quinta-feira, 28 de maio de 2009

HOMENAGEM DO ROTARY CLUB CAMPINA GRANDE AO “DIA DO GEÓLOGO” EM 28 DE MAIO DE 2009

O geólogo é o profissional de nível superior, diplomado em Geologia ou Ciências Geológicas. Os geólogos estudam a estrutura e os processos que formaram a Terra, sua evolução ao longo do tempo e os aspectos práticos da aplicação desses conhecimentos para o bem comum.

Durante o curso de graduação, as matérias típicas abordadas incluem a Geografia, Química, Matemática, Física e Biologia, além de aulas oferecidas pelo Departamento de Geologia, como: Geologia Geral, Paleontologia (estudo de fósseis), Vulcanologia (estudo de vulcões), Hidrogeologia (estudo de recursos hídricos), Petrologia (estudo de rochas), Mineralogia (estudo de minerais), Geoquímica (estudo da distribuição dos elementos nos planetas), Geofísica, [[Geologia Estrutural (estudo das formas das rochas e sua origem), ] e Teutônica]] {estudo das estruturas das rochas e sua origem em escala regional ou global}, Estratigrafia (estudo do empilhamento das rochas e idades relativas), Geomorfologia (estudo das formas do relevo terrestre e evolução das paisagens), entre outras. Os geólogos aprendem também técnicas de cartografia geológica e comumente utilizam GPS (Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global), imagens de satélites e outras técnicas de mapeamento. Matérias de Geologia também são muito relevantes para estudantes de Geografia, Engenharia, Química, Planejamento Urbano, Arqueologia, Estudos do Meio Ambiente, Estudos Forenses e Perícia Policial, Medicina, Agrociências e outras áreas.

Os geólogos profissionais trabalham para uma grande variedade de agências governamentais, empresas privadas e instituições acadêmicas e sem fins lucrativos. Governos contratam geólogos para ajudar no planejamento e avaliação de escavações, áreas de construção, projetos de recuperação ambiental, preparação para desastres naturais, assim como estudo de recursos naturais. Um geólogo treinado é requisitado para investigar desafios e restrições de natureza geológica que se apresentam durante os processos de planejamento, projeto e construção de obras de engenharia públicas e privadas, perícia forense, análise de impacto ambiental e outros. Companhias de petróleo, mineração e preparação de terrenos em larga escala contam com as habilidades de geólogos e engenheiros geólogos para localizar petróleo e minerais, adaptar-se a características locais como karst deposits ou de risco de terremotos, vulcões e adequar-se a regulamentações ambientais.

Oceano Atlântico

Um dos trabalhos mais impressionantes do ramo da geologia é o estudo de tudo que se refere aos oceanos. Por curiosidade e definido interesse, vamos estudar tudo que possamos nos aprofundar sobre o oceano Atlântico.

O oceano Atlântico é dividido em Norte e Sul pela linha do Equador. É o segundo maior oceano em extensão, com uma área de aproximadamente 106.200.000 km2, cerca de um quinto da superfície da Terra. É o oceano que separa a Europa e a África a Leste, da América, a Oeste. Seu nome deriva-se de Atlas, uma divindade da mitologia grega. É por isso que às vezes o oceano Atlântico é referido como “mar de Atlas”. A menção mais antiga sobre seu nome é encontrada em Histórias, de Heródoto, por volta de 450 a.C., antes dos europeus descobrirem outros oceanos. O termo “oceano” foi sinônimo de todas as águas que circundam a Europa Ocidental, que agora é conhecido como Atlântico e que os gregos acreditavam ser um grande rio que circundava toda a terra.
O oceano Atlântico apresenta uma forma semelhante a um “S”. sendo uma divisão das águas marítimas terrestres, o Atlântico é ligado ao oceano Ártico (que em algumas vezes é referido como sendo apenas um mar do Atlântico), a Norte, ao oceano Pacífico, a Sudoeste, ao oceano Indico, a Sudeste, e ao oceano Antártico, a Sul (alternativamente, ao invés do oceano Atlântico ligar-se ao oceano Antártico, pode-se estabelecer a Antártida como limite sul do oceano, sob outro ponto de vista). A linha do Equador divide o oceano Atlântico Norte e Atlântico Sul. Com um terço das águias oceânicas mundiais, o Atlântico inclui mares como o Mediterrâneo, o mar do Norte e o mar das Caraíbas (Caribe).
Geografia
O oceano Atlântico, segundo do mundo em superfície, está localizado no hemisfério ocidental e alonga-se no sentido Norte-Sul. Comunica-se com o oceano Ártico pelo estreito da Islândia; com o oceano Pacifico e com o oceano Indico pela ampla passagem que se abre entre a América, a África e a Antártida, nas altas latitudes austrais. No hemisfério Norte, as costas continentais, muito recortadas, delimitam numerosos mares anexos (mar da Mancha, mar do Norte, mar Báltico, mar Mediterrâneo, mas das Antilhas). Ao sul, ao contrário, as costas são bem retilíneas.
Fundo Oceânico
O fundo oceânico apresenta uma disposição regular: a plataforma continental, ampla ao largo das costas da Europa, da América do Norte e da porção meridional da América do Sul, estreita-se nas costas da África e do Brasil; uma enorme cadeia de montanhas submarinas, a dorsal meso-atlântica, estende-se ao longo do oceano; entre ela e os continentes abre-se uma série de bacias de 6.000 a 7.000m de profundidade (bacias americana, brasileira e argentina, a Oeste; bacias escandinava, da Europa Ocidental, da Guiné, de Angola e do Cabo, a Este). A crista dorsal é sulcada em toda a sua extensão por uma grande fossa tectônica (rift), que secciona no sentido longitudinal. Área de constante instabilidade geológica, provocada pela contínua emissão de material ígneo, é objeto de estudos geológicos que analisam os processos de formação e evolução das placas tectônicas, ou seja, da crista terrestre. A crista da dorsal meso-atlântica situa-se geralmente entre -3.000 e -1.500m, mas emerge em alguns pontos, formando ilhas: Jan Mayen, Islândia, Açores, Ascensão, Tristão da Cunha. Nas latitudes Equatoriais, a dorsal é cortada por falhas transversais que determinam fossas abissais (fossa da Romanche, -7.758m). Nas outras porções do Atlântico as fossas são raras: situam-se nas Antilhas (Ilhas Caimão e Porto Rico – a mais profunda com -9.218m) e nas ilhas Sandwich do Sul (-8.264m).
Origem das Águas
O meio ambiente terreno, exposto ao calor dos raios solares e os ventos, promove a evaporação e precipitação dos líquidos sobre os continentes, dando inicio ao ciclo das águas, responsável pela sedimentação do fundo do mar e a salinização dos oceanos. Nesse sentido, tem-se que na fachada ocidental, grandes bacias hidrográficas despejam considerável quantidade de sedimentos sobre a plataforma continental, definindo cones alunionais, como os rios São Lourenço e Mississipi, no Atlântico Norte, e o do Amazonas, na faixa equatorial. As águas do Atlântico são as mais salgadas de todos os oceanos (37,5 por mil de salinidade média) e animadas por correntes que asseguram intensa circulação entre as águas frias das altas latitudes e as águas quentes equatoriais. As correntes frias do Labrador e das Falkland descem respectivamente ao longo das encostas setentrionais e meridionais da América. De Benguela percorre a costa sul-ocidental africana, em direção ao equador. São compensadas pelas correntes quentes do Brasil e Equatorial Atlântica, nos seus ramos N e S, pela corrente do Golfo, que tem grande influência sobre os climas da Europa norte-ocidental tornando-os menos rigorosos. Essa circulação das águas favorece sua oxigenação e a proliferação de plâncton, definindo importantes zonas pesqueiras, como as costas do Brasil meridional, a fachada norte-americana em torno da Terra Nova, as costas da Escandinávia e da Islândia, além da África meridional. As plataformas continentais encerram, às vezes, jazidas petrolíferas (mar do Norte, costa da Venezuela e do Brasil, golfo da Guiné). Ladeado no hemisfério Norte pelas duas áreas mais industrializadas do globo (NE dos EUA e Europa Ocidental), o Atlântico Norte apresenta o mais intenso tráfego marítimo e área transoceânico do mundo.
História
Os antigos que o apelidaram de Mar Tenebroso ou Mar Oceano, conheciam apenas as costas situadas entre o norte das ilhas britânicas e as Canárias. Dos séculos VIII a XI, os Normandos freqüentaram as praias da Noruega, da Islândia, da Groenlândia, de Spitsbergen e da Nova Escócia, no atual Canadá. Até o final da Idade Média, só se faziam navegações costeiras, indo até ao Cabo Bojador (atingido pelo navegador português Gil Fanes em 1434). No século XV os portugueses intensificaram a exploração da costa africana e, ao mesmo tempo, desenvolveram técnicas de navegação que permitiram viagens por alto mar. A navegação por latitudes (determinadas pela observação da altura da estrela Polar ou do Sol ao meio-dia, técnica desenvolvida por volta de 1485) foi facilitada pelo uso de instrumentos como a bússola e o astrolábio. Outro fator decisivo foi o estudo do regime dos ventos no Atlântico: em 1439, as informações existentes já permitiam uma navegação assídua e segura. Essas técnicas, aliadas aos novos navios desenvolvidos pelos portugueses (as caravelas, de maior porte,calado mais alto e comum sistema de velas que permitia o aproveitamento dos ventos, mesmo em sentido contrário) permitiriam o reconhecimento da costa da África e as primeiras incursões em alto mar; há ainda informações de que no século XV os portugueses teriam explorado também o Atlântico Norte, juntando conhecimentos que mais tarde facilitariam a viagem de Cristóvão Colombo na primeira travessia documentada do oceano. Com o desenvolvimento técnico obtido, as viagens portuguesas tornaram-se mais ousadas e freqüentes através do Atlântico, de tal forma que até 1488 toda a costa oeste da África estava explorada, reconhecida e, nos primeiros 20 anos do século XVI, toda a costa atlântica do continente americano (encontrado em 1492 por Colombo) fora visitada por navegadores portugueses, espanhóis ou italianos a serviço da Espanha. Os reis de Portugal procuraram, desde o início, garantir descobertas de seus navegadores e desde 1443, várias leis reivindicaram o direito de navegação exclusiva nos mares reconhecidos por suas naus.
Em 1454, o papa Nicolau V ratificou a pretensão dos portugueses, reservando-lhes o direito exclusivo de navegação e comércio. Em 1474, D. Afonso V mandou que aqueles que violassem essas determinações fossem mortos e seus bens confiscados pela coroa. O Tratado de Paz de Toledo, entre Espanha e Portugal, ratificou esses direitos, que foram reafirmados nas ordenações Manuelinas (1514). Até 1580, houve pouca contestação internacional a essas pretensões, exceto pequenos conflitos diplomáticos causados pela ação de corsários protegidos pelos reis da França e Grã-Bretanha. Após 1580, contudo, a contestação cresceu, envolvendo também os holandeses em guerra com a Espanha pela sua independência. Eles estenderam as ações bélicas contra Portugal, após a reunião das duas Coroas e passaram à liberdade dos mares; na trégua assinada com Felipe III (III de Espanha e II de Portugal), obtiveram o direito de navegar por esses mares, embora sob licença régia. Esse tratado marcou o inicio do fim do domínio exclusivo pelos portugueses dos mares que haviam descoberto e, após 1640, o principio da liberdade dos mares estava solidamente estabelecido.
A partir do século XVII, começou a exploração hidrográfica do Atlântico, efetuada de inicio pelos holandeses, depois pelos ingleses e franceses no século XVIII. No século XIX, foram organizados numerosos cruzeiros oceanográficos que permitiram a elaboração de uma detalhada carta batimétrica do Atlântico.
Fundos oceânicos

A crista oceânica forma o fundo dos grandes oceanos e difere da crosta continental essencialmente pela sua pouca espessura e alta densidade.
Características
Das áreas cobertas pela águas oceânicas pode-se considerar um domínio continental e um domínio oceânico. No domínio continental englobam-se os seguintes elementos morfológicos:
  • Plataforma Continental – zona circundante da maior parte das costas, ligeiramente inclinada, coberta por sedimentos continentais, que corresponde às zonas marginais imersas dos continentes; zona que prolonga o continente para o mar até a uma profundidade de 200m. Os rios e a arrebentação construíram-nas.
  • Talude continental – nesta zona, o declive acentuado é, muitas vezes, sulcado por desfiladeiros, representando o limite da parte imersa do domínio continental; a zona imersa estende-se até profundidades de 400m.

No domínio oceânico englobam-se os seguintes elementos morfológicos:

  • Planícies abissais – zona plana que ocupa grande extensão do fundo dos oceanos e que ocorre às profundidades de aproximadamente 5.000m em média. São superfícies quase planas que representam o teto da crosta oceânica não perturbada, oculta por uma camada de sedimentos pelágicos, de um modo geral pouco espessa. Os relevos que perturbam esta planície são normalmente de origem vulcânica, mas dividem-se em dois grupos consoante são, ou não sismicamente ativos.
  • Dorsais médio-oceânicas – são relevos vulcânicos dos fundos oceânicos que se situam geralmente na parte média ou nos bordos dos oceanos, formadas por alinhamentos de cadeias montanhosas separadas por riftes; elevam-se a 3000m acima dos fundos das bacias e estendem-se por uma largura de cerca de 1000 km.
  • Fossas oceânicas – zonas profundamente entalhadas no fundo oceânico, onde se verifica a convergência de placas tectônicas; localizam-se perto dos arcos vulcânicos ou na base do talude continental, nas proximidades de cadeias montanhosas que ocorrem nas margens dos continentes.
  • Bacias oceânicas – nascem, evoluem e morrem com relativa rapidez, já que os seus fundos são essencialmente constituídos por rochas relativamente recentes.

Saudações Rotárias

Hiram Ribeiro dos Santos
1º Secretário do R. C. Campina Grande

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