa eterna governadora. Tinha no olhar a fixação da determinação e do devotamento à causa rotária. Seus poucos dias à frente da Governadoria do D4500, ficará indelével em nossa memória como uma eternidade.
Hoje, o Rotary abraça a presença das mulheres, e é por elas abraçado. Este entrelaçamento – que tem se constituído num motivo de orgulho para todos nós – serve de exemplo para outras organizações voltadas para os interesses maiores da sociedade, pois a mulher há muito assumiu na vida contemporânea uma posição de vanguarda e liderança, passando a ladear-se com os demais, não só no aconchego do lar, mas também voltada ao trabalho e ao desenvolvimento socioeconômico do planeta.
Os problemas nas famílias, que se desdobram com conseqüências nítidas nas comunidades (particularmente através das crianças e dos jovens), contam com a percepção e a sensibilidade femininas, e têm nelas um fator maior no equacionamento de graves questões psicossociais.
A presença da mulher no Rotary é inestimável. Com ela, nossa organização ganha mais energia e maior dimensão para servir à grande família que se encontra a sua volta.
Benfazeja, pois, seja a presença das mulheres em nossa organização, compartilhando com os demais rotarianos a capacidade de levar um bem maior às comunidades que anseiam mão amiga e solidária.
Muito obrigado a todos e queiram receber nossas,
Saudações Rotárias
Hiram Ribeiro dos Santos
1º Secretário do R. C. Campina Grande
1º Secretário do R. C. Campina Grande
Um comentário:
Esse texto é um verdadeiro passeio pela história do Rotary Club no mundo, na Paraíba e em especial Campina Grande. Confesso que não sabia que as mulheres só puderam participar dessa sociedade a partir de 1989. Parabéns pelo texto.
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