quinta-feira, 28 de maio de 2009

HOMENAGEM DO ROTARY CLUB CAMPINA GRANDE AO “DIA DO GEÓLOGO” EM 28 DE MAIO DE 2009

O geólogo é o profissional de nível superior, diplomado em Geologia ou Ciências Geológicas. Os geólogos estudam a estrutura e os processos que formaram a Terra, sua evolução ao longo do tempo e os aspectos práticos da aplicação desses conhecimentos para o bem comum.

Durante o curso de graduação, as matérias típicas abordadas incluem a Geografia, Química, Matemática, Física e Biologia, além de aulas oferecidas pelo Departamento de Geologia, como: Geologia Geral, Paleontologia (estudo de fósseis), Vulcanologia (estudo de vulcões), Hidrogeologia (estudo de recursos hídricos), Petrologia (estudo de rochas), Mineralogia (estudo de minerais), Geoquímica (estudo da distribuição dos elementos nos planetas), Geofísica, [[Geologia Estrutural (estudo das formas das rochas e sua origem), ] e Teutônica]] {estudo das estruturas das rochas e sua origem em escala regional ou global}, Estratigrafia (estudo do empilhamento das rochas e idades relativas), Geomorfologia (estudo das formas do relevo terrestre e evolução das paisagens), entre outras. Os geólogos aprendem também técnicas de cartografia geológica e comumente utilizam GPS (Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global), imagens de satélites e outras técnicas de mapeamento. Matérias de Geologia também são muito relevantes para estudantes de Geografia, Engenharia, Química, Planejamento Urbano, Arqueologia, Estudos do Meio Ambiente, Estudos Forenses e Perícia Policial, Medicina, Agrociências e outras áreas.

Os geólogos profissionais trabalham para uma grande variedade de agências governamentais, empresas privadas e instituições acadêmicas e sem fins lucrativos. Governos contratam geólogos para ajudar no planejamento e avaliação de escavações, áreas de construção, projetos de recuperação ambiental, preparação para desastres naturais, assim como estudo de recursos naturais. Um geólogo treinado é requisitado para investigar desafios e restrições de natureza geológica que se apresentam durante os processos de planejamento, projeto e construção de obras de engenharia públicas e privadas, perícia forense, análise de impacto ambiental e outros. Companhias de petróleo, mineração e preparação de terrenos em larga escala contam com as habilidades de geólogos e engenheiros geólogos para localizar petróleo e minerais, adaptar-se a características locais como karst deposits ou de risco de terremotos, vulcões e adequar-se a regulamentações ambientais.

Oceano Atlântico

Um dos trabalhos mais impressionantes do ramo da geologia é o estudo de tudo que se refere aos oceanos. Por curiosidade e definido interesse, vamos estudar tudo que possamos nos aprofundar sobre o oceano Atlântico.

O oceano Atlântico é dividido em Norte e Sul pela linha do Equador. É o segundo maior oceano em extensão, com uma área de aproximadamente 106.200.000 km2, cerca de um quinto da superfície da Terra. É o oceano que separa a Europa e a África a Leste, da América, a Oeste. Seu nome deriva-se de Atlas, uma divindade da mitologia grega. É por isso que às vezes o oceano Atlântico é referido como “mar de Atlas”. A menção mais antiga sobre seu nome é encontrada em Histórias, de Heródoto, por volta de 450 a.C., antes dos europeus descobrirem outros oceanos. O termo “oceano” foi sinônimo de todas as águas que circundam a Europa Ocidental, que agora é conhecido como Atlântico e que os gregos acreditavam ser um grande rio que circundava toda a terra.
O oceano Atlântico apresenta uma forma semelhante a um “S”. sendo uma divisão das águas marítimas terrestres, o Atlântico é ligado ao oceano Ártico (que em algumas vezes é referido como sendo apenas um mar do Atlântico), a Norte, ao oceano Pacífico, a Sudoeste, ao oceano Indico, a Sudeste, e ao oceano Antártico, a Sul (alternativamente, ao invés do oceano Atlântico ligar-se ao oceano Antártico, pode-se estabelecer a Antártida como limite sul do oceano, sob outro ponto de vista). A linha do Equador divide o oceano Atlântico Norte e Atlântico Sul. Com um terço das águias oceânicas mundiais, o Atlântico inclui mares como o Mediterrâneo, o mar do Norte e o mar das Caraíbas (Caribe).
Geografia
O oceano Atlântico, segundo do mundo em superfície, está localizado no hemisfério ocidental e alonga-se no sentido Norte-Sul. Comunica-se com o oceano Ártico pelo estreito da Islândia; com o oceano Pacifico e com o oceano Indico pela ampla passagem que se abre entre a América, a África e a Antártida, nas altas latitudes austrais. No hemisfério Norte, as costas continentais, muito recortadas, delimitam numerosos mares anexos (mar da Mancha, mar do Norte, mar Báltico, mar Mediterrâneo, mas das Antilhas). Ao sul, ao contrário, as costas são bem retilíneas.
Fundo Oceânico
O fundo oceânico apresenta uma disposição regular: a plataforma continental, ampla ao largo das costas da Europa, da América do Norte e da porção meridional da América do Sul, estreita-se nas costas da África e do Brasil; uma enorme cadeia de montanhas submarinas, a dorsal meso-atlântica, estende-se ao longo do oceano; entre ela e os continentes abre-se uma série de bacias de 6.000 a 7.000m de profundidade (bacias americana, brasileira e argentina, a Oeste; bacias escandinava, da Europa Ocidental, da Guiné, de Angola e do Cabo, a Este). A crista dorsal é sulcada em toda a sua extensão por uma grande fossa tectônica (rift), que secciona no sentido longitudinal. Área de constante instabilidade geológica, provocada pela contínua emissão de material ígneo, é objeto de estudos geológicos que analisam os processos de formação e evolução das placas tectônicas, ou seja, da crista terrestre. A crista da dorsal meso-atlântica situa-se geralmente entre -3.000 e -1.500m, mas emerge em alguns pontos, formando ilhas: Jan Mayen, Islândia, Açores, Ascensão, Tristão da Cunha. Nas latitudes Equatoriais, a dorsal é cortada por falhas transversais que determinam fossas abissais (fossa da Romanche, -7.758m). Nas outras porções do Atlântico as fossas são raras: situam-se nas Antilhas (Ilhas Caimão e Porto Rico – a mais profunda com -9.218m) e nas ilhas Sandwich do Sul (-8.264m).
Origem das Águas
O meio ambiente terreno, exposto ao calor dos raios solares e os ventos, promove a evaporação e precipitação dos líquidos sobre os continentes, dando inicio ao ciclo das águas, responsável pela sedimentação do fundo do mar e a salinização dos oceanos. Nesse sentido, tem-se que na fachada ocidental, grandes bacias hidrográficas despejam considerável quantidade de sedimentos sobre a plataforma continental, definindo cones alunionais, como os rios São Lourenço e Mississipi, no Atlântico Norte, e o do Amazonas, na faixa equatorial. As águas do Atlântico são as mais salgadas de todos os oceanos (37,5 por mil de salinidade média) e animadas por correntes que asseguram intensa circulação entre as águas frias das altas latitudes e as águas quentes equatoriais. As correntes frias do Labrador e das Falkland descem respectivamente ao longo das encostas setentrionais e meridionais da América. De Benguela percorre a costa sul-ocidental africana, em direção ao equador. São compensadas pelas correntes quentes do Brasil e Equatorial Atlântica, nos seus ramos N e S, pela corrente do Golfo, que tem grande influência sobre os climas da Europa norte-ocidental tornando-os menos rigorosos. Essa circulação das águas favorece sua oxigenação e a proliferação de plâncton, definindo importantes zonas pesqueiras, como as costas do Brasil meridional, a fachada norte-americana em torno da Terra Nova, as costas da Escandinávia e da Islândia, além da África meridional. As plataformas continentais encerram, às vezes, jazidas petrolíferas (mar do Norte, costa da Venezuela e do Brasil, golfo da Guiné). Ladeado no hemisfério Norte pelas duas áreas mais industrializadas do globo (NE dos EUA e Europa Ocidental), o Atlântico Norte apresenta o mais intenso tráfego marítimo e área transoceânico do mundo.
História
Os antigos que o apelidaram de Mar Tenebroso ou Mar Oceano, conheciam apenas as costas situadas entre o norte das ilhas britânicas e as Canárias. Dos séculos VIII a XI, os Normandos freqüentaram as praias da Noruega, da Islândia, da Groenlândia, de Spitsbergen e da Nova Escócia, no atual Canadá. Até o final da Idade Média, só se faziam navegações costeiras, indo até ao Cabo Bojador (atingido pelo navegador português Gil Fanes em 1434). No século XV os portugueses intensificaram a exploração da costa africana e, ao mesmo tempo, desenvolveram técnicas de navegação que permitiram viagens por alto mar. A navegação por latitudes (determinadas pela observação da altura da estrela Polar ou do Sol ao meio-dia, técnica desenvolvida por volta de 1485) foi facilitada pelo uso de instrumentos como a bússola e o astrolábio. Outro fator decisivo foi o estudo do regime dos ventos no Atlântico: em 1439, as informações existentes já permitiam uma navegação assídua e segura. Essas técnicas, aliadas aos novos navios desenvolvidos pelos portugueses (as caravelas, de maior porte,calado mais alto e comum sistema de velas que permitia o aproveitamento dos ventos, mesmo em sentido contrário) permitiriam o reconhecimento da costa da África e as primeiras incursões em alto mar; há ainda informações de que no século XV os portugueses teriam explorado também o Atlântico Norte, juntando conhecimentos que mais tarde facilitariam a viagem de Cristóvão Colombo na primeira travessia documentada do oceano. Com o desenvolvimento técnico obtido, as viagens portuguesas tornaram-se mais ousadas e freqüentes através do Atlântico, de tal forma que até 1488 toda a costa oeste da África estava explorada, reconhecida e, nos primeiros 20 anos do século XVI, toda a costa atlântica do continente americano (encontrado em 1492 por Colombo) fora visitada por navegadores portugueses, espanhóis ou italianos a serviço da Espanha. Os reis de Portugal procuraram, desde o início, garantir descobertas de seus navegadores e desde 1443, várias leis reivindicaram o direito de navegação exclusiva nos mares reconhecidos por suas naus.
Em 1454, o papa Nicolau V ratificou a pretensão dos portugueses, reservando-lhes o direito exclusivo de navegação e comércio. Em 1474, D. Afonso V mandou que aqueles que violassem essas determinações fossem mortos e seus bens confiscados pela coroa. O Tratado de Paz de Toledo, entre Espanha e Portugal, ratificou esses direitos, que foram reafirmados nas ordenações Manuelinas (1514). Até 1580, houve pouca contestação internacional a essas pretensões, exceto pequenos conflitos diplomáticos causados pela ação de corsários protegidos pelos reis da França e Grã-Bretanha. Após 1580, contudo, a contestação cresceu, envolvendo também os holandeses em guerra com a Espanha pela sua independência. Eles estenderam as ações bélicas contra Portugal, após a reunião das duas Coroas e passaram à liberdade dos mares; na trégua assinada com Felipe III (III de Espanha e II de Portugal), obtiveram o direito de navegar por esses mares, embora sob licença régia. Esse tratado marcou o inicio do fim do domínio exclusivo pelos portugueses dos mares que haviam descoberto e, após 1640, o principio da liberdade dos mares estava solidamente estabelecido.
A partir do século XVII, começou a exploração hidrográfica do Atlântico, efetuada de inicio pelos holandeses, depois pelos ingleses e franceses no século XVIII. No século XIX, foram organizados numerosos cruzeiros oceanográficos que permitiram a elaboração de uma detalhada carta batimétrica do Atlântico.
Fundos oceânicos

A crista oceânica forma o fundo dos grandes oceanos e difere da crosta continental essencialmente pela sua pouca espessura e alta densidade.
Características
Das áreas cobertas pela águas oceânicas pode-se considerar um domínio continental e um domínio oceânico. No domínio continental englobam-se os seguintes elementos morfológicos:
  • Plataforma Continental – zona circundante da maior parte das costas, ligeiramente inclinada, coberta por sedimentos continentais, que corresponde às zonas marginais imersas dos continentes; zona que prolonga o continente para o mar até a uma profundidade de 200m. Os rios e a arrebentação construíram-nas.
  • Talude continental – nesta zona, o declive acentuado é, muitas vezes, sulcado por desfiladeiros, representando o limite da parte imersa do domínio continental; a zona imersa estende-se até profundidades de 400m.

No domínio oceânico englobam-se os seguintes elementos morfológicos:

  • Planícies abissais – zona plana que ocupa grande extensão do fundo dos oceanos e que ocorre às profundidades de aproximadamente 5.000m em média. São superfícies quase planas que representam o teto da crosta oceânica não perturbada, oculta por uma camada de sedimentos pelágicos, de um modo geral pouco espessa. Os relevos que perturbam esta planície são normalmente de origem vulcânica, mas dividem-se em dois grupos consoante são, ou não sismicamente ativos.
  • Dorsais médio-oceânicas – são relevos vulcânicos dos fundos oceânicos que se situam geralmente na parte média ou nos bordos dos oceanos, formadas por alinhamentos de cadeias montanhosas separadas por riftes; elevam-se a 3000m acima dos fundos das bacias e estendem-se por uma largura de cerca de 1000 km.
  • Fossas oceânicas – zonas profundamente entalhadas no fundo oceânico, onde se verifica a convergência de placas tectônicas; localizam-se perto dos arcos vulcânicos ou na base do talude continental, nas proximidades de cadeias montanhosas que ocorrem nas margens dos continentes.
  • Bacias oceânicas – nascem, evoluem e morrem com relativa rapidez, já que os seus fundos são essencialmente constituídos por rochas relativamente recentes.

Saudações Rotárias

Hiram Ribeiro dos Santos
1º Secretário do R. C. Campina Grande

REFLEXÃO ROTÁRIA – 28/05/2009

Fortaleza-Ce, 28 de Maio de 2009.
Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!

GRIPE ESPIRITUAL…: a gripe crentina…
Gripe é uma desgraça… Não mata mais [pelo menos as gripes normais], mas, não deixa você viver também. Quase todos os estados de enfermidade, exceto aqueles terminais, incomodam muito menos do que o sintoma da gripe, que, hoje, não nos aflige apenas porque se sabe que “gripe é normal”, pois, incomoda..., mas já não mata.
Entretanto, retirando-se a certeza psicológica resultante da experiência de quase 100 anos com o fato de que as gripes em geral apenas incomodam, mas não matam, é que se vive a gripe apenas com os gemidos de seu desconforto, do nariz escorrendo, das juntas quebradas, do corpo doendo como se você tivesse brigado na rua, com os olhos escorrendo, com a cabeça oca, com um desânimo de morte, e, sobretudo, com um travamento até no fluxo do pensar, cansado de tudo, até de pensar...
Várias pessoas ao meu redor estão muito gripadas. Existe, todavia, um estado gripal/espiritual, que é a doença mais comum dos religiosos. Não mata, mas ferra a existência...
A maioria dos religiosos que eu conheço vive espiritualmente gripada. É dor, desconforto, cansaço, corrimento, juntas quebradas, falta de ânimo, e uma total má vontade com tudo quanto seja trabalho... Os sintomas da gripe nos religiosos são os seguintes: Falta de esperança; Medo de morrer; Angústia em relação a Deus; Necessidade dos chás da vovó “igreja como instituição”; Cinismo quanto ao fato que o normal da vida não é viver gripado; Imunidade baixíssima, daí a gripe nunca ir embora...
E mais: O lugar mais impregnado de gripe dos religiosos é o ambiente da “igreja como instituição e não como o Corpo de Cristo”. Têm sido uma câmera de gripe crentina.
A pessoa entra até bem..., mas logo começa a coriza e, logo depois, os espirros... Então vem a febre alta, e, com ela, os delírios... O fato é que dentre as gripes, contando a aviária, a suína e outras, nenhuma delas mata mais gente do que a gripe crentina, pois, de fato, seu vírus é resistente a quase tudo, e, em muitos casos, está desenvolvendo resistência até mesmo ao Evangelho do meio de doce carpinteiro de Nazaré.
O estado perene da gripe, quando ela não cede mais, gera a evolução do quadro, de modo que o religioso que sofre da gripe crentina acaba desenvolvendo a gripe cretina...
O que pode nos salvar deste estado á apenas vitamina C e cama... Cristo e cama, só que de joelhos ao lado dela! Pare a agitação... Descanse e beba de Cristo... Ele é a cura para esse estado que não mata, mas não deixa viver!


Nele, que nunca gripou,


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quarta-feira, 20 de maio de 2009

HOMENAGEM DO ROTARY CLUB CAMPINA GRANDE AO DIA NACIONAL DA LINGUA

Companheiras e Companheiros,


Como surgiu a Língua Portuguesa?


A Língua Portuguesa é um idioma neolatino, ou seja, é derivada do latim. Sua história começa antes da Era Cristã, quando os romanos dominaram a Península Ibérica (que hoje são Portugal e Espanha) e impuseram seus padrões de vida e sua língua.

As várias etnias que lá existiam acabaram por se misturar ao latim falado pelos soldados romanos: o linguajar do povo, que não possuía forma escrita, um latim vulgar – ao contrário do latim erudito, mais rígido. Por não estar preso à forma escrita, o latim vulgar era mais variado e por isto não foi difícil surgirem os novos dialetos, frutos das diferentes combinações em cada região.

Além da dominação pelo Império Romano, a Península Ibérica também sofreu invasões de povos germânicos (os vândalos, suevos e visigodos), no século V da Era Cristã. Daí herdarmos alguns vocábulos, a maioria ligada à área militar, tais como guerra, marechal, general. As invasões dos árabes no século VIII também contribuíram para a incorporação de novas palavras. Você sabia que geralmente as palavras começadas em “al” têm origem árabe? São exemplos: alface, alfinete, álgebra, alfândega. Das que não começam com “al”: garrafa, quintal, xarope.

As influências germânica e árabe não foram tão intensas quanto a dos romanos e por isto as raízes latinas foram as que continuaram sustentando a cultura da península. A região que hoje ocupa Portugal se destacou do restante da península no ano de 1143, quando foi declarada a independência da Nação Portuguesa, com o idioma galego-português. No sul, predominava o português, e, no norte, o galego. Esta parte foi anexada pelo povo castelhano alguns anos depois e, em 1290, o idioma português foi declarado oficial na Nação Portuguesa.

Variações da Língua Portuguesa

A língua oficial do nosso país é a Língua Portuguesa, imposta pelos colonizadores portugueses quando chegaram à costa brasileira. Aqui já se falavam vários dialetos indígenas, porem a maioria foi extinta para dar lugar ao idioma português. Se você leu com atenção sobre o Dia do Índio, vai lembrar que, dos 1.300 dialetos falados pelas diversas tribos indígenas em 1500, só persistem hoje cerca de 180.

Mesmo tendo adotado o idioma do seu colonizador, o Brasil possui modos de escrever e de falar que foram surgindo e caracterizando nosso povo com o passar do tempo. A Língua Portuguesa aqui é bem diferente da que encontramos em Portugal, além das variações que encontramos de região para região dentro do nosso país. Isso tudo porque um idioma não é algo estático, parado no tempo. Se fosse, ainda estaríamos falando como em Portugal no século XVI, como tempos “d`antes”... Reparou como o poema de Fernando Pessoa mostra esta transformação?

Nossa língua muda de acordo com a época e com os costumes. Mesmo em curtos espaços de tempo – pense numa propaganda, por exemplo, e perceba como certos slogans acrescentaram novas palavras e expressões. E os neologismos? Até o ministro Rogério Magri, da época do governo Collor, ninguém usava o termo imexivel (por saberem que tal palavra não existia ou porque não gostavam de inovar?). Muita coisa mudou e, acredite, cada um de nós contribuiu para que assim fosse!

Viram como temos várias línguas em torno da Língua Portuguesa? Temos o português de Portugal, o português do Brasil e suas inúmeras variações regionais. E ainda o português de várias colônias portuguesas (mas isto é outra história...). Não é tão complicado, porque, no final das contas, todas estão sujeitas às regras e formalidades do idioma, representadas pela Gramática da Língua Portuguesa.

A Mistura no Brasil

A chegada dos portugueses no Brasil trouxe nosso idioma oficial, mas não impediu que o contato com outras culturas absorvesse expressões dos dialetos indígenas, africanos e europeus (lembre-se que os franceses e holandeses ocuparam o Nordeste brasileiro) e ainda os trazidos de outros países, através da imigração.

Atualmente, a incorporação dos vocábulos estrangeiros não só é comum como também tem preocupado alguns defensores da Língua Portuguesa, que acham um exagero o uso de palavras em outro idioma quando é possível utilizar seu equivalente em português.

Temos alguns exemplos de palavras que são amplamente usadas no nosso cotidiano. Muitas delas nem sabíamos de onde vinham! Exemplo de Ubirajara, Iracema, Ipanema, Copacabana, tatu, arara, caju, maracajá, influência da Língua Tupi; Acarajé, dendê, fubá, quilombo, moleque, caçula... de dialetos Africanos; Níquel, gás... do Alemão; Bolero, castanhola... do Espanhol; Karaokê, camicase... do Japonês; Paletó, boné, matinê, abajur, batom, cabaré... do Francês; Macarrão, piano, soneto, bandido, ária, camarim, partitura, lasanha... do Italiano e Show, software, hamburguês... do Inglês.

A Polêmica dos Estrangeirismos

Existem pessoas que levantam a bandeira da nossa língua nacional e a defendem intransigentemente da invasão de palavras de outras línguas, os estrangeirismos. Esta discussão é antiga mas não perde a atualidade, principalmente em dias de Internet e computadores a mil. A linguagem da informática é praticamente toda em inglês e muitas das palavras, embora tenham equivalentes em português, são utilizadas no original. Basta prestar atenção no seu computador agora: você usa um mouse, está visitando nossa home-page no site do IBGE. Agora mesmo está na página do IBGE Teen, com links para um sem-número de outras sites, que você visualiza através de um browser, que nada mais é do que um software de navegação.

Agora tente “traduzir” o texto acima. Veja como é estranho chamar um mouse de rato, site de sitio e links de ligações. Em Portugal, as pessoas já se acostumaram e usam os termos em português tranquilamente. No Brasil, se estas palavras ainda soam esquisitas, você pode começar pelas mais comuns: home-page pode ser substituída por página, browser por navegador, software por programa.

Conhecendo melhor osso Idioma

Instituto Camões – Esta belíssima página de Portugal tem várias seções com poemas, prosa e estudos sobre a Língua Portuguesa. Vale a pena dar uma passeada!

Na Nossa Língua Portuguesa, há tira-dúvidas, jogos, dicas e curiosidades! Com a participação do Professor Pasquale.

Na página “Sua língua”, quem responde é Cláudio Moreno. Também traz curiosidades, expressões em latim, artigos, testes...

Uma ótima Gramática da Língua Portuguesa pode ajudá-lo a qualquer momento, nesta edição on-line!

E dicionários? Não dispense um bom dicionário. Na hora do aperto, sempre tem algum on-line também: este e este são dois bons exemplos – e de graça!

A Academia Brasileira de Letras disponibiliza um especial sobre os 500 anos de Língua Portuguesa, fruto de uma série de palestras em junho de 2000.


Saudações Rotárias



Hiram Ribeiro dos Santos
1º Secretário do RC Campina Grande

“HOMENAGEM DO ROTARY CLUB CAMPINA GRANDE AO EMPRESÁRIO EDSON DE SOUZA DO Ó DURANTE A REUNIÃO ORDINÁRIO NO RESTAURANTE LA COSTA EM 14.05.2009”




Ele era franzino. Calado e observador. Anônimo passava-se por pessoa que não despertava atenção, pela simplicidade, mas era um gigante em capacidade de trabalho, conhecimento técnico e poder de convencimento.O empresário Edson de Souza do Ó , falecido no dia de ontem após uma enfermidade tenaz e insistente, deixa uma lacuna impreenchível em nosso meio.

Não concluiu o curso de engenharia civil na antiga Escola Politécnica da Ufpb, por uma incompatibilidade com certo professor, para desgosto dos seus pais, Isaias e Alice de Souza do Ó. Deixou a vida de estudante para ser empresário, um pequeno e teimoso empresário, ao construir uma Olaria no longínquo bairro das Três Irmãs. Sem transporte próprio, transportava em um “carro de praça”, hoje um táxi, as garrafas de oxigênio e acetileno para poder fabricar tijolos. Da Olaria para a Construtora Edson de Souza do Ó.

Daí se descortinava o tirocínio do empresário da construção de grandes obras, importantes obras como a Wallig Nordeste, Muller Nordeste, Arbame-Mallory, Edifício João Rique, Nortelas, Compel, Jornal e TV O Norte, Hotel Tropicana, Hotel Ouro Branco, entre inúmeras outras de igual importância.

Foi sócio-fundador da Caulisa – Industria de Caulim S/A em parceria com a Industria de Papel Simão , então, o maior grupo fabricante de papel da América Latina. Foi Diretor-Técnico do Banco Industrial de Campina Grande, foi o fundador da Norpel – Companhia Distribuidora de Papel em Recife-PE., foi diretor de uma Cooperativa de Crédito aqui em Campina Grande e depois liquidante da mesma junto ao Banco Central, foi sócio-fundador da TBS – Transportadora Bons Serviços Ltda., fundador da Metalouças – Industria de Artefatos de Ágata, foi interventor do Banco do Nordeste do Brasil S/A junto à indústria Artefatos Metalúrgicos Muller Nordeste S/A, diretor e conselheiro da FIEP – Federação das Industrias do Estado da Paraíba e, muitas outras participações em negócios e empreendimentos.

Adquiriu o complexo imobiliário da antiga Anderson Clayton. Criou a Seresta , uma grande serraria que fabricava engradados para os fogões Wallig (produzidos em Campina Grande), além de cabos de vassoura e pegadores de roupa, vendidos para todo o Brasil. Foi um grande empregador, empresário sério, bem sucedido nos negócios, de visão futurista, um dos grandes empreendedores da Paraíba.

Fui seu funcionário aqui em Campina e em São Paulo. Participei de inúmeros trabalhos e me sentia um aluno durante as reuniões de cunho eminentemente técnico. Aqui , em Recife ou São Paulo, em qualquer parte do Brasil, mesmo sendo um empresário de nome, envolvido em muitos projetos simultâneos, era incansável e a todos ouvia com especial atenção.

Não era vaidoso, muito menos orgulhoso. Vivia alheio às badalações da mídia. Perdemos um grande homem, do mesmo nível do seu irmão, o ex-reitor Edvaldo de Souza do Ó, de saudosa memória.

À família enlutada, aos amigos e conterrâneos, nossos sentimentos e nossas,

Saudações Rotárias


Hiram Ribeiro dos Santos
Secretário do R. C. Campina Grande

REFLEXÃO ROTÁRIA – 21/05/2009

Eusebio-Ce, 21 de Maio de 2009.

Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


A FÁBRICA DE DIABO INTERIOR


“Seja o vosso sim, sim; e o vosso não, não; pois o que disso passar vem do maligno” — Jesus.

Quando Jesus disse que a palavra do homem deve ser sim apenas quando sim seja afirmação; e não tão somente quando não seja negação — Ele não falava de nada que sendo diabo visse de fora do homem como conseqüência disso; isto ao concluir que qualquer coisa que não seja sim sendo sim e não sendo não tem procedência maligna.
De fato Ele falava da procedência maligna que emana de nós, pois, na mentira se abre o poço da fonte de todas as falsificações interiores e de todas as construções feitas de palavras e pensamentos constituídos de engano. Assim, o que nos segura no caminho da lucidez espiritual é o sim sendo sim e o não sendo não, visto que para além ou aquém disto, o espaço que se abre no ser é de trevas e não de luz.
Ora, a viagem na vereda da verdade [o sim sendo sim e o não sendo não] é o que nos torna seres invencíveis; pois, a verdade não conhece adversário; ou diabo. Porém, fora da verdade tudo é diabo, tudo é divisão, tudo é falsificação.
A verdade, toda-via, só tem suas raízes no intimo e em mais nenhum outro lugar. A verdade no intimo lança ramos em todas as direções da vida; mas as chamadas verdades exteriores, não sendo apenas o fruto da verdade no intimo — se tornam mentira, diabo, divisão no ser; posto que fora a pessoa mostra algo que deveria ter relação com a verdade, a qual, em tal caso, não existe no coração como fé. Assim, quanto mais mentira há num ser humano, mais diabo nele haverá. E quando falo de mentira, refiro-me àquela que antes de tudo é recusa interior em enxergar a si mesmo contra a luz da verdade.
Em tal espírito o que cresce é o joio da mentira e crescerá até a morte, a menos que tal pessoa se encere na verdade; digo: na Verdade do Evangelho; ainda que assim aconteça na simplicidade da revelação que recebem até aqueles que nunca leram nenhum dos evangelhos, mas que se entregaram à verdade desde o intimo.

Nele, que não faz acepção de pessoas, mas apenas entre a verdade e a mentira,

Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
Pastor das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus em Eusébio / Ceará
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quarta-feira, 13 de maio de 2009

REFLEXÃO ROTÁRIA – 14/05/2009

Eusebio-Ce, 14 de Maio de 2009.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


O MELHOR INVESTIMENTO DA VIDA É A VIDA!

O Sentido da Vida, que é o ensino do Evangelho antes mesmo de existirem os Quatro Evangelhos — afinal, o Evangelho é eterno — sempre indicou na direção da Vida como entrega, como dádiva, como sacrifício e como morrer vivificante.

E assim é com tudo o que seja vida...

A Natureza dá testemunho diário de seu investimento de entrega e de morte ao ciclo da vida. Natureza é isso: vida servindo a vida!

Entretanto, no Evangelho, tal entrega é espontânea e é consciente. Por isto se diz que é para que lancemos o nosso próprio pão, loucamente, sobre as águas, a fim de que alimentemos voluntariamente o rio que nos abençoa com água e peixe. E mais; ainda se completa afirmando que tal dádiva, depois de muitos dias, sempre em um longe oportuno, volta para nós, e retorna nosso investimento feito às cegas, na mera alegria de dar à vida mais vida.

Jesus disse que o caminho para receber é dar. Disse que é muito melhor dar do que receber. Disse que o grande privilégio deve sempre ser ter podido dar. Disse também que a devolução de nossas dádivas de amor, acontece sempre de um modo exagerado, embora nós nem sempre saibamos como a medida sacudida, recalcada e transbordante virá; com que forma nos visitará; embora saibamos que será sempre na melhor hora.

E em tal ato de dar se deve ter também o mesmo sentimento que houve também em Jesus. Ora, Jesus nunca disse que deu nada! Sim, não há uma única propaganda Dele sobre Ele! Ele apenas diz que é para não andar ansioso de nada, que é para buscar o Reino de Deus, que é o Evangelho vivido; e que tudo o mais nos seguiria como bondade e misericórdia todos os dias de nossas vidas.

E mais: Ele disse que a vida Dele ninguém tirava Dele. Ele a doaria. Sim, pois doação arrancada não gera o fluxo da vida. A Sabedoria, todavia, diz: Lança o teu pão sobre as águas, pois, depois de muitos dias, o acharás. Portanto, trata-se de uma decisão voluntária. Uma decisão alegre de ofertar ao rio da vida o pão do nosso labor como gratidão, confiança e fé.


Nele
, com fé,


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
Pastor das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus em Eusébio / Ceará

terça-feira, 5 de maio de 2009

ROTARY CLUB DE CAMPINA GRANDE – CLUBE Nº 3929 DISTRITO 4500 - PARAIBA – BRASIL

Palestra proferida pelo Ex-Companheiro Francisco Brasileiro sobre a História da construção da Escola Rotary em Santa Terezinha em 22 de abril de 1971 em Reunião Ordinária do Rotary Club Campina Grande.

“Há mais de vinte anos eu aceitei um convite da Sub-Comissão do Programa cujo presidente era o nosso ex-companheiro Rui Silva”. Este ilustre companheiro é dentista e reside atualmente no Recife. Ele sempre primou pela maneira delicada de tratar seus clientes, seus companheiros e o meio social em que vivia. Os que se recordam dele podem muito bem atestar o que estou afirmando. Naquela época eu era muito sobrecarregado com as solicitações das Comissões e Sub-Comissões do Clube.

Rui colocava, religiosamente, em movimento o programa traçado pelo plano de ação rotária, de modo a não deixar uma só reunião sem palestrante. Voltou-se para mim dentro do plenário do clube, dizendo: “Você está designado para fazer a palestra da próxima reunião sobre as atividades da Escola Rotary, desde a sua fundação até a data de 27 de novembro de 1952”. Respondi-lhe um tanto agressivamente que não aceitava de modo algum, uma vez que no Clube existiam outros companheiros que podiam muito bem fazê-la. O companheiro Rui me revidou, serenamente, cheio daquela sutileza e daquela atenção que tanto o caracterizavam: “quero homenageá-lo na minha escolha, visto você ser o presidente da Sub-Comissão da Escola Rotary e estar seguramente senhor de tudo que ocorre com ela”. Diante de sua ponderação aceitei a incumbência e fiz uma palestra que representou a história da “Escola Rotary” do Rotary Club Campina Grande, palestra essa que se perdeu dentro dos arquivos do clube, não se sabendo onde foi parar.

Acontece ainda um fato interessante: todo companheiro que preside a Sub-Comissão da Escola Rotary me procura para ajudá-lo a responder sobre as datas da sua história. Ainda no ano recém findo, o Companheiro Manoel de Miranda me fazia perguntas sobre o assunto. Diante disso resolvi trazer para o Clube a repetição dos dados reais da Escola Rotary, desde o dia em que nasceu a idéia de sua criação. Espero que os companheiros me perdoem este retrospecto histórico que vou fazer de muito bom grado. Para os companheiros de maior vivência no Clube esta minha história não trará novidades, mas para os mais novos, ela servirá de ilustração, mesmo porque eu sou dos que acreditam no passado e na tradição. Alguém já disse que o passado é o presente e o presente é o futuro, pois passado e tradição são valores dinâmicos, possibilitando a cada geração uma visão particular de sua continuidade no tempo e no espaço, surgindo ainda como um estimulo aos sonhos das gerações que vão se sucedendo.

Foi na minha presidência 1937/1938, tendo como Secretário o Companheiro Francisco Alves de Lima Neto, na reunião de 220 de janeiro de 1938 que o inesquecível companheiro Lino Fernandes de Azevedo prepôs a criação da “Escola Rotary”, despertando a atenção dos companheiros sobre a sua necessidade e finalidade, propondo que o assunto fosse estudado pela Comissão de Serviços à Comunidade. A idéia estudada pela comissão não morreu. Marchou sozinha durante uma porção de tempo. Essa caminhada silenciosa provocou o seu amadurecimento, até que no primeiro semestre de 1949, na presidência do companheiro José Noujaim Habib, cujo secretário foi o companheiro Antonio de Almeida Barreto, a idéia tomou vulto e chegou a concretizar-se. Os que conhecem e vivem Rotary, sentem-se atraídos pelo seu maior objetivo – SERVIR. Todos compartilhamos desse objetivo que nos coloca no mesmo plano, sem hierarquia, sem grupos, nem lideres. Somos homens animados de boa vontade, e de profundo espírito de companheirismo, reunidos, semanalmente, em torno de uma mesa para a prática do bem e das boas ações.

Em abril de 1949, eu tive a honra de hospedar por uma semana, ali no meu sitio próximo ao Açude Velho, no bairro do Prado, o Governador do Estado da Paraíba, o Dr. Oswaldo Trigueiro, homem simples e embutido de grande espírito democrático. Foi meu hóspede de uma maneira original. Queria a casa para fazer seu ponto de apoio. Botei uma empregada para tomar conta da casa e servi-lo no que fosse necessário. Fez ponto de apoio para visitar todos os municípios vizinhos de Campina Grande. Almoçava diariamente com um amigo e jantava com outro, até que resolveu a convite da Comissão do Programa almoçar em nosso Clube e ser o palestrante do dia. Confesso que fez uma formidável palestra sobre as atividades do seu Governo, pois era um grande expositor. Logo de manhã cedo viajava para visitar os municípios designados no seu programa. Eu e o companheiro Noujaim o visitamos pela manhã e à tardinha para além do bate-papo, saber o que estava lhe faltando. Ele designava calmamente os dias em que deveria almoçar com os amigos. Reservou para mim um sábado, que era justamente o dia do seu regresso a João Pessoas. Após o almoço, eu e o companheiro Noujaim mostramos o desejo do Clube para fazer uma “Escola Rotary”. Nesta ocasião ele nos prometeu todo o apoio do Estado, oferecendo a planta e nos prometeu um auxílio de CR$30.000,00 (trinta mil cruzeiros) antigos. Achamos que estava bem a quantia prometida, uma vez que nós já tínhamos em caixa dez mil cruzeiros antigos.

No início de 1949, Noujaim com o meu auxílio e do companheiro Hiati Leal, conseguiu o terreno onde hoje se encontra edificada a Escola Rotary. O terreno foi doação do Sr. Raimundo Severino de Farias, proprietário em Santa Terezinha, lugar conhecido por Sítio do Padre e também por Jacu. O terreno foi escriturado no dia 28 de julho de 1949 na gestão do companheiro Protasio Ferreira, no 1º Cartório desta cidade, medindo 40 metros de frente por 50 metros de fundos e, foi logo isolado por estacas e arame farpado. A construção foi iniciada em junho de 1949 pela firma Ferreira & Jucá, representada pelo companheiro e compadre Manuel Santos da Figueira.

O orçamento inicial foi de 40 contos de reis, ou seja, quarenta mil cruzeiros antigos. Verificou-se que em vista da população do povoado de Santa Terezinha ser bastante elevada, eram necessários: duas salas de aulas de 6 metros, terraço amplo, dois gabinetes sanitários para meninas e meninos, uma sala para depósito, um alpendre lateral e um reservatório para água potável.

O Estado construía aqui em Campina Grande, através da firma Figueira & Jucá, duas obras: o Colégio Estadual de Campina Grande, no bairro da Prata e, o Hospital Regional de Campina Grande, em frente ao Hospital Pedro I, onde se acha instalado o Pronto Socorro (vizinho ao II Batalhão da Policia Militar). Como o Governo do Estado estava patrocinando a Escola, com 30 contos, deu ordem à firma Figueira & Jucá, que começasse imediatamente a construção da Escola Rotary, tendo o Estado investido na obra quase 104 contos de reis. Aqui em posso dizer aos companheiros que com o aumento das salas de aulas o orçamento de 40 contos estourou, mas a firma Figueira & Jucá continuou a construção, tirando conforme ordem do Governador, dinheiro das dotações do Colégio Estadual e do Hospital Regional de Campina Grande.

No dia 29 de dezembro de 1949 estava a escola construída, e no dia 23 de fevereiro de 1950, data da fundação do Rotary Internacional e em sua homenagem, a escola foi inaugurada com a presença do Governador Oswaldo Trigueiro, do Dr. Ivaldo Falconi, Secretário de Educação, dos companheiros do Rotary Club Campina Grande e de pessoas da cidade. Eu fui o orador da solenidade. Depois de tudo pronto, o Governador me perguntou: quanto custou a Escola? Eu respondi: quase l04 contos de reis. E toda essa importância foi dada pelo Estado? E os dez contos do Clube? Esta importância ficou colocada na compra do mobiliário que custou muito mais que os 10 contos de reis, sem contar com a doação de Anderson Clayton, feita por intermédio do companheiro José Pereira de Lima, gerente daquela empresa.

Outras doações menores foram feitas por outros companheiros nossos. Mas o Governador, com aquele seu jeito diplomático, se volta para mim dizendo como é que eu vou justificar esta quantia sem autorização da Assembléia Legislativa do Estado? Respondi-lhe também em tom diplomático: não se preocupe com a maneira de justificar a quantia despendida. É praxe em Rotary não ficar com as obras realizadas, pois seu ônus é muito grande para mantê-la funcionando normalmente. Quase sempre clubes pequenos como o nosso não podem fazer face as suas despesas. No caso presente o Rotary Club Campina Grande fez doação ao Estado que fornecerá as professoras e o zelador para seu funcionamento. O Rotary ao entregar ao poder público, como no caso em apreço, fica vigilante e procura imprimir à escola o que ela acha que deve ser feito – preparar a criança de hoje para se tornar o homem de amanhã, incentivando-lhe no espírito das idéias preconizadas por Rotary. Tanto isso é verdade que na escritura de doação há cláusulas que exigem de Rotary estrita cooperação, senão vejamos:

Primeira cláusula:
Ambas as partes combinam de comum acordo ficar esclarecido e assentado que a construção da Escola Rotary foi idealizada e realizada pelo Rotary Club Campina Grande, que por sua vez, conseguiu do Estado toda ajuda indispensável à sua construção, tendo o Clube dado, como já disse, todas as instalações necessárias ao seu funcionamento;

Segunda cláusula:
Ao Rotary Club Campina Grande caberá cooperar com o Estado, dentro dos objetivos rotários, no sentido de correto e eficiente funcionamento da Escola;

Terceira cláusula:
O Estado conservará o nome da Escola Rotary.

Obs.:

Como todos ouviram desejo informar que estas cláusulas foram redigidas pelo Conselho Diretor do Clube, na reunião do dia 30 de março de 1950, quando o clube resolveu passar a Escola para o Estado, cuja transferência foi realizada no dia 12 de agosto de 1950, no 1º Cartório de registro de escrituras, durante a gestão do presidente Protásio Ferreira, tendo sido a escritura assinada por mim, Francisco Chaves Brasileiro e, pelo companheiro Daniel Syndenstricker, secretário do Clube. O Estado foi representado no ato pelo segundo procurador público, o Dr. Estácio Tavares Wanderley.

O Governador cumprindo a sua promessa, nomeou as professoras, mas nos atos de nomeação não saiu o nome do zelador. Somente em outubro de 1951 foi nomeado o zelador graças ao prestigio do nosso companheiro Severino Bezerra Cabral, junto ao Governador José Américo de Almeida. As primeiras professoras que serviram à Escola foram Maristela Xavier e Maria de Lourdes, posteriormente foram substituídas por Maria das Dores Leal e Maria Castro Lucena, esta última substituída por Deolinda Araújo. Todas elas trabalhavam à tarde e eram transportadas em ônibus da linha Campina Grande/João Pessoa. Em junho de 1952 foi acrescentado um turno matinal dirigido pela professora Guiomar de Brito.

O Rotary Club Campina Grande escolheu Santa Terezinha para a implantação desta Escola, por verificar que a sua população escolar era muito grande. A escola para servir melhor a população escolar daquele distrito, teria de botar uma professora para o turno matinal. E de futuro, quando houver luz elétrica, terá que criar turno noturno com duas professoras.

A matrícula crescia cada ano que surgia. Foi assim que em 1950 foram matriculados quase 100 alunos. Em 1951, foram matriculados 116 alunos. Em 1952 o número aumentou para 153 alunos de ambos os sexos, por ser escola mista. Sendo as professoras nomeadas e pagas pelo Estado, o mesmo tinha o direito de exercer a sua fiscalização.

No dia da inauguração da Escola, data proposta pelo companheiro João Tavares, foram plantados vários pés de Pau Brasil. O Clube sempre deu assistência, como continua fazendo a administração da Escola, prática que vem sendo exercida constantemente através dos elementos da Sub-Comissão da Escola Rotary.

O Rotary tem assistido a população Escolar daquele povoado dando material escolar aos alunos, tais como livros, lápis, canetas, cadernos, papéis, tinta, giz, etc. fazia continuamente o Natal das crianças pobres e distribuía presentes aos escolares; auxiliava com roupas e sapatos na comunhão dos alunos. A idade dos escolares para a primeira comunhão variava de seis a quinze anos, onde se notava a predominância do sexo feminino.

Não querendo mais me alongar nesta retrospectiva, nada omiti como parte importante do histórico da Escola Rotary, contribuição que ofereço à história do nosso Clube.

Neste exato momento, em que termino a história da Escola Rotary até 1952, não apresento escusas aos meus caros companheiros pelo tempo que lhes roubei, porque estou servindo a Rotary.


Campina Grande, 22 de abril de 1971

Francisco Chaves Brasileiro


REFLEXÃO ROTÁRIA – 30/04/2009

Eusebio-Ce, 30 de Abril de 2009.

Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


O PODER DA CULPA SOBRE O COMPORTAMENTO


“Tortuoso é o caminho do homem carregado de culpa,
mas reto o proceder do honesto”.
Pv 21: 8


Pecar é humano, mas permanecer em estado contínuo de tortuosidade produz um estado de culpa que os humanos não suportam por muito tempo. Mesmo que seja aquela culpa que não se trata como tal, mas que o praticante sabe que é culpa. Seja culpa sabida e sentida como culpa, ou apenas a culpa interpretada como tal pela esperteza do praticante que esconde seus atos — o resultado final é sempre o mesmo: os caminhos se tornam tortuosos.
Para encobrir o ilícito, anteparos, álibis, pretextos, desculpas, encontros inexistentes, falsos compromissos, estórias, desvios súbitos de rota, encontro com amigos desaparecidos, falsificação, distração — precisam ser inventados para que o que pratica a coisa desonesta possa escapar com ela. Só que se trata de um interminável processo de construção de um mundo paralelo, inexistente aos sentidos de terceiros, mas necessariamente “real” para o contador de estória. E mentirá tanto que poderá acabar se convencendo que sua estória é uma história. As conseqüências são as seguintes:

1. Seu senso de realidade se alterará. Com o passar do tempo a mentira se instala como programação natural e o ser inicia um processo de mistura entre o real e o imaginário, e adoece.
2. Os caminhos tornam-se tortuosos. Uma vez que alguém se vicie nessa pratica não haverá jamais a possibilidade de que tal pessoa faça qualquer coisa reta, à menos que se arrependa e se deixe reeducar.

Do contrário, queridos rotarianos, todas as tentativas de fazer o que é reto esbarram no seguinte: a execução da nova vereda reta passará, inevitavelmente, pela vereda tortuosa — e poucos têm coragem de se auto-denunciar no que é tortuoso a fim de iniciar a pratica do que é reto. Assim, muitas coisas já não cridas como espertezas, continuam sendo praticadas pelo medo que o praticante tem de vir a ser descoberto como um estelionatário da realidade por tanto tempo.
Desse modo, a culpa faz a manutenção da vereda tortuosa...
É obvio que se alguém puder consertar caminhos tortuosos sem precisar escrever um livro, melhor será. Afinal, esse é um mundo que não vive de verdade, mas de aparências. E os juízes humanos são implacáveis.


Nele, que nos redime de toda culpa pelo arrependimento,


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
Pastor das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus em Eusébio / Ceará
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br