quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 23/12/10

Fortaleza-Ce, 23 de dezembro de 2010.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


DEUS REPOUSA NA MANJEDOURA!


Há algum tempo, intrigado, comecei a questionar porque Jesus Cristo escandalizou fariseus, saduceus e doutores da lei. Nenhuma novidade me ocorreu: há séculos os judeus aguardavam o Messias. Eles viviam na expectativa política de que um Ungido se levantaria em nome de Deus.
Nos setores mais politizados, o Messias viria como o grande libertador – uma encarnação melhorada e glorificada de Moisés. Para segmentos religiosos ortodoxos, o Messias chegaria para renovar os princípios da Torá. O cumprimento da Lei representaria uma renovação espiritual que resgataria o povo para um novo tempo.
Mas além dessa grande espera, Paulo também diz que Jesus foi loucura para os gregos. O Nazareno se revelou um retumbante fracasso porque nunca deixou colar nele as expectativas judaicas e depois, nem as gregas, sobre as ações da divindade. Via-se claramente que em Jesus, Deus não se parecia com o Movedor Imóvel de Aristóteles. Ele colocava teologia e filosofia de ponta cabeça.
Se o Deus dos fariseus zelava pelo cumprimento estrito da lei, Jesus a tornava flexível pela misericórdia. Quando perdoou a mulher apanhada no próprio ato do adultério, deixou claro que o poder do amor dobra a rigidez da lei: “Onde estão os teus acusadores. Eu não te condeno, vá em paz e não peques mais”.
Amados rotarianos, nos casos da siro-fenícia, do centurião romano, da “impura” devido a uma menstruação crônica, do endemoninhado gadareno, do cego da calçada, fica claro que qualquer um pode aproximar-se de Deus sem exigências ou protocolos religiosos. Quando Jesus estava por perto, esvaziava-se a idéia de “não-eleito”.
Jesus não comparou Deus a um fiscal punitivo, mas a um pai machucado. No alpendre, enquanto espera a volta do filho perdido, os olhos úmidos do pai eram os olhos de Deus (Parábola do filho pródigo). Sim, mesmo desolado, o velho corre ao encontro do filho sujo, mal cheiroso e o cobre de beijos.
A religião judaica antecipara um Deus mais forte que os antigos baalins, que causaram tanto problema. Jesus andou na contramão, ele tomou sobre si a fragilidade dos serviçais. Os conteúdos de sua causa não lidavam com poder, mas com serviço. Os tempos exigiam um líder que convocasse exércitos com a força letal superior às legiões romanas. Mas o Galileu preferia colocar uma criança no colo e dizer: “Dos tais é o Reino de Deus”.
A ambição era posicionar Israel como nação líder. O messias, certamente, vingaria séculos de opressão impostos por egípcios, persas, gregos e romanos. Mas eis que ele abriu o rolo da lei numa sinagoga e leu: “O Espírito do Senhor está sobre mim e ele me ungiu para pregar boas notícias aos pobres”. Se um homem assim, radicalmente humano, comprometido com a escória do mundo, se dizia a expressa imagem de Deus, tal homem precisava ser assassinado. Um Deus fraco não servia aos interesses da religião – como ainda não serve.
Além desta enorme decepção entre os semitas, os gregos também se horrorizaram. Se Deus encarnou assim, como sustentar as idéias de Aristóteles? Jesus não se assemelhava em nada com o conceito de Deus como “Ato Puro” ou como “Motor Imóvel”. O Rabi de Cafarnaum se movia de “viscerais afetos” por uma viúva a caminho de enterrar o filho, chorava diante da sepultura do amigo (Lázaro). Irritava-se quando a religião oprimia e se deixava molhar pelas lágrimas de uma prostituta. Deus não se mostrara apático.
Mas, o que verdadeiramente escandalizou no Deus que Jesus revelava foi sua tremenda inconsistência. Como assim, Deus inconstante? Misericórdia é sempre uma tremenda inconstância. A inconsistência de Deus em reverter sentenças, em anular destinos, em refazer histórias, em anular tragédias, foi a marca mais exuberante da vida de Cristo.
Até o fato de seu ensino ser vazio de dogmatismos, desestabilizava qualquer teologia. E talvez tenha sido este o pingo que entornou a taça da ira dos fariseus: o Deus inabalável, rigoroso e severo do Antigo Testamento estava ausente nas palavras, gestos e atitudes do filho de Maria.
Ainda hoje, os que distinguem entre o Deus dos fariseus e o Deus de Jesus acharão boas razões para decretar sua morte. O reino que ele inaugurou entre os homens não encontra paralelo com os reinos deste mundo. Seus ensinos não são codificáveis.
Portanto, amados e queridos rotarianos, o Deus que nasceu em uma manjedoura continuará despercebido dos poderosos. Ele só será notado nas realidades singelas e pequenas: grãos de mostarda, meninos e meninas, ovelhas indefesas, desempregados em calçadas, servos inúteis, indignos, filhos pródigos, prostitutas, leprosos, cegos, mendigos, estrangeiros, soldados e exorcistas informais.
Deus poderia escolher muitas maneiras para mostrar-se real, mas preferiu nascer em uma periferia esquecida; optou viver de um jeito que pode ser, poeticamente, comparado ao de um cordeiro.
Depois de séculos, ainda vale a pena celebrar um natal desses. Graças a Deus!



Nele,
Cujo nascimento mudou a história da humanidade!




Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 16/12/10

Fortaleza-Ce, 16 de dezembro de 2010.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!



FELIZ NATAL?!

Natal? Sim! Natal! Mesmo sabendo das histórias todas de sincretismo da data com os cultos romanos e pagãos do quarto século, quando da “oficialização Constantiniana” da fé? Sim! Apesar disto! E por quê?
Ora, é que conquanto Natal seja um acontecimento existencial e cotidiano, todavia, é importante que se tenha uma data no ano para que de modo mais intenso se possa refletir sobre o significado da Encarnação.
Portanto, ao falar em Natal, não estou ‘sacralizando’ ou ‘sincretizando’ datas e nem falando de Papai Noel como mascote do evento, mas apenas aproveitando aquele que se tornou o maior feriadão do ano, e a data de “memória natalina”, a fim de chamar as pessoas não para a “celebração religiosa” de uma data, porém, para O significado da Encarnação.
“Pois Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo”; e ainda: “... para reconciliar o coração dos pais aos filhos”; ou mesmo: “... derrubando a parede da separação”.
Datas são importantes na medida do significado vivido existencialmente pelas pessoas; do contrário, elas viram feriadão apenas.
Desse modo, devemos viver esses dias com o coração transbordante de alegria por Cristo Jesus ter nascido a fim de morrer pelos nossos pecados, fazendo que todos nós viéssemos a ‘viver’ novamente, não para o mundo, mas para Deus.



Nele,
Que nos enche o coração de gozo e alegria, pois é a única e verdadeira alegria dos homens!



Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 09/12/10

Fortaleza-Ce, 09 de dezembro de 2010.

Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


AS DOENÇAS DE SER QUE
NÃO VEMOS EM NÓS!


Não é porque alguém não faça suas necessidades fisiológicas nas calças que seja sadio. Não é porque uma pessoa não seja violenta e agressiva que por tal razão seja sadia. Não é porque a pessoa não apresente nenhuma das disfunções psíquicas que ocorrem como transtorno em pessoas diagnosticadas com problemas psíquicos graves que, por tal razão, ela seja mentalmente sadia.
Nossos maiores problemas mentais não são objeto de preocupações psicológicas e psiquiátricas. Sim! Eles decorrem de inseguranças sutis, de abusos leves, de mentiras simples, de implicâncias e antipatias inocentes, de direitos pessoais exacerbados, de intenções de controle e manipulação, de incapacidade de se enxergar, de traumas antigos e esquecidos, mas que deixam suas trilhas como caminho emocional na pessoa, etc.
Desse modo, não havendo cuidado e atenção da pessoa a si mesma, às suas emoções, reações, explosões, iras, irritações, etc. — ela vai ficando cega; e, pela normalidade da conduta social, vai adoecendo na alma sem notar que o mal está instalado e crescendo...
Nessa hora [hora-sempre], além de freqüente e diário auto-exame, devemos também, por mais chato e desagradável que nos seja, passarmos a dar atenção ao que os outros que nos amam dizem a nosso respeito; visto que, muitas vezes, o que os outros - íntimos dizem de nós carrega muito daquilo que não vemos e não queremos ver e admitir.
Amados e queridos rotarianos, normalmente tal situação é criada por um de dois extremos na alma:

1. Excesso de segurança sobre os próprios conceitos e justiça-própria.
Ora, uma pessoa tomada de tais certezas de justiça pessoal, em geral se torna incapaz de ver suas próprias idiossincrasias; as quais, em tal caso, são o resultado de tudo o que ‘de bom’ resida em tal justiça pessoal, mas que, não sendo objeto de analise da pessoa, acaba cegando áreas inteiras da auto-percepção da pessoa; sem falar que muita gente, depois de um tempo vivendo assim, desenvolve mais e mais aspectos positivos de sua justiça-própria com a finalidade inconsciente de ter álibi para um monte de outras coisas que a pessoa não quer ver e nem tratar.

2. Grande insegurança acerca de si mesmo.
Se a pessoa cheia de justiça-própria pode cegar-se por falta de auto-percepção gerada pela falsa idéia de justiça pessoal, de outro lado, o inseguro enxerga-se de modo desproporcionalmente negativo, e, assim, desenvolve todas as doenças da insegurança, que podem ir de extremo narcisismo ao oposto dele, que é a pior auto-imagem possível.

Por isto, mui amados rotarianos, o mandamento de Jesus é este: “Examine-se o homem assim mesmo...”. Afinal, se no Querubim da Guarda pôde entrar perversidade em meio à Glória, pergunto: Quem fez você crer que, por julgar-se bom e justo, algo do Querubim Exaltado não possa alojar-se sutilmente em você? Sim! As piores doenças do ser não existem nas tabelas de doenças da alma da ciência.
Nosso chamado, todavia, é para a cura diária e para a auto-analise cotidiana; não nos conformando com os padrões de comportamento adoecido desta geração perversa, e, além disso, aceitando nosso chamado para a renovação da mente, todos os dias; checando a nós mesmos diante do amor de Deus e do padrão de saúde interior determinado pelo mandamento de ser, conforme o amor em Jesus.
No dia em que alguém se julga completamente sadio, nesse dia estará mais doente de alma do que nunca.
Somente os que existem crendo que precisam não apenas de manutenção espiritual, mas de cura mesmo, é que viverão sendo curados todos os dias.
Aquele, porém, que julga que falta muito pouco a ser curado nele, esse, infelizmente, morrerá sob a presunção da saúde, celebrando conquistas antigas, mas que se perderam no tempo; posto que nenhuma virtude seja perene em nós, visto que para cada virtude existe uma não-virtude equivalente ao que em nós seja virtuoso; e, assim, pela falta de auto-analise, o pólo negativo e equivalente de nossa virtude, sutilmente vai se alojando em nós, até que nos tome, enquanto nós julgamos que se trata ainda da virtude original.
Não adianta. Não há bom. Quem não se entrega diariamente ao exame na verdade do Evangelho, esse, mesmo supondo servir a Deus, vai se perdendo sem notar...
É assim que o Querubim da Guarda se torna Lúcifer e só fica sabendo quando já é diabo.



Nele, que nos chama à Luz todos os dias,
Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 02/12/10

Fortaleza-Ce, 02 de dezembro de 2010.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


O ROSTO DE DEUS!


Michelangelo e vários outros pintores tentaram retratar o rosto de Deus. Foram infelizes. Como mostrar na tela quem nunca foi visto?
Com a proximidade do Natal, mais artistas procuram esboçar o que imaginam ser o rosto de Deus. Ele se parece com uma criança? É o frágil bebê das manjedouras? Talvez; o reino do céu pertence aos pequeninos, aos que mamam. Ao tentar desenhar o mistério, o artista termina com um ídolo.
O rosto de Deus, entretanto, pode ser experimentado nos sem-teto que perambulam pelas ruas e dormem nos viadutos das grandes cidades. Quando Jesus nasceu, a família estava sem moradia certa, não possuía recursos para pagar uma hospedaria e viu-se obrigada a refugiar-se em um estábulo.
O rosto de Deus pode ser percebido em vítimas de preconceito e em injustiçados. Sobre o menino que nasceu em Belém pairou uma dúvida: ele era de fato filho de José? O casal não inventara aquela história toda para se safar de um rolo?
O rosto de Deus se revela nos desprezíveis, nos que foram condenados à margem da história. Quando o menino nasceu, ninguém notou ou escutou o alarido dos anjos. A trombeta que anunciou paz na terra pela boa vontade de Deus passou despercebida da grande maioria. Apenas um punhado de pastores foi sensível para presenciar o momento mais importante da história.
Queridos e amados rotarianos, qual o rosto de Deus? Ele não se parece com os cartões postais ou com o menino de barro das lapinhas. Deus é igualzinho a Jesus. E Jesus é bem parecido com o vizinho do lado, com uma pessoa sentindo a angustia de ser perseguida injustamente, com alguém sendo caluniado e com a família que chora a morte do filho no corredor do ambulatório.
Não é preciso muito para encontrar Deus, basta um coração de carne, humano.


Nele,
Que deseja que cresçamos por dentro, para parecermos com Jesus!

Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

terça-feira, 23 de novembro de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 25/11/10

Fortaleza-Ce, 25 de novembro de 2010.



Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!



SE JÁ SOU PERDOADO,
POR QUE PEDIR PERDÃO?



Novos instrumentos sempre precisam de afinações. Assim é também quando novas compreensões nos chegam ao coração. Sempre há necessidade de fazer uma sintonia fina de vez em quando. Isto porque as novas alegrias muitas vezes nos impedem de fazer uma síntese mais equilibrada das coisas por um tempo.
E a prova disso é que Hoje resolvi falar sobre perdão. Sinal de que há uma nova reflexão sendo feita. O que é muito bom!
Eu tive a bênção de ter um pai de quem jamais duvidei do amor. Eu sempre soube que meu velho me perdoaria de qualquer coisa, embora eu também sempre tenha sabido que qualquer coisa indigna que eu viesse a fazer, e ele a saber, seu coração se entristeceria bastante, talvez até profundamente. Assim, eu sempre soube que ele me perdoaria porque ele me ama, mas nunca deixei de pedir perdão a ele apenas por saber disso.
Ora, se é assim com meu pai terreno, como seria com meu Pai que está nos céus? Ao meu pai eu peço perdão porque ele precisa saber que minha consciência está viva e sadia. E também porque o respeito e desejo honrá-lo até nos meus erros. Já em relação ao meu Pai que está nos céus, peço perdão por mim mesmo, para o meu próprio bem, como reconhecimento de que minha consciência está viva, e, sobretudo, porque minha vida é um flagrante permanente diante Dele.
Assim, embora de antemão perdoado, peço perdão; posto que meu pedido de perdão seja a confissão de minha boca de que minha consciência continua cativa da verdade de Deus; e isto é importante para mim, visto que Deus sabe.
Eu, porém, sou ensinado a orar dizendo: “Perdoa as minhas dívidas assim como eu perdôo os meus devedores”. Desse modo há duas dimensões aqui envolvidas:
1. A primeira ensina que perdão é perdão. Ou seja: porque perdôo, sou perdoado; isto porque já estou perdoado; portanto, não tendo mais o direito de não perdoar. Desse modo, não perdoar equivale e dizer que não se acredita em perdão, ficando-se, assim, postos por nós mesmos, na posição de não-perdoados outra vez.
2. A segunda tem a ver com Deus, que de antemão me perdoou, mas que espera que meu coração reconheça o perdão com seriedade, a fim de que a minha consciência não fique sem exercício. Portanto, quando peço perdão, confesso que ainda estou vivo e grato; e mais: confesso meu desejo de deixar coisas e partir para outras melhores.
Arrependimento, diz o Novo Testamento, é Graça de Deus. É Deus quem concede o arrependimento, e quem conduz ao arrependimento. Portanto experimentar arrependimento já é fruto da Graça do Perdão divino. Assim, eu diria: somente perdoados se arrependem!
Prova disso é o rei Davi, que, uma vez confrontado pelo profeta Natã, disse: “Pequei contra o Senhor!”— e ouviu o profeta dizer: “Também o Senhor já perdoou o teu pecado!”
Assim, queridos e mui amados rotarianos, é que é bem-aventurado o homem a quem o Senhor não “imputa iniqüidade”. Como também é bem-aventurado todo aquele que “não se condena nas coisas que aprova”.
Desse modo, a Graça de Deus nos dá toda segurança, mas demanda de nós que vivamos buscando não pecar, não porque o pecado “tire pedaços de Deus”, mas sim porque tira os pedaços da gente.
Na revelação há sempre duas dimensões: uma eterna e outra temporal. E somente pela revelação sabemos o que é eterno, e, portanto, já é, e ninguém mudará. Ao mesmo tempo em que há advertências temporais, as quais têm dimensões de natureza, eu diria, psicológicas; isto porque concernem à alma humana e à continuidade da existência na Terra.
Por isto, eu sei que em Cristo tudo já é e já está Consumado; mas sei também que em mim mesmo, nada está acabado e concluído, pois vivo na carne, no corpo, no tempo, no espaço, e no que ainda ‘é em parte’.
Portanto, digo aos que me lêem: Os perdoados sempre pedem perdão; e, além disso, sempre perdoam!
Quando estou em um momento de “contrição” durante a oração, eu sempre aproveito para o meu bem. Mas meu confessionário é no caminho, enquanto vou, e à medida que minha consciência fala comigo. Assim deve ser com todos!


Nele,
Em Quem já sou ‘tudo’ a fim de poder ‘ser’,



Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 18/11/10

Fortaleza-Ce, 18 de novembro de 2010


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


OS BONS OLHOS...


Jesus disse que os olhos precisam ser bons. Mesmo o cego tem que ter os olhos bons. Quem vê, tem que ver com bons olhos. Quem não vê, tem que não ver com bons olhos. Quer, pois, vejamos ou sejamos cegos, vejamos com bons olhos!
Se os olhos forem bons, todo o ser será iluminado. Tudo está no olhar! Que sejam iluminados os olhos do coração—era o desejo do apóstolo Paulo.
Queridos e amados rotarianos, se algo é impuro, o é por causa do olhar daquele que vê—sintetiza o mesmo apóstolo.
Todas as coisas são puras para os puros. Pela gratidão tudo é feito puro. Mas para aquele que tem a mente corrompida e suja, todas as coisas são impuras.
Aí está o problema. Quem não tem a mente corrompida? A mente corrompida adoece o olhar. Mas o olhar enxerga com os olhos do coração. Assim, ninguém enxerga, apenas “projeta”.
O olhar natural é apenas projeção. Somente na Graça de Deus a gente começa a ter a chance de projetar menos, e ver mais... É por isso que nossos mais veementes juízos são apenas nossas projeções.
Nos confessamos quando julgamos! O olhar bom. Meu Deus, dá-nos um bom olhar! Este mundo está cheio de olhar mau... Mau-olhado. Ora, mau é pior que mal. O segundo designa o efeito.
O primeiro define a essência. É fácil saber a qualidade das pessoas pelo olhar que elas têm da vida. Para quem não se impressiona com fachada, nada é mais revelador que o olhar... Olhar é interpretação, é entendimento, é apreciação, é luz...muita luz...até luz negra.
E ainda há tanta gente no meio religioso querendo ver onde está o demônio! Garanto: não está atrás das cortinas de uma casa, nem ainda no despacho na esquina, nem tampouco na bruxaria feita contra você.
Bem, para quem quiser saber, eu digo: o demônio está no olhar! Está no olhar de quem vê! Está na qualidade do olhar! O Diabo vê este mundo com os olhos dos homens... O Grande Olho do Diabo é a soma dos nossos olhares quando são maldosos.
Esta é a condenação: come e se alimenta do nosso pó... E enxerga com nossos olhos... Quanto pior o olhar, mais forte o diabo. Quem busca, encontra... Até o diabo... Se olhar querendo achar.
Amados rotarianos, Jesus mandou andar distraído na segurança da fé... Pois basta a cada dia o seu mal. Ele mandou olhar campos, lírios, pardais, o pôr do sol, sentir o cheiro dos ventos, discernir se vem chuva, ou calor... Sem ansiedade.
O bom olhar busca o melhor. O bom olhar não enxerga marcas ruins nas pessoas para sempre. O bom olhar espera sempre que o que perece ser, seja para o bem, e não para o mal. O bom olhar não tem medo das conseqüências de nada. O bom olhar enxerga com confiança. O bom olhar só gasta tempo apreciando aquilo pelo que ele pode expressar gratidão.
Então, o mundo começa a ser varrido; sua feiúra é vista com misericórdia; sua beleza com alegria; suas injustiças como desafios, e suas coisas boas como dom de Deus.
Quem tem olho bom, mesmo cego, tem um bom olhar. E esse homem não precisa fazer propaganda de si mesmo, pois todo o seu corpo será luminoso. Essa luz o inferno vê, só não consegue saber de onde vem, nem para onde vai...



Nele,


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 11/11/10

Fortaleza-Ce, 11 de novembro de 2010.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


SUPERIOR POR FORA,
FRACO POR DENTRO!



O salmo 142 tem sua conexão histórica com o episódio de Davi poupando a vida de Saul, quando este aliviava o ventre dentro de uma caverna; e foi poupado pelo seu genro, o poeta de Israel, o herói que vencera o gigante Golias: Davi.
Uma vez tendo demonstrado a Saul que se desejasse poderia tê-lo matado dentro da gruta, enquanto o rei estava nu, Davi prosseguiu o seu caminho...mas com pesar. Até mesmo Saul teve um acesso de arrependimento e foi pelo caminho reconhecendo que Davi era mais digno do que ele.
Queridos rotarianos, a questão é que a vitória da nobreza nem sempre produz sossego no coração. Davi “vencera”, mas sua alma não desejava ter que estar “vencendo”. O que ele queria era não precisar prevalecer, pois o que ele almejava era a paz.
A maior demonstração disso é o salmo que surge como expressão da alma de Davi “depois da vitória”. Leia: “Com a minha voz clamo ao Senhor; com a minha voz ao Senhor suplico. Derramo perante ele a minha queixa; diante dele exponho a minha tribulação. Quando dentro de mim esmorece o meu espírito, então tu conheces a minha vereda. No caminho em que eu ando ocultaram-me um laço. Olha para a minha mão direita, e vê, pois não há quem me reconheça; refúgio me faltou; ninguém se interessa por mim. A ti, ó Senhor, clamei; eu disse: Tu és o meu refúgio, o meu quinhão na terra dos viventes. Atende ao meu clamor, porque estou muito abatido; livra-me dos meus perseguidores, porque são mais fortes do que eu. Tira a minha alma do cárcere, para que eu louve o teu nome; os justos me rodearão, pois me farás muito bem”. Salmo 142
O salmo tem as seguintes divisões no seu fluxo psico-teológico:
1. A total franqueza espiritual de chamar a tribulação pelo nome de tribulação: Com a minha voz clamo ao Senhor; com a minha voz ao Senhor suplico. Derramo perante ele a minha queixa; diante dele exponho a minha tribulação.
Hoje em dia tal oração não seria recomendada pelos atuais propositores da neuro-linguistica cristã. Nem mais para Deus se pode falar com franqueza. Deus foi substituído pela “mecânica de funcionamento das leis do sucesso”. E isto inclui não confessar tribulação nem mesmo para Deus. “Enfraquece”, é o pensam.
2. A descrição da natureza da tribulação: a) No caminho em que eu ando ocultaram-me um laço: O que denota a total insegurança dele. Ele sabia que não andava em caminhos que não fossem minados. b) Olha para a minha mão direita, e vê, pois não há quem me reconheça: Nem mesmo entre os que ficavam à “direita”—ou seja: no lugar da confiança—, ele podia encontrar a certeza de que sabiam quem ele era.
O sentimento de deixar de ser “reconhecido” como ser e essência é algo desolador. Quem já se sentiu não “reconhecido” como ser-caráter sabe a dor que causa descobrir que não há em volta ninguém que saiba qual é a sua essência.
c) Refúgio me faltou; ninguém se interessa por mim:
Esse é o sentimento da pessoa que sabe que não há “conspirações em seu favor”. Tal pessoa está só. Não há solidariedades sendo planejadas com a finalidade de facilitar-lhe a sua vida.
3. A consciência do papel terapêutico e auto-revelador da tribulação: Quando dentro de mim esmorece o meu espírito, então tu conheces a minha vereda. Davi sabia que aquele era o tempo mais profundo de sua existência, e que mesmo em meio a tais desconfortos e inseguranças, ainda assim, quem haveria de sair ganhando era ele mesmo. Afinal, seria sob a insegurança que sua alma aprenderia quem era Deus e quem ela própria era em sua consistência.
Tribulação produz auto-conhecimento, quando a alma é piedosa!
4. A demonstração da atitude certa frente a tribulação: A ti, ó Senhor, clamei; eu disse: Tu és o meu refúgio, o meu quinhão na terra dos viventes. Somente quem possui a certeza de que a maior tribulação desta vida não diminui o quinhão e o tesouro do ser, é quem pode fazer sua “queixa”, reconhecer a natureza de suas angustias, discernir que há uma terapia em curso em meio ao processo, e, ainda assim, manter uma atitude confiante.
5. A prática da lógica da oração do atribulado: a) Atende ao meu clamor, porque estou muito fraco. Diante de Deus é a confissão da fraqueza que produz o poder da Graça. b) Livra-me dos meus perseguidores, porque são mais fortes do que eu. Diante de Deus não se espera nada além de realidade. Se os inimigos são mais fortes que sejam admitidos como tais.
c) Tira a minha alma do cárcere, para que eu louve o teu nome; os justos me rodearão, pois me farás muito bem. Diante de Deus a alma que reconhece o valor terapêutico da tribulação não tem que manter nenhum compromisso com nenhuma forma de masoquismo espiritual.
Amados e queridos rotarianos, a tribulação pode me fazer bem, mas é meu direito pedir a Deus que me livre dela, e que me cerque de boas companhias, dando-me uma vida boa.
Assim, o Davi que vencia em nobreza para “o lado de fora”, era o mesmo que experimentava a “vitória” como tristeza, pois seu grande desejo era não ter que ser campeão daquele tipo de competição. Desse modo vê-se a força do guerreiro se conciliar com a dor e a sensibilidade do homem.
É desta síntese entre o forte e nobre, e o fraco e humilde, que nasce o tipo de alma que cresce para se tornar um rotariano e um ser humano segundo o coração de Deus.


Nele,


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 04/11/10

Fortaleza-Ce, 04 de novembro de 2010.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


O JOGO BRUTO!


Não sei se por ingenuidade ou imaturidade não me acostumei com jogo bruto. Para mim, jogo bruto é a constatação de que fui lançado na arena da maldade sistêmica, onde noto a hierarquização de interesses.
Não sonho em deixar que neste jogo bruto alguém soque o meu pescoço com bota com sola de aço. Ando fatigado, sei que raposas, hienas e abutres andam doidos para abocanhar os incautos derrotados pelos grandes gladiadores.
Refiro-me aos interesses políticos. São muitos os que enxergam os mortais como massa que reboca as paredes onde abrigam sonhos onipotentes.
Não agüento mais ouvir promessa de campanha eleitoral. Não suporto picuinhas ditas e repetidas para encobrir projetos pessoais. Não vejo verdade no jogo bruto da política e isso me desalenta a alma.
Mas o desalento não fica só com os políticos. Sou cria do mundo religioso, e misturar política com religião tem sido uma insanidade. Estou des-iludido com lógicas infantis. Brechas separam discurso e prática e isso é muito ruim.
Por enquanto a minha des-ilusão tem me feito bem - porque me faz cair na real - mas tenho medo de que ela descambe para o cinismo. Por algum motivo, não tolero que pessoas sejam mobilizadas a partir de paranóias.
Vejo alguns religiosos descrevendo um cenário de horror enquanto procuram fazer dos homossexuais os vilões do futuro. Os homossexuais se tornaram os inimigos que devem ser abatidos. Tais religiosos não só confundem promiscuidade com relações homo-afetivas, como fazem de vidas humanas o belo motivo para alavancar projetos.
Eles cavam trincheiras e demonizam pessoas reais, com dramas reais, só para fazer valer seus discursos. Esqueceram que Jesus amou e ama a todos indistintamente, e que os pecadores foram sua busca constante para transmitir o perdão.
Enquanto isso, vejo iniqüidades vergonhosas nos bastidores do mundo político e também religioso. Mas como algumas não resvalam na sexualidade, permanecem escondidinhas, intocadas.
Não suporto testemunhar que o meio e doce Jesus de Nazaré é usado para promover empavonados, narcisistas, caça-hereges, ditadorzinhos de meia-taça, pseudo-teólogos, bispos sem báculo e os autopromovidos apóstolos.
É vergonhoso como se deu a campanha eleitoral este ano o que me deixou de ressaca existencial, mas agradeço a Deus por eu, como pastor, não ter visto o diabo em cada esquina, e nem ter praticado alpinismo social em nome da democracia e nem do sagrado.
Aos eleitos, cabe a mim, como ministro de Deus, orar diariamente para que sejam sábios, prudentes e com a maior transparência e fidelidade, administrem para o bem do povo.


Nele,
Que contempla todas as coisas, inclusive as intenções do coração!


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 28/10/10

Fortaleza-Ce, 28 de outubro de 2010.
Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


NÃO HAVIA NINGUÉM MELHOR PARA
FALAR DE VITÓRIA SOBRE A MORTE?
Marcos 16:1-29


O Evangelho é tão divino que se tivesse sido fabricado como história, teríamos ainda assim que adorar a mente divina que o tivesse inventado. A história toda jamais poderia ser “inventada”. Ela violenta toda a lógica humana quando se trata do objetivo de “vender uma verdade”.
Ao contrário, é a total falta de tentativa de convencimento na narrativa que a ela empresta total credibilidade. Entretanto, trata-se do estabelecimento da credibilidade pela vida de vidas transformadas e pela sua total falta de credibilidade como “testemunhas” humanamente críveis. Ou seja: é o anti-testemunhal marketeiro presente no Evangelho aquilo que o põe numa categoria completamente nova.
Os exemplos disso são praticamente todo o Evangelho. Mas minha vontade aqui não é escrever um livro—e que longo e farto livro seria esse!—mas apenas oferecer uma simples ilustração da tese.
Queridos e amados rotarianos, o texto de Marcos em epígrafe é uma ótima ilustração, até porque trata-se de uma narrativa sucinta e que em Mateus, Lucas e João têm “expansões” que em Marcos são apenas pontuais em sua constituição.
O que me interessa aqui são as testemunhas do fato mais fundamental da fé. Se fôssemos usar algum critério de marketabilidade nenhuma delas seria escolhida. O Duda Mendonça não as aprovaria.

1. Mulheres nervosas vão cedo ao sepulcro e voltam assombradas dizendo terem tido uma visão de um jovem anjo que lhes disse que Jesus havia ressuscitado. Portadoras de uma percepção e ainda de um “recado” que deveria ser dado aos discípulos—incluindo Pedro, que havia traído a Jesus pouco mais de quarenta e oito horas antes—, tomadas de medo e assombro, nada disseram a ninguém. Que desperdício de informação.

2. Madalena, ex-prostituta e ex-possessa, também presente no grupo das mulheres nervosas, ficou um pouco mais no jardim da tumba. Jesus aparece a ela. Conversam e ela explode em amor aflito por contê-Lo com suas próprias mãos. Ouve Dele a recomendação de que vá “contar aos discípulos”. Ela foi, mas ninguém creu nela. Com aquele histórico de descontrole emocional e afetivo, certamente Madalena não poderia ter sido escolhida como testemunha crível.

3. Dois homens caminhavam ao entardecer daquele dia. Jesus aparece a eles “em outra forma”. Lucas expande o ocorrido. Marcos faz dele uma “pílula histórica”. Eles voltam e narram o que lhes havia acontecido, mas o problema da “forma” inviabilizava o testemunho. Também não creram neles. Além disso, afinal, quem eram eles?

Finalmente, o próprio Jesus apareceu aos “onze” (pois Judas Iscariotes já estava morto) e censurou-lhes a dureza de coração, por não haverem crido naqueles que já o haviam visto ressuscitado dentro os mortos.
Amados rotarianos, se usássemos os critérios atuais, teríamos uma bela desculpa: “Mas Senhor, o Senhor escolheu muito mal. Abusou de nossa credulidade”—certamente diriam os marketeiros cristãos!
Minha questão é uma só: por que Deus dificultou tanto a credibilidade do fato mais importante do Evangelho? Afinal, se Cristo não ressuscitou é vã a nossa pregação e vã a nossa fé, e também somos tidos por falsas testemunhas de Deus, pois asseveramos que Ele ressuscitou a Cristo, a quem ele não ressuscitou—se é certo que os mortos não ressuscitam!
Mas cremos que Jesus ressuscitou dos mortos, só não entendemos é porque as testemunhas oculares de sua ressurreição eram tão pouco críveis.
Se o critério fosse o da impressionabilidade incontestável, César, o Imperador, tinha que ter sido aquele a quem o Ressuscitado deveria ter visitado primeiro, em Roma.
Se o critério fosse o da oficialidade da fé, então o Sumo-Sacerdote Caifás deveria ter sido chocado pela aparição Daquele ao qual ele havia decidido que tinha que morrer.
Se o critério fosse o da legalidade, certamente o governador Pilatos deveria ter sido agraciado com a perturbação da visão do Ressuscitado. Afinal, sua esposa já havia até mesmo sonhado com Jesus.
Se o critério fosse o do escracho político, o rei Herodes deveria ter sido eleito como alvo ideal.
Se o critério fosse o da pureza de sentimentos e de continuidade histórica, Maria, a mãe de Jesus, seria uma candidata imbatível a receber a manifestação.
Mas não foi assim...
Mulheres nervosas, uma ex-prostituta, dois desconhecidos que caminhavam na estrada da cidade de Emaús que ainda o viram “em outra forma”, são aqueles que recebem a manifestação. Por que?
É que o Evangelho é divino em tudo. E é coerente em si mesmo em todas as coisas. Evangelho é Boa Nova da Graça de Deus. Anuncia que Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo. E a proposta que o Evangelho carrega é coerente com a não credibilidade moral, psicológica e histórica de suas testemunhas.
Que ironia. Até mesmo na hora das horas não depende nem de quem quer, nem de quem corre e nem de quem merece. E mais: Deus é um Deus arriscado. Parece que Sua especialidade é sempre trabalhar com o inviável. Existe sempre uma porta para a lógica do escape—seja intelectual, psicológico, moral, político ou religioso—para quem deseja uma desculpa de descrença.
Assim a mais fantástica de todas as mensagens é veiculada pelas menos críveis de todas as testemunhas.
Testemunhos verdadeiros. Testemunhas mais que relativas ante a percepção dos preconceituosos sentidos humanos. Essa é a ironia.
A impressão que se tem é que Deus faz de propósito. Revela as maravilhas a quem não carrega credibilidade. Deus torna tudo mais difícil para Ele mesmo. Por que não usa caminhos mais fáceis?
Paira sempre uma dúvida em tudo. Tem-se sempre que passar por cima de preconceitos e presunções—sejam elas de que natureza sejam—a fim de se crer.
Ao final, rotarianos amados, depois de censurar-lhes a dureza de coração Jesus os envia ao mundo para pregar a toda criatura.
Gente sem credibilidade tem que anunciar a mais incrível de todas as mensagens a todo tipo de gente. E por que?
Em minha opinião para que o processo inteiro seja sempre aquele que é fruto da graça e que se expressa por meio da fé. Desse modo, ninguém deveria se gloriar. Nem quem prega e nem quem crê.
O problema é que os critérios se transformaram em outros. Hoje em dia nenhuma organização cristã confiaria tão importante mensagem a seres parecidos com aqueles que Jesus escolheu para proclamarem Sua Ressurreição.
A “igreja” proíbe as pessoas de falarem por muito menos. Calam a boca dos que amam a Deus por quase nada. Desacreditam a mensagem em razão da relatividade do mensageiro toda hora. Assim, se tivesse dependido dos critérios atuais, as testemunhas da Ressurreição seriam o Imperador, o Sumo-Sacerdote, o Rei impostor ou, na melhor das hipóteses, uns poucos simpatizantes, mas que eram importantes membros do Sinédrio, como Nicodemos ou José de Arimatéia. A esses Deus reservou apenas o papel de carregar o corpo morto e deixá-lo numa tumba.
Os que viram a ressurreição, no entanto, não passariam nos nossos exames psicotécnicos e muito menos de credibilidade, seja moral, seja de estabilidade emocional, seja de bons antecedentes.
Deus, no entanto, decidiu diferente: o testemunho verdadeiro seria sempre pregado por testemunhas mais que relativizadas. E a razão é que Deus escolheu para falar de Sua vitoria sobre a morte somente aqueles que são apaixonados pela vida. Mesmo que na existência tenham se fragilizado na busca do que fosse vida.
Ao final, entretanto, o que se ouvirá será sempre a mesma coisa: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor!


Nele,



Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

terça-feira, 19 de outubro de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 21/10/10

Fortaleza-Ce, 21 de outubro de 2010.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


JABES, A DOR, A ESPERANÇA
E O DEUS DE TODA GRAÇA!
Leia 1º Cr 4.9-10



Jabes foi mais ilustre do que seus irmãos. Sua mãe lhe pusera o nome de Jabes, dizendo: Porquanto com dores o dei à luz... Jabes invocou o Deus de Israel, dizendo: Oxalá que me abençoe, e estenda as minhas fronteiras; que a tua mão seja comigo e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha a aflição. E Deus concedeu a Jabes o pedido que lhe havia feito.
Jabes descende de Judá. Ele vive num período profundamente inseguro e incerto. Paz era um bem para ser conquistado freqüentemente com as próprias mãos. Jabes, entretanto, já chegara ao mundo em dores. Sua mãe não tinha as contrações normais de uma parturiente; ou, talvez, a “passagem” não fosse ampla o suficiente para que o menino passasse.
Queridos e amados rotarianos, o fato é que doeu tanto, que a mãe, ao ver o filho vivo e fora de seu ventre, pega a criança e lhe dá o nome que ela julgou retratar bem o que ambos haviam experimentado. Dá-lhe um nome que carregava a lembrança constante de que ele nascera de dores, e que as dores quase haviam matado a sua mãe.
O fato é que Jabes já nasceu sofrendo e fazendo sua mãe sofrer. Por isto, pede a Deus que sua vida seja livre do mal e da aflição que dele procede. Além disso, Jabes também pede ao Senhor um crescimento que não lhe custe angustias. E Deus concedeu o que ele pedira, além de afirmar que Jabes se tornara mais sobre-excelente que seus irmãos.
Um homem nascido em dores. Um homem que sabe que sua vida quase custou a vida de sua própria mãe. Um homem que carrega um nome memorial acerca do significado de seu nascimento. Um homem que se destaca dos demais pela serenidade e pela dignidade. Um homem com uma singela oração: Pai, livra-me da aflição. Pai, livra-me do dia mal. Pai, ajuda-me a crescer. Pai, faz-me crescer sem que tal crescimento me tire a paz.
E Deus lhe ouviu a oração... Jabes teve o que pediu, e cresceu sem se fazer mal e sem ter que pagar com o preço da aflição a conquista de novas fronteiras.
Um homem marcado pela dor, mas que não quer ser acompanhado por ela. Um homem marcado pela dor, mas que não quer ser paralisado por ela. Um homem marcado pela dor, mas que quer conquistas para a sua vida, mas não deseja oferecer ao sucesso o capital das angustias como troca. Um homem franco a Deus quanto a declarar que deseja crescer, mas que não desejaria fazê-lo entre as aflições decorrentes das conquistas.
Jabes... Um homem com ambições.... Um homem em busca de mais espaço... Um homem com elevado instinto de auto-preservação... Um homem que não quer que sua vida se transforme num parto permanente... Um homem que sabe que somente Deus pode conceder que, na terra, alguém conquiste sem aflições, que alargue suas fronteiras sem guerra, que viva no meio de tanta maldade, livre do mal.
Deus... Um Deus que vê a dor de uma mãe... Um Deus que vê a marca traumática de um menino que nasceu de dores... Um Deus que usou tais marcas a fim de polir e ilustrar um menino que viraria homem amante da paz... Um Deus que sabia quem era aquele menino, depois homem: um ser digno, marcado pelo trauma do sofrimento, que não deseja ficar tímido ante a vida, mas que se reconhece como alguém que não suportaria pagar o preço da aflição a fim de realizar a conquista.
Jabes, sua mãe e a misericórdia de Deus!
Haja paz! Haja prosperidade! Haja Jabes! Haja Graça, e Graça houve para Jabes!
Que haja Graça e Paz para você hoje querido rotariano!
E que haja para mim também! Hoje e sempre!


Nele,
Senhor de toda bondade e misericórdia!


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 14/10/10

Fortaleza-Ce, 14 de outubro de 2010.

Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


O MAIOR PROBLEMA É O ‘NADA’ DA VIDA!

Ninguém sabe nada de nada. Quem diz que sabe é pretensioso e tolo. Afinal, quem controla o quê?
Amados rotarianos, literalmente, conforme disse Jesus, não posso acrescentar sequer um metro a mais ao curso de meu caminhar na Terra. Num minuto está tudo bem. No outro um tufão de tristeza e emoções podem simplesmente dar contra a nossa existência.
Entretanto, quando existem razões objetivas para a dor, ainda está tudo bem. O duro é quando você olha e se pergunta: Mas o que houve de fato aqui que possa explicar o volume de dor e problemas que gerou?
Sim! Pois, o maior problema é o que não existe!
Ora, quando o problema existente tem solução objetiva e simples, até mesmo quando não tem solução... Em tal caso, é deixar, pois, a não solução já é a solução. Porém o problema inexistente somente existe em um lugar no qual não há critérios de mensurabilidade: o interior e a subjetividade.
A questão é que a maior parte dos problemas nasce do que não é ou não existe de modo real e objetivo!
Sim! São problemas de comunicação ou excessos de interpretação!
Sim! São problemas relacionados ao que se disse ter perdoado sem que se tenha jamais perdoado!
Sim! São desejos e antipatias inconscientes e que se transformam em guerra sem sentido!
Sim! São disputas inconscientes por razão e razão!
Sim! São projeções e transferências que são feitas e que pintam o outro de diabo!
Sim! Problemas inexistentes é o diabo nas entrelinhas!
Quando você estiver aborrecido, antes de tudo se pergunte: Qual o nível de existência desse problema?
Ora, na realidade a maioria dos problemas não resiste sequer à resposta objetiva que se possa dar a tal questão!
Assim, queridos e amados rotarianos, não se enrole nos novelos que não existem, pois, de fato, tais linhas invisíveis são as que mais nos prendem ao nada que se apresenta a nós com o poder do tudo, embora nada seja.
Pense nisto!


Nele,

Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 07/10/10

Fortaleza-Ce, 07 de outubro de 2010.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


O PODER DA CULPA SOBRE O COMPORTAMENTO!


Tortuoso é o caminho do homem carregado de culpa,
mas reto o proceder do honesto”. Pv 21.8


Pecar é humano, mas permanecer em estado contínuo de tortuosidade produz um estado de culpa que os humanos não suportam por muito tempo. Mesmo que seja aquela culpa que não se trata como tal, mas que o praticante sabe que é culpa.
Seja culpa sabida e sentida como culpa, ou apenas a culpa interpretada como tal pela esperteza do praticante que esconde seus atos — o resultado final é sempre o mesmo: os caminhos se tornam tortuosos.
Para encobrir o ilícito, anteparos, álibis, pretextos, desculpas, encontros inexistentes, falsos compromissos, estórias, desvios súbitos de rota, encontro com amigos desaparecidos, falsificação, distração — precisam ser inventados para que o que pratica a coisa desonesta possa escapar com ela.
Só que se trata de um interminável processo de construção de um mundo paralelo, inexistente aos sentidos de terceiros, mas necessariamente “real” para o contador de estória. E mentirá tanto que poderá acabar se convencendo que sua estória é uma história.

As conseqüências são as seguintes:

1. Seu senso de realidade se alterará. Com o passar do tempo a mentira se instala como programação natural e o ser inicia um processo de mistura entre o real e o imaginário, e adoece.
2. Os caminhos tornam-se tortuosos. Uma vez que alguém se vicie nessa pratica não haverá jamais a possibilidade de que tal pessoa faça qualquer coisa reta, a menos que se arrependa e se deixe reeducar.

Do contrário, queridos e amados rotarianos, todas as tentativas de fazer o que é reto esbarram no seguinte: a execução da nova vereda reta passará, inevitavelmente, pela vereda tortuosa — e poucos têm coragem de se auto-denunciar no que é tortuoso a fim de iniciar a pratica do que é reto.
Assim, muitas coisas já não cridas como espertezas, continuam sendo praticadas pelo medo que o praticante tem de vir a ser descoberto como um estelionatário da realidade por tanto tempo.
Desse modo, a culpa faz a manutenção da vereda tortuosa...
É obvio que se alguém puder consertar caminhos tortuosos sem precisar escrever um livro, melhor será. Afinal, esse é um mundo que não vive de verdade, mas de aparências. E os juízes humanos são implacáveis.


Nele,
Que nos redime de toda culpa pelo arrependimento,



Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 30/09/10

Fortaleza-Ce, 30 de setembro de 2010.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


REFLEXÕES SOBRE A PAZ!


Paz! É o que todos dizem que desejam, mas pouca gente conhece. A promessa do Evangelho é vida e paz.
Amados rotarianos, a reconciliação com Deus pela fé em Sua Graça, deve produzir “paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”. Jesus disse que nos deixava a Sua paz, a qual é diferente da paz do mundo.
Sua paz não nos livra da aflição do existir (“no mundo tereis aflições”), mas nos deixa o coração sereno, não turbado.
O apóstolo Paulo diz que a paz de Cristo deve ser o árbitro que julgue nossas decisões na consciência. Se houver paz diante de Deus, e se Deus nos visita com paz, então, tudo bem; se não, nada feito. Esse deve ser o critério, com profundo respeito a iluminação do Espírito em nossa consciência sincera para com Deus.
Mas o apóstolo Paulo também fala dos que se cauterizam, e, então, nada sentem. Esses, muitas vezes, praticam a perversidade e declaram que estão em paz.
Mas estariam em paz? Certamente estão silenciosamente aflitos e calmamente desassossegados, posto que sua angústia seja morta. Eles, todavia, sabem que não estão em paz, posto que lhes lateje no porão blindado da consciência presa, uma inquietação surda e muda, porém real.
De fato, rotarianos amados, não existe meio de alguém gozar paz se não for em Deus. Fora de Deus não há paz. Por isso, paz é fruto do Espírito de Deus em nós.
Desse modo, saiba-se: onde genuinamente existe paz, aí Deus fez morada. Digo isto porque existe muito auto-engano acerca da paz também. Eu mesmo já me declarei em paz algumas vezes na vida, enquanto estava em profundo desassossego-negado.
Paz é dom de Deus. A gente pode isolar, sublimar, reprimir, exilar, e fazer o que quiser com nossas angustias, fruto de uma consciência não reconciliada com a verdade; porém, lá no fundo, o nosso ser não descansa, apenas se distrai; não sossega, apenas se rende ao cansaço; não está reconciliado com Deus, mas apenas não pensa Nele.
Paz é dom de Deus segundo a Graça. Graça e Paz andam juntas. Jesus disse que havia dito aos Seus discípulos que no mundo teriam aflições a fim de que eles tivessem paz Nele. Paz Nele! Essa é a Paz que é consciente da Graça.
Tal paz convive com a contradição e passa pelas veredas espinhosas das circunstancias, mas não se rende jamais, pois, é alimentada por uma certeza superior, e que vem do Alto.
Percebo, no cotidiano de meu ministério, que muita gente boicota a paz o tempo todo. Tem gente que acha que pode até estar mal com Deus por estar em paz. São pessoas que ficaram viciadas na culpa, em razão de anos e anos de neurose culposa gerada pela pregação culposa e culpada da religião. Esses sentem-se em pecado quando estão em paz. Sentem-se “frios” sem aquela “agonia religiosa” permanentemente instalada e rodando em suas almas.
Então, para resolver a questão, a pessoa se ocupa na “igreja ou numa instituição de caridade” o máximo que pode. Tem gente que faz isso pra não pensar. Sim, muito do ativismo ministerial e caridoso é fuga de auto-encaramento. Assim, o agito frenético se torna a melhor opção litúrgica, posto que a maioria dos religiosos colapsam se forem expostos ao silencio.
“Paz seja convosco” é a saudação de Jesus. O desejo Dele é que Seus discípulos e todos os rotarianos sejam o povo da paz!
Só anuncia a Boa Nova com poder quem a experimenta como paz. A grande unção do Evangelho e do viver rotariano para quem prega é amor e paz.
Pense nisso!


Nele,
Onde achamos paz e descanso para nossas almas!


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 23/09/10

Fortaleza-Ce, 23 de setembro de 2010.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


DEZ COISAS TÃO SIMPLES
QUANTO ESSENCIAIS À VIDA!

1. Nunca descreia do poder do amor, ainda que você demore muito a ver os resultados;
2. Não tema pedir em oração, pois o Pai tem prazer em nos ouvir pedindo em fé confiante; mas lembre que Deus não está preso à oração, posto que somente nos atenda naquilo que Ele, como Pai, não julgue que nos fará mal;
3. Leia as Escrituras, especialmente a parte chamada de Novo Testamento; pois toda pessoa que, tendo tal chance, não a use, demonstra que não deseja mesmo conhecer a Deus; posto que seja pela leitura da Palavra que melhor se possa discernir a vontade de Deus;
4. Exercite-se na dadivosidade e na generosidade (seja um rotariano convicto), pois por tais exercícios seu coração se manterá sóbrio em relação a dinheiro e poder;
5. Nunca fuja de uma necessidade humana que você possa ajudar a resolver... Seria como fugir de Jesus;
6. Fuja do pensamento malicioso. Seja sábio e sóbrio, mas não olhe com malicia, posto que o olhar malicioso corrompa todo o seu ser;
7. Cuidado com todas as raízes perversas... Sim, cuide de seu coração para que nele não cresçam as raízes da inveja, da amargura, da arrogância ou da auto-vitimização; pois essas são as piores raízes a serem deixadas vivas no chão do ser;
8. Nunca se sinta importante, pois tiraria toda a sua naturalidade de ser e viver...; além de que tal sentir é a ladeira para o abismo;
9. Nunca fuja de nenhuma verdade sobre você ou sobre quem você ame; pois, por tal evasão perde-se o discernimento e mergulha-se o ser no escafandro do auto-engano no fundo de um mar de rochas... Além disso, quem determina um auto-engano no pouco, esse será enganado no muito;
10. Ame a Deus e ao próximo; faça o bem de prontidão, e não existirá lugar para ídolos em seu coração.

Estas são coisas simples e vitais... E aqueles que as seguem sempre são bem-sucedido em tudo o que fazem; posto que seu fluxo de energia decorra da fonte do que é em Deus.


Nele,
Que viveu assim!

Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 16/09/10

Fortaleza-Ce, 16 de setembro de 2010.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


UMA VIDA ABERTA PARA A VIDA!


Todos os homens e mulheres de Deus que já viveram neste mundo sempre foram pessoas profundamente identificadas com a Natureza. Em tais pessoas, sua profunda interioridade abriga a grandeza e o poder da sua dinâmica atividade espiritual, e que também vem de sua profunda ligação com as coisas criadas.
Quem compreende, hoje em dia, esses homens? Prudentes eram eles como os pescadores da praia de Caponga que atravessam os perigos em alto mar em pleno temporal. Sim, cautelosos eram eles, como homens circundados de inimigos e bestas feras.
Todos eles tinham atitude reservada e sóbria como se hospedes fossem em todos os lugares.
Amados e queridos rotarianos, de fato, tais pessoas se amoldam a todas as coisas. Dependendo da temperatura, sua natureza responde com a propriedade da água, que a tudo se amolda, e gera vida. Todos esses seres humanos foram profundamente autênticos como o coração de uma castanheira; amplos eram eles, como vales abertos; impenetráveis eram eles, como águas profundas, ainda que limpas.
Impenetrável também nos parece a vastidão de suas almas. Quem pode compreendê-los atualmente? Quem pode restituir a vida ao que tão morto nos parece? Só quem sintoniza a alma com Deus os entenderá! Só quem não busca o seu próprio ego como “si-mesmo”; mas, ao contrário, demanda o seu ‘eu’ real, mesmo quando tudo lhe falta; sim, somente este vive tal vida. Pois sabe que vivendo em Deus nada lhe faltará. De que pode tal ser sentir falta?
Vamos abrir a nossa vida para a vida, seja a nossa, seja a do próximo e seja a natureza.


Nele,
Que a tudo criou, e deu vida!



Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 09/09/10

Fortaleza-Ce, 09 de setembro de 2010.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


O MILAGRE DE CADA BOM ENCONTRO!

Encontros são milagres ou são macumbas — milagres quando os sentimos bons, e macumbas quando os sentimos maus.
Quase ninguém pensa no ‘milagre do encontro’. Entretanto, num mundo imenso para nós, cada vez maior nas quantidades, cada vez menor nos espaços, em meio a tantos bilhões de variáveis, nas quais nossos impulsos podem mudar montanhas ou fazê-las sumirem na cratera do esquecimento ou da não-percepção.
Um encontro errado, uma pessoa errada, uma iniciação errada, um amigo errado, um dia mal, uma decisão equivocada, uma conseqüência inapelável, uma existência convertida em outra, um outro sentir, um outro ver-se a si mesmo, um outro ver-se no olhar dos outros, uma outra definição de si mesmo perante o mundo, uma outra postura, talvez agressiva, talvez passiva; enfim... — um outro produto humano como variável de uma matriz original de infindas alternativas.
Queridos e amados rotarianos, a liberdade do homem reside na sua ignorância das infindas alternativas. O homem é livre de saber, pois, saber lhe seria a angustia insuportável tomando-o por todos os lados.
Uma resvalada; e tudo muda para sempre. Uma disputa entre amigos ou entre familiares em razão de uma banalidade faz com que suas vidas nunca mais sejam a mesma coisa.
Um encontro. Um ato impensado. Uma atitude prematura e imatura. Um destino radicalmente alterado.
Uma decisão: “Desço ou não do ônibus aqui nesta parada?” — e a vida da pessoa pode mudar para sempre; pois, nesta hipótese, uma pessoa desce do ônibus tropeça na descida, e cai, e pode ter a sua vida alterada pra sempre.
Assim, um dia, saberemos por quantos atos milagrosos fomos feitos e fomos salvos. Entretanto, é bom que se veja e que se busque entender cada instante-milagre que nos acomete.
Um segundo a mais... — e tudo seria diferente. Tudo é co-incidência: incide junto. Quase tudo em nossa vida é feito de “acasos” carregados de “desígnios”; e se desígnios não tivessem, mistério, todavia, não lhes faltaria; pois como é possível que um segundo antes ou depois nos roubassem a oportunidade daquilo que passou a ser o resto-todo de nossas existências?
Assim, amados e queridos rotarianos, encontro é milagre. Por isso, não faltem os ‘encontros rotarianos’ nem nas quintas-feiras, e nem nas demais oportunidades, posto que esta possa ser uma oportunidade para o milagre.


Nele,
Que em cada encontro propicia um milagre, visível ou não!


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

terça-feira, 31 de agosto de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 02/09/10

Fortaleza-Ce, 02 de setembro de 2010.

Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!



QUE MUNDO!QUE TEMPO! QUE HORA!


O mundo está muito estranho. Nunca antes o vi assim. Nem tampouco soube que ele [em estado continuo] tenha entrado em algo semelhante ao que agora de vê.
Entre os homens são bilhões de seres. Fome, consumo, lixo, sujeira, poluição, pestes, pragas, novas doenças, ar sujo, medo, depressão, pânico, doença mental, desconfiança, hostilidade, desamor, frieza afetiva, falência familiar, perda de referencias e de senso de conveniência; morte da sabedoria e glória da insensatez; desequilíbrio de poderes, controle, manipulação, indução, aldeia global, instantaneidade de tudo; desafeição paterno-materna; corrupção, roubos, arrombamentos, seqüestros, trafico, banditismo legal, política como ação de pirataria, evolução cientifica para o bem e o mal; engenharia genética, clonagem, reprodução com controle genético, tecnologias de manipulação, alienação; religião anestésica, perda da transcendência, ódio de ser, medo do futuro, suicídio, desmaios, angustias, drogas, desagregação, ódio social, homicídios familiares; mentira e mentira, criação virtual de identidades, escuta, espionagem, invasão, vergonha, maldade, perversidade, perversão, normalização do que não é, falsificação, máscara, irrealidade, virtualidade, fantasia, pesadelo, terror, agressão, fuga, atropelamento, evasão, esconderijo, engano, distanciamento da realidade; auto-legislar, instituição do egoísmo, intolerância, fanatismo, divisão, guerra, morte, dor, promessa de vingança, vontade suicida, decisão de aniquilamento como vitória final, apequenamento planetário...
No meio ambiente vai faltar ar e água. O frio mudará de endereços, bem como o calor, as estações, as previsões. As criaturas morrerão cada vez mais; espécies inteiras morrerão, pois, se terá tudo o mais: sujeira, emissões de morte na natureza, ação predatória baseada no imediato. Os mares sobrarão, os degelos gerarão dilúvios e tsunamis, etc. A Terra se inviabilizará.
No que seja experiência normal na Terra, haverá crescente introdução de coisas espantosas, como o rugido do mar e das ondas, luzes de estranhos objetos, aparições supostamente alienígenas, expectação do imprevisível; sem falar que novas dimensões estão sendo lentamente tocadas e penetradas, e, por tal invasão humana em outras dimensões poder-se-á ver o abrir de portas assustadoras; e, assim, tornarmos nossas ficções em nossas próprias realidades aterradoras.
Do ponto de vista espiritual e religioso o que se tem é a preparação de um caminho para um Messias, ou Cristo, ou Buda, ou Santo Líder; pois, até mesmo se busca criar um novo Jesus, nascido não da descendência de Davi, mas sim da de Madalena com Jesus; enquanto se vê uma crescente busca pelo novo representante da divindade para esta nova e nascente Era do Morrer Civilizatório.
Daí essa busca por evangelhos apócrifos, que permitam a criação de um novo Jesus, e que tem como seu apostolo mais fiel, Judas, o Iscariotes. Um Jesus sem coluna vertebral. Um Jesus sem forma e vazio. Um Jesus recipiente de tudo e de qualquer coisa. Um Jesus que não é o modelo, mas, ao contrario, modelado. Isto enquanto os Islâmicos querem ser os senhores de todos os homens em toda a terra. O que daí advirá será o caos.
Por isto, cada vez mais, quero investir em minha família, pois, o melhor legado que posso deixar, além de quem sou, digo, escrevo, penso, falo, prego e anuncio, é o que a eles ensino, na esperança de que sejam preparados para os tempos ainda adiante de nós.
“Insensatos! Sabeis discernir os tempos, os ventos, as nuvens, e os outros sinais naturais, e, não sabeis discernir os sinais desta geração?” — é o que indaga Jesus.
Queridos e amados rotarianos, se vocês levam isto a sério, Jesus diz:
Vigie. Fique atento. Não durma. Guarde suas luzes, seu azeite – como na parábola das dez virgens. Faça o bem. Não maltrate a ninguém. Aumente seu talento. Ajude. Socorra a todos os que puderem. Veja-me em cada ser humano, mas não se deixe enganar. Não siga a ninguém. O Filho do Homem não estará no interior de nenhuma casa. Ele aparecerá nos céus. Não haverá dúvidas.
Por isto, mantenha os olhos fitos nas coisas dos céus. Não tema a perseguição. Pregue em todas as nações. Não se assuste com o esfriamento do amor e a proliferação da iniqüidade. Não tema. Eu venci o mundo, e ninguém arrebatará você de minha mão. Pois, estou com você até o seu ultimo dia. Mas saiba: é na sua perseverança que você salvará a sua alma para o que é eterno.
Você crê?


Nele,

Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 26/08/10

Fortaleza-Ce, 26 de agosto de 2010.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!



EU SOU ADÃO. VOCÊ NÃO É?


Todo homem é pecador. Sim! O promiscuo assim como o fiel e monógamo; o santo assim como o profano; o eunuco assim como o dono do harém; o monge assim como ateu; o gnóstico assim como a agnóstico; o bom pai assim como o pai mau; o humilde assim como o arrogante; o pagão assim como o crente.
É o que o apóstolo Paulo diz. Para ele tanto os homens e mulheres dos bacanais romanos, assim como os judeus que eram guias de cegos e mestres de crianças, tanto quanto os bons gentios, que buscavam viver conforme a luz que tinham [Romanos 1.16 a 2.16], todos haviam pecado, e, igualmente, careciam da glória de Deus como luz da vida.
Sim! Todos pecaram. Em suas bocas há peçonha. Sob suas línguas há veneno. Não há quem, do ponto de vista de Deus, faça o bem. Sim! Não há nenhum sequer.
Este é o testemunho do apóstolo acerca do homem. Não dá para chamar isto de antropologia, cientificamente falando, embora, tal descrição possa ser chamada de algo como Uma Psicanálise Antropológica Espiritual, tendo como referencia a ciência da alma, e não a da antropologia convencional, que trata de questões de natureza mais fenomenológica e relacionada à produção cultural humana.
A partir da Psicanálise Antropológica Espiritual de Paulo, até as nossas virtudes têm vaidades. Sim! Nossas solidariedades carregam expectativas, nossa melhor generosidade faz ainda contabilidade inconsciente, nossas verdades ainda carregam nossos auto-enganos, nossas certezas que não procedem da revelação são todas meras presunções, nossas almas carecem de leis para a obediência como dever, e nossa melhor intercessão ainda carrega o desejo de ser também ouvida por nossa causa como intercessores.
O homem, todo homem, é pecador, porque na melhor hipótese, ama apenas os que o amam. O homem é pecador porque não reconhece o seu limite, e a maior prova disso são as certezas humanas acerca do que o homem mesmo define como certo ou errado. Sim! Mesmo quando toda a bondade que de mim possa brotar se manifesta, ainda assim sou pecador.
Sou pecador porque o pecado habita em mim! E habita as minhas entranhas e todos os meus processos mentais, emocionais e afetivos.
Sou doente. E, por isto, tudo o que de mim procede, por melhor que seja, carrega traços de doença.
Não sou pecador porque sou ambíguo, mas sou ambíguo porque sou pecador. À semelhança de uma planta, o homem entorta-se até quando procura a luz para sobreviver.
Sou pessimista? Ah! Não creio que o seja. Afinal, vivo para dizer que apesar de tudo Deus ama o mundo, ama o homem, e que, “loucamente”, Ele crê no que a Sua Palavra pode fazer em todo aquele que nela crê.
A diferenciação que se tem que fazer é uma só: A Terra, o planeta, o Universo, continuam gloriosos, apesar do homem. O mundo, porém, que uma categoria apenas pertinente ao homem, é uma droga, e, sem dúvida, jaz no maligno.
Ora, existe o pecado e existem os pecados. O pecado é de natureza essencial. Já os pecados são a produção decorrente do que habita nossa essência distorcida e aviltada pela doença primal, nossa esquizofrenia básica, nosso ser em estado de morte em “delitos e pecados”.
É Jesus quem dá testemunho do que digo! Afinal, em que humanidade a ressurreição de um morto [Lázaro] poderia deflagrar a crucificação do ressuscitador senão num mundo mal?
Por isto, repito com o apóstolo Paulo: ‘Porque vos entreguei aquilo que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e ressuscitou para a nossa justificação’.
O que não for assim pode ter verniz cristão, mas já não é a Palavra do Evangelho da Graça, a qual só inicia em nós com nossa admissão de necessidade essencial de Deus, em razão de nossa condição que veio a se tornar pós-original, que o pecado que hoje [desde há muito] habita em nós e em nossos filhos.
Afinal, se a aliança da Graça é para nós e para os nossos filhos, é porque tantos nós quanto eles carecem da mesma coisa: Graça de Deus sobre a nossa condição humana.


Nele,
Que é o salvador de todos os homens, pois todos, em todas as idades, sexos, etnias, nações e eras, pecaram, e, igualmente, carecem da glória de Deus!



Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

EDITORIAL

O Rotary Internacional foi criado com duas finalidades precípuas: o companheirismo e o serviço à comunidade. Paul Harris, seu fundador, queria ter momentos para a formação de novas amizades, mas sentiu que prestar serviços fortalecia esses laços fraternais.

O Rotary de hoje, decorridos 105 anos, cresceu e tornou-se a maior ONG do planeta e, está muito além da imaginação de qualquer vivente. Por isso, é inconcebível que continuemos aqui em Campina Grande, nessa paralisia, sem nenhuma utilidade para servir, "sem darmos tudo de nós, só pensando em nós". É risível. São poucos os rotarianos que sabem descrever tudo o que essa gigantesca e extraordinária instituição faz meritoriamente à humanidade.

Vejamos o caso da Escola Municipal Rotary Dr. Francisco Brasileiro, instalada no bairro de Santa Terezinha. Havía críticas incessantes à situação de desestruturação física daquele equipamento educacional. Tomamos medidas com apelos e exposição de motivos à Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes, que é a responsável em manter aquela escola em funcionamento. Resultado, não só foi totalmente restaurada mas, ampliada e modernamente equipada com móveis, carteiras escolares e dotada com 12 computadores, todos novos e de última geração.

É preciso salientar que propomos a todos os companheiros que visitassem a Escola Rotary em obras ou formassem uma comissão para acompanhamento da nova realidade. Só alguns compareceram quando da inauguração de seus melhoramentos. Não contribuíram sequer com singular visita. Porém, nada está perdido. Está formada uma comissão para acompanhá-la cotidianamente. Vamos honrar o lema de nossa centenária organização e o seu sentido de existência.

Temos feito muitas homenagens aos nossos companheiros em Rotary, algumas figurativas. Quem sabe algum rotariano venha a ser homenageado por ter relevantes serviços prestados, de verdade.

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 19/08/10

Fortaleza-Ce, 19 de agosto de 2010.



Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


COMPREENDENDO A PRÓPRIA
INCOMPREENSÃO!


“Pois não compreendo meu próprio modo de agir” — disse o apóstolo Paulo, enquanto também anunciava que se apanhava vendo que “o querer o bem estava nele, não, porém, o realizá-lo”.
Ora, no passado do apóstolo Paulo houve coisas grotescas, pois, ele mesmo nos diz que fez o trabalho do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) de Jerusalém, na ditadura do Sinedrio, levando discípulos de Jesus não apenas presos, mas, conforme o próprio apóstolo nos diz, “obrigando-os a blasfemarem” o bom Nome que invocavam.
Entretanto, agora, anos depois, e após andar com Jesus e nas sendas do Evangelho havia tanto tempo, soa-nos estranho que Paulo diga que não compreendia seu próprio modo de agir e que o desejo do bem estava nele, mas não o poder de realizar todo o bem que divisava.
A que Paulo se referia?... Andava ele “em pecado”?... Consentia ele com caprichos?... Entregava-se ele às mesquinharias do desejo? Na realidade Paulo era ética e moralmente irrepreensível... No entanto, não era disso que ele falava...
Do que falaria então?... Penso que ele se referia a um mundo de subjetividades que o incomodavam todos os dias... Como o quê?...
Ora, amados e queridos rotarianos, coisas como os sentimentos estranhos que vinham sobre ele...; coisas como irritação, ira, zanga, mal-humor, cansaço na hora errada, impaciência, e esse tipo de lutas..., as quais, nada são para fora... [pois, pode-se aprender a disfarçar tais coisas], especialmente quando a pessoa não deixa o sol se pôr sobre sua ira, zanga, chateação, mal-humor, etc... — mas que, apesar disso, provam para a pessoa sincera o quão longe do ideal de Jesus ela está ainda...
Quanto mais se anda com Deus mais se vê que se anda quase nada segundo Deus!
Assim, o apóstolo Paulo não era um homem da moral, mas do espírito e do sentido intimo das coisas, o que o levava a ver o quão Saulo (seu ex-nome) ele ainda era em muitas coisas, embora tudo estivesse sob controle...
Já disse antes que não sei qual era o ‘espinho na carne’ de Paulo, o qual a bíblia se refere, mas sei que um homem que havia sido Saulo não necessitava de outro espinho além de si mesmo...
Desse modo, agora falando de mim, o meu maior espinho na carne sou eu mesmo, e não algo que eu faça... Como também já tenho dito e repetido, para cada virtude divina que vejo brotar em mim, percebo o seu correspondente negativo também presente em mim...
Minha tarefa, no entanto, assim como a de Paulo, é compreender meu modo de agir, a fim de que na busca de virtudes eu não alimente minhas desvirtudes...
Amados rotarianos, o coração é enganoso... O meu é mais do que o vosso...; pois, como disse o apóstolo, entre os pecadores eu sou o principal... Todavia, é por ser o principal dos pecadores que creio que posso ser superabundante em tudo o que concerne ao Evangelho e à vida segundo Deus...
Onde abundou o pecado [ou a sua consciência], aí superabundou a Graça!”. Assim, digo: “Graças a Deus pelo dom inefável”... Afinal, em mim não habita bem algum..., embora, agora, não por mim, mas em razão do amor de Deus, o saber isso não me empurre para baixo, mas para cima...
Sim, é desse modo, pois, em Cristo, eu já sou perfeito para poder me aperfeiçoar na vida.



Nele,
Em Quem Paulo gemia as dores da mutação contínua!




Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 12/08/10

Fortaleza-Ce, 12 de agosto de 2010.

Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


PUXANDO REDES DE CULPA!
Ler capítulo 21 de João


A culpa ganha muitas caras. Uma, dentre milhões de caras, é aquele que se apresenta como piedade sacrificial.
Foi o caso de Pedro. Culpado por haver negado a Jesus por 3 vezes antes que o galo cantasse, agora, na praia de Tiberíedes, ao saber que Jesus estava às margens do lago, ressuscitado, atira-se à água e nada; chegando primeiro do que outros seis discípulos, que vieram trazendo o barco cheio de peixes.
Silêncio. Pedro e Jesus na praia. Os outros chegando. Somente o singrar dos remos se fazem ouvir cortando a água. O silencio só era quebrado sutilmente pelo vivo farfalhar prateado dos peixes na rede.
“Trazei ‘alguns’ dos peixes que acabastes de apanhar!” — disse-lhes Jesus. Mas não disse “Trazei ‘todos’ os peixes que acabastes de apanhar!”.
Pedro, porém, não deixou ninguém ajudar; e puxou sozinho não “alguns dos peixes”, mas a rede toda, com cerca de 153 grandes peixes.
Após comerem, Jesus perguntou a Pedro: “Tu me amas?”. Ora, o que teria sido de Pedro se a questão toda não tivesse sido retirada do plano do arrependimento esforçado e trabalhador para o do serviço amoroso e grato? Sem a conversa do “tu me amas?” Pedro teria se tornado um neurótico devocional para o resto da vida.
Queridos e amados rotarianos, “culpa” faz muitas vezes a pessoa carregar sozinha todos os pesos. Pesos desnecessários. Quantidades não solicitadas. Tudo por causa da culpa!
Pergunta: Sua culpa não tratada por você diante de Deus está levando você a escolher sacrifício, trabalho neurótico, missão solitária?
Deus não deseja que você se torne um algoz de sua própria alma, mas que aceite o amor, a misericórdia e o perdão de Deus.


Nele,
Que não nos chama para puxarmos as redes da culpa,

Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 05/08/10

Fortaleza-CE, 05 de agosto de 2010.



Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!



A ERA DA PSICOPATIA!


Jesus disse que o esfriamento do amor faria a iniqüidade se multiplicar na Terra. Por outro lado, a multiplicação da iniqüidade esfria todo amor. Portanto, seja porque o amor esfriou ou porque a iniqüidade se multiplicou, o resultado é o mesmo: a Era do Gelo Final; os homens sem afeto; a vida sem amor; a existência como arte predatória e desalmada.
Hoje a Psicopatia é o mal da Era!
Já foi a Histeria, depois a Depressão, depois o Pânico, e, agora, a Psicopatia. E pior: não há medicação para fazer amar com amor divino, sublime e verdadeiro!
E mais angustiante ainda:... De acordo com o apóstolo Paulo em II Timóteo 3, tal Psicopatia atingiria inclusive os crentes dos últimos dias.
Inafetividade, implacabilidade, arrogância, frieza, desconsideração, irreverência, culto ao próprio ego, e, sobretudo, hipocrisia; pois, têm forma de piedade, mas são filhos da ‘Peidade’ (desculpe o termo vulgar); falam de Deus, porém O negam por suas próprias obras más; sobretudo O negam por suas ações de manipulação do próximo e de sedução dele.
Amados e queridos rotarianos, a psicopatia tem graus, níveis e estágios!... Entretanto, sua maior marca é a falta de culpa quando se erra..., de arrependimento a fim de consertar o erro..., e de afetividade, no caso de nada se sentir quando se ofende o próximo!...
Sem a prática constante do amor e sem que se exercite nele, toda alma cairá na psicopatia como doença global.
Já é fato; mas ficará tão pior que o Goleiro Bruno nem no banco desse time ficará!
Pense nisso; mas, sobretudo, olhe para o seu próprio coração.


Nele,
Com o amor que salva da Psicopatia desta Era,





Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 29 de julho de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 29/07/10

João Pessoa-PB, 29 de julho de 2010.



Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


A SUA CURA É O OUTRO!


Os caminhos do coração humanos são indecifráveis... Você vê gente sofrendo de tudo, e vivendo como se tudo fosse normal. Você, por outro lado, vê gente sofrendo de nada como se sofresse de tudo...
Na realidade, cada vez mais, minha experiência, embora pouca, vai mostrando que não há escolas psicológicas capazes de atender a cada alma humana. De fato, cada alma demanda uma psicologia pessoal e particular... Não dá pra dizer que Freud explica quase nada... Freud explica a si mesmo..., e olhe lá...
Sua Psicanálise é auto-analise, por mais “cientifico” que ele pretendesse ser, posto que por mais isento que fosse, a “ciência” que ele praticava só poderia ser verificada a partir dele mesmo, não apenas de sua interpretação, mas de sua própria/particular/existencial experiência psicológica.
Há pessoas que conheci com crises de contornos “freudianos”. Para tais pessoas Freud parece funcionar bem... Outras, porém, nada têm a ver com o que o Freud pressupôs houvesse em todo homem, sem que haja... Nesses casos, tateio até ver a “porta de entrada” da pessoa, e, freqüentemente, verifico que tal “entrada” não existe nas matrizes das linhas psicológicas clássicas ou pedagógicas, e, portanto, demanda uma psicologia singular, tecida entre você e a pessoa, até que o sistema esteja mais ou menos visível e, portanto, discernível.
Em outras palavras: tem que ser como Jesus praticava...
Queridos e amados rotarianos, a “psicologia” de Jesus era simples e se servia das metáforas que as pessoas traziam ou compreendiam. Tudo, porém, tinha ver com “aquela” pessoa, e não com uma matriz psicológica universal. Assim, com Jesus não há padrões... O padrão é o individuo...
Desse modo, cada pessoa demanda uma psicologia singular, por mais que os modelos psicológicos possam ajudar aqui e ali. No entanto, depender exclusivamente deles é pura tolice...
O modelo do apóstolo Paulo, a confrontação, é o que vejo que melhor ajuda as pessoas, pois, de fato, trata-se de um método não metódico, é que busca discernir a essência da questão, e trata dela cara a cara, sem medo de afirmar, de indagar, de sugerir, de provocar, de perturbar mesmo... — até que a verdade vá aparecendo, e, assim, a pessoa vá se enxergando e tomando as decisões práticas quanto a debelar o vício do sintoma como mal a ser tratado como causa... sem que o seja.
Os pudores psicológicos atrasam em demasia a cura das pessoas... Já vi pessoas anos em um terapeuta, ruminando os mesmos bagaços, pagando caro para serem ouvidos sem que isto deslinde qualquer coisa em seus interiores, até que chegue o dia da verdade...
Então, sem pudor, conversei e converso com tais pessoas; algumas já sabem tudo de tudo, até mais que a maioria dos psicólogos, de tão profissionais como clientes que vieram a se tornar...
A surpresa para essas pessoas é que o que durara anos, por vezes em uma, duas, três semanas, ou em poucos meses, cede...; e, então, começa a abrir o espaço interior para que, pela via da confrontação, a pessoa comece a parar de chocar seus quase/dramas; e, assim, sem pena de si mesmo, sem transferências de nada para ninguém, sem auto-piedade ou auto-comiseração, o individuo comece a reagir; e, em não muito tempo, comece a ficar perplexo com os resultados...; sem saber a razão de não ter que ser um processo necessariamente tão longo e demorado no atingimento dos desejados resultados...
Na realidade o que a maioria das pessoas necessita é do encaramento ‘na’ e ‘da’ verdade!
Noto o despreparo brutal da maioria dos chamados profissionais de Psicologia. Alguns nada dizem apenas porque não têm mesmo o que dizer... Outros gostam da lentidão... Ela é lucrativa (e como é!)... Há ainda os que são tão doentes que fazem psicologia para se distraírem de si mesmos ouvindo os outros... Mas poucos há com consciência do que seja a ajuda que as pessoas precisam...
Ora... isto sem falar naqueles que são pagos apenas para consentirem com o devaneio do individuo... São os Psicólogos do “vamos que vamos”... Sim, você o paga apenas para que ele diga que você tem razão em soltar todas as frangas e todos os bichos do seu zoológico particular...
No meio disso tudo, há alguns profissionais da psicologia que são de fato muito bons, embora poucos.
O que me ressinto mesmo é do fato que se houvesse entendimento do Evangelho, e amor e limpidez de propósitos, todo verdadeiro pastor naturalmente seria um psicólogo.
Mas quase não há tal coisa... A maioria dos pastores está tão perdida que nem mesmo dá conta de sua própria alma, quanto mais da dos outros!...
A receita de cura de Isaías é simples [cap.58]: liberte os oprimidos, quebre cadeias nos outros, franqueia a vida ao próximo, não fuja dele; e mais que isto: abra a sua própria alma com o aflito [deslocando o foco do “si-mesmo” para o outro] — pois, então, se diz: A tua cura brotará sem detença!...
Amados rotarianos, a melhor terapia desta vida sempre será o serviço em amor! Quem se esquece de si e arranja olhos para a vida, em geral ficará curado enquanto limpa feridas e cuida de angustias alheias...
Aquele, porém, que apenas cuida de si mesmo, de suas supostas dores, e concentra-se exclusivamente em sua angustia como elemento pivotal da existência universal, esse pode contratar o melhor psicólogo para que lhe ande a tira-colo, pois, ainda assim, jamais ficará curado...
Ninguém sabe em que espírito o Samaritano vinha sem seu caminho... Entretanto, pouco importa se ele vinha cantando, alegre, feliz e grato, ou se vinha sofrendo, angustiado e infeliz... Sim, o que importa é que ele olhou para o outro, o outro pior do que ele, o outro sem autodeterminação, caído no caminho... E mais: fez isso sem que importasse quem ele ou o outro fossem um para o outro...
Sem que fosse significativo como o Samaritano estivesse se sentindo, o que valeu foi o ato, foi o feito, foi a parada e o levantar do homem... Sim, o importante não era a subjetividade, mas a objetividade da decisão...
Digo isto hoje porque vejo que muitos dos que conheço jamais ficarão curados enquanto não se esquecerem de si mesmos, e, enquanto não transformarem sua auto-vitimização em ação pró-ativa em favor da vida...
Pensem nisto; e parem de lamber adoecidamente as suas próprias feridas...



Nele, que nos cura pela verdade e pela prática do amor voltado para aquele que vemos..., e que carece de graça e cuidado,
Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

sexta-feira, 23 de julho de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 22/07/10

Fortaleza-Ce, 22 de julho de 2010.

Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!



SOBRE DEUS!

Não sei explicar as razões de minha fé. Não sei dizer os ‘porquês’ de minha devoção. Sinto-me inadequado para convencer os indiferentes. Como fazer que desejem o mesmo sal que tempera o meu viver? Limitado, reconheço que tudo o que sei sobre o Divino é provisório. Não tenho como negar, minhas convicções vacilam. As certezas que me comovem são, decididamente, vagas.

Sei tão somente que Ele se tornou a minha meta, o meu norte, a minha nostalgia, o meu horizonte, o meu atracadouro. Empenhei o futuro para seguir os seus passos invisíveis. No dia em que o chamei de Senhor, a extensão do meu meridiano se alongou e os fragmentos de meu mapa existencial se encaixaram. Ao seu lado, caíram as muralhas da minha estrada e o ponteiro da minha bússola se imantou.

Sei tão somente que Ele se fez residente no campus dos meus pensamentos. Presente nos vôos da minha imaginação, transformou-se no mais doce ponto de minhas interrogações. Causa de toda inquietação, tornou-se a fonte de minha clarividência.

Sei tão somente que Ele se desfraldou como flâmula sobre meus ombros. Por amar tanto e tão formidavelmente, purgações, sacrifícios, tudo foi substituído por desassombro. No porão da tortura, nos suplícios culposos, achei um ambulatório, o seu regaço.

Livros contábeis, que registravam meus erros, foram rasgados. Encaro a eternidade com a sensação de que as sentenças estão suspensas. Já não fujo dEle. Eu o chamo de Amigo.

Sei tão somente que Ele ardeu o delicado filamento que acendeu a luz dos meus olhos. Ele foi o mourão que marcou o outeiro de minha alma; sou um jardim fechado. Ele é o badalo que dobra o sino do meu coração e o alforje onde guardo acertos e desacertos do meu destino.

Sei tão somente que Ele me fascina com a sua luz refratada em muitos matizes. Dele vem o encarnado que tinge a minha face com o rubor do sol. Seu amarelo me brinda com o açafrão do mistério transcendental.

Vejo um roxo que me colore de púrpura real. Seu branco é lunar e me prateia. Por sua causa, a minha alma espelha o azul dos oceanos virgens.
O que dizer de Deus? Tão pouco! Calado, só espero que o meu espanto celebre o tamanho da minha reverência.


Nele,
O amado de minha alma!

Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

terça-feira, 20 de julho de 2010

VALCEDIR CARNEIRO DO NASCIMENTO



Valcedir Carneiro do Nascimento abriu os olhos para o mundo no sítio Cirurgião, Povoado de Passagem do Feijó nos idos de 1934. Seu torrão natal, em 1870, teve sua denominação mudada para Vitória. Em 1892, por decisão do governador Pedro Velho, foi elevado à condição de Vila. Em 1943 a Vila Vitória foi elevada à categoria de Distrito com o nome de Panatís, em homenagem aos índios do mesmo nome, seus primeiros habitantes.

Finalmente em 1953 o Distrito de Panatís foi desmembrado dos municípios de Alexandria e Pau dos Ferros, tornando-se município com o topônimo de Marcelino Vieira, em homenagem ao agricultor e criador paraibano, que radicou-se no estado do Rio Grande do Norte, destacando-se na política, tendo sido intendente várias vezes e deputado estadual. Portanto, nosso companheiro Valdecir é potiguar de nascimento e tabajara por adoção, excelso profissionalismo, indelével amor e desprendimento.

Aos 15 anos, foi estudar no Seminário de Santa Terezinha em Mossoró-RN., onde concluiu o ensino fundamental. Mudou-se para Natal-RN. Em 1955 e lá fez o Curso Clássico no Atheneu Norte-riograndense. Estudou na Faculdade de Direito de Natal.

Como acadêmico, foi Adjunto de Promotor em exercício da Comarca de Marcelino Vieira (1960). Transferiu-se para o Rio de Janeiro onde graduou-se pela Faculdade de Direito da Universidade do Estado da Guanabara. Foi advogado atuante por quase quatro anos naquele extinto Estado, hoje Rio de Janeiro-RJ.

Em 1967, assumiu o cargo de Juiz de Direito do Estado da Paraíba, profissão que exerceu por ininterruptos 28 anos. Foi admitido em Rotary no dia 08 de junho de 1978 no Rotary Club de Catolé do Rocha, estado da Paraíba, e no nosso querido Rotary Club Campina Grande (Campinão) em 08 de agosto de 1985. É nosso sócio honorário desde 20 de maio próximo passado.

Valdecir Carneiro é um divulgador do Rotary por excelência. Um perscrutador, um investigador, um relator da história do Rotary Club Campina Grande, um companheiro versado nas informações rotárias. No Rotary Club de Catolé do Rocha foi Diretor e Presidente da Avenida de Serviços Internos, Presidente da Avenida de Serviços Internacionais e Membro da Comissão de Segurança.

No Rotary Club Campina Grande foi Secretário por duas vezes, representante de Área do Governador do Distrito, Presidente da Avenida de Serviços Internos, de Serviços Internacionais e da Comissão de Informações Rotárias. Sócio honorário do Rotary Club Campina Grande Oeste.

É casado com Maria dos Milagres Lopes Carneiro e do consórcio tiveram dois filhos, Crixina Lopes Carneiro do Aragão Monteiro, médica, e Sóstenes Carneiro Lopes, jornalista e professor universitário. O companheiro Valdecir encontra-se momentaneamente impossibilitado de comparecer às nossas reuniões ordinárias e de companheirismo por motivos de saúde.

Um ser humilde entre todos os humildes seres. Seu olhar está sempre acompanhado de um sorriso que nos encanta, que nos agrada e nos contagia. Nossas reuniões se ressentem de um companheiro participativo, sempre atuante nas diversas formas de informações e ilustrações. Trouxe-nos a história da construção da Escola Rotary Dr. Francisco Brasileiro, reproduzida em dezenas de exemplares para ser distribuída com todos os sócios representativos do Clube.

Sem dúvida nenhuma, Valdecir Carneiro é uma exemplar figura que muito honra e dignifica as hostes rotarianas de nossa cidade, do nosso estado e do nosso Distrito 4500. Ao se aproximar o jubileu de prata de sua admissão no Rotary Club Campina Grande, queira ilustre e respeitável companheiro, receber nossa gratidão pelo muito que fez e pelo pouco que recebeu.

Nossas Saudações Rotárias,


Hiram Ribeiro dos Santos
Rotary Club Campina Grande
Campina Grande, 20 de julho de 2010

quinta-feira, 15 de julho de 2010

REFLEXÃO ROTÁRIA – DIA 15/07/10

Fortaleza-Ce, 15 de julho de 2010.



Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!



CONTENTAMENTO!




Contentamento é felicidade. Porém contentamento não é satisfação de ter, mas de ser. Se contentamento tivesse no possuir sua realização, ele jamais se realizaria. O contentamento só é possível porque ele se realiza em “ser”, não em “ter”. Isto porque o material para ser é ilimitado, mas a matéria do ter é limitadíssima.
Por isto, quem busca contentamento no ter, no possuir, no poder dizer “é meu” olhando para algo ou alguém, morrerá frustrado, posto que sempre desejará mais, e também porque descobrirá que a alma não se alimenta das mesmas coisas que alimentam os olhos e o desejo de se sentir dono. Mas aquele que busca contentamento em ‘ser’, esse entra no mundo no qual se entra e sai e sempre se acha pastagem.
Amados e queridos rotarianos, no mundo do ser se diz que o ‘Senhor é o nosso pastor, e que nada nos faltará’, pois Ele nos guiará por pastos verdejantes e águas tranqüilas, refrigerando assim a nossa alma, para que possamos continuar na senda da justiça, na qual Ele mesmo nos guarda por amor de Seu próprio nome.
No mundo do ser não nos falta nada, muito menos no vale da sombra da morte a presença de Jesus, ou a alegria do contentamento quando o nosso cálice transborda, apesar de todos os adversários e adversidades.
No mundo do ser a alma anda tranqüila e feliz, pois sabe que bondade e justiça andam sempre após ela mesma, visto que ela se torna perseguida pelo que é bom. Isto é contentamento!


Nele,
Nosso Senhor!


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

segunda-feira, 12 de julho de 2010

SAUDAÇÃO À GOVERNADORA TEREZA NEUMA DE CASTRO DANTAS , ANO ROTÁRIO 2010 – 2011, EM VISITA AO ROTARY CLUB CAMPINA GRANDE

Tereza Neuma de Castro Dantas, é uma senadora, senadora pompeuense, historicamente nossa segunda governadora distrital. Ela nasceu ao meio da bacia hidrográfica do banabuiú, entrecortada pelos rios banabuiú, mandacaru e patu, microrregião do Sertão de Senador Pompeu e mesorregião dos sertões cearenses. Emancipada em 1901, seu topônimo é uma homenagem ao Pe. Tomaz Pompeu de Souza Brasil, antes denominada de Arraial do Codiá. Capital cultural do Ceará, se destaca por suas ações voltadas para a valorização e preservação da cultura do seu povo. A produção cultural é viva e intensa. Sendo uma das cidades que mais se destacam no sertão central e no estado do Ceará. Há vários grupos de dança , artesões, artistas plásticos, escritores, grupos teatrais, dramaturgos, produtores de trabalhos audiovisuais. O município já contou com o Campus Avançado do Sertão Central – CASC, que pertencia à Universidade Estadual do Ceará- UECE oferecendo cursos de Letras, História e Ciências Exatas, infelizmente hoje se encontra fechado. Nossa governadora deixou de atravessar a ponte ferroviária vinda da Inglaterra, conhecida atração turística de sua terra, para alçar vôos cada vez mais altos, chegando aos píncaros do Doutorado em Química no INPT – Toulouse – França. Não surgem tantos talentos assim aqui e alhures. Uma mulher diferente que faz a diferença. Só quem desperta a atenção passa a receber merecedíssimos espaços nos sinuosos caminhos da vida.
Companheira Governadora, ao graduar-se em Química pela UFCE ano 1975, concluir mestrado em Química Orgânica na UFC, sendo a primeira mulher a conseguir o feito naquela Universidade, concluir o Doctorat de Troisième Cycle em 1981 e o Doctorat d´État em 1983, no INPT – Toulouse, França, além de ter lecionado no Colégio Imaculada Conceição em Fortaleza e na Universidade Federal do Ceará, você ingressou no corpo docente da UFRN, deixando as terras alencarinas para radicar-se em Natal, cidade situada às margens do rio Potengí e do Forte dos Reis Magos, no extremo-nordeste do Brasil, na chamada esquina do continente. Já aposentada desde 2003, assumiu desde maio a coordenação executiva do NUPRAR/PETROBRAS/UFRN.
Conterrânea de Rachel de Queiroz, uma das mais importantes intelectuais brasileiras. Surgiu em terras potiguaras para honrar Nísia Floresta Brasileira Augusta, Constância Lima Duarte e Zila Mamede. No mundo da ciência faz lembrar Beatriz Barbuy e Ada Yonath. A comunidade acadêmica e o Distrito 4500 do Rotary Internacional têm o privilegio de tê-la, companheira governadora, como exemplo de dedicação e devotamento às duas causas, sempre em ascendente crescimento e singularíssima performance em tudo que faz.
Ingressou em Rotary , no RC de Natal-Sul nos idos de 1991 e incorporou-se de corpo e alma ao movimento rotário não só do seu clube mas nas ações desenvolvidas pelo Distrito. Ocupou o cargo de presidente do clube (1997-98), sendo novamente pioneira como mulher a exercer essa função no Rio Grande do Norte. Foi líder do Intercâmbio de Grupos de Estudos (IGE) para o Distrito 7170 – NY-USA, vice-presidente para o Rio Grande do Norte da Comissão de IGE de 2003 e presidente em 2008/2009. É Companheira Paul Harris, foi Secretária do Clube por três vezes e Secretária do Distrito 4500 no ano rotário 2005/06. Agora vem nos honrar com seus valiosos préstimos na governança do nosso Distrito 4500, ano rotário 2010-11.
É casada com o Engenheiro Químico Afonso Avelino Dantas Neto e mãe de Moisés, Remy e Artur. Sobe a serra da Borborema para desfrutar do nosso fraternal calor amigo e companheiro em um clima tropicalmente frio que sopra nestas alturas. Sinta-se em casa e conte conosco. É importante que haja uma redistribuição de atribuições dentro da organização distrital. Os nomes estiveram, estão e sempre estarão à disposição da governadoria. Cada rotariano anônimo estará motivado a participar das ações de sua administração, seja em que meio e direção for recrutado, e o fará com desmedido empenho para servir dando tudo de si, antes de pensar em si.
Muito Obrigado,
Saudações Rotárias
Hiram Ribeiro dos Santos
Rotary Club Campina Grande
Campina Grande, 15 de julho de 2010.