sexta-feira, 23 de julho de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 22/07/10

Fortaleza-Ce, 22 de julho de 2010.

Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!



SOBRE DEUS!

Não sei explicar as razões de minha fé. Não sei dizer os ‘porquês’ de minha devoção. Sinto-me inadequado para convencer os indiferentes. Como fazer que desejem o mesmo sal que tempera o meu viver? Limitado, reconheço que tudo o que sei sobre o Divino é provisório. Não tenho como negar, minhas convicções vacilam. As certezas que me comovem são, decididamente, vagas.

Sei tão somente que Ele se tornou a minha meta, o meu norte, a minha nostalgia, o meu horizonte, o meu atracadouro. Empenhei o futuro para seguir os seus passos invisíveis. No dia em que o chamei de Senhor, a extensão do meu meridiano se alongou e os fragmentos de meu mapa existencial se encaixaram. Ao seu lado, caíram as muralhas da minha estrada e o ponteiro da minha bússola se imantou.

Sei tão somente que Ele se fez residente no campus dos meus pensamentos. Presente nos vôos da minha imaginação, transformou-se no mais doce ponto de minhas interrogações. Causa de toda inquietação, tornou-se a fonte de minha clarividência.

Sei tão somente que Ele se desfraldou como flâmula sobre meus ombros. Por amar tanto e tão formidavelmente, purgações, sacrifícios, tudo foi substituído por desassombro. No porão da tortura, nos suplícios culposos, achei um ambulatório, o seu regaço.

Livros contábeis, que registravam meus erros, foram rasgados. Encaro a eternidade com a sensação de que as sentenças estão suspensas. Já não fujo dEle. Eu o chamo de Amigo.

Sei tão somente que Ele ardeu o delicado filamento que acendeu a luz dos meus olhos. Ele foi o mourão que marcou o outeiro de minha alma; sou um jardim fechado. Ele é o badalo que dobra o sino do meu coração e o alforje onde guardo acertos e desacertos do meu destino.

Sei tão somente que Ele me fascina com a sua luz refratada em muitos matizes. Dele vem o encarnado que tinge a minha face com o rubor do sol. Seu amarelo me brinda com o açafrão do mistério transcendental.

Vejo um roxo que me colore de púrpura real. Seu branco é lunar e me prateia. Por sua causa, a minha alma espelha o azul dos oceanos virgens.
O que dizer de Deus? Tão pouco! Calado, só espero que o meu espanto celebre o tamanho da minha reverência.


Nele,
O amado de minha alma!

Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

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