segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

DEVOCIONAL DE NATAL

Dia 25 de Dezembro de 2009.


NATAL É O NOVO CAMINHO!

“Os magos, adorando Jesus, por divina advertência, voltaram por um outro caminho...” — Evangelho de Mateus.


O “Natal” acabou como festa “cristã”... Voltou a ser o que era antes de ser “aculturada” pelos “cristãos de Constantino”: uma festa pagã...
O que sobrou do “Natal” foi o sincretismo de tudo o que se refere ao “Natal” anterior ao “Natal cristão” [...], acrescido de motivação dupla: do comercio e do feriado!
Na realidade o Natal sempre foi um evento pagão, ainda que, no passado, voltado para dar honra ao nome de Jesus, e, depois, ao nome Jesus... Afinal, o Evangelho sabe da Encarnação, mas nada sabe do Natal!...
No mais, para Pedro, João, Tiago, Paulo e qualquer outro apóstolo, data nenhuma era celebrada como tendo importância espiritual... Sim, pois uma das marcas do Caminho dos Discípulos de Jesus, da Igreja original, era não ter datas marcadas para nada...
Historicamente os Evangelhos não trabalham com nenhuma categoria histórica que se prenda a celebrações de datas que se atrelem aos momentos ou eventos da vida de Jesus!
O Evangelho é ateu de datas...
A História serve ao Evangelho, e, nesse caso, se diz que Jesus nasceu nos dias de César Augusto ou que Herodes era Rei da Judéia... na mesma ocasião...
O Evangelho, porém, não serve quase nada à História como Festival de eventos e datas... Assim, não há “Natal” nos evangelhos, pois, para os primeiros discípulos, Natal era equivalente a Novo Nascimento; ou seja: ao processo de nascer todos os dias em Cristo...
A falência do “Natal Cristão” no Ocidente é apenas uma demonstração de mudança de Era e de Poder... Sim, o Cristianismo reluta em apagar as luzes [...]; mas a sociedade “Pós-moderna” não hesita em ir apagando uma a uma [...]; deixando apenas as decorações culturais do Natal Sincrético Pagão que o Cristianismo celebrou por tantos séculos!...
Quando encontrei Jesus, celebrei o Natal por muitos anos; e duas eram as motivações precípuas: a primeira tinha a ver com a necessidade alegre de minha alma celebrar a Encarnação de Deus na História; a segunda tinha a ver com os Natais do amor de Deus na Igreja.
Esses eram os temas dos meus Natais históricos; ou seja: na data do dia 25 de dezembro [data que nada tem a ver com Jesus, mas com o culto à Mitra entre os soldados Romanos].
O que importa, para mim, é que não posso negar que minha alma sente saudades do tempo em que a emoção do Natal era contagiante nas ruas e bairros da cidade [independentemente de que a data não tivesse nada a ver com o nascimento de Jesus].
Cada estação da vida, todavia, tem as suas emoções. E esta estação da minha vida é mais que apenas uma estação... Na realidade é uma estação que acontece dentro de uma profunda e inequívoca mudança de Era entre os humanos.
Ora, em meio a tantos “sacerdotes de Jerusalém” e de tantos “escribas versados nas Escrituras”, mas que sabem e não celebram o Cristo de Deus [...], ainda há alguns magos que vêm de onde não se espera e adoram Jesus no único Natal que Deus reconhece: o Natal dos que encontrando Jesus, o adorem; e uma vez adorando-O, voltem para a vida por outro caminho...
Natal é o novo caminho que o coração escolhe depois que adora Jesus com consciência de que Ele é o amor que nosso ser buscava sempre; mesmo e, sobretudo, quando não se sabia disso, como foi com os magos das terras das estrelas sem o Sol Nascente das Alturas, mas que viram e creram naquilo que não estava escrito, mas que para eles era um dito declarado pelo Universo silencioso e estrelado.


Nele, em Quem desejo a você Natal todos os dias de sua existência, fazendo com que Natal seja um processo de conversão sem fim, e que culmine com a formação de Jesus em você e mim,




Pr. Hiram Filho


João Pessoa – PB
Praia do Bessa

Escrito em 25 de dezembro no apartamento de minha mãe

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

REFLEXÃO ROTÁRIA – 24/12/2009

Fortaleza-Ce, 24 de dezembro de 2009.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!
NATALIPSE GENERACIONAL!


O ano acabou... Estamos entrando em 2010. Um novo ano com cara de nada. Um novo ano sem promessas humanas. Um ano para se ver, não para se sonhar.
O mundo anda mal. De fato, quando andou bem? No entanto, está ficando pior e pior, em todas as áreas. As crises globais provocadas pelo homem nas áreas política e econômica são tão normais em sua desgraça que não merecem maiores comentários. Também não quero falar do Efeito Estufa e nem do Aquecimento Global. Está dito e demonstrado. É ver e crer!
O que mais me aflige são as mudanças no homem. Sim! O que está mudando no ser e na mente das novas gerações. É angustiante ver que “os filhos” deste tempo vão se tornando todos uns frouxos, deprimidos e sem rumo. São meninos e meninas com tudo, todos mimados; e quanto mais têm menos são. E olhe que ainda estamos “na boa”, em pleno “lenho verde” na seqüência apocalíptica que nos aguarda adiante!
No entanto, amados rotarianos, se estamos cansados caminhando com quem vai a pé, como ficaremos quando tivermos que correr dos que cheguem montando cavalo? Sim! Se em tempo de paz estamos como estamos, como ficaremos quando estourar a guerra?
Eu, Pastor Hiram Ribeiro dos Santos Filho, todavia, estou muito animado, e certo de que ainda verei grande colheita do Evangelho acontecendo. E mais, minha convicção é que o Senhor me dará mais força e energia física para os anos que estão ainda por vir.
Peço a Ele que me dê saúde a fim de ser útil também à geração de meus netos.
Hoje, neste Natal, o que digo é simples: Filhinhos, vos escrevo porque os vossos pecados são perdoados! Pais, eu vos escrevo porque conheceis Aquele que é desde o principio! Jovens, eu vos escrevo porque sois fortes; porque a Palavra de Deus permanece em vós; e tendes vencido o maligno!
Feliz Natal a todos os que crêem em o Nome de Jesus!


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

REFLEXÃO ROTÁRIA – 17/12/2009

Fortaleza-Ce, 17 de dezembro de 2009.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


ESCATOLOGIA E SOCIOPATIA CRISTÃ!



Psicopatia é um termo que designa disfunções psíquicas em geral, especialmente relacionadas à neurose, psicose e paranóia, ainda que na Psicanálise o termo faça referencia mais especifica às perversões do comportamento sexual e afetivo; daí tais indivíduos serem também chamados de sociopatas.
O apóstolo Paulo diz a Timóteo na segunda carta que a ele escreveu que nos “últimos dias” os homens seriam sociopatas, cada vez em maior escala de sociopatia...
Ora, amados e queridos rotarianos, o que o apóstolo Paulo chama de o homem do fim é um ser em estado de sociopatia, pois, diz ele: serão egoístas, arrogantes, avarentos, enfatuados, arrogantes, irreverentes, implacáveis, desafeiçoados, sem afeição natural, sem domínio de si mesmos, antes amigos dos prazeres e dos caprichos pessoais do que amigos de Deus e do próximo; e isto tudo enquanto se manteriam com cara de piedade e religiosos, embora negassem Deus e Seu poder [...] pelo modo como se comportariam — ou seja: possuídos de sórdida ganância, fazendo comercio da fé e da boa e simples vontade dos homens, enquanto seriam extremamente sedutores, ao ponto de fazerem cativas deles mulheres carentes, e, portanto, vivendo sob o domínio das paixões da alma em descontrole e pânico de não haver amor na vida...
Ora, isto tudo Paulo diz que aconteceria dentro do grupo chamado religioso; sendo, portanto, uma advertência aos religiosos em geral, aos discípulos; posto que Paulo tivesse certeza [dada a ele pelo Espírito Santo] que nos “últimos dias” as coisas seriam assim entre “os que se chamam irmãos”...
A mim, como estudioso da Palavra de Deus, parece que faltam vários sinais a se cumprirem no mundo antes da segunda volta de Jesus! Todavia, se há um sinal que já não necessita de maiores cumprimentos é esse que revela o estado sociopata dos religiosos e do que eles convencionaram continuar a chamar de “meio religioso” [...] — quando a recomendação de Paulo é simples: “Foge também destes!”...
Nesse sentido já vejo o sinal do fim mais estabelecido diante de mim; pois, o que Paulo cria que haveria ainda de acontecer [...] entre nós se tornou fato simples do cotidiano...
A iniqüidade se multiplicou tanto que o amor já se esfriou em quase todos!... Então surgiu o tempo da sociopatia fraterna; ou melhor: fratricídio... Sim, surgiu o nosso tempo...
Ora, nesse tempo a Carta seria outro, a fim de agradar aos paladares dos religiosos e muitos líderes atuais...
Basta ver o quanto que líderes religiosos, em desacordo com seu chamado original, entram noutros ‘mundos’, em busca pelo poder de toda espécie, inclusive político. As eleições de 2010 que o diga...
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!


Nele,
Que nunca nos deixou sem aviso,

Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

REFLEXÃO ROTÁRIA – 10/12/2009

Fortaleza-Ce, 10 de dezembro de 2009.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


DO “CRISTIANISMO” A JESUS!


De todas as religiões dos “deuses pessoais ou únicos”, as três principais religiões monoteístas do Planeta Terra; a saber: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo — estão disparadas na frente de quaisquer outras crenças como as Potestades mais matadoras que a História registra entre as religiões do mundo. Sim, porque não há registro entre as religiões politeístas de guerras feitas em razão de nenhum deus... Quando tais povos guerreavam apenas pediam ao deus [ou deuses] que os favorecessem nas guerras deles mesmos, os homens — o que sem dúvida é algo mais honesto.
Quando Israel saiu da escravidão [...] foi a mão de Deus que de lá o tirou, no Egito. Quando invadiu a terra de Canaã o fez em nome da Promessa de Deus, do Deus único, El, feita a Abraão. E não foi uma invasão de lutas entre deuses; pois eles criam que o Senhor Deus era Deus sobre todas as coisas. Entretanto, tudo foi feito pela fé em Deus...
Os povos invadidos e tomados, fossem eles quem fossem [...] e tivessem os erros que tivessem [...], sentiram-se devastados assim como nós mesmos nos sentiríamos se o mesmo acontecesse conosco.
É algo simples de entender para alguém que creia como Jesus mandou crer e sentir!
Uma vez na terra de Canaã, Israel não mais saiu para invadir nada e nem povo algum; pois, se assim o fizesse, isso seria contra o mandamento de Deus que definiu os “termos de Israel” como sendo os do chão das peregrinações de Abraão; ou seja: entre Dã ao Norte e Berseba ao sul. Qualquer ação para fora desses limites seria contra a vontade do Senhor! Assim, implicitamente, Israel não teria nunca mais permissão de Deus para invadir e tomar nada que não estivesse entre Dã e Berseba. Portanto, por tal limitação, Israel jamais poderia ser um reino que se tornasse um Império.
Depois disso houve “livramentos” de Deus em Israel contra povos invasores... Mas não houve jamais um avanço de Israel contra outros povos [...] e que tivesse a benção de Deus [...]; ainda que Israel nunca tenha mostrado essa vontade expansionista — digo: do ponto de vista territorial...
As “guerras entre deuses” que a Bíblia apresenta no Velho Testamento, ironicamente, são quase sempre decidas pela fraqueza... É o caso da saída do Egito... É o caso do garoto Davi enfrentando o desacatador do Deus de Israel: o gigante Golias, o filisteu... Ou o enfrentamento entre Elias e os profetas de Baal e do Poste Ídolo...
Ou seja: esses confrontos, ainda que violentos, não tinham cara de Jihad, de guerra santa [...], conforme as vimos conhecer posteriormente... Era algo que tinha a ver com a manifestação do poder do deus ou Deus, mas não era demonstração de força entre os exércitos humanos dos deuses implicados.
Depois que Israel foi levado cativo para Babilônia em razão de sua idolatria incurável [...], ao voltar para seus termos entre Dã e Berseba por decreto de Ciro, o Grande, nunca mais fez guerra oficial contra ninguém, exceto como movimentos de revolta ante a invasão de algum Império, como foi o caso dos Seleucidas e dos Ptolomeus; e depois no caso dos Romanos...
Queridos rotarianos, nos ensinos de Jesus não há nenhum espaço para nada que seja violência de nenhuma natureza... No máximo como defesa de outros... Afinal, é Jesus quem ensina que o pai de família sóbrio vigia para que não entre o ladrão...
Entretanto, quando o Caminho de Jesus, a Igreja, virou Cristianismo, ou seja, uma ‘religião’, então, tudo mudou... Sim, pois a antes Igreja, já agora “Igreja Cristã”, abençoada pelo Imperador Constantino, elevado à categoria de o 13º Apóstolo, logo declarou as guerras de Constantino contra qualquer inimigo do Império Romano Cristão como sendo guerras santas... Assim, o conceito de guerra em nome de Deus foi inventado no Ocidente pelo Cristianismo. Não foi o Islã quem inventou tal coisa... Constantino já a praticava em nome do Deus Cristão desde o Século IV.
Maomé não fez nada que os cristãos já não tivessem feito aos montões... E mais que isto: a História das Cruzadas nos mostra que os “Infiéis” [segundo o Cristianismo], o Islâmicos de então... foram muito mais humanos no trato dos prisioneiros de guerra e dos cristãos [...] do que os cristãos foram em relação a eles, seus soldados e suas famílias...
Quando os Islâmicos tomaram Jerusalém dos Cruzados o banho de sangue foi imensamente menor do que quando os Cruzados tomaram Jerusalém do domínio dos Islâmicos um século antes. Daí em diante a História do Islã não é nem um pouco diferente da História do Cristianismo e do Papado em Roma. Sim, até chegarmos aos terrorismos e aos homens bombas de hoje em dia; o que faria Maomé se revolver na tumba!...
Nós, no entanto, não temos nada a ver com isto!... Para nós as guerras da Antiga Aliança acabaram na Cruz! Sim, para nós, que insistimos em ser apenas discípulos de Jesus e nada mais, o próprio Cristianismo não nos diz respeito, tanto quanto não nos diz o Islamismo ou o Budismo ou o Hinduismo... Nós não somos gente da religião, tanto quanto Jesus nunca foi!... Somos apenas gente no Caminho-Jesus [...] andando nos caminhos da existência, buscando ser sal e luz; e não Saleiros e Torres de Néon de nenhum poder geopolítico.
Por isto, amados e mui queridos rotarianos, hoje, especialmente entre Islâmicos e Judeus, os cristãos não têm muito a fazer... Sim, pois o Cristianismo inviabilizou a pregação ante tais grupos humanos, em razão da opressão cristã sobre eles; tudo em nome de Deus ou dos valores cristãos.
Assim, outra vez somos forçados a voltar apenas a Jesus e reconhecer que o único modo de ganhar os homens é sendo servo de todos os humanos, assim como orienta a ética rotariana... O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida!... Desse modo quem quer que queira ser um bom rotariano e amar o próximo, precisa saber que seu único modo de ser nesta existência é o mesmo do Doce Carpinteiro de Nazaré!

Nele,
Em Quem nós podemos confiar!


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

REFLEXÃO ROTÁRIA – 03/12/2009

Fortaleza-Ce, 03 de dezembro de 2009.

Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!



AFASTA O TEU CORAÇÃO DO
DES-GOSTO E DE TUA CARNE!



A leitura recomendada seria o livro de Eclesiastes, escrito por Salomão, filho de Davi, rei de Israel nos capítulos 11 e 12. O livro de Eclesiastes nos faz recomendações aparentemente contraditórias. Sim, porque de um lado se recomenda que o jovem recreie seu coração, ande por caminhos que agradem aos olhos e que satisfaçam o coração. Então, depois desse estímulo, aparece uma frase que diz: “Sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá conta”.
Ou seja: diz que se deve recreiar a alma, escolher o caminho belo, e agradar o coração, para então depois chamar a atenção para uma possibilidade quase nunca considerada nesta existência, que é a de que é possível se divertir saudavelmente, apreciar o que é bonito, e agradar a própria alma, sem fazer disso algo que necessariamente seja mal. Afinal, Deus pedirá conta um dia de cada ato do ser... Mas, tal fato, não tem que ser visto como um convite à evasão de tudo o que possa significar alegria. Por esta razão o texto prossegue estimulando o jovem a experimentar as boas alegrias e os bons prazeres.
Assim, a recomendação é para que o jovem não se iluda com as falsas alegrias, nem com as belezas que não alimentam também a alma, e com as satisfações que não completam o ser. Portanto, se diz: “Afasta, pois, de teu coração o desgosto e de tua carne a dor, porque a juventude e a primavera da vida são vaidade”. E prossegue recomendando que se faça isto “antes que cheguem os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer”.
Desse modo o equilíbrio da revelação da sabedoria nos põe no caminho do meio na existência, afastando-nos dos pólos e dos exageros em tudo. Infelizmente, na maioria das vezes, a juventude é desperdiçada no jovem!
É por esta razão que se passa da vida do jovem..., e se diz: “... antes que venham os maus dias...”—; fazendo-se, então, uma descrição de como pesa a vida de um velho. Sim, porque a velhice em si é canseira e enfado, conforme a Bíblia. Porém, quando o velho foi um jovem que desperdiçou a sua juventude no desgosto e na dor, sua idade avançada será amargurada e triste. Desse modo, o que o sábio rei Salomão pede é que aqueles que, na juventude, se alegram, o façam com alegria verdadeira; e não com as euforias que só geram, ao final, desgosto e dor. Daí o apelo: “Afasta de teu coração o desgosto e de tua carne a dor...”.
Ora, o estranho é que as maiores dores e desgostos que alguém pode carregar vida afora, em geral, são aqueles que decorrem de uma juventude que se desperdiça na insensatez do jovem empolgado com a primavera da vaidade. Assim se fica sabendo que a verdadeira juventude não é irreflexiva e nem inconseqüente!
Entretanto, o conselho da sabedoria não está na evasão da alegria, mas na edição dela; de tal modo que nenhuma alegria seja a vereda do desgosto, da descrença e do cinismo; e, nem tampouco, seja algo que consuma a carne com desgastes que não se tornarão em capital de bem estar para o futuro.
Hoje, quanto mais vejo os jovens tratando sexo como “hotdog” e vejo a proliferação de “ficadas” que só deixam para trás o imperceptível desgaste de alma (fruto da troca de energias espirituais que não são boas) —, penso que nunca foi tão importante que se creia — e apenas se creia com base na saúde proposta na sabedoria divina, e não em nenhuma “moral exterior” — no quão danosas são para o ser (da carne ao espírito), essa cultura de desgosto e dor que se espalha pela terra.
Sim, porque no final, amados e queridos rotarianos, não é apenas questão de botar um preservativo ou tomar um contraceptivo feminino, ter uma intimidade com alguém, bater um bom papo sobre a cama-coisa-nenhuma, e pensar que isso não é nada.
Na realidade, conforme tenho dito, um casal que deseja ter uma vida juntos, tem que tecer tal existência de modo processual, pois as coisas do amor não são automáticas, mas tecituras de gestos feitos no cotidiano e no tempo, um dia depois do outro. Entretanto, conforme o apóstolo Paulo, a “fortuidade” existencial, como o unir sexualmente des-significado com alguém, gera um espírito, um outro termo, uma alteração na essência da pessoa; pois, tudo o que não é amor, é automático para o mal, produzindo transferências de natureza estranha, e, por vezes, deixando na pessoa uma sombra que, na maioria das vezes, ela não sabe nem mesmo de onde veio. Isto sem falar que a opção por alegrias sem significado des-significam o ser; o que gera desgosto e dor de natureza psicológica e existencial.
Nestes dias, percebo que a grande dor humana já não advém do sentimento de “repressão”, como aconteceu nos séculos que nos antecederam. Prova disso é que a doença feminina por excelência era a histeria, a qual é quase sempre o resultado da repressão, especialmente a de natureza sexual. Hoje, todavia, a histeria deixou de ser a grande vilã das angustias da alma, e se vê o crescente domínio da “Síndrome de Pânico”, tanto em homens como em mulheres; a qual (a Síndrome) produz sentimento de desamparo, orfandade e solidão.
Assim, quanto mais as pessoas se dão, mesmo que livres da repressão, sem o saberem, viajam para o pólo oposto, que é o da solidão e o do abandono. Desse modo, o convite divino é para que a alegria seja verdadeira, o belo carregue sentido e significado, e para que o que chamamos “satisfação”, não seja auto-engano, mas verdade boa para o ser.
Não adianta tentar viver em qualquer dos dois pólos... Ninguém consegue neles encontrar vida. Aliás, é o apóstolo Paulo que, escrevendo aos Gálatas, diz que não se deve tentar viver nem sob as repressões da Lei e nem tampouco na Libertinagem e seu poder de introjeção; pois, no primeiro caso, a alma mergulha no desgosto de nunca ter sentido nenhum gosto; e, no segundo caso, ela se abisma no mundo das diversidades que criam legiões de espíritos e de sentimentos herdados pela alma em razão do excesso de trocas des-significadas.
Portanto, aproveita tudo aquilo que aproveita-aproveitar; e não te percas na multidão de prazeres que são apenas a injeção do desgosto e de dor de corpo-imagem na alma. Todo aquele que desconhece tal equilíbrio, não importando o pólo no qual viva, experimentará muito desgosto e muita dor nesta existência; desperdiçando a força da juventude enquanto é jovem; e apenas acumulando para si os pesos de amarguras e de dores de ser que se estocam para os anos dos quais se diz: “Não tenho neles prazer!”
Pense nisto... e leve uma cópia para os seus filhos. Seria importante eles meditarem em tais palavras!

Nele,
Sem caretices ou carrancas morais, mas visando à formação da face de Cristo em todos!

Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho