segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

DEVOCIONAL DE NATAL

Dia 25 de Dezembro de 2009.


NATAL É O NOVO CAMINHO!

“Os magos, adorando Jesus, por divina advertência, voltaram por um outro caminho...” — Evangelho de Mateus.


O “Natal” acabou como festa “cristã”... Voltou a ser o que era antes de ser “aculturada” pelos “cristãos de Constantino”: uma festa pagã...
O que sobrou do “Natal” foi o sincretismo de tudo o que se refere ao “Natal” anterior ao “Natal cristão” [...], acrescido de motivação dupla: do comercio e do feriado!
Na realidade o Natal sempre foi um evento pagão, ainda que, no passado, voltado para dar honra ao nome de Jesus, e, depois, ao nome Jesus... Afinal, o Evangelho sabe da Encarnação, mas nada sabe do Natal!...
No mais, para Pedro, João, Tiago, Paulo e qualquer outro apóstolo, data nenhuma era celebrada como tendo importância espiritual... Sim, pois uma das marcas do Caminho dos Discípulos de Jesus, da Igreja original, era não ter datas marcadas para nada...
Historicamente os Evangelhos não trabalham com nenhuma categoria histórica que se prenda a celebrações de datas que se atrelem aos momentos ou eventos da vida de Jesus!
O Evangelho é ateu de datas...
A História serve ao Evangelho, e, nesse caso, se diz que Jesus nasceu nos dias de César Augusto ou que Herodes era Rei da Judéia... na mesma ocasião...
O Evangelho, porém, não serve quase nada à História como Festival de eventos e datas... Assim, não há “Natal” nos evangelhos, pois, para os primeiros discípulos, Natal era equivalente a Novo Nascimento; ou seja: ao processo de nascer todos os dias em Cristo...
A falência do “Natal Cristão” no Ocidente é apenas uma demonstração de mudança de Era e de Poder... Sim, o Cristianismo reluta em apagar as luzes [...]; mas a sociedade “Pós-moderna” não hesita em ir apagando uma a uma [...]; deixando apenas as decorações culturais do Natal Sincrético Pagão que o Cristianismo celebrou por tantos séculos!...
Quando encontrei Jesus, celebrei o Natal por muitos anos; e duas eram as motivações precípuas: a primeira tinha a ver com a necessidade alegre de minha alma celebrar a Encarnação de Deus na História; a segunda tinha a ver com os Natais do amor de Deus na Igreja.
Esses eram os temas dos meus Natais históricos; ou seja: na data do dia 25 de dezembro [data que nada tem a ver com Jesus, mas com o culto à Mitra entre os soldados Romanos].
O que importa, para mim, é que não posso negar que minha alma sente saudades do tempo em que a emoção do Natal era contagiante nas ruas e bairros da cidade [independentemente de que a data não tivesse nada a ver com o nascimento de Jesus].
Cada estação da vida, todavia, tem as suas emoções. E esta estação da minha vida é mais que apenas uma estação... Na realidade é uma estação que acontece dentro de uma profunda e inequívoca mudança de Era entre os humanos.
Ora, em meio a tantos “sacerdotes de Jerusalém” e de tantos “escribas versados nas Escrituras”, mas que sabem e não celebram o Cristo de Deus [...], ainda há alguns magos que vêm de onde não se espera e adoram Jesus no único Natal que Deus reconhece: o Natal dos que encontrando Jesus, o adorem; e uma vez adorando-O, voltem para a vida por outro caminho...
Natal é o novo caminho que o coração escolhe depois que adora Jesus com consciência de que Ele é o amor que nosso ser buscava sempre; mesmo e, sobretudo, quando não se sabia disso, como foi com os magos das terras das estrelas sem o Sol Nascente das Alturas, mas que viram e creram naquilo que não estava escrito, mas que para eles era um dito declarado pelo Universo silencioso e estrelado.


Nele, em Quem desejo a você Natal todos os dias de sua existência, fazendo com que Natal seja um processo de conversão sem fim, e que culmine com a formação de Jesus em você e mim,




Pr. Hiram Filho


João Pessoa – PB
Praia do Bessa

Escrito em 25 de dezembro no apartamento de minha mãe

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

REFLEXÃO ROTÁRIA – 24/12/2009

Fortaleza-Ce, 24 de dezembro de 2009.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!
NATALIPSE GENERACIONAL!


O ano acabou... Estamos entrando em 2010. Um novo ano com cara de nada. Um novo ano sem promessas humanas. Um ano para se ver, não para se sonhar.
O mundo anda mal. De fato, quando andou bem? No entanto, está ficando pior e pior, em todas as áreas. As crises globais provocadas pelo homem nas áreas política e econômica são tão normais em sua desgraça que não merecem maiores comentários. Também não quero falar do Efeito Estufa e nem do Aquecimento Global. Está dito e demonstrado. É ver e crer!
O que mais me aflige são as mudanças no homem. Sim! O que está mudando no ser e na mente das novas gerações. É angustiante ver que “os filhos” deste tempo vão se tornando todos uns frouxos, deprimidos e sem rumo. São meninos e meninas com tudo, todos mimados; e quanto mais têm menos são. E olhe que ainda estamos “na boa”, em pleno “lenho verde” na seqüência apocalíptica que nos aguarda adiante!
No entanto, amados rotarianos, se estamos cansados caminhando com quem vai a pé, como ficaremos quando tivermos que correr dos que cheguem montando cavalo? Sim! Se em tempo de paz estamos como estamos, como ficaremos quando estourar a guerra?
Eu, Pastor Hiram Ribeiro dos Santos Filho, todavia, estou muito animado, e certo de que ainda verei grande colheita do Evangelho acontecendo. E mais, minha convicção é que o Senhor me dará mais força e energia física para os anos que estão ainda por vir.
Peço a Ele que me dê saúde a fim de ser útil também à geração de meus netos.
Hoje, neste Natal, o que digo é simples: Filhinhos, vos escrevo porque os vossos pecados são perdoados! Pais, eu vos escrevo porque conheceis Aquele que é desde o principio! Jovens, eu vos escrevo porque sois fortes; porque a Palavra de Deus permanece em vós; e tendes vencido o maligno!
Feliz Natal a todos os que crêem em o Nome de Jesus!


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

REFLEXÃO ROTÁRIA – 17/12/2009

Fortaleza-Ce, 17 de dezembro de 2009.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


ESCATOLOGIA E SOCIOPATIA CRISTÃ!



Psicopatia é um termo que designa disfunções psíquicas em geral, especialmente relacionadas à neurose, psicose e paranóia, ainda que na Psicanálise o termo faça referencia mais especifica às perversões do comportamento sexual e afetivo; daí tais indivíduos serem também chamados de sociopatas.
O apóstolo Paulo diz a Timóteo na segunda carta que a ele escreveu que nos “últimos dias” os homens seriam sociopatas, cada vez em maior escala de sociopatia...
Ora, amados e queridos rotarianos, o que o apóstolo Paulo chama de o homem do fim é um ser em estado de sociopatia, pois, diz ele: serão egoístas, arrogantes, avarentos, enfatuados, arrogantes, irreverentes, implacáveis, desafeiçoados, sem afeição natural, sem domínio de si mesmos, antes amigos dos prazeres e dos caprichos pessoais do que amigos de Deus e do próximo; e isto tudo enquanto se manteriam com cara de piedade e religiosos, embora negassem Deus e Seu poder [...] pelo modo como se comportariam — ou seja: possuídos de sórdida ganância, fazendo comercio da fé e da boa e simples vontade dos homens, enquanto seriam extremamente sedutores, ao ponto de fazerem cativas deles mulheres carentes, e, portanto, vivendo sob o domínio das paixões da alma em descontrole e pânico de não haver amor na vida...
Ora, isto tudo Paulo diz que aconteceria dentro do grupo chamado religioso; sendo, portanto, uma advertência aos religiosos em geral, aos discípulos; posto que Paulo tivesse certeza [dada a ele pelo Espírito Santo] que nos “últimos dias” as coisas seriam assim entre “os que se chamam irmãos”...
A mim, como estudioso da Palavra de Deus, parece que faltam vários sinais a se cumprirem no mundo antes da segunda volta de Jesus! Todavia, se há um sinal que já não necessita de maiores cumprimentos é esse que revela o estado sociopata dos religiosos e do que eles convencionaram continuar a chamar de “meio religioso” [...] — quando a recomendação de Paulo é simples: “Foge também destes!”...
Nesse sentido já vejo o sinal do fim mais estabelecido diante de mim; pois, o que Paulo cria que haveria ainda de acontecer [...] entre nós se tornou fato simples do cotidiano...
A iniqüidade se multiplicou tanto que o amor já se esfriou em quase todos!... Então surgiu o tempo da sociopatia fraterna; ou melhor: fratricídio... Sim, surgiu o nosso tempo...
Ora, nesse tempo a Carta seria outro, a fim de agradar aos paladares dos religiosos e muitos líderes atuais...
Basta ver o quanto que líderes religiosos, em desacordo com seu chamado original, entram noutros ‘mundos’, em busca pelo poder de toda espécie, inclusive político. As eleições de 2010 que o diga...
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!


Nele,
Que nunca nos deixou sem aviso,

Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

REFLEXÃO ROTÁRIA – 10/12/2009

Fortaleza-Ce, 10 de dezembro de 2009.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


DO “CRISTIANISMO” A JESUS!


De todas as religiões dos “deuses pessoais ou únicos”, as três principais religiões monoteístas do Planeta Terra; a saber: o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo — estão disparadas na frente de quaisquer outras crenças como as Potestades mais matadoras que a História registra entre as religiões do mundo. Sim, porque não há registro entre as religiões politeístas de guerras feitas em razão de nenhum deus... Quando tais povos guerreavam apenas pediam ao deus [ou deuses] que os favorecessem nas guerras deles mesmos, os homens — o que sem dúvida é algo mais honesto.
Quando Israel saiu da escravidão [...] foi a mão de Deus que de lá o tirou, no Egito. Quando invadiu a terra de Canaã o fez em nome da Promessa de Deus, do Deus único, El, feita a Abraão. E não foi uma invasão de lutas entre deuses; pois eles criam que o Senhor Deus era Deus sobre todas as coisas. Entretanto, tudo foi feito pela fé em Deus...
Os povos invadidos e tomados, fossem eles quem fossem [...] e tivessem os erros que tivessem [...], sentiram-se devastados assim como nós mesmos nos sentiríamos se o mesmo acontecesse conosco.
É algo simples de entender para alguém que creia como Jesus mandou crer e sentir!
Uma vez na terra de Canaã, Israel não mais saiu para invadir nada e nem povo algum; pois, se assim o fizesse, isso seria contra o mandamento de Deus que definiu os “termos de Israel” como sendo os do chão das peregrinações de Abraão; ou seja: entre Dã ao Norte e Berseba ao sul. Qualquer ação para fora desses limites seria contra a vontade do Senhor! Assim, implicitamente, Israel não teria nunca mais permissão de Deus para invadir e tomar nada que não estivesse entre Dã e Berseba. Portanto, por tal limitação, Israel jamais poderia ser um reino que se tornasse um Império.
Depois disso houve “livramentos” de Deus em Israel contra povos invasores... Mas não houve jamais um avanço de Israel contra outros povos [...] e que tivesse a benção de Deus [...]; ainda que Israel nunca tenha mostrado essa vontade expansionista — digo: do ponto de vista territorial...
As “guerras entre deuses” que a Bíblia apresenta no Velho Testamento, ironicamente, são quase sempre decidas pela fraqueza... É o caso da saída do Egito... É o caso do garoto Davi enfrentando o desacatador do Deus de Israel: o gigante Golias, o filisteu... Ou o enfrentamento entre Elias e os profetas de Baal e do Poste Ídolo...
Ou seja: esses confrontos, ainda que violentos, não tinham cara de Jihad, de guerra santa [...], conforme as vimos conhecer posteriormente... Era algo que tinha a ver com a manifestação do poder do deus ou Deus, mas não era demonstração de força entre os exércitos humanos dos deuses implicados.
Depois que Israel foi levado cativo para Babilônia em razão de sua idolatria incurável [...], ao voltar para seus termos entre Dã e Berseba por decreto de Ciro, o Grande, nunca mais fez guerra oficial contra ninguém, exceto como movimentos de revolta ante a invasão de algum Império, como foi o caso dos Seleucidas e dos Ptolomeus; e depois no caso dos Romanos...
Queridos rotarianos, nos ensinos de Jesus não há nenhum espaço para nada que seja violência de nenhuma natureza... No máximo como defesa de outros... Afinal, é Jesus quem ensina que o pai de família sóbrio vigia para que não entre o ladrão...
Entretanto, quando o Caminho de Jesus, a Igreja, virou Cristianismo, ou seja, uma ‘religião’, então, tudo mudou... Sim, pois a antes Igreja, já agora “Igreja Cristã”, abençoada pelo Imperador Constantino, elevado à categoria de o 13º Apóstolo, logo declarou as guerras de Constantino contra qualquer inimigo do Império Romano Cristão como sendo guerras santas... Assim, o conceito de guerra em nome de Deus foi inventado no Ocidente pelo Cristianismo. Não foi o Islã quem inventou tal coisa... Constantino já a praticava em nome do Deus Cristão desde o Século IV.
Maomé não fez nada que os cristãos já não tivessem feito aos montões... E mais que isto: a História das Cruzadas nos mostra que os “Infiéis” [segundo o Cristianismo], o Islâmicos de então... foram muito mais humanos no trato dos prisioneiros de guerra e dos cristãos [...] do que os cristãos foram em relação a eles, seus soldados e suas famílias...
Quando os Islâmicos tomaram Jerusalém dos Cruzados o banho de sangue foi imensamente menor do que quando os Cruzados tomaram Jerusalém do domínio dos Islâmicos um século antes. Daí em diante a História do Islã não é nem um pouco diferente da História do Cristianismo e do Papado em Roma. Sim, até chegarmos aos terrorismos e aos homens bombas de hoje em dia; o que faria Maomé se revolver na tumba!...
Nós, no entanto, não temos nada a ver com isto!... Para nós as guerras da Antiga Aliança acabaram na Cruz! Sim, para nós, que insistimos em ser apenas discípulos de Jesus e nada mais, o próprio Cristianismo não nos diz respeito, tanto quanto não nos diz o Islamismo ou o Budismo ou o Hinduismo... Nós não somos gente da religião, tanto quanto Jesus nunca foi!... Somos apenas gente no Caminho-Jesus [...] andando nos caminhos da existência, buscando ser sal e luz; e não Saleiros e Torres de Néon de nenhum poder geopolítico.
Por isto, amados e mui queridos rotarianos, hoje, especialmente entre Islâmicos e Judeus, os cristãos não têm muito a fazer... Sim, pois o Cristianismo inviabilizou a pregação ante tais grupos humanos, em razão da opressão cristã sobre eles; tudo em nome de Deus ou dos valores cristãos.
Assim, outra vez somos forçados a voltar apenas a Jesus e reconhecer que o único modo de ganhar os homens é sendo servo de todos os humanos, assim como orienta a ética rotariana... O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida!... Desse modo quem quer que queira ser um bom rotariano e amar o próximo, precisa saber que seu único modo de ser nesta existência é o mesmo do Doce Carpinteiro de Nazaré!

Nele,
Em Quem nós podemos confiar!


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

REFLEXÃO ROTÁRIA – 03/12/2009

Fortaleza-Ce, 03 de dezembro de 2009.

Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!



AFASTA O TEU CORAÇÃO DO
DES-GOSTO E DE TUA CARNE!



A leitura recomendada seria o livro de Eclesiastes, escrito por Salomão, filho de Davi, rei de Israel nos capítulos 11 e 12. O livro de Eclesiastes nos faz recomendações aparentemente contraditórias. Sim, porque de um lado se recomenda que o jovem recreie seu coração, ande por caminhos que agradem aos olhos e que satisfaçam o coração. Então, depois desse estímulo, aparece uma frase que diz: “Sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá conta”.
Ou seja: diz que se deve recreiar a alma, escolher o caminho belo, e agradar o coração, para então depois chamar a atenção para uma possibilidade quase nunca considerada nesta existência, que é a de que é possível se divertir saudavelmente, apreciar o que é bonito, e agradar a própria alma, sem fazer disso algo que necessariamente seja mal. Afinal, Deus pedirá conta um dia de cada ato do ser... Mas, tal fato, não tem que ser visto como um convite à evasão de tudo o que possa significar alegria. Por esta razão o texto prossegue estimulando o jovem a experimentar as boas alegrias e os bons prazeres.
Assim, a recomendação é para que o jovem não se iluda com as falsas alegrias, nem com as belezas que não alimentam também a alma, e com as satisfações que não completam o ser. Portanto, se diz: “Afasta, pois, de teu coração o desgosto e de tua carne a dor, porque a juventude e a primavera da vida são vaidade”. E prossegue recomendando que se faça isto “antes que cheguem os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer”.
Desse modo o equilíbrio da revelação da sabedoria nos põe no caminho do meio na existência, afastando-nos dos pólos e dos exageros em tudo. Infelizmente, na maioria das vezes, a juventude é desperdiçada no jovem!
É por esta razão que se passa da vida do jovem..., e se diz: “... antes que venham os maus dias...”—; fazendo-se, então, uma descrição de como pesa a vida de um velho. Sim, porque a velhice em si é canseira e enfado, conforme a Bíblia. Porém, quando o velho foi um jovem que desperdiçou a sua juventude no desgosto e na dor, sua idade avançada será amargurada e triste. Desse modo, o que o sábio rei Salomão pede é que aqueles que, na juventude, se alegram, o façam com alegria verdadeira; e não com as euforias que só geram, ao final, desgosto e dor. Daí o apelo: “Afasta de teu coração o desgosto e de tua carne a dor...”.
Ora, o estranho é que as maiores dores e desgostos que alguém pode carregar vida afora, em geral, são aqueles que decorrem de uma juventude que se desperdiça na insensatez do jovem empolgado com a primavera da vaidade. Assim se fica sabendo que a verdadeira juventude não é irreflexiva e nem inconseqüente!
Entretanto, o conselho da sabedoria não está na evasão da alegria, mas na edição dela; de tal modo que nenhuma alegria seja a vereda do desgosto, da descrença e do cinismo; e, nem tampouco, seja algo que consuma a carne com desgastes que não se tornarão em capital de bem estar para o futuro.
Hoje, quanto mais vejo os jovens tratando sexo como “hotdog” e vejo a proliferação de “ficadas” que só deixam para trás o imperceptível desgaste de alma (fruto da troca de energias espirituais que não são boas) —, penso que nunca foi tão importante que se creia — e apenas se creia com base na saúde proposta na sabedoria divina, e não em nenhuma “moral exterior” — no quão danosas são para o ser (da carne ao espírito), essa cultura de desgosto e dor que se espalha pela terra.
Sim, porque no final, amados e queridos rotarianos, não é apenas questão de botar um preservativo ou tomar um contraceptivo feminino, ter uma intimidade com alguém, bater um bom papo sobre a cama-coisa-nenhuma, e pensar que isso não é nada.
Na realidade, conforme tenho dito, um casal que deseja ter uma vida juntos, tem que tecer tal existência de modo processual, pois as coisas do amor não são automáticas, mas tecituras de gestos feitos no cotidiano e no tempo, um dia depois do outro. Entretanto, conforme o apóstolo Paulo, a “fortuidade” existencial, como o unir sexualmente des-significado com alguém, gera um espírito, um outro termo, uma alteração na essência da pessoa; pois, tudo o que não é amor, é automático para o mal, produzindo transferências de natureza estranha, e, por vezes, deixando na pessoa uma sombra que, na maioria das vezes, ela não sabe nem mesmo de onde veio. Isto sem falar que a opção por alegrias sem significado des-significam o ser; o que gera desgosto e dor de natureza psicológica e existencial.
Nestes dias, percebo que a grande dor humana já não advém do sentimento de “repressão”, como aconteceu nos séculos que nos antecederam. Prova disso é que a doença feminina por excelência era a histeria, a qual é quase sempre o resultado da repressão, especialmente a de natureza sexual. Hoje, todavia, a histeria deixou de ser a grande vilã das angustias da alma, e se vê o crescente domínio da “Síndrome de Pânico”, tanto em homens como em mulheres; a qual (a Síndrome) produz sentimento de desamparo, orfandade e solidão.
Assim, quanto mais as pessoas se dão, mesmo que livres da repressão, sem o saberem, viajam para o pólo oposto, que é o da solidão e o do abandono. Desse modo, o convite divino é para que a alegria seja verdadeira, o belo carregue sentido e significado, e para que o que chamamos “satisfação”, não seja auto-engano, mas verdade boa para o ser.
Não adianta tentar viver em qualquer dos dois pólos... Ninguém consegue neles encontrar vida. Aliás, é o apóstolo Paulo que, escrevendo aos Gálatas, diz que não se deve tentar viver nem sob as repressões da Lei e nem tampouco na Libertinagem e seu poder de introjeção; pois, no primeiro caso, a alma mergulha no desgosto de nunca ter sentido nenhum gosto; e, no segundo caso, ela se abisma no mundo das diversidades que criam legiões de espíritos e de sentimentos herdados pela alma em razão do excesso de trocas des-significadas.
Portanto, aproveita tudo aquilo que aproveita-aproveitar; e não te percas na multidão de prazeres que são apenas a injeção do desgosto e de dor de corpo-imagem na alma. Todo aquele que desconhece tal equilíbrio, não importando o pólo no qual viva, experimentará muito desgosto e muita dor nesta existência; desperdiçando a força da juventude enquanto é jovem; e apenas acumulando para si os pesos de amarguras e de dores de ser que se estocam para os anos dos quais se diz: “Não tenho neles prazer!”
Pense nisto... e leve uma cópia para os seus filhos. Seria importante eles meditarem em tais palavras!

Nele,
Sem caretices ou carrancas morais, mas visando à formação da face de Cristo em todos!

Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

REFLEXÃO ROTÁRIA – 26/11/2009

Fortaleza-Ce, 26 de novembro de 2009.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


A ARTE DE VIVER!

Definitivamente viver não é fácil. Basta observar as fatalidades que poluem as estradas da história. Milhões morreram sem conseguir aprimorar-se na difícil arte de existir. A vida muitas vezes é áspera, arriscada e sempre perigosa. A toada inclemente do tempo, a tensão de ter que conviver com pessoas impiedosas, o peso de ter que decidir entre o certo e o errado exigem cuidados extremos. Não basta viver -- é preciso viver bem e para isso é necessário concentração, bom siso e uma pitada de humildade.
A arte de viver requer que se rompam os confinamentos. Toda marginalização ou reclusão imposta é nitroglicerina que detona a alma e forma abismos que sorvem a alegria de viver. No ventre da história conturbada e triste do século 21, somente artistas e poetas conseguiram recuperar o verbo coexistir de sua insignificante função. Antigamente coexistir descrevia a tolerância como mero dever. Os civilizados precisavam de resignação para agüentar o próximo. De repente, coexistir passou a significar a beleza de reconhecer a dignidade dos que pensam diferente, transmitindo a idéia de que ninguém será discriminado, diminuído ou marginalizado por causa de sua fé, cor da pele ou ideologia política.
As diferentes cosmovisões possuem valor idêntico. Na boca dos poetas, as expectativas dos profetas por um mundo sem cadeias de absolutismo já começaram a acontecer. Eles intuem que em breve a humanidade não suportará racismos, ódios e desprezos sociais. Um dia, os campos de batalha serão arados e semeados com amor para que nunca mais se confunda o choro de crianças com os hinos marciais.
A arte de viver requer que se ame a poesia. Só ela pode apagar o ódio. Os poetas se unirão a homens e mulheres de boa vontade para soterrar os charcos da maldade com benignidade e beleza. Estes serão chamados filhos de Deus, pois carregam o antídoto capaz de salvar o mundo. Nervos gripados de vingança e olhos enrubescidos de brutalidade se confrontarão com a singeleza da Palavra de Deus, mas a ternura triunfará -- quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
A arte de viver requer que sempre se opte pela simplicidade, porque a vida verdadeira se esconde na realidade mais frágil. Os que se encantam com as sofisticações não conseguem enxergar a beleza que mora nas coisas efêmeras; só o insubstancial é eterno. É necessário um olhar singelo para perceber a graça que há no comum. Os pobres de espírito entrarão nos átrios sagrados de Deus. Os puros de coração perceberão na bruma silenciosa a voz do Espírito Santo.
A arte de viver requer integridade. Uma vida abundante precisa juntar os fragmentos da alma para viver com uma santidade não restrita à obediência religiosa ou ao cumprimento de mandamentos moralistas. Não basta resignar-se. Santidade é plenitude do ser, do ser-homem, do ser-mulher. Só os verdadeiramente ‘santos’ eternizam os instantes para, inteiros, saborearem as chances fugazes de felicidade.
A arte de viver requer respeito aos ciclos da vida. As estações se alternam do verão ao inverno, da primavera ao outono, e quem não experimenta cada tempo com suas peculiaridades acaba adoecendo. No tempo de nascer faz-se festa, no de morrer lamento; no tempo de plantar semeia-se esperança, no de colher o que foi plantado lida-se com a derrota; no tempo de matar se aprende a dizer adeus, no de sarar o poder do perdão; no tempo de demolir se despede da onipotência, no de construir adquire-se fé na ressurreição; no tempo de chorar se convive com a fraqueza, no de rir com a força da alegria; no tempo da guerra se percebe o perigo da perversidade, no da paz a felicidade da sabedoria.
A arte de viver requer sensibilidade transcendental. Contentar-se com os horizontes do mundo material e imanente significa abrir mão da vida eterna. Os seres humanos nasceram com sede pelo que está além do céu, além da última galáxia, além do tempo Pulsa no coração humano a litania que repete: “Por que te escondes, Senhor?”. Tudo passa. Todas as emoções perdem o encanto. Todos os prazeres são provisórios, mas a sede pelo divino permanece. Quem beber de um gole d’água da vida, quem receber uma visitação do Espírito Santo e quem ouvir uma só palavra do Cordeiro de Deus (Jesus), jamais se contentará com o brilho deste mundo.
Queridos e mui amados rotarianos, a difícil arte de viver não aceita procrastinação. Quem deseja experimentar o céu e evitar o inferno deve começar já, antes que se rompa o fio de prata.
A mais de 3 anos escrevendo ininterruptamente todas as semanas aos meus amados companheiros, é isso que tenho-os feito refletir.



Nele,
Que soube viver neste mundo, sem se contaminar por ele!



Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

REFLEXÃO ROTÁRIA – 19/11/2009

Fortaleza-Ce, 19 de novembro de 2009.

Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


NEM TANTO, NEM TAMPOUCO!


Vale o chavão: “Ninguém sabe o tempo de sua existência”. Basta a imprevisibilidade de uma breve arritmia para qualquer um descerebrar e acabar. Em um simples vacilo, o menino, que imagina viver décadas, rasga os roteiros imaginados por seus pais. A mocinha pode deparar-se com um depravado e perder, não apenas a dignidade, mas a própria vida. O ancião sonha ouvir o ranger de uma guilhotina que o acorda no meio da madrugada.
Retorno aos chavões: “A vida é uma maratona”. O jovem sente que um ano se arrasta sem pressa. O senhor, pasmo, nota o passado alongando-se impiedosamente. Como na corrida, é preciso saber espaçar o tempo. Entre nascimento e morte, dispomos de um período indeterminado, mas limitado. Quem corre maratonas sabe o que estou dizendo. Na corrida, o percurso é estipulado para que cada corredor dose sua cadência. Na vida, sem conhecer a extensão a ser completada, fica imprescindível saber imprimir o ritmo certo. Os velocistas não duram.
Para correr bem, é necessário reconhecer que devaneios onipotentes sugam energias. E que desejos de onipotência brotam do esforço humano de evitar o sofrimento. Luta-se para acabar com as contingências, blindar-se dos percalços e não permitir que a crueza existencial se concretize. Contudo, por mais que alguém se esforce, a mente não burla a vida. Não adianta, a religião não iça ninguém para patamares inatingíveis por maldade, acidentes ou injustiça. Como pretensas arquitetas de Nirvanas e Paraísos, as pessoas não se conformam com a dureza do mundo. Teimam em acreditar que suas idéias são fortes o suficiente para transfigurar a realidade que aspiram.
Queridos rotarianos, na corrida da vida ficamos sempre com pelo menos dois pensamentos na cabeça: cumprir o percurso e terminar vivo. (Oxalá, todos terminássemos a vida, vivos). Para isso, temos que dosar as energias; qualquer afobação significaria parar. Também não podemos invejar ninguém. Consciente da idade, dos limites do corpo e do condicionamento, engolimos seco sempre que os menos capazes nos ultrapassam. A corrida é minha, só minha. A corrida é sua, só sua.
Nós competimos com nós mesmos ‘as passadas’ que a prova da vida nos exige. Depois, enquanto observamos os caídos, os enauseados, os paralisados, celebramos a cautela, com a qual poderemos chegar mais longe.
Os delírios são herdeiros bastardos do reino de Narciso. Todo o que alucina se acha apto para modificar o mundo. O cientista tenta calcular matematicamente os acontecimentos e criar mecanismos que os ordenem. Os religiosos almejam acessar Deus e anular qualquer eventualidade. O delírio gera otimistas e pessimistas. Ambos acreditam na inexorabilidade do amanhã, mas os realistas reconhecem as suas limitações.
E já que hoje estou abusando dos jargões: Na vida, amados e mui queridos rotarianos, não esqueçam: “devagar se vai ao longe”.


Nele,
De quem procede a força necessária para vencer!


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Homenagem póstuma dos Rotary Clubs de Campina Grande a Maria da Guia Costa

Maria da Guia Costa

Dona Guia, mulher augusta, augusta mulher. Cabelos brancos, alvos como a flor da açucena. Olhar parado, enxuto. O sorriso tênue a destacar uma nobre fisionomia. O pensamento contrito no desvario imaginativo do seu tempo. o tempo que se foi perdido na inquietação de suas preocupações.

Foi assim que a vi pelas últimas vezes, acomodada no sofá instalado à porta do nosso querido La Costa, a nossa casa, a casa dos Rotary Clubs de Campina Grande.

Na noite de antes de ontem, ela disse a Creuza, a criatura que dela cuidava e zelava pelo seu sono, justo sono: " Amanhã haverá uma grande e bonita festa aqui. Terá adorno de muitas rosas". Mas a festa que Dona Guia cuidava em antecipá-la, está acontecendo noutras paragens, em uma instância bem superior, nos condomínios cobertos de arvoredos multicores, ouvindo o sonoro cantar dos passarinhos, convidada sob os auspícios dos mais puros espíritos de luz, nas mais belas estâncias do Nosso Criador. A sua romagem aqui na terra foi coroada de absoluto êxito, mesmo sob inclementes e ingentes percalços.

Mãe de onze filhos, viuva aos 41 anos. Uma prova imposta pelo destino, que soube suportá-la com altivez, dignidade e determinação. Do pouco fazia muito para distribuí-los com seus amados filhos, reflexo da magia que envolve o mistério do prodígio materno.

Nascida em Pocinhos, brejo paraibano, em 1924. Aos 20 anos contrai núpcias e fixa residência na cidade de Esperança, bem próxima de nossa Campina, que haveria de recebê-la, já como experiente e próspera comerciante no ramo de estivas, cereais e utilidades domésticas.

Esta veneranda Senhora, avó de 30 netos, bisavó de 17 bisnetos, é rotariana por afinidade e abnegação, consideração e desvelo, acima de tudo por nossa gratidão, merecimento e honorabilidade. Mãe de muitos filhos, entre eles nossos amigos Graça e Pacelli, sempre nossos companheiros; sogra do companheiro José Edvaldo; avó de Amanda, Raissa e Camila, distintas, educadas e de fino trato, casadas com os companheiros André, Alexandre e Migliácio, pessoas do mais elevado merecimento para todos nós.

Companheiro Pacelli, sua maezinha não vai lhe deixar só. Você, Graça e toda a familia terão a certeza que Ela será vista por aqui, continuando sua companhia de sempre, velando por todos. A morte não existe. Há tão somente a separação do corpo. Seu espírito será sentido, vê-lo-emos pela segunda vista. Haveremos de sentir seu perfume nos recantos do La Costa.

Muito obrigado,

Hiram Ribeiro dos Santos
Rotary Clubs de Campina Grande

REFLEXÃO ROTÁRIA – 12/11/2009

Fortaleza-Ce, 12 de novembro de 2009.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


SANTIFICAÇÃO:
CONSTANTE QUEBRA DE PARADIGMAS!



O profeta Jeremias diz que se um negro da Etiópia conseguir ficar branco por si mesmo, ou se um europeu conseguir ficar preto de si mesmo, ou se um tigre conseguir arrancar as suas manchas — então, estando o homem acostumado a fazer o mal, conseguirá fazer o bem [13:23]. Ou seja: o arraigar do hábito é feito de costume, de rotina, de repetição, de condicionamento espiritual, psicológico e neural; o qual altera o espírito, passa a designar as pulsões da alma, e, também, molda o cérebro, mexendo assim por completo na constituição do homem.
Assim o homem é aquilo a que se habitua, se acostuma; pois, no costume, cabe tudo; até mesmo a dor sentida como necessidade espiritual, psicológica e cerebral; posto que pela rotina e repetição perversa, novas constituições se desenvolvem na pessoa, a ponto de alterá-la muitas vezes para sempre.
Queridos rotarianos, temos uma constituição natural dada à competição, à conquista, à supremacia, e, sobretudo, aos sentimentos da guerra e do enfrentamento. Coisas do “mamífero sofisticado” pelo egoísmo que transcende a necessidade. Some-se a isto o caldo cultural e sua acumulação de camadas e camadas de história viciada em nome da cultura ou do “nosso modo de ser”. E, além disso, adicione o curso deste mundo, com seu volume extraordinário de indução, sugestão e tirania.
Ainda mais que isto: Adicione também a percepção de que tudo isto origina arquétipos coletivos que são “comidos” pelos Principados e Potestades espirituais, e, por eles, a nós devolvidos de maneira agigantada, para serem por nós incorporados à cultura, e, por meio dela, transmitidos a novas gerações que, por sua vez, superlativizarão o caldo que lhes for contemporâneo e, acima dele, adicionarão novas camadas às já existentes, tornando o processo sempre e constantemente piorado, até quando melhora em alguns tópicos.
Ora rotarianos amados, isto feito, nós temos uma macro-visão dos poderes que influenciam os nossos hábitos e costumes. No entanto, tais macro-realidades se efetuam em nossas existências mais eficazmente através das alterações que os maus costumes produzem na herança genética — maus hábitos familiares podem mudar até os genes, pela repetição, geração após geração —, as quais a cultura estabelece como modelos de ser para a família e para o individuo.
É por isto que o profeta Jeremias nos diz que se o costume for o de fazer o mal, então, o fazer o bem será uma façanha tão grande quanto auto-determinar a cor da pele ou possuir a capacidade que o tigre não tem de tirar de si mesmo as próprias manchas características.
Ora, Jesus, no entanto, dedicou-se aos que eram justamente os imutáveis de Seus dias e à Sua volta. Sim! Ele julgou que o mau costume dos publicanos e pecadores comuns era ainda muito mais maleável do que o mau costume dos ‘religiosos’, os quais, pela repetição constante do mesmo padrão, séculos afora, eram agora os seres fixos na maldade, visto que eles carregavam os genes e a cultura [“nossos pais”] dos que mataram todos os profetas antes deles.
Quando o apóstolo Paulo nos apresenta o seu pedigree judaico, mostrando-nos a genuinidade genética, religiosa, cultural e espiritual de sua constituição como ser histórico, e diz que considerava tudo como refugo, como um adubo, a fim de que ele crescesse e desse fruto no chão da Graça de Deus em Cristo —, por outra via também nos declara acerca da impossibilidade humana de que um homem com sua carga, com seu caldo, com seus vícios mentais, e com seus hábitos arraigados por séculos de transmissão do mesmo espírito, geração após geração, pudesse de si mesmo mudar a própria pele ou tirar as próprias manchas.
Alguém pergunta: Somente uma Patada Divina no meio do peito é que faz um homem, à semelhança de Paulo, poder mudar? Sim! O paradigma de ser já era completamente constitutivo do ser de Paulo, somente por uma intervenção traumática poderia ser quebrado como crosta milenar. “Nascido fora de tempo”, diz ele; ou: “nascido de trauma”.
Entretanto, uma vez quebrada a crosta pela via do arrependimento como consciência, então, começa o processo de recondicionar todo o ser ao novo padrão, ao Novo Homem, que se renova segundo Deus.
Ora, o apóstolo Paulo diz que esse é um processo permanente, e que vai de aplicativos grotescos, como: “aquele que roubava não roube mais, aquele que mentia, não minta mais” — aos processos sutis de discernimento diário acerca das ilusões do curso deste mundo, ao investimento intenso e prioritário na busca de uma checagem ininterrupta do nosso próprio olhar, submetendo nossa mente a uma “renovação” constante, a qual garantirá nosso crescimento na direção da instalação do bem como vontade natural do espírito refeito segundo o entendimento dado pelo Evangelho.
É a tal processo que o Novo Testamento chama “santificação”.
ASSIM, santificação é o processo de quebra do velho e adoecido padrão, e que nos leva a adotarmos novos costumes para a vida, até que eles se tornem padrões instalados e manifestos cada vez mais naturalmente como prática do que Jesus chama de bem para a vida.


Nele,
Que disse: “Sede santos, porque Eu Sou santo!”

Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

REFLEXÃO ROTÁRIA – 05/11/2009

Fortaleza-Ce, 05 de novembro de 2009.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


ADAPTAÇÃO E SOBREVIVÊNCIA!


É possível adaptar-se a dores cruéis, sofrimentos atrozes, decepções frias; aprender a absorver baques, a encaliçar a alma, a envernizar sentimentos.
Os humanos também se adéquam para sobreviver. Na cruel tarefa de não desaparecerem na evolução, aprendem a acomodar-se aos ambientes hostis; assim, criam anticorpos existenciais, resistências espirituais, imunidades emocionais.
Queridos rotarianos, uma mulher por nome Locusta foi envenenadora profissional em Roma. Ela viveu durante o primeiro século depois de Cristo e ficou conhecida por ingerir pequenas doses de veneno todos os dias para adquirir defesa contra as toxinas que usava. Doses homeopáticas de veneno a protegiam, e ela, por sua vez podia matar sem ser atingida.
A alma humana cria revestimento e os olhos ganham frieza, as palavras, impassibilidade, os atos, automatismo. Entretanto, dessensibilizados, mulheres e homens acabam conspirando contra si mesmos. Seguem como bois no corredor do matadouro, aceitam marchar cabisbaixos rumo ao corte trágico. Anestesiados, consentem com o destino e se entregam à providência.
A noite mal dormida, o almoço requentado, o descaso da burocracia, tudo é absorvido pacificamente. Sem contar com a bestificação da televisiva e a superficialização jornalística que contribuem com a demência generalizada.
Pensar passa a ser privilégio e redargüir, virtude rara. Reina o espírito de manada para que mentes domesticadas repitam seus chavões. Carreiristas inescrupulosos se aproveitam dos simples. Futriqueiros disseminam boatos. Ímpios manobram detrás dos panos. Banditismo se mistura à benignidade.
A vida só continua porque os processos de assimilação da espécie humana são espantosos.
Quem lê, entenda!


Nele,
Que mandou que não nos conformássemos com ‘este século’!

Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

REFLEXÃO ROTÁRIA – 29/10/2009

Fortaleza-Ce, 29 de outubro de 2009.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


O VINHO À LUZ DA BÍBLIA!


Lembro-me quando nosso companheiro Lafite me pediu, a mais de um ano atrás e por intermédio de meu paizinho, para falar um pouco sobre o vinho a luz da Bíblia. E, naquela ocasião, mesmo gozando de pouco tempo, jamais, em hipótese alguma, poderia deixar de lhe dar a atenção que ele merecia.
O assunto é polêmico e cheio de especulações, no entanto, de caráter teológico.
Bem, quando Paulo disse em Romanos 14 que os que são mais maduros deveriam buscar não chocar os de “consciência fraca” ou os “débeis na fé”— ele fazia referência ao seguinte tipo de pessoa: ao novo na fé, que vinha de uma cultura pagã, e que ainda tinha hábitos mentais e culturais de natureza idólatra; os quais (os novos na fé), em vendo alguém, por exemplo, comendo qualquer alimento “consagrado a um ídolo”, podem se “escandalizar”. E isto mesmo quando aquele que está comendo já é “adulto em Cristo”; e, portanto, já sabe que “todas as coisas são puras para os puros, se recebidas com ações de graça”, mas que, ainda assim, no ato de exercer a liberdade de sua consciência adulta, deve cuidar para que aquilo que para ele não é “mais nada”, mas que ainda significa uma tentação ou um vício religioso para a alma condicionada nas barganhas do paganismo, e que ainda não absorveu a consciência do Evangelho.
Ora queridos rotarianos, isto posto, e explicado quem é o frágil na fé (que merece cuidados) e quem é o “casca grossa” (que não precisa ser “provocado”, mas que também não precisa ser poupado, assim como Jesus não poupou os fariseus) — devemos agora olhar a esta questão. No livro de Eclesiastes se diz que entre as bênçãos de um homem na terra, está comer gostosamente o seu pão, beber alegremente o seu vinho, e gozar a vida com a mulher que ele ama. O vinho é tratado nas Escrituras de duas maneiras: como benção de Deus ao homem (veja o Salmo 104); e como algo que, ingerido em excesso, pode ser uma desgraça para o homem (Pv; e vários profetas; e as “bebedices” faladas por Paulo).
Assim, a Escritura judaica não é contra o vinho, mas sim, como não poderia deixar de ser, contra o excesso; como é contra qualquer excesso!
O vinho que Jesus “tirou” da água em Caná da Galileia, era vinho mesmo, do bom; e, portanto, com o melhor teor de fermentação, com o melhor buquê, com a melhor textura, e com o melhor sabor. Não era suco de uva; como também não era suco de uva o vinho usado na “Ceia do Senhor”, no Ágape da Igreja Primitiva, conforme I Co 11, onde Paulo diz que por aquele vinho alguns, bebendo-o em excesso, embriagavam-se; porém, ele apenas manda que retornem à sobriedade, mas não proíbe o vinho. Ao contrário, como qualquer cidadão sadio e normal daqueles dias, e, sobretudo, como homem de consciência adulta em Cristo, Paulo bebia naturalmente; ao ponto de também saber que uma boa dose de vinho todos os dias, poderia fazer com o que o estomago de Timóteo (pastor em Éfeso) ficasse melhor — especialmente porque as águas disponíveis nas estradas, para os viajantes, nem sempre eram boas para a saúde.
Como, porém, para nós, Jesus é a “Chave Hermenêutica” não só para se entender a Escritura, mas também a vida, a existência, como ela é — então, também para nós, a questão é uma só: Como Jesus se relacionou com o vinho?
Ora, a resposta a esta pergunta recebe a seguinte assertiva: Ele se relacionou com o vinho de um modo refinado, elegante, prazeroso, alegre, e comedido. Foi assim que Ele criou vinho, bebeu vinho e andou com os que bebiam vinho. Ou seja: Jesus tratou o vinho como algo bom, bebeu-o com alegria, ilustrou coisas do Reino com a imagem do vinho, o fez estar presente nas Bodas e nas Festas Escatológicas ou nas festas do perdão, como na parábola do Filho Pródigo, em meio às danças, às musicas, e à festa!
E mais amados rotarianos: por tais atos e companhia de pessoas que bebiam vinho, Ele também foi julgado pelos ‘religiosos’; que são, nos evangelhos, mais do que qualquer outro grupo, os fariseus. “Bebedor de vinho e amigo de pecadores” — era como o chamavam. E Ele não se envergonhou de nada disso!
Se algum leitor desta reflexão tem medo de ser “julgado” ao tomar uma boa taça de um vinho Cabernet Sauvignon (rsrsrs), é ainda fruto de sua justiça-própria-religiosa! Ou seja: você está com medo de escandalizar as pessoas erradas: o pessoal casca grossa! Afinal, me responda apenas uma coisa: O que é escândalo para os de fora ou para os recém chegados à fé: que se beba vinho com alegria e moderação, ou que se o proíba em nome de Jesus? Sim! Onde está o escândalo? Na realidade o que mais escandaliza os novos ou os de fora é justamente essa proibição farisaica inspirada pelo diabo, conforme Jesus afirma aos fariseus nos evangelhos.
Quando os fracos na fé passam a ser os eternos fariseus, e quando é a eles que se pretende proteger, não por nada, mas apenas porque eles são uns Pitbulls raivosos e cheios de juízo perverso e invejoso —; sim, cedendo a esses, se está privilegiando sempre a consciência eternamente débil e adoecida dos fariseus; além do que, fazendo desse modo, também nos abstemos para sempre de todas as nossas legitimas liberdades em Cristo (e foi para a liberdade que Cristo nos chamou- Gl 5); e, assim, abrimos o espaço para que prevaleça a Lei dos Escândalos: que é essa que só dá uma pessoa recém convertida como “santificada” no dia em que ela, à semelhança dos fariseus da religião, também passa a dizer que beber vinho é coisa maligna.
Nesse dia os fariseus tomam um porre de arrogância!
Beber vinho é coisa maligna em duas circunstancias apenas: 1ª – quando a pessoa que bebe o faz sem moderação, caindo no hábito desgraçadamente vicioso; ou escandalizando os fracos na fé. 2ª – quando a pessoa já teve um histórico pessoal de vício alcoólatra. Ora, tal pessoa deve saber que “é alcoólatra”, e que não deve beber JAMAIS; pois, para ela, o vinho tem um poder que, por exemplo, sobre mim não tem; embora eu beba muito pouco vinho.
O que passar disso, amados rotarianos, saibam: é coisa do diabo; e de quem, em associação a ele, consciente ou inconscientemente, pretende “reduzir ou espreitar a nossa liberdade que temos em Cristo” — conforme nos disse Paulo; afirmando também o apóstolo que a esses tais ele jamais se sujeitou, a fim de que a liberdade do Evangelho não ficasse sob o domínio do legalismo perverso e sem bom senso.
Assim, faça seu curso em paz; e coma gostosamente o seu pão, beba alegremente o seu vinho (de preferência Cabernet Sauvignon – rsrsrs); e goze a vida com a mulher que você ama ou venha a amar — pois essa é a paga terrena de nossos labores nesse chão que cardos e abrolhos nascem, e aonde o vinho é sinal de Graça e Misericórdia, conforme o sábio Salomão.
Eu teria ainda muitas coisas a escrever, mas é por aqui que vou ficando por julgar que lhes disse o suficiente. Agora a jornada da consciência é com você!


Nele,
Em Quem tudo é melhor; e que disse que o Seu Reino era como o Vinho Novo,


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

REFLEXÃO ROTÁRIA – 22/10/2009

Fortaleza-Ce, 22 de outubro de 2009.

Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


A FÍSICA, NEWTON, EINSTEIN E A
NATUREZA ESPIRITUAL DO UNIVERSO…

O “Cosmo cristão” [digo: “Cosmo” como Universo] ainda é segundo a imagem e semelhança de Newton. Ou seja: ainda é uma noção de Universo pré-einsteiniano e, portanto, fixo, uno e estável. Depois de Einstein o Cosmo passou a ser Cosmos, posto que a Relatividade de Einstein abrisse espaço para muitos universos... Sim, abriu a tal ponto que o próprio Einstein não suportou a desconstrução que suas duas principais teorias geraram nas suas múltiplas implicações...
Foi em razão das descobertas de Einstein que se abriram outros mundos [...], especialmente o mundo das partículas subatômicas, gerando uma ampla compreensão de outro modo do Universo existir... Sim, surgiu um modo totalmente diferente de se ver a existência dos mundos, e que é totalmente diferente do Universo na sua manifestação Macro, de percepção Newtoniana...
Portanto, desde Einstein que o Universo cresceu..., sendo percebido não mais como realidade única e fixa; mas sim como algo que continha muito mais do que estava disponível à vista e aos sentidos... Assim, a cada dia, mesmo contra a vontade de Einstein, suas teorias abriram mundos que ele não desejaria que existissem...
Einstein morreu com raiva do que suas teorias haviam aberto como noção [...] no mundo da Física, em razão, sobretudo, do que e Mecânica Quântica havia incorporado como noção revolucionaria do sentido e constituição da natureza do Universo...
Hoje, mais e mais, a Física vai se transformando em uma espécie de ‘Teofisica’; ou ainda numa espécie de Pneumo-física... Sim, posto que cada vez mais se discirna que o Universo não é um só; que há muitos universos; que há mundos paralelos; que podemos conviver com dimensões distintas que existem no ambiente invisível à nossa percepção; que a natureza do universo é feita de elementos que somente se parecem com o conceito de energia espiritual; que existem muitos tempo/espaço; que existem muitas camadas de existência; que existe o mundo invisível para além do que os olhos captem; que podem haver seres e vida justamente a uma membrana dimensional de nós; etc... Ou seja: a cada dia a Física vai se tornando uma Teologia da Natureza das Coisas!...
Ora queridos rotarianos, é por tal razão que julgo que compreender a Física deste tempo é o melhor dever de casa que alguém possa pretender realizar [depois do estudo da Palavra de Deus] a fim de melhor perceber a natureza espiritual do Universo!
Hoje, pela Física, vejo anjos existindo a uma membrana de mim... Hoje, pela Física, vejo o céu a uma membrana de mim... Hoje, pela Física, vejo Principados, Potestades, Poderes, Rodas [arcos, círculos, como os do profeta Ezequiel], Tronos e Soberanias... — todos existindo a uma membrana de mim... Hoje, pela Física, vejo o Inferno a uma membrana quântica ou a uma membrana dimensional de distancia de mim e de vocês... Sim, hoje, pela Física, vejo que o Novo Testamento não apela para a magia espiritual quando determina a existência de muitos mundos, visíveis e invisíveis, os quais existem de modo simultâneo e paralelo à camada de existência na qual eu existo...
Não! A Natureza do Universo não é grega, nem barroca, nem newtoniana, nem einsteiniana; mas sim espiritual, visto que espírito é energia, é existência na sua forma mais sutil e essencial...
Assim, anjos, por exemplo, são criaturas de uma outra energia e dimensão, mas existem em universos que se comunicam com o nosso; seja por portais; seja por capacidade de inter-relação deles com o nosso mundo... Ora, entender isso e isso discernir em suas implicações, cria uma percepção do mundo espiritual totalmente diferente...
É nesse sentido que digo que os tais dos Óvnis são apenas Macro-Assombrações; sendo que a sua natureza é “espiritual”; porém, um “espiritual” que tem a ver com as noções que a Física atual nos ajuda a compreender com mais clareza fenomenológica...
Pode ser total coincidência que a Teoria Física das Cordas proponha que existam de 9 a 11 camadas de existência além da nossa [ou seja: de mundos paralelos], — à semelhança do que as antigas teses teológicas sobre o mundo invisível declaravam, ou seja: que existem de 9 a 11 camadas de mundos invisíveis, feitos das camadas existentes de anjos, arcanjos, principados, potestades, poderes, tronos, soberanias, rodas, querubins, serafins... Etc.
Portanto, para mim, a Física Moderna é um guia de estudo fenomenológico não apenas da existência como a vemos, mas das existências que não vemos...; e, mais que isto: é um guia de ajuda para a visualização de tais fenômenos como parte agora constatável e semi-observável para nós... Digo semi-observável apenas porque ainda não temos mais que a teoria em avançado processo de demonstração, mas que ajudam imensamente a entender a natureza dos fenômenos por nós designados como de natureza espiritual...
O que a Física nos ajuda hoje a ver mais do que a teologia [...] é que a natureza do Universo é essencialmente espiritual!... Esta é a razão de eu dar tanta ênfase a que se busque entender a natureza essencial do Universo, pois, será por tais compreensões que nos preparemos para as invasões espirituais que já estão acontecendo no nosso mundo, e que aumentarão enormemente...
Portanto, simplificando, para mim, por exemplo, os Óvnis são manifestações espirituais de uma camada [ou de qualquer delas...], sendo “vazadas” para dentro de nossa dimensão...
Chegará a hora em que seremos visivelmente invadidos por tais fenômenos..., e quem não estiver preparado cairá em perplexidade assombrosa...
Coisas espantosas” [...] “Grandes sinais do céu” [...] “Sinais nos céus” [...] “Angustia entre as nações” [...] — são expressões que nosso Senhor Jesus Cristo usa a fim de designar o ambiente psicológico da humanidade ante a manifestação de fenômenos inusitados e chocantes...
Assim, dou graças a Deus pela Física, por Newton, por Einstein...; e pelos que creram nas teses de Einstein mais do que ele mesmo!... Sim, dou graças a Deus pela descoberta cientifica acerca dos mundos paralelos; e por tudo quanto seja iluminação na verdade acerca da realidade; pois, toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm e do alto, descendo do Pai das Luzes; sendo mediada por qualquer um [...], posto que Deus seja livre para revelar-se..., assim como para revelar a natureza das coisas que Ele criou a quem bem desejar... Pensem nisso!...

Nele,
Que falou disso livremente, mas muitos ainda hoje não compreendem!


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

REFLEXÃO ROTÁRIA – 15/10/2009

Fortaleza-Ce, 15 de outubro de 2009.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!

O TRISTE CAMINHO DO PREGUIÇOSO…

Preguiça não é depressão, não é fruto de desequilíbrio orgânico, não é resultado do cansaço, não é nada que seja desconforto antecipado pela mente...
Depressão não é preguiça, é dor de alma que imobiliza o ser e até se somatiza no corpo ou nos processos neurais da mente...
Desequilíbrio orgânico pode gerar uma total inapetência para a vida e o trabalho, mas não é preguiça, é doença ou simplesmente contingência orgânica...
Cansaço também pede descanso, e nada tem a ver com preguiça...
Trabalhos pesados demais, em circunstancias difíceis, não é bolinho, e até o mais disposto dos homens reúne forças para realizar tal coisa chata ou pesada demais; mas isto também não é preguiça ainda...
Preguiça, segundo a Bíblia, é uma indisposição essencial ao serviço, à utilidade, ao ritmo das rotinas da vida... Assim, a Bíblia quase não fala da preguiça, mas sim do preguiçoso... Afinal, preguiça é um conceito, mas o preguiçoso é o fato...

Leia em Provérbios:
Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos, e sê sábio.
O preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono?
Como vinagre para os dentes, como fumaça para os olhos, assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam.
O preguiçoso deixa de assar a sua caça...
A alma do preguiçoso deseja, e coisa nenhuma alcança, mas a alma dos diligentes se farta.
E por aí vai... Assim, a preguiça é uma doença de caráter... Sim, é o mal do servo que escondeu o talento, e disse que o fizera porque Deus era como um Leão perverso... Por isso Jesus diz que esse servo é chamado de “negligente”; ou seja, de preguiçoso...
Jesus disse: Meu Pai trabalha até agora; e eu trabalho também!... Trabalho é saúde...
Trabalho é vida...
Trabalho é cura...
Trabalho é alegria no gozo pelo obtido...
Trabalho é signo de amor à vida...
Aqui não falo aos deprimidos, entristecidos ou adoecidos... Não! Falo apenas do ser ameba, do ente bactéria que se disfarça de gente... Sim, quem não trabalha vira parasita; fungo; bactéria da existência... É isto que diz a Palavra de Deus. Estaria Deus errado?

Pense nisso!


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

REFLEXÃO ROTÁRIA – 08/10/2009

Fortaleza-Ce, 08 de outubro de 2009.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!



VOCÊ JÁ ME TOCOU ALGUM DIA EM SUA VIDA?...


O modo de Jesus dizer que no ambiente Dele, do Reino, do espírito, da fé e das relações com o mistério e o poder de Deus, o que conta ‘é o que é’; e que o que é não o é porque pareça ser..., ou porque seja factual e real aos sentidos humanos, mas sim porque seja verdadeiro na intenção, na motivação e na sinceridade que combina o caminho interior com a vereda exterior — sim, entre tantas formas de Ele assim e isso ensinar..., uma das mais importantes para mim, dado ao fato de que seja uma história e não um conceito defendido como tal, é o episodio da “mulher do fluxo de sangue”; o qual nos apresenta um monte de mãos pegando e apalpando Jesus, mas apenas uma pessoa tocando Nele de fato-divino-fato...; ao ponto de Pedro [ente externo a Jesus], dizer a Ele que a Sua pergunta “Quem me tocou?” ser absurda em razão de que centenas estavam tocando Nele simultaneamente...
Era real que muitos tocavam Nele...
Era fato o que Pedro afirmava...
Sim, ambas as coisas eram tanto reais quanto factuais, mas para Jesus não eram nada além de realidades e factualidades, pois, sem amor e fé nenhuma pegada em Deus se torna toque que conecta a pessoa a Deus!
Portanto, para Jesus o real não é aquilo que apenas se apresenta como realidade aos sentidos, assim como fato aferível aos sentidos é fato histórico, mas, para Ele, não necessariamente realiza fatos divinos, os quais são mais realidades da verdade do que realidades do real/histórico; coisas que se aferem pelos sentidos e pelas medições factuais..., diferentemente do que toca em Deus, que antes disso é feito pelo amor que se derrama em fé...
Quem não entende isso vive a pegar Jesus sem tocar Nele jamais!...
Apalpam Jesus..., mas não o tocam... Sim, fazem isso de muitos modos... São ritos, são batismos, são cultos, são missas, são reuniões, são estudos bíblicos, são seminários, são ministérios, são campanhas de oração, são campanhas de caridade, são encontros de poder, são expectativas pagãs de milagres, são estudos profundos sobre Deus, são missões e muitas missões; são as curiosidades que põem muitos em estado de histeria tocante...; e tudo mais... — sem, todavia, realizarem a verdade como realidade e a realidade como verdade; posto que sejam toques como os da multidão que apalpava para não perder a viagem..., mas que não fizera a viagem para buscar virtude, graça, poder, fé e amor.
Vejo os templos cheios... Tão cheios quanto eram os ajuntamentos com Jesus em Cafarnaum... Vejo milhares na festa das apalpadelas divinas e supersticiosas [...]; sem falta ao culto como toque físico de Jesus...; enquanto apenas uns poucos na multidão de fato suscitam em Jesus a pergunta que espera apresentação verdadeira: “Quem me tocou?”...
Chega de perder tempo... Só vale a pena ser de Jesus se a cada toque nosso Nele corresponder em verdade a um ‘toque Nele’; e não no que sendo Dele, como um manto, um pão, um vinho, um batismo, um culto, uma mensagem... — nos dê a falsa idéia de que a coisa possa representar Aquele que não é coisa, pois é espírito; e, portanto, só pode ser tocado pelo espírito...; e em espírito e verdade...
Queridos rotarianos, qualquer outra coisa pode ser tão real quanto a matéria e tão factual quanto a História ou a Ciência, mas, para Deus, sem amor e fé nada será!
Realidade e factualidade só existem com significado para Deus se forem erguidas no fundamento da verdade sincera e que beija o Significante [Deus] e não apenas toca o significado... [a coisa]...
Creia nisto!


Nele, que pergunta a você: Você já me tocou algum dia em sua vida?...



Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

REFLEXÃO ROTÁRIA – 01/10/2009

Fortaleza-Ce, 01 de outubro de 2009.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


AOS CRISTÃOS NA DÚVIDA SOBRE JESUS...



Fico vendo o comportamento dos cristãos considerados psicologicamente sensíveis... Quem e como são?... São necessariamente conflitados, recomendavelmente duvidosos, ‘crentes’ em estado de permanente descrença; sem discernimento, mas muito críticos; evasivos quanto à eficácia do testemunho do Evangelho puro e simples, embora cheio de opiniões negativas em relação a quem pregue sem angustia, conflito ou crise de fé; conhecedores teóricos das discussões da fé e dos dilemas teológicos, ainda que vivendo sem nenhum interesse prático/real no Evangelho que seja para além da informação e da discussão viciada...
Em geral são sempre descrentes de milagres [até nos da Bíblia], embora muito capazes de usá-los como alegorias ou lindas metáforas da vida... Ou seja: quase sempre existindo como aquele que “nem trepa e nem sai de cima”; que “nem chove e nem molha”; “que não é, mas não deixa de ser”...
Ora, o que vejo é que estes, diferentemente dos falsos profetas e dos lobos, fazem seu próprio mal; posto que sejam mornos, sem intrepidez, sem disposição para além do discurso...
Portanto, sendo educados, parecem ganhar pela polidez de suas dúvidas o direito de existir em crise; sendo cavalheiros e finos, parecem poder caminhar em descrença aceitável; estando sempre em dúvida acerca de algo [...] mesmo assim continuam a discutir sobre o “tema Jesus”... E, com isso..., se fazem passar por gente que duvida em razão de serem íntegros em relação à própria fé... Posto que sendo articulados, tornam seus conflitos elogiáveis, pois são ditos com benditas palavras psicológicas e filosóficas; e, sendo humanos no expressar seu sentir, ganham o direito de existir em dor, pois, sem dor de crise parece não existir real humanidade; tendo cultura, aparentemente dão aos demais religiosos, menos instruídos, a sensação de que eles, os cultos, os sensíveis, são assim em razão de seu saber, da profundidade do seu sentir, e das angustias decorrentes de sua humanidade superior a dos demais...
Assim, estão e nunca são; dizem, mas jamais provam; pregam, e nunca aproveitam; sabem e não experimentam; poetizam, mas não amam para além das belas palavras; discutem a fé, e nunca a abraçam; falam de Deus, embora sempre em estado de dúvida devota...
Quando falam sobre Jesus e O servem é antes de tudo em razão de suas próprias angustias... Sendo assim [...] desconfiam de quem sendo humano não vive em angustia; de quem sendo pensante [...] não exista em dúvida; de quem crendo [...] busque viver conforme a fé; de quem confessando [...] não tema as implicações; de quem conhecendo a Deus [...] não se iniba quanto a afirmar...
Fico imaginando o que aconteceria, se tais deles, vivendo como discípulos de Jesus nos evangelhos, trouxessem tais devoções eternamente duvidosas a Jesus... O que Jesus diria?... Sim, se Ele disse que aquele que põe a mão no arado e olha para trás não é digno do reino de Deus [...] o que Ele diria a esses discípulos da dúvida?...
Ora, Ele não teve pudores jamais... Aos Seus discípulos duvidosos Ele jamais disse que duvidar fosse parte de um processo normal de crenças [...], muito menos da fé...
Queridos rotarianos, em Jesus não há elogios a duvida, mas tão somente à fé! Não! Ele lhes pergunta: “Homens de pouca fé, por que duvidastes?” Ante suas “impossibilidades” decorrentes da descrença..., Ele apenas disse: “Não pudestes expulsar o demônio por causa da pequenez da vossa fé!” E acrescentou: “Mas esta casta não sai senão por meio de jejum e oração”. Sim, essa casta de crença sem fé, de fé que é apenas crença, e que se distrai discutindo a fé — de fato não sai senão mediante a sua quebra pela oração e pelo jejum.
Esta é a casta presente na maior parte dos pensadores da fé, mas que nunca se deixam pensar pela fé. Sim, pois quem pensa a fé não é pensado pela fé... Afinal, tal coisa somente acontece mediante a entrega em razão da confiança que faz a descrença morrer..., e que, ao mesmo tempo, introduz a pessoa no ambiente no qual “Deus não existe”, posto que em tal ambiente de fé não haja lugar para o Deus que existe, mas apenas para o Deus que É.
A descrença é relativa ao Deus que existe... A fé decorre do Deus que É!
Portanto, brincar de “crer sem crer” é coisa de menino, e não de homem segundo o que Jesus considere um homem que anda mediante a fé, na alegria de não duvidar.
Leiam os evangelhos e vejam se Jesus acha legal viver sem as implicações de fazer da existência uma constante afirmação de fé...
Nos evangelhos vocês não encontrarão este lugar..., embora encontre Jesus mostrando compaixão e amor também por esses, mas sem deixar de prosseguir em Seu caminho, vindo o candidato a discípulo após Ele ou não...


Nele, que não elogia a duvida como estado sadio de uma fé em crise permanente,



Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho

Banco de Cadeira de Rodas


Uma feliz iniciativa do casal Sara da Silva Fechine e Antônio Hamilton Fechine Dantas (presidente do Rotary Club Campina Grande) com a coordenação logística e administrativa do 1º Secretário Edésio Guedes da Rocha, realizou-se com êxito a Primeira Festa Beneficente com fundos destinados à aquisição de cadeira de rodas, aparelhos hospitalares e fisioterápicos para empréstimos em situações temporárias.

O Banco de Cadeira de Rodas, existente há vários anos, vem proporcionando o bem-estar e o ajustamento social às pessoas tetraplégicas, acidentadas ou que estejam temporária ou definitivamente impossibilitadas de locomoção ou de suas atividades.

Parafraseando o imortal tribuno Alcides Carneiro “uma casa que por infelicidade se procura e por felicidade se encontra”, quando da inauguração do Hospital Alcides Carneiro, hoje Hospital Universitário de Campina Grande. Referimo-nos à situação de infortúnio de um paciente necessitar utilizar-se de uma cadeira de rodas e na impossibilidade de poder adquiri-la, procura o referido banco do Rotary Club Campina Grande, que proporciona o exercício da cidadania a pessoas necessitadas.

No último domingo, 27 de setembro, na residência do casal anfitrião, companheiras e companheiros, acompanhados de familiares e convidados, voluntariamente compareceram ao filantrópico evento, cujo propósito precípuo foi arrecadar fundos para a continuidade de um trabalho que julgamos meritório.

Esse tipo de evento terá continuidade, e logo veremos um outro casal do nosso meio rotário abrir as portas de sua casa para mais um acontecimento de cunho social, proporcionando um verdadeiro companheirismo com a grata satisfação de contribuir para uma campanha de caráter humanitário.



Saudações Rotárias


Hiram Ribeiro dos Santos
Rotary Club Campina Grande

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

REFLEXÃO ROTÁRIA – 24/09/2009

Fortaleza-Ce, 24 de setembro de 2009.



Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!



QUANDO NÃO HOUVE CONSPIRAÇÃO?...


A história oficial dos humanos é a História das Conspirações. Sim, quando a história humana se moveu sem conspirações? No Gênesis tudo começa com uma conspiração paralela... Uma serpente e dois humanos fazem um conluio contra a verdade de Deus...
Na seqüência vem a inspiração, não conspiração, de Caim, no objetivo de matar Abel, seu irmão... Todos conspiram... Sim, na casa de Noé, na casa de Abraão, na casa de Jacó, na vida dos juizes e reis de Israel... Sim, também contra profetas e gente de Deus se conspirou [...] na Bíblia.
Todas as Histórias Universais foram feitas de conspirações... Egípcios, Hititas, Iksus, Etíopes, Caldeus, Babilônios, Medos, Persas, Gregos, tanto Ptolomeus quanto Seleucidas; Romanos, Bárbaros, Unos, Celtas, Britânicos, Gauleses, Germânicos, Portugueses, Chineses, Japoneses, Soviéticos, Alemães, Americanos, etc... — todos surgiram como poderes e, como tais, se impuseram pelas conspirações...
Queridos e mui amados rotarianos, não há império sem conspiração... Não há mundo sem conspiração... A existência humana é uma conspiração; ou melhor: se tornou...
Hoje as conspirações são diferentes... Os grandes conspiradores são as elites ricas e poderosas do mundo inteiro... Além disso, há ainda os grupos secretos, cheios de gente influente, tomados de filosofias e ideologias espirituais e políticas; e que se organizam sob o manto do segredo..., o que aumenta a sensação de poder e de importância dos envolvidos nos muitos clubes de poder conspiratório...
Grupos como a Illuminati, a Skull & Bones, a Bilderberg e a CFR..., cuja missão confessada é influir na criação de uma Nova Ordem Mundial, com um Governo Mundial, associam-se a todas as organizações clássicas de influencia conspiratória (não darei exemplos por uma questão de ética)... — não cessam de buscar influir...; sempre cooptando gente importante, tanto dos meios políticos, quanto empresarial, econômico, financeiro e intelectual...
Entretanto, para muitos..., tudo não passa de paranóia... Mas era paranóia quando Hitler anunciou o que anunciou e fez o que fez... Todos diziam: “Não é possível... Não é aceitável... Só pode ser mentira!”. Mas não era mentira...
E mais... Hoje se sabe que a conspiração Nazista era infinitamente mais complexa do que se admitia, com coisa mais séria do que o próprio arianismo, posto que o projeto todo fosse de fato e explicitamente dedicado aos deuses pagãos, com cultos de magia negra e invocações das mais impensáveis do ponto de vista do que pudesse se conceber que entre eles fosse feito, crido e buscado como ideal para o mundo...
É claro que há muita paranóia... Entretanto, baseado na História da Civilização, somente muita ingenuidade minha poderia gerar em mim o auto-engano de me fazer crer que na Era Pós Moderna não há mais conspiradores de elite aristocrática, como foi em toda a História Humana até aqui...
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!



Nele,
Que disse que os últimos dias, seriam assim mesmo!





Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A Despedida


À Família de Leda Figueiredo Lopes


Ao sussurro do vento que embala à noite, na verde alcatifa do campo santo, onde vosso corpo jaz inerte, receba ó mãe, a gratidão dos vossos filhos que sempre amparastes. Deus habita vossa solidão. Nesse epílogo de uma vida tão nobre e tão embebida de grandeza e honradez, vossa solidão é um mundo de almas que vos cercam e, vosso silêncio noturno é a presença Daquele que abençoa a mansa despedida de uma vida tão fecunda, tão bela, tão vivida.

Por que Deus permite que as mães vão-se embora? Mãe é luz que não apaga.
Mãe, na sua graça, é eternidade. Mãe não tem limite, é a excelsa portadora da bondade divina. Mãe é tempo sem hora, água pura, ar puro e puro pensamento.

Sei que estais feliz. a verdadeira felicidade é o desejo satisfeito, pelo muito que fizestes aos que ficaram. Podeis nos visitar. Penetrai nesta casa como quem acha seu lugar.

Deus que vos soprou vida tão sossegada, tão fecunda, de tantas alegrias e realizações, também de certas adversidades e de tantas dores, guardou para Vós, mesmo estando emocionada, a tranquilidade para o instante último. Deus deve ter-vos dito: “Não choreis, o que vai acontecer é natural”. E naquela alta noite murmurastes: “Meu marido e meus filhos, eu vou embora...”


Hiram Ribeiro dos Santos

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

REFLEXÃO ROTÁRIA – 17/09/2009

Fortaleza-Ce, 17 de setembro de 2009.

Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


O MEDO É A FÉ NO AZAR!



O medo é um poder dos maiores que existem…Sim, o medo opera como a fé em antítese... Assim como pela fé todas as coisas se organizam em nosso favor, pelo medo todas as coisas se organizam de modo negativo contra nós...
Azar é o processo que o medo deflagra... Sim, o azar é o medo em processo e sistematização... Mais: o azar é a fé do medo... Por isto se diz: “Aquilo que eu mais temia isso mesmo me sobreveio!”
Uma mente tomada de medo é uma usina de fantasmas, demônios e toda sorte de liberação de energia psíquica auto-destrutiva... Poltergeist [Poltergeist - Wikipédia, a enciclopédia livre] é apenas uma manifestação do medo... Sim, o medo humano é capaz de matar e de morrer...
Quem tem medo ainda não foi aperfeiçoado no amor, pois, no verdadeiro amor não existe medo... O amor inocenta a vida em relação ao poder do medo! Mas aquele que teme..., que anda culpado..., que aceitou a terror como vereda..., que deixou o medo ser o guia de sua alma... — esse entrou no túnel do azares e dos poderes auto-destrutivos... Quando a mente entra no terror até Jesus vira fantasma!... “É um fantasma!” — gritou o apóstolo Pedro no meio do medo, durante uma tempestade...
Numa casa, quando há uma alma entregue às forças do azar, do medo sistêmico, e da culpa neurótica, o resultado sempre é que as coisas são jogadas pelos ares... ainda que não haja nenhum Poltergeist... Sim, de súbito a vida começa a se tornar um caos, e tudo quanto se temia nos sobrevém...
Aquele, porém, que anda em fé, e que não teme mais nada, e que de nada se ocupa quanto ao morrer ou quanto ao encontro com a dor..., esse caminha livre, e, estranhamente, desse também os males fogem...
Creia nisto! Não inventei nada... Este é também ensino do Evangelho de Cristo!



Nele
, em Quem todo medo deve morrer,




Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

REFLEXÃO ROTÁRIA – 10/09/2009

Fortaleza-Ce, 10 de setembro de 2009.


Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


O DIABO DE DENTRO…

Há poucos meses escrevi um texto sobre o diabo para fora, no enfrentamento dele na existência e nas muitas dissimulações dessa criatura malévola e sedutora. Na mesma semana um irmão da Igreja, no entanto, chegou para mim e me disse: “Agora pastor, o senhor tem de mostrar o diabo de dentro”.
Nada disse, mas vi que ele tinha mais do que razão. Assim decidi escrever o que de mais simples vejo em Jesus sobre o discernimento do diabo de dentro... Sim, pois um é o diabo que se combate fora; outro é o que se combate dentro! Sim, dentro; dentro de nós...
Ora, o diabo de dentro é construído pela nossa adesão à natureza do diabo, que é ódio, mentira, sedução, dissimulação, manipulação, ganância, inveja, soberba, e culto a si mesmo.
Quem odeia, se ira e irado permanece, amargura-se e amargurado fica, antipatiza e se tem por certo na manutenção da antipatia gratuita, e quem ama apenas por conveniência e interesse — esse vai se tornar um ser-diabo.
Quem mente, e se alegra em mudar o caminho dos outros pelo engano, que maquina como afirmação de inteligência e poder, que se deleita com o poder do engano e da dissimulação — esse vai se tornar um ser-diabo.
Quem seduz e ludibria pelo prazer de ver o engano e a desilusão no próximo, que usa a boa fé sem piedade, que come e joga fora, que se serve do próximo como um peão tolo no Xadrez do Engano — esse vai se tornar um ser-diabo.
Quem cobiça com a avidez da ganância e da insaciabilidade, quem não se contenta nunca, quem usa de todos os meios para atingir seus fins, quem se alimenta da própria volúpia como nutriente existencial, e que não vê em qualquer limite uma benção, mas apenas uma maldição — esse vai se tornar um ser diabo.
Quem inveja... e existe para buscar tomar, possuir ou substituir um outro, quem faz da vida uma competição de superação do próximo, quem não se alegra com seu próprio ser, mas só se vê nas coisas que possua — esse vai se tornar um ser-diabo.
Quem não vê nada e ninguém acima de si mesmo, que não teme a Deus, não reverencia a vida e não aceita a existência e a experiência de outros — esse vai se tornar um ser-diabo.
Quem não se arrepende..., quem não pede perdão e não perdoa..., quem nunca admite o erro puro e simples e sem explicação..., quem jamais considera silenciar mesmo tendo razão..., e, sobretudo, quem foge de amar... — esse vai se tornar um ser-diabo.
Sim, especialmente se confessar-se cristão!... Resista o diabo em você mesmo e ele fugirá de seu ser!
Mais importante, todavia, é saber que somente se resiste ao diabo quando decidimos em nós mesmos nos submetermos à potente mão de Deus, pois, Ele, a Seu tempo, nos exaltará em toda forma de livramento.
Ora, isto não é um advento, nem um evento, nem um dia..., mas um modo de ser e de vigiar, e, sobretudo, deve se tornar o sondar constante do nosso coração. Somente assim cresceremos na consciência e no fato de que o Príncipe desse mundo nada tem em nós.


Nele,
Que me ensina a vencer o diabo que quer ser eu em mim,


Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Rotary e Google juntam forças

Por Donna Polydoros
Notícias do Rotary International — 31 de agosto de 2009



Algumas das capas ao longo dos anos.
Edições escaneadas da revista The Rotarian estão no Google Livros.



O Rotary fez parceria com o Google para disponibilizar gratuitamente on-line quase 100 anos de The Rotarian.
Todas as edições da revista, de 1959 a 2008, podem ser encontradas no Google Livros e mais edições estarão lá em breve. O site pode ser acessado na página da The Rotarian no site do RI.

Os usuários podem escolher na galeria de edições, organizada por décadas, ou clicar em "Search all issues" para procurar uma palavra ou frase em todo o catálogo. A colaboração é parte de uma iniciativa para tornar os materiais históricos do Rotary mais acessíveis aos rotarianos.
"O Google está fazendo todo o trabalho de escanear e indexar o material para facilitar as buscas, sem custo para o Rotary", diz Stephanie Giordano, arquivista do Rotary International.
Mais de 72.000 páginas estarão disponíveis quando o Google terminar de escanear e fazer o upload de todas as 1.100 edições. A primeira edição foi publicada em janeiro de 1911, quando a revista era chamada The National Rotarian.

Algumas das edições interessantes são a de dezembro de 1979, que relata o primeiro projeto de imunização da pólio; a edição do centenário em fevereiro de 2005; e outras dos anos 80, discutindo a admissão de mulheres no Rotary.
Para história da revista e prévia de edições, veja a galeria de fotos da The Rotarian através dos tempos.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

REFLEXÃO ROTÁRIA – 03/09/2009

Fortaleza-Ce, 03 de setembro de 2009.

Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!

SOBRE OS ASSEXUADOS…

Alguém me escreveu dizendo que não trato da questão dos assexuados... É verdade...; embora, em alguns textos, eu diga que existem pessoas para as quais o sexo não tem qualquer significado importante...
Ora, quando digo que existem pessoas para as quais o sexo não tem o papel de importância esmagadora que tem para a maioria, não me refiro aos assexuados que assim sejam em razão de deficiências físicas, hormonais ou psicológicas, como traumas esmagadores... Não! Refiro-me a pessoas com taxas hormonais perfeitas e sem qualquer deficiência física e sem trauma emocional... — mas que, apesar disso, não sentem falta de sexo.
Aparentemente o apóstolo Paulo era assim... E, além do apóstolo acima citado, eu mesmo conheço uma multidão de pessoas que vivem sem ter na ausência de sexo qualquer problema ou conflito...
Estatísticas dizem que um pouco mais de 1% da população brasileira vive assim... e vive bem. De fato, se lermos 1ª Corintios 7 veremos que na visão do apóstolo Paulo sexo seria algo a ser tratado se a pessoa não passasse sem ele... Mas, considerando as dificuldades daqueles dias [não muitos anos depois Paulo foi decapitado, Pedro crucificado, e milhares mortos...] a recomendação de Paulo era que se alguém pudesse passar sem casamento ou sexo, que passasse; pois, na visão do apóstolo, dadas as circunstancias daqueles dias, casar seria contratar aflições e preocupações, tamanha era a insegurança que se mostrava no futuro imediato...
Na realidade, queridos rotarianos, sexo tem um papel muito importante na vida de quem deseja sexo, mas não tem nenhum lugar de significação para quem não necessita dele... O problema é que até quem vive bem sem sexo se sente anormal, tamanha é a pressão da “normalidade” como tirania social...
Assim, de fato, o bom senso manda recomendar que aquele que está bem, continue bem; e que não se deixe obrigar pelas necessidades dos outros...; e que são transformadas em Lei de Normalidade a ser imposta sobre quem vive muito bem sem sentir falta do que os outros dizem que sem “aquilo” não passam...
Uma das piores tiranias é a da imposição do sexo como normalidade e a do casamento como saúde humana!
Não aceite jamais tais tiranias... Cada ande conforme foi chamado... Se puderem, leiam 1ª Corintios 7...
Receba meu carinho...


Nele, que nunca casou com ninguém, pois, casou-se com todos,



Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br

O Rotary e a Solidariedade Humana

Na sociedade são muito importantes os hábitos advindos do lar. A dedicação ao semelhante é fruto da família. Estamos vendo a falta sem precedentes de apoio, solidariedade humana e sensibilidade social. O Rotary prega uma sociedade na qual homens livres e de bons costumes, mutuamente irmãos, cultuam a liberdade, a igualdade, a fraternidade e a tolerância. A educação e a dedicação ao semelhante são dádivas de Deus. É no seio da família que nasce o amor e o respeito. O maior patrimônio que um ser humano pode e deve acumular é o espiritual, constituído dos valores moral e intelectual.

“A educação cria bons homens, e bons homens agem nobremente.” (Platão)

O Rotariano deve ser essencialmente parte integrante e indissociável de uma sociedade filosófica, filantrópica, educativa e progressista. Filosófica porque em seus postulados cuida de defender a verdade, fazer justiça, ter boa vontade e prestar o bem indistintamente; filantrópica porque não está constituída em obter lucro de nenhuma classe, pelas suas arrecadações e, seus recursos se destinam ao bem estar da humanidade, sem distinção de sexo, religião ou raça; educativa porque sem a instrução em todos os sentidos o homem está condenado a não evoluir em qualquer sentido; progressista porque sem o trabalho e a ciência o homem não produzirá com qualidade.

“Para ganhar conhecimento, adicione algo todos os dias. Para ganhar sabedoria, elimine algo todos os dias.” (Lao-Tsé)

A solidariedade humana é uma arte, a arte da conquista de uma relação social autêntica, que permite o desenvolvimento do potencial humano e dele depende. É uma abertura de horizontes no caminho, não é o caminho todo, não é um produto, mas um processo. O mistério deste processo, entretanto, apresenta-se inteligível para os envolvidos, embora não seja racionalizável. Exige uma inteligência diferente, inter-pessoal, emocional, aberta à intuição, ao sentimento e à percepção.

A solidariedade constitui uma característica marcante do nosso povo. Isto se reflete na inigualável capacidade de compartilhar do sofrimento de outras pessoas, bem como auxilia-las no difícil estágio que estejam atravessando. Observa-se, portanto, que a solidariedade ultrapassa o âmbito da ajuda financeira e passa pela educação, quando dela se extrai um elemento essencial para a formação do cidadão, através de ações e também do apoio sócio-familiar. Apoio este que se desdobra em ampliar olhares e horizontes de muitas pessoas para a vida, de modo que elas se tornem cada vez mais independentes e possam, ajudar ao invés de serem ajudadas. E é justamente esse propósito que dispomos a trabalhar junto à população. E a solidariedade neste sentido, pode representar um caminho de transformação, desde que a tenhamos como um objetivo pessoal e coletivo.

Sabemos que essas ações não irão resolver definitivamente problemas sociais do nosso país. Porém, servem para amenizar algumas carências das camadas empobrecidas, oferecendo-as esperanças e perspectivas de uma vida melhor, mais digna e solidária.

O espírito solidário está presente nas pessoas desprendidas. “Dar de Si antes de pensar em Si” é indubitavelmente uma verdadeira parábola. Não é dar do que lhe sobra, o que deve sobrar na verdade é o espírito de assistência.

Saudações Rotárias

Hiram Ribeiro dos Santos
Rotary Club Campina Grande


Campina Grande-PB., 02 de setembro de 2009

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

REFLEXÃO ROTÁRIA – 27/08/2009

Fortaleza-Ce, 27 de Agosto de 2009.
Amados Rotarianos Campinenses,
Saudações em Cristo!


DE ONDE VEM O SENTIDO DE SUA VIDA?


Ao descerem do monte onde aconteceu a Transfiguração [Mt 17] os discípulos Pedro, Tiago e João perguntaram a Jesus se Elias não deveria vir antes da manifestação plena do Messias; ao que Jesus lhes respondeu, dizendo: Sim, Elias virá e já veio, mas fizeram com ele tudo quanto queriam!
Queridos rotarianos, os três discípulos tinham acabado de ver Elias com Moisés no monte, conversando com Jesus sobre a Cruz, de acordo com a narrativa de Lucas. Provavelmente viera daí o súbito interesse na vinda de Elias... Sim, depois da rejeição da oferta das três tendas, uma para Jesus, outra Moisés e outra pela Elias, o que sobrara era o adiamento da Cruz..., pois, de fato, eles sabiam, intuíam, mas não compreendiam; e menos ainda aceitavam... Jesus, todavia, os preparava para o reino de Deus e não para os reinos deste mundo! Por isto lhes disse que Elias já viera e fizera tudo o que tinha de fazer [referindo-se a João Batista], mas que o povo não notara e as autoridades ainda o matariam...
Desse modo Jesus também ensina aos discípulos que o significado da vida de um homem não decorre da percepção de terceiros, de nem de visibilidade, nem de fama, nem de glória, nem louros, nem de vitórias reconhecidas como tais pelos demais homens, nem de coisa alguma desta terra ou da presente ordem de coisas — antes, ensina Ele, o significado de cada um de nós, como o de Elias e João Batista, não vem de fora, mas sim de dentro, do intimo, da certeza de se viver em Deus, por Deus e para Deus! E isto ainda que se morra sozinho e em razão de caprichos e banalidades...
O que não podemos esquecer nunca é o sentido das coisas, conforme Jesus diz que elas sejam aos olhos de Deus! Sim, nos evangelhos todas essas ordens estão invertidas... O que é elevado entre os homens é abominação diante de Deus, nos garantiu Jesus.
Entretanto, mais do que em qualquer outro lugar, é na história do Rico e do Lázaro que melhor se vê o que Jesus ensina acerca disso... Na história de Jesus o pobre tem nome, o rico não; o pobre não tem nada, mas herda tudo, enquanto o rico tem tudo, mas não herda nada; o pobre vai para o seio de Abraão, enquanto rico vai para o inferno; o pobre está em gozo, enquanto o rico está em tomento; o pobre morre sozinho entre os homens, mas foi levado por anjos, enquanto o rico morre com um séqüito, mas vai para o lugar sem amor... Tal é a inversão dramática de sentido e significado que o Evangelho afirma!
Na realidade quem crê mesmo em tais verdades, esse não se sente sozinho nunca, nem abandonado, nem largado, nem traído, nem coisa alguma — posto que seu significado venha de sua consciência em fé, e não da afirmação do mundo ou de qualquer outro suposto validador de significados humanos... Afinal, Elias viera, fizera tudo, mas ninguém vira... Jesus, porém, viu e soube; e este era o único sentido que daria a Elias/João ou ao João/Elias..., o significado de existência que qualquer ser humano necessita... a fim de viver sem medo!
Assim lhe pergunto, querido e amado rotariano: De onde vem o significado de sua existência? Ou será você mais um desses que ambicionam o céu, mas amam mais ainda as glórias dos que na terra são glorificados?
Quem vive de buscar afirmações humanas e históricas, morrerá sem sentido... Ora, o que aqui digo é Lei da Vida segundo Jesus; e bem-aventurado é todo aquele que entende e vive por meio de tal sentido; aliás, o único possível...



Nele, que dá sentido a tudo o que Ele mesmo chamou à existência,





Pr. Hiram Ribeiro dos Santos Filho
e-mail: hiramfilho@yahoo.com.br